Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
2
Na linha daquilo que caracterizou de “irrealismo do executivo”, destacou a
execução das Despesas Correntes, que atingiu os 84%, tendo o investimento ficado
pelos 47%. Segundo Artur Penedos, “mais do que uma em cada duas obras
previstas ficou-se pelo papel”.
Apontou que no mapa de controlo orçamental da despesa, “a única rubrica da
despesa que apresentou uma execução a 100% foi a dos recursos aos empréstimos
bancários”, tendo reforçado que o investimento “ficou abaixo de metade do que foi
orçamentado”.
Artur Penedos apontou como “chocante” o nível de execução dos investimentos nas
áreas da Educação (não chegou a 20%), sendo este valor “bem elucidativo das
prioridades da Câmara e do que este Executivo está a deixar por fazer, pois em
2008 os Centros Escolares ficaram a zero; da Acção Social (não ultrapassou os
4,7%); da Cultura (não ultrapassa os 43%, estando executados 22% do
financiamento global); da Indústria e Energia (não ultrapassa os 32%, ficando a zero
os acessos às zonas industriais de Gandra e Serrinha, o melhoramento da
iluminação pública, etc) e do Turismo, que ficou “completamente a zero”.
Neste sentido, a execução do Plano Plurianual de Investimentos, de acordo com os
dados revelados, vê-se bem que o valor investido na Saúde é zero, na Educação
não ultrapassa 2,2% do total, na Indústria e Energia nem merecem 2% dos
investimentos e na Acção Social, segurança e ordem públicas, comércio e turismo
têm verbas insignificantes.
No ponto de vista de Artur Penedos “o Orçamento aprovado para 2009 tem uma
base irrealista e eleitoralista”. Para o candidato socialista à Câmara de Paredes
“trata-se de investimento para eleitor ver”.
Artur Penedos diz que ninguém acredita que este ano o investimento municipal em
Paredes aumente de 17 para 61 milhões de euros, ou seja, 250 por cento, num ano.
Diz, ainda, que ninguém acredita que a venda de imobiliário aumente 328% e que a
Câmara vá receber mais 300% de transferência de capital do que em 2008, como
defende a maioria PSD, os “vendedores” de ilusões fantasiosas.
No entanto, Penedos saudou a Câmara pelo facto de a mesma reconhecer nos
documentos distribuidos que, o pouco que fez em 2008, no que concerne ao
3
investimento no sector da Educação, “deve-se exclusivamente à política educativa
do actual Governo”, ironizou.
No Passivo, acrescentou “há um acréscimo de dívidas a Fornecedores de
Imobilizado em mais de 3,7 milhões de euros”. Em termos de Demonstração de
Resultados, Penedos destacou o facto de as remunerações terem aumentado mais
de 1 milhão de euros (representa um aumento de 11,8 por cento ao ano!), dos
Resultados Operacionais ascenderem a 2,6 milhões de euros negativos e dos
Resultados Correntes estarem próximos dos 3 milhões de euros negativos. Realça
ainda que a actividade corrente da Câmara de Paredes em 2008 reduziu o
património do Município em 3 milhões de euros.
Refira-se que, para Artur Penedos, a Reserva levantada pelo ROC põe em causa não
só o valor do Activo, como também das Amortizações. Com as Amortizações
subavaliadas, o Resultado Líquido registado é superior ao real.
“Mais do que uma em cada duas obras previstas ficou-se pelo papel”