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História do Direito Português

Casos Práticos, 2008-2009

n.º 1

Ano de 1370: Fernão, cavaleiro-vilão de 15 anos de idade enamora-se


perdidamente de Beatriz de 14 anos, filha de um ilustre comerciante do
concelho de Évora. Juram amor eterno e resolvem casar.

Entretanto, Martim, amigo de Fernão, o qual também está apaixonado por


Beatriz, por despeito resolve contar tudo ao pai de Beatriz. Furioso com a filha,
este proíbe-a de sair de casa ameaçando-a inclusive de a “encarcerar no
convento da Guarda”.

Desesperada e com a ajuda de Mafalda, sua criada e confidente, Beatriz foge


com Fernão e ambos procuram Frei Mateus que os acolhe e casa na ermida de
Santo Estêvão.

Entretanto, D. Payo, pai de Beatriz descobre que a filha desapareceu, e irado


mata a criada Mafalda. Ainda com a ajuda de Martim e de alguns homens da
sua confiança partem no encalço dos dois fugitivos.

Beatriz é capturada e Fernão vem a morrer no decurso de uma luta com


Martim.

Responda às seguintes questões:

a) Qual a validade da troca de juras de amor entre Fernão e Beatriz?


b) Podia Frei Mateus casar Fernão e Beatriz?
c) E se à altura do casamento, Beatriz se encontrasse prometida a D. Pedro,
nobre cavaleiro? Podia Beatriz recusar-se a casar com D. Pedro?
d) Se D. Pedro tivesse entregue uma arca de madeira com dois lenços
bordados a ouro a Beatriz poderia esta recusar-se a entregá-los àquele?
e) Inconformada com a perda de Fernão, a família resolve fazer justiça.
Henrique, irmão daquele e ouvidor da corte, aconselha a família a
procurar a solução junto da assembleia de homens bons de Évora. Quid
iuris.
f) A adoptar a solução proposta por Henrique, o que poderia vir a
acontecer a Martim?

n.º 2

Ano de 1354: D. Nuno de Meneses, ilustre representante da Casa de Meneses de


Vila Real, após muita renitência aceita celebrar esponsais em nome de sua filha
Matilde com Pêro Alvares, de 16 anos e filho de Fernando Álvares, prestigiado
comerciante de Águeda.

Um ano mais tarde em 1355, Pêro Álvares vem a falecer na batalha de Badajoz.

Responda às seguintes questões:

a) Pode D. Nuno, que se encontrava com sérias dificuldades financeiras


ficar com o dote ainda que o pai de Pêro Álvares o reivindique?
b) Imagine que durante a primavera de 1355, Matilde e Pêro se
encontraram, com alguma frequência vindo no final daquele ano a
nascer Afonso. A quem é entregue o pátrio poder?
c) Matilde vem invocar que os bens de Pêro Álvares lhe pertencem e que
ela será responsável pela sua administração. Quid iuris.
d) Agora com a morte de Pêro Álvares poderia Afonso invocar a sua
legitimidade na sucessão de Fernando Álvares, seu avô paterno, também
falecido, meses depois da batalha de Badajoz?
e) Antes de falecer, Fernando Álvares tinha feito um testamento onde havia
contemplado como seus herdeiros: seu filho Pêro; Ana Miranda, sua
concubina; e , Dinis, filho de ambos. Quid iuris.

n.º3

Sancha humilhada com os actos adulterinos de Gilberto, cavaleiro de origem


franca, decide administrar-lhe uma dose de veneno que havia adquirido junto
de Hermingarda, anciã que se dedicava a práticas esotéricas.

Gilberto que era de fraca constituição física vem a sucumbir.

A sua morte deixa a população da Covilhã horrorizada pois aquele era muito
respeitado e admirado no concelho, fazendo inclusive parte da assembleia de
homens bons.

Face ao ocorrido, Antero, amigo de Gilberto resolve levar o sucedido à


consideração da assembleia concelhia acusando Sancha, pois o ódio entre os
dois era enorme.

Sancha nega a autoria do crime e afirma que apenas comprou um paliativo para
Gilberto tendo, por conseguinte sido vitima de Hermingarda com quem diz ter
desentendimentos antigos.

Responda às seguintes questões:

a) qual é a validade do negócio celebrado entre Hermingarda e Sancha?


b) Imagine que integra o tribunal local. Que solução jurídica proporia?
c) Antero tenta matar Sancha, dois dias depois de colocar o problema à
assembleia. Quid iuris.
n.º 4

Estamos a 15 de Junho de 1326. D. Mafalda espera a chegada de D. Luís, desde


o início de Maio daquele ano.

As caçadas a que o rei se tinha dedicado e para as quais havia convidado alguns
membros da nobreza já tinham terminado e um arauto da corte havia trazido a
boa nova de que D.Luis chegaria antes de terminado o mês de Maio.

Todavia, na tarde daquele mesmo dia, os camponeses do termo de Bragança


entregam o cavalo e o corpo de D. Luís na casa deste, facto que deixa
inconsolável D.Mafalda.

Quem poderia ter cometido tal acto? Possuídos pela ira os irmãos de D.Luis
apenas clamam por vingança.

Ninguém duvida que o agressor tenha sido D.Roberto, senhor de Vila Real, pois
era por todos conhecido como inimigo do primeiro, já que este se opusera a que
a irmã ratificasse anos antes o contrato esponsalício então celebrado por se
suspeitar que D. Roberto padecia de lepra.

Face ao exposto supra, responda às seguintes questões:

a) Como entende a não ratificação do contrato esponsalício por D. Ana,


irmã de D.Luis?
b) Caso D.Luis tivesse entregue um diadema de prata à nubente, poderia
ter posteriormente exigido a sua devolução?
c) Imagine que em vez de um diadema, D.Ana recebe do nubente uma
dúzia de patos, poderia esta aliená-los?
d) No caso de D.Mafalda, que medidas pode ela tomar relativamente a
D.Roberto, que supõe ser o agressor do marido?
e) Se D. Luís tivesse decidido dispor dos seus bens, que formas teria tido
para o fazer?
f) Poderia D.Mafalda dispor de todos os bens adquiridos na constância do
casamento?
g) Imagine que anos mais tarde D.Mafalda volta a casar. Que entendimento
faz dos bens que esta recebeu quando celebrou o contrato esponsalício
com D.Luis?

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