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Projecto de Informação e Jornalismo

(3º ano Lic. Ciências da Comunicação)


Grupo: Ricardino Pedro (51207) e Vítor de Sousa (53707)

Ponto prévio:
Partimos do princípio de que o nosso trabalho se destina a um jornal on-line.
Para fazer jornalismo, portanto. Para o efeito, todo o seu enquadramento e desenho, tem
esse objectivo. O que passa por linkar e hiperlinkar, utilizando os recursos disponíveis
na rede, de uma forma sustentada . (Exemplo: O jornal on-line “Portugal Diário”
(www.diario.iol.pt), que costuma utilizar um assunto principal em destaque e, depois,
links para “assuntos relacionados”) .
Nesse sentido, o multimédia constitui um meio para apresentar o trabalho. Não
utilizando os recursos isoladamente – áudio, texto, vídeo, fotografia -, numa lógica de
“many media”, mas juntando -os, de facto, como um todo “multimédia” (Salaveria, 2001,
p. 3), promovendo (dentro dos recursos possíveis) alguma interactividade.
Uma ideia que se impõe, tanto mais que, nos dias que c orrem, para além de mero
utilizador (user), quem acede à rede (hipoteticamente ao nosso trabalho on-line, também)
quer ser produtor (producer). A mistura dos dois, na língua inglesa corresponde a
“produzer” (Pereira, 2008), seja lá o que isso for… (“Jornalismo do Cidadão”, ainda que
pela via dos comentários?).
Esta perspectiva tem em conta as mudanças operadas na forma de fazer
jornalismo, atendendo a que “com a World Wide Web e, mais especificamente com a
Internet, são postas em destaque as rupturas operad as relativamente aos quadros e
paradigmas pré-existentes” (Pinto, 2004, pp. 2 -3).
Como princípio pretendemos utilizar os recursos que estão disponíveis na rede
para fazer jornalismo, sem que isso queira significar qualquer tipo de aligeiramento nos
procedimentos, não obstante a forma “mais curta” de escreve r o possa, equivocamente,
indiciar.

Apresentação do tema
Como conciliar o progresso de uma cidade, nomeadamente em termos de
construção, com a defesa do património histórico? Como assunto principal do projecto
propomo-nos abordar os constrangimentos e as vantagens desta situação.
Um tema que, em Braga, faz todo o sentido. Nomeadamente no que ao vestígios
da romanização diz respeito. Basta fazer uma busca num qualquer motor de pesquisa
para chegar a essa conclusão (ver anexos 1, 2, 3 e 4).

A lógica do trabalho tem o foco centrado na dicotomia construção/preservação,


em relação à peça principal).
Alguns dos items a desenvolver no trabalho jornalístico:

- Braga Romana (constrangimentos e vantagens);


- Relação entre património e desenvolvimento;
- O que pesa mais a quem decide? Interesses ou cultura? O que se valoriza mais?
- Como é que são tomadas as decisões sobre esta matéria?

Para além da peça jornalística principal, pensamos em enriquecer o trabalho,


com abertura de reportagem para temas mais genéricos, como a “Bracara Augusta”
propriamente dita - o que é?; História… -, como é que isso é usado pelas e entidades
públicas e privadas o ex-libris “Bracara Augusta” (Braga Romana): é, apenas, retórica
ou existe na prática esse sentimento?

Enquadramento
Caso: A cidade de Braga. A “Bracara Augusta” coloca constrangimentos à
construção. Casos recentes: obras na Av. Central (em curso) e terraplanagens para
construção novo hospital (muito recente).
Constrangimento: a demora das obras para que as prospecções arqueológicas
sejam feitas / Mais-valia: preservação do património , um tema explorado pelo “Jornal
de Notíciass” de 9 de Março de 2009 : “Obras do novo hospital são necessárias, mas o
povo quer ver preservado o complexo” (anexo 3).
Há, no entanto, notícias de uma boa coexistência entre a preservação do
património e o progresso, como são os casos da Estação de Braga e das “Frigideiras do
Cantinho” (pastelaria do centro da cidade), em que se construiu uma janela de
observação museológica para a preservação das ruínas. Mais recentemente (tem poucos
dias), as obras na Av. Central e o shopping projectado para o antigo edifício dos
“Correios”, que vai ter “janela museológica” (anexo 4).
“Braga Romana” é assumida pela Câmara Municipal de Braga como um ex-
libris em termos turísticos. Anualmente realiza-se (em Junho) a iniciativa “Braga
Romana”, recreando o ambiente da época romana na cidade. Mas será que h á, de facto,
essa preocupação, não obstante a avidez pelo betão? Será um verdadeiro ex-libris?!
Temos previsto recolher depoimentos de responsáveis da Câmara de Braga
(contacto já efectuado: Director da Divisão Municipal de Renovação Urbana, Pedro
Lopes), da Junta de Freguesia de S. Victor (presidente, já contactado), das fo rças
políticas mais representativas (assento na Assembleia Municipal), de cidadãos -comuns,
de responsáveis-activistas de associações locais de defesa do património (que integram
académicos especializados na área, casos de Sande Lemos e Miguel Bandeira, amb os
docentes na UM), para estabelecer um fio condutor que permita esclarecer o potencial
leitor sobre a dicotomia construção -preservação, contemplamos outras reportagens,
numa lógica de pirâmide deitada (Canavilh as, 2006, p.13).
Como resultado, esperamos obter na parte relativa a “saber mais”, trabalhos
jornalísticos sobre:

