Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Deus fez uma aliança global com toda a humanidade. Na criação, Deus dá ao Homem
todo o poder e fá-lo responsável da sua criação. O Homem é chamado a continuar a
obra criadora de Deus. Deus quer que toda a humanidade seja feliz, obtenha a salvação.
Depois de muitas peripécias e promessas, esta aliança concretiza-se num povo (Israel),
num lugar concreto (deserto) durante uma viagem iniciática e de libertação, numa
relação concreta entre o povo e Deus (vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma
nação santa v.6) ( Ex 19, 1-8)
Com esta aliança, o povo torna-se ao longo dos séculos, sacramento de salvação para
todos os povos. Através de Israel todos os povos são convidados a ir ao encontro de
Deus, reunir-se no seu lugar santo, viver em harmonia e concórdia (Is 2, 1-4). Para isso
muito contribuem várias classes de personagens, sobretudo os profetas que
continuamente interpelam o povo a viver em fidelidade á aliança realizada com Deus. É
o “mais pequenos de todos os povos”, e a única maneira de não desaparecer é realizar a
sua vocação à universalidade que lhe advém da sua missão, enraizada na aliança.
Jesus, veio ao mundo fortificar a aliança. Como nós Jesus veio ao mundo, pertenceu a
uma família, a família de Nazaré. Nela aprendeu os valores da família, os valores
humanos, etc., mas rapidamente Jesus sentiu que a sua realização, a sua vocação era a
universalidade, a humanidade, uma família mais global. Lc 2, 41 – 52 Jesus é de Deus,
de todos. Não é só a família nuclear a que pertence, mas pertence a uma família mundo,
universal, humanidade
Desde de tenra idade Jesus sentiu a sua missão, confiada pelo Pai, de ser Universal. Mc
3, 31 – 35 Onde me coloco? Também nós somos família de Jesus se seguirmos a
vontade de Deus. Todos podem ser a sua família. Jesus e a sua família só subsistem na
medida em que se tornam universais, em que não se fecham na sua pequenez.
Comboni é para nós um exemplo de vida e Ideal no âmbito da sua enorme capacidade
de doação e de perpetuar esta aliança global.
A sua família vivia a base de poucos rendimentos, e ele, o único filho de 8 rebentos da
sua família. Desde pequeno os seus estudos levaram-no para longe da família e na sua
educação estiveram sempre presentes os valores da doação aos outros, do serviço, da
universalidade, negando o egoísmo e egocentrismo, da prepotência (que reinam o
presente).
Cristo foi o farol da sua juventude, que o levou a se deixar levar pelo convite de amor
aos outros como Cristo fez. A Missão batia no seu peito, e não conseguiu ficar
indiferente, sentia-se chamado a partir e a conhecer a sua família global para habitar ao
lado dos seus irmãos, aqueles que mais necessitavam da sua presença.
Salvação universal
Diante desta realidade, Comboni nunca duvidou da salvação universal oferecida por
Deus a todos os povos. Manifestou esta convicção na espiritualidade da cruz que se
ergue para atrair a todos; no coração trespassado do bom pastor de onde saem sangue e
água “também para o africano” o povo “mais miserável á face da terra”; na confiança
posta nos africanos a quem considerava os protagonistas da evangelização.
Apesar das dificuldades e sofrimentos, Comboni procurou todos os meios, forças,
energias, para realizar a sua vocação, sentindo-se instrumento da aliança entre Deus e a
humanidade.
Daniel Comboni: “ Querida mãe terias dado cem filhos, se os tivesses tido, para que
viessem trazer alívio a estas pobres gentes. Agradece ao Senhor o ter-te concedido de
dares tudo o que tinhas.”
Daniel Comboni: “ Se parto deixo meus pais tristes, mas se não parto eu serei infeliz
para sempre”
Comboni vê a sua família global onde os africanos eram oprimidos e escravizados, onde
a pobreza se abatia por toda a Africa e onde o mundo se questionava se o negro tinha ou
não alma. Comboni colocou-se ao lado dos que mais necessitavam dele
Comboni decidiu aceitar a aliança de Deus e de ir ao encontro da sua família global
através da Cruz e do Sacrifício, confiando no Africano para a regeneração da Africa
através do Coração trespassado do Bom Pastor. Para ele, esta aliança, esta salvação não
é unicamente unilateral mas sim de todos nós, sem excepção. Cada um de nós só pelo
facto de existir já é responsável pela nossa família global. Somos Igreja Viva, Igreja
Universal, Igreja de Cristo.
3º Momento: Nós
Pertencentes a uma família nuclear, somos membros da família humana. Esta família
vive num determinado tempo e lugar, em circunstâncias particulares que são as nossas.
Num tempo de globalização, de facilidade de comunicação, de conhecimento global.
No entanto tudo isto que deveria favorecer a comunicação e a comunhão acentua as
diferenças entre ricos e pobres, entre norte e sul.
É nesta realidade concreta que também nós somos responsáveis não só da nossa família
nuclear, mas também da família humana. Somos re-criadores com Deus, desta
humanidade que é sua. Deus ao fazer aliança com cada um de nós (pelo dom da vida e
pelo baptismo), numa família concreta, quer chegar a todos os Homens, à família
universal. A aliança concluída com cada um não é para cada um, mas para a
humanidade. Esta responsabilidade concretiza-se através do valor da fraternidade,
porque aí somos criadores de comunhão, de unidade.
Por isso uma família que nos forme para a vida, para a realização concreta de cada um,
é aquela que nos forma à universalidade. Só o facto de existirmos já nos faz
responsáveis pela humanidade, porque somos re-criadores com Deus
Não escolhemos a nossa família nuclear, mas somos responsáveis por ela. Assim
também não escolhemos a família humana, mas somos também responsáveis por ela.
Participar na evangelização, meio de salvação para todos, é sermos co-criadores com
Deus: recriar a terra – humanidade
A nossa família não está isolada, faz parte de uma família maior, universal, uma
humanidade. Educar ao universal, à abertura, à igualdade, à responsabilidade, à
solidariedade, à fraternidade, é a tarefa de toda e qualquer família.
Viver na família global:
Respeitar
Viver em união
Partir da família núcleo e sentir-se universal
Cruz como factor de união
AMOR COMO FORÇA MOTRIZ
Conclusão:
O amor é a força motriz em Deus, JC, Comboni e que quer habitar em cada um
de nós.
O amor é o motor que nos impele à universalidade e à felicidade.
Reflexão Pessoal:
Cada um de nós faz parte da família humanidade e o simples facto de existirmos nos
traz a responsabilidade de vivermos para essa família, como fazemos com a família
nuclear. Devemos amar e cuidar a nossa família…