Вы находитесь на странице: 1из 2

C.P.

Cidadania e profissionalidade.

DR 4

A declaração Universal dos Direitos Humanos surge após um período que envergonha a História, e por conseguinte compromete o

Homem. Efectivamente, a matança de um número infinito de pessoas e os atropelos à dignidade Humana levados então a cabo sobre

os que conseguiram sobreviver, levou ao acordar das consciências e conduziu à necessidade de elaboração desta declaração.

Efectivamente, embora não se apresente com força de Lei e por conseguinte não vinculativa, ou seja, comprometem-se a respeitá-la

apenas os países que a subscreveram, aparece como que a despertar consciências e um alerta para urgência em por termo às

violações da dignidade de cada um. Permito-me comentar de seguida os que considero mais representativos desse espírito:

Artigo 1.º

Todos os seres Humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir

uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Em contra-ponto com o conteúdo deste artigo, todos nos lembramos da escravatura na época dos Descobrimentos, da matança do

Índios na América pelos europeus, especialmente Ingleses e Irlandeses. Os negros, outro triste exemplo, não lhes era reconhecido

vontade própria, eram vendidos como se de mercadoria se tratasse. Não eram considerados pessoas, eram como que um misto de

humano/irracional.

Uns e outros, ao longo do tempo vêm carregando com esse estigma. Ainda num passado recente, a pouca distância da Europa

civilizada, não podiam frequentar os mesmos locais de diversão, viajar nos mesmos meios de transportes públicos nem sequer

residir nos mesmos bairros. Pode perguntar-se como foi possível tamanha enormidade com a indiferença de todos?

Artigo 3.º

Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Este artigo, tem uma amplitude inimaginável. “Todo indivíduo tem direito à vida”. Este curto conjunto de palavras, reconhece não

só o direito de viver a todas as pessoas, mas também, intrinsecamente, à extinção da pena de morte. Por mais hediondos que sejam

os crimes praticados (e eles por vezes surgem) a pena de morte não reabilita ninguém e também não resolve qualquer problema.

Também é certo que não repõe o dano ou a perda provocada. Também não possibilita a reintegração do condenado.

“Todo o indivíduo tem direito à liberdade”.

Sem necessidade de recuar muito no tempo, mesmo no nosso País, a Mulher, esta praticamente confinada á lida da casa. Não podia

votar, não tinha o direito de aceder a qualquer trabalho (estavam-lhes apenas reservados alguns), nem a ele aceder sem a

autorização do marido. Era uma clara e gravíssima limitação à liberdade das pessoas (nesta caso particular das Mulheres) só suprida

não hà muitos anos atrás.

“Todo o indivíduo tem direito à segurança pessoal”.

Página 1
C.P.

Esta parte daquele artigo tem tanta ou mais importância que as outras, no entanto, a amplitude de liberdade que algumas pessoas

apreendem para si próprios, impedem que a maioria, dela (segurança pessoal) possa desfrutar. A segurança pessoal de cada um é

directamente proporcional à sua liberdade e autodeterminação. Sem segurança não é possível pôr em prática a justiça e sem justiça

não há democracia.

Em resumo:

Nenhuma sociedade pode evoluir harmoniosamente à custa da restrição dos direitos de outrem. A sociedade tem que ser livre,

pluralista e permitir a criatividade para a todos poder oferecer harmonia e acolhimento, independentemente da sua raça, cor,

orientação sexual e ideais políticos.

Esta política baseia-se no princípio do respeito mútuo e respeito não é sinónimo de concordância. Logo este artigo reconhece e

valoriza a dignidade humana, pondo assim termo a práticas que nada nos dignificava e distinguia dos restantes animais. O Homem

deve distinguir-se dos restantes animais precisamente pela faculdade que tem: “ a capacidade de raciocínio”. Deve portanto utilizá-

lo para o bem comum.

Artigo 11.º n.º 1

“Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no

decurso de um processo público (2) em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas”(3).

A primeira parte deste princípio, ao determinar a existência desta figura jurídica em favor do indiciado ou acusado, faz com que, a

produção da prova, o ónus probatório (dever de provar a culpa) recai sobre quem acusa. Ou seja, cabe à acusação provar com solidez

a culpa do acusado, para que aquela figura seja afastada.

No processo, milita em favor do réu a presunção de inocência.

A segunda parte especifica a forma de processo, um processo público, com garantias de isenção e imparcialidade. Não pode ser

efectuado numa rua, praça ou outro lugar que não numa Instituição reconhecidamente indicada para o efeito.

A terceira parte permite ainda ao acusado recorrer da sentença que lhe foi aplicada em primeira apreciação, recorrendo, das

decisões que lhe são desfavoráveis, para instâncias superiores àquela.

Vejo a DUDH, como que um abanar das consciências, uma recomendação de boas práticas no reconhecimento da dignidade inerente

a todos os membros da família humana e dos seus direitos.

Contudo, no decorrer de qualquer guerra e no teatro de operações, não existem tribunais, fazendo cada um praticamente o que lhe

apetece, atropelando-se assim os mais elementares direitos das pessoas, quando eles eram mais necessários.

Coimbra, 04 de Fevereiro 2009.

J. Rodrigues

Página 2

Вам также может понравиться