- enquadramento de Bracara Augusta (infografia com mapa e locais de interesse)


e, se se tornar pertinente, com depoimentos/esclarecimentos de académicos (com links
para publicações sobre as matérias)

- desenvolvimento de dois ou três locais dos mais importantes da romanização


(Fonte do Ídolo, Sete Fontes, Cividade) – fotogaleria, vídeo, texto e, se se tornar
pertinente, com depoimentos/esclarecimentos de académicos (com links para
publicações sobre as matérias)

- vox populi (o que pensa o cidadão comum da dicotomia


construção/preservação?)

- ouvir associações com trabalho feito na área ASPA e CoopJovem (domingo , 8


de Março, teve lugar iniciativa, já coberta por nós, que constituiu uma
caminhada/protesto às Sete Fontes, por causa do novo Hospital; para o fim do mês está
agendada pela Junta de S. Victor a “Mostra do Património”, lá estaremos!).
- Bar pontuado pela romanização de Braga “SVBVRA”, bem como restaurante
“Bracara Augusta” (Restaurante “Centurião”) (pode dar trabalhos de fait-divers
interessantes sobre Braga e os romanos…)

- SC Braga: “Os guerreiros do Minho” (clube utiliza imagem dos jogadores


vestidos como os romanos: Imagem apenas de papel ou tem uma lógica mais
abrangente?).

Plano (não definitivo)


Para reportagem multimédia, decerto que utili zaremos vídeo, fotografia,
infografia, áudio… De que forma? Depende do trabalho de campo… Em cada momento
decidiremos o que poderá ser melhor para o projecto em termos globais. Em termos de
imprensa, por exemplo, se acharmos que determinado personagem “merece” um perfil,
faremos um perfil (ou BI); se determinado assunto assenta bem numa reportagem escrita,
enveredaremos por esse caminho, sendo certo que utilizaremos os recursos disponívei s
na rede, como o hipertexto, links, obviamente, para além da imagem… Não é líquido de
que será assim…

- Fotografia (slideshow): vestígios a visitar e como solução para determinados


problemas que possam surgir.

- Vídeo: vox populi, entrevistas (não a sua totalidade, já que algumas partes
podem ser escutadas em podcast… Apenas que possam ter relevância para serem
visionadas…; sendo certo que, em termos de blogue, uma peça com mais de dois
minutos, já demorará muito a fazer streaming, facto que pode constituir um “ruído” por
parte do utilizador… Como solução, podem-se “fatiar” as entrevistas em blocos
temáticos, quando for caso disso, de dois minutos… ).

- Infografia: mapa Bracara Augusta (interactivo); o que pode ser apoiado com o
googlemaps (nomeadamente para localizar exactamente vestígios no mapa)

- Texto: vária documentação disponível (páginas Web da ASPA e Jovem Coop)

- Opinião: Investigadores; Partidos políticos


Blogue “making of”

Aceitamos o desafio lançado pelos docentes da cadeira e decidimos cr iar um


blogue para o “making of” do nosso projecto ao longo do semestre.
Tal como já adiantamos via e-mail, o endereço do blogue é o seguinte:
- http://www.bragaromanabastidores.blogspot.com
Vamos tentar “alimentar” o blogue com as estórias que forem surgindo na
execução dos trabalhos e respectiva preparação.
Anexo 1

