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Artigo de Revisão Rev Bras Nutr Clin 2008;23(2):127-34

Modulação do balanço redox em crianças atletas:


possíveis efeitos do exercício e da suplementação
antioxidante
Redox balance in athletic children: effects of the exercise and antioxidant
supplementation
Modulación del balance redox en niños atletas: posibles efectos del ejercicio
y de la suplementación antioxidante

Marcelo dos Santos Isidório¹ Resumo


Leonardo dos Reis Silveira² Crianças estão sendo submetidas à especialização precoce e a programas de treinamento cada
vez mais intensos. Assumindo a elevada taxa metabólica na idade infantil e o aumento do consu-
mo de oxigênio induzido pelo exercício, o organismo infantil estaria produzindo espécies reativas
de oxigênio em maior quantidade. Estas espécies, quando em concentrações elevadas, reagem
com estruturas celulares oxidando-as, o que em um processo final pode levar à fadiga induzindo
lesões musculares. Paralelamente, o organismo possui um sistema de defesa antioxidante,
que apesar de ser modulado pelo treinamento, parece perder a magnitude de sua ação com
o avançar da idade. Para auxiliar este sistema de defesa tem-se proposto a suplementação de
vitaminas e minerais antioxidantes. Assunto de muito interesse e controvérsia em relação aos
adultos, a suplementação se torna ainda mais discutida nos grupos de idade pediátrica, pois
Unitermos
um nível basal de agentes oxidantes neste grupo parece ser de grande importância para os
Estresse oxidativo; antioxidantes;
processos de desenvolvimento e maturação. Muitas questões críticas sobre a relação do enve-
suplementos dietéticos; criança
lhecimento, exercício e suplementação têm sido observadas, no entanto, os mecanismos inter
Key words e intracelulares de geração de espécies reativas de oxigênio no corpo pediátrico frente ao exer-
Oxidative stress; antioxidants; cício não têm sido investigados na mesma proporção. A proposta desta revisão é prover aos
dietary supplements; child profissionais envolvidos em treinamento de crianças e jovens, a base fisiológica e bioquímica do
estresse oxidativo relacionado ao exercício e possíveis implicações na saúde da criança atleta.
Unitérminos
Estrés oxidativo; antioxidantes;
suplementos dietéticos; niño
Abstract
Children are being early submitted to specialization and intense training programs. Considering
the elevated metabolic rate and oxygen consumption imposed by exercise in the pediatric age,
Endereço para correspondência: it would be rationale expected an elevated reactive oxygen species (ROS) production during
Marcelo dos Santos Isidório intense muscle contractions. Under such condition, the ROS production is accelerated inducing
Rua São Nicolau D2/101 – Água Fresca the organism to the oxidative stress consequently increasing muscular damage. In contrast,
CEP 35900-458 – Itabira MG when ROS are produced in low amounts they are easily neutralized by endogenous antioxidants,
Fone: (31) 3834-2760/(31) 9682-6126 including enzymatic and non-enzymatic system. Recent studies has evidenced that the magni-
E-mail: marceloisidorio@yahoo.com.br tude of antioxidant system is down regulated with aging process reducing its antioxidant capacity
of organism. In contrast, antioxidant system is up regulated by training program attenuating the
Submissão oxidative effect on muscle tissue during contractions. Additionally, antioxidant supplementation
21 de abril de 2006 of vitamins and minerals has been largely used as antioxidants in attempt to reduce oxidative
Aceito para publicação stress. Topic of much interest and controversy, there is still not consensus that supplementa-
27 de março de 2007 tion in pediatric age is benefic to perform and healthy. In addition, a basal level of oxidants in
this group has been suggested of importance in development and maturation processes. Many
critical questions about the relationship of the aging, exercise and supplementation have been
raised. However, the cellular mechanisms of ROS production in children during exercise have not
been investigated. The purpose of this review is to provide the professionals involved in children’s
and young training with the physiologic and biochemistry base of the oxidative stress related to
exercise and possible implications in the athlete’s child health.
1
Especialista em Treinamento Esportivo - Escola de
Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacio-
nal, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Resumen
2
Pós-doutorando em Fisiologia - Instituto de Ciências
Niños están siendo sometidos a la especialización precoz y a programas de entrenamiento
Biomédicas I, Departamento de Fisiologia e Biofísi-
ca – USP cada vez más intensos. Asumiendo la elevada tasa metabólica en la edad infantil y el aumento
Isidório MS, Silveira LR

del consumo de oxígeno inducido por el ejercicio, el organismo infantil estaría produciendo especies reactivas de oxígeno en mayor cantidad.
Estas especies, cuando en concentraciones elevadas, reaccionan con estructuras celulares oxidando-las, lo que en un proceso final puede
llevar a la fatiga induciendo lesiones musculares. Paralelamente el organismo tiene un sistema de defensa antioxidante que a pesar de ser
modulado por el entrenamiento parece perder la magnitud de su acción con el avanzar de la edad. Para auxiliar este sistema de defensa se
ha propuesto la suplementación de vitaminas y minerales antioxidantes. Asunto de mucho interés y controversia en relación a los adultos la
suplementación se hace aún más discutida en los grupos de edad pediátrica, pues un nivel basal de agentes oxidantes en este grupo parece ser
de gran importancia para los procesos de desarrollo y maduración. Muchas cuestiones críticas sobre la relación del envejecimiento, ejercicio
y suplementación ha sido observadas, sin embargo, los mecanismos de generación de especies reactivas de oxígeno en el cuerpo pediátrico
frente al ejercicio no ha sido investigada en la misma proporción. La propuesta de esta revisión es proveer a los profesionales envueltos en
entrenamiento de niños y jóvenes la base fisiológica y bioquímica del estrés oxidativo relacionado al ejercicio y posibles implicaciones en la salud
del niño atleta.

Introdução é que os requerimentos e recomendações com referência à su-


plementação de vitaminas e minerais antioxidantes, sujeitos
O aparecimento de crianças na elite do esporte tem le- de muito interesse e controvérsia em adultos, se torna ainda
vantado questões sobre possíveis efeitos adversos do treina- mais importante para as necessidades específicas do grupo
mento esportivo intenso e da competição durante a fase de de idade pediátrica, em que condições de oxidação têm sido
crescimento e em relação às crianças e jovens, o treinamento sugeridas como sendo de importância em processos de de-
deverá consistir em programas e procedimentos diferentes senvolvimento e maturação. Assim, os marcadores de ataque
daqueles adotados em um treinamento de adultos, onde pro- oxidativo devem ser diferentemente interpretados na infân-
blemas referentes ao crescimento e desenvolvimento devem cia comparados à idade adulta12.
ter prioridade1-2. Pesquisas têm indicado que o organismo adulto é mais
O estudo dos efeitos do treinamento físico em garotos suscetível ao estresse oxidativo durante o exercício por causa
pré-puberes tem produzido resultados controversos. Embora de mudanças ultra-estruturais e bioquímicas relacionadas à
alguns estudos relatem que o treinamento provoca melhora idade, que facilitam a formação de EROs13. No entanto, atu-
na capacidade aeróbica máxima (VO2 máx)1, outros, entretan- almente os atletas já na categoria infantil estão sendo sub-
to, não observaram melhora significativa após treinamento3. metidos a programas de treinamento cada vez mais inten-
Para Stricker4, a criança pode aumentar seu VO2 máx com o sos. Desta forma, alguns questionamentos surgem: o atleta
treinamento, mas deve estar claro que a capacidade de sua pediátrico entra em estresse oxidativo? Como comporta o
treinabilidade é menor que a dos adultos. sistema de defesa antioxidante nos atletas jovens frente ao
Diferentes estudos sugerem fortemente que a produ- treinamento sistemático? Será que é necessário suplementar
ção de espécies reativas de oxigênio (EROs) está aumentada, o atleta já nesta idade? Quais os valores de normalidade dos
como resultado da atividade muscular intensa5-6. Assumindo índices de estresse oxidativo para o grupo infantil?
um maior consumo de oxigênio (O2) induzido pelo exercício A proposta desta revisão é familiarizar fisiologistas, prepa-
no atleta pediátrico, é presumível também um aumento na radores físicos e nutricionistas, especialmente aqueles envolvi-
produção destas espécies nesse grupo. A alta produção dessas dos em treinamento de crianças e jovens com a base fisiológica
espécies reativas é responsável por várias ações deletérias, tais e bioquímica do estresse oxidativo relacionado ao exercício, al-
como aumento de peroxidação lipídica, aumento na oxida- gumas das metodologias utilizadas em sua determinação, pos-
ção de proteínas e danos ao DNA, podendo resultar em mor- sibilidades de intervenção com a suplementação antioxidante
te celular7 . Para combater a alta produção de EROs e evitar e possíveis implicações na saúde da criança atleta.
o estresse oxidativo, o corpo utiliza um efetivo sistema de
defesa antioxidante, incluindo antioxidantes enzimáticos e Bioquímica dos radicais livres
não enzimáticos8-9. Estudos indicam que o treinamento físico
modula o sistema de defesa antioxidante e reduz o estresse Na estrutura dos átomos e das moléculas, os elétrons
oxidativo induzido pelo exercício10. Considerando que o sta- associam-se normalmente em pares. Define-se radicais livres
tus antioxidante é modulado pelo treinamento, quando se (RLs) como qualquer molécula ou átomo que tem na sua úl-
excede o nível de exercício no qual o indivíduo está adaptado, tima camada um ou mais elétrons desemparelhados, ou seja,
é aceitável que a suplementação dietética de antioxidantes números ímpares. A zona magnética criada por sua rotação
seja benéfica. Entretanto, a concentração normal de EROs (spin) não é compensada pela rotação inversa de um elétron
ainda é desconhecida, assim como as doses de antioxidantes pareado. Pode ser eletricamente neutro ou carregado positiva
necessárias para manter um nível de oxidantes endógenos ou negativamente. Tem meia vida curta em concentrações
adequados para os processos fisiológicos normais como no muito pequenas, causando grande dificuldade na sua deter-
envelhecimento, inflamação e em infecções11. Outra questão minação. Essa peculiaridade química os deixa muito reativos,
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Modulação do balanço redox em crianças atletas: possíveis efeitos do exercício e da suplementação antioxidante

formando a base de sua possível toxidade. Esses elétrons não nam o nível de estresse metabólico imposto pelo exercício20.
pareados, normalmente reagem com moléculas da vizinhan- Considerando que durante o exercício intenso o consumo de
ça, comportando-se como receptores ou como doadores de O2 intramuscular aumenta em aproximadamente 100 vezes e
elétrons, deixando neste processo uma variedade de molécu- que 2 a 5% do O2 utilizado pelas mitocôndrias são convertidos
las alteradas. Essa reação continua até que dois RLs se en- em EROs, é razoável supor que a produção mitocondrial de
contrem e seus números ímpares de elétrons formem um par O2·- em tais condições se encontre igualmente aumentada8,21.
estável ou até que o radical livre encontre um antioxidante14. O aumento do fluxo de elétrons na cadeia de transporte de
Algumas espécies não apresentam elétrons desempare- elétrons mitocondrial, causada pelo aumento no consumo de
lhados em sua última camada, sendo denominadas de espé- O2 durante o exercício aeróbio, pode aumentar a produção de
cies reativas de oxigênio (EROs) pela alta capacidade de gerar EROs22. Em adição, o fluxo sangüíneo é restrito em diversos
RLs15. EROs são encontradas em todos os sistemas biológicos órgãos e tecidos para aumentar o aporte para os músculos
e em condições fisiológicas o O2 sofre redução tetravalente, ativos. Assim, as regiões privadas temporariamente do fluxo
com aceitação de quatro elétrons, resultando na formação de entram num estado de hipóxia, que é maior quanto mais in-
H2O. Durante esse processo são formados intermediários rea- tenso o exercício. Ao finalizar a atividade intensa, todas as
tivos como o radical superóxido (O2·-), o peróxido de hidrogê- áreas afetadas são reoxigenadas, compreendendo o fenômeno
nio (H2O2) e o radical hidroxila (.OH)15-17. de isquemia-reperfusão, com a conhecida produção de EROs23
(Figura 1).
Músculo esquelético, exercício físico e
estresse oxidativo
Apesar do sofisticado sistema de