“O Balcão” nº 37 (27Fev09 a 3Mar09),


http://www.obalcao.pt/images/logos/obalcao037.jpg
Anexo 2

Achados arqueológicos na obra do novo hospital


Deputado do PCP ficou a saber da descoberta de cerâmica romana
00h30m
PEDRO VILA-CHÃ
Vestígios de cerâmica, provavelmente da época romana, foram descobertos durante os
trabalhos de construção do novo hospital. O PCP reclama um acompanhamento
permanente, apontando a falta de um estudo prévio.
Agostinho Lopes teve tarefa difícil para se inteirar do decurso da obra de construção do
novo hospital de Braga. Chegado ao local, e ncontrou diversos condicionalismos, mas
uma vez no epicentro da "grande obra", ficou a saber que haviam sido descobertos
vestígios romanos. Adensaram-se as preocupações de quem reclama a paternidade nos
alertas lançados aos responsáveis pela obra.
"Esta obra está a desenvolver-se nas proximidades de um importante complexo
arqueológico como é o das Sete Fontes e não houve um estudo prévio que permitisse
equacionar todos os perigos de destruição de vestígios", referiu Agostinho Lopes.
Preocupações partilhadas por Sande Lemos, arqueólogo que foi responsável pelo
Departamento de Arqueologia da Universidade do Minho. "Deparamo -nos com uma
descontinuidade constituição das equipas de arqueólogos que aqui acompanham a obra
e que não permite formar uma ideia geral."
Indignado, constatou que os mais recentes vestígios descobertos estavam a ser alvo de
sondagens, com as máquinas de grande porte a laborar a poucos metros de distância.
"Até porque, abaixo do sub-estrato não sabemos se há galerias romanas que, a existirem,
serão destruídas, com as máquinas a circular constantemente".
Sande Lemos aponta para a previsão de as descobertas revelarem vestígios da Idade do
Bronze, da Época Romana e Medieval.
Agostinho Lopes antecipou as preocupações que levará à Assembleia da Re pública: "A
detecção de vestígios romanos confirma a necessidade de acompanhamento mais
profundo e o recém despedimento de um arqueólogo responsável pelo acompanhamento,
apenas porque alertou o Igespar para uma descoberta, revela a necessidade de uma
maior vigilância. A pressa toda de construção da obra deveria ter sido aqui há uns anos
atrás", disse.

JN3Mar09
Anexo 3

Marcha junta 300 pessoas em defesa das


Sete Fontes
Obras do novo hospital são necessárias, mas o povo quer ver preservado o complexo

00h30m
PEDRO ANTUNES PEREIRA

Cerca de três centenas de pessoas participaram numa marcha "saudável" com o objectivo de lembrar a
necessidade de preservar o complexo das "Sete Fontes", organizada pela junta de S. Victor, As pa e
Associação Jovem Coop.

A construção do novo hospital de Braga ameaça o monumento do século XVIII, podendo tornar
irreversível o processo de classificação que está a decorrer.

A favor do novo hospital e a favor do complexo hidráulico das "Sete Fontes". Foram estas as duas
principais ideias desenvolvidas quer pelos organizadores da marcha quer pelos participantes. A
construção da chamada variante 103 em Gualtar pode colocar em risco todo este património: "o que está
em causa é a desqualificação e o desma ntelamento de um complexo já classificado de monumento
nacional".

O presidente da Junta de S. Victor mostrava sentimentos contraditórios: "tristeza porque não deveria ser
necessário estar aqui a defender o património nem trazer as pessoas para a rua; e de alegria por ver tantas
pessoas reunidas à volta de uma questão que não é de S. Victor, mas de todo o país".

Firmino Marques é um "defensor do novo Hospital mas também um defensor do complexo das Sete
Fontes", mas não compreende "como se pode estar em pleno século XX a tratar de uma questão que é
uma felicidade simples: a água. Noutro país, isto seria tratado como uma mina de ouro, aqui é preciso as
pessoas saíram à rua".

Também Miguel Bandeira, da ASPA, é a favor do novo hospital, "mas não de uma obra que s eja feita a
qualquer custo e a qualquer preço". Um dos responsáveis pela associação que mais tem defendido o
património bracarense criticou também a postura das autoridades públicas: "há 15 anos que estamos à
espera que as entidades não deixem este patrimó nio ao abandono. Soube, recentemente, que só agora é
que está a ser acordado o perímetro que deve ser preservado e isto não é concebível num monumento
nacional".

O abandono e a degradação a que vem sendo votadas as "Sete Fontes", não foram esquecidas por M iguel
Bandeira que lamenta também a postura da Câmara de Braga: "o mais grave é que durante todo este
tempo, o PDM não sofreu qualquer alteração desde que o pedido de classificação avançou".

São 13, as minas de água que compõem este complexo que, segundo R icardo Silva, as mais recentes
descobertas arqueológicas colocam na Idade do Bronze. No final, junto à bica pública das "Sete Fontes",
os participantes tinham ao seu dispor copos para puderem provar a água que mais testes tem feito e onde a
qualidade tem níveis muito elevados.

JN9Mar09
Anexo 4

Projecto do shopping nos antigos correios de Braga muda para mostrar


edifício romano
Público 11.03.2009, Samuel Silva
Promotor imobiliário aceita alterações para integração de um edifício funerário descoberto pelos arqueólogos da
Universidade do Minho
Um edifício da época romana, possivelmente associado a r ituais funerários, foi descoberto pela Unidade de Arqueologia da Universidade
do Minho (UAUM) durante as obras que decorrem no edifício dos Correios, no centro de Braga. A estrutura estará ligada ao vizinho
santuário da Fonte do Ídolo e, é certo, vai ser i ntegrada no futuro centro comercial que será construído no local. Este edifício e quatro
sepulturas raras encontradas no mesmo local serão conservados in situ e musealizados, podendo ser visitados pelo público a médio prazo.
Os arqueólogos da Universidade do Minho (UM) acreditam que a construção está associada a práticas funerárias ou de culto,
possivelmente relacionadas com o santuário da Fonte do Ídolo, existente no mesmo quarteirão, do outro lado da rua do Raio. A estrutura,
com uma invulgar forma de tr apézio, faz parte de um conjunto mais extenso, desenhado simetricamente em função de um eixo central.
À sua volta existem vários tanques revestidos com um revestimento habitual na época, o opus signinum, limitados por um muro paralelo
ao troço da via XVII, a primeira estrada a ligar Bracara (Braga), a Asturica (Astorga). Este edifício encontrava -se preservado sob as ruínas
de uma oficina de fabrico de vidro, datada do baixo Império, que tinha sido localizada nos primeiros trabalhos realizados naquele local ,
no segundo semestre do ano passado.
Manuela Martins, presidente da UAUM, destaca a "originalidade do edifício" e o seu "estado de preservação", antecipando que a sua
cronologia deve aproximar -se "dos primeiros tempos de organização da cidade de Bracara A ugusta". "Constitui um exemplar
arquitectónico com traços únicos", refere Manuela Martins. Os arqueólogos da UM defendem que o edifício deve ser classificando como
Imóvel de Interesse Público no futuro.
Achadas quatro sepulturas
Além deste conjunto, os arq ueólogos descobriram, na parte norte do quarteirão, quatro sepulturas raras, que serão igualmente
preservadas. Tratam-se de sepulturas de inumação que cobrem um período que vai desde o século III ao VI. Estes são túmulos raros e
entre elas encontra-se um caixão de chumbo, um exemplar inédito em Portugal.
Estes achados estão associados à necrópole romana da via XVII e vêm demonstrar "a riqueza das práticas funerárias" daquele tempo,
realçam os arqueólogos. A UAUM admite que possa vir a ser encontrado um quin to túmulo no mesmo espaço, durante as escavações que
ainda decorrem.
Os arqueólogos da UM entendem que os dois achados se revestem de "grande relevância patrimonial". A proposta de alteração do
projecto do centro comercial "foi prontamente aceite pelo prom otor imobiliário, que se congratulou com a possibilidade de proporcionar
à cidade de Braga novos núcleos de ruínas visitáveis, que virão enriquecer o seu património", explicou Manuela Martins.
A UAUM já informou a tutela da proposta de conservação dos dois conjuntos arqueológicos. Os técnicos do Instituto de Gestão do
Património e da Direcção Regional de Cultura do Norte já visitaram o local, tendo reiterado a importância dos vestígios e concordado com
o projecto de preservação. Também a câmara de Braga já informou os promotores de que está disponível para viabilizar as alterações do
projecto necessárias à conservação dos achados.

A Fonte do Ídolo
11.03.2009
A Fonte do Ídolo é um local de culto que terá origem indígena, mas que continuou a ser utilizado em época romana. É um dos
monumentos mais bem preservados da época existente em Braga e está cl assificado como Monumento Nacional desde 1910. Localizado
num antigo quintal urbano, na Rua do Raio, o monumento a que o povo chamava a fonte do "Idro", é um santuário rupestre dedicado por
Celico Fronte a uma divindade fluvial, Tongonabiago, em que se des taca uma figura togada esculpida na rocha. Os arqueólogos da
Universidade do Minho acreditam que o edifício recentemente descoberto está associado a este culto local, absorvido pelo Império.
Bibliografia

Canavilhas, J. (2006) Webjornalismo: Da pirâmide invertida à pirâmide deitada


[Em linha] URL: http://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhas -joao-webjornalismo-piramide-
invertida.pdf, acedido em 10/Mar/09

Pereira, S. (2008), ideia defendida em 22 de Dezembro de 2008, durante uma aula


de Estudos da Recepção, do 3º ano do 1ºciclo do curso de Ciências da Comunicação da
Universidade do Minho

Pinto, M. (2004) Ventos cruzados sobre o campo jornalístico. Percepções de


profissionais sobre as mudanças em curso [Em linha] URL:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/hand le/18 22/1210, acedido em 18/Out/08

Salaverría, R. (2001) Aproximación al concepto de multimedia desde los planos


comunicativo e instrumental [Em linha] URL: http://www.ucm.es/info/emp/Numer_07/7 -5-
Inve/7-5-13.htm, acedido em 20/Nov/08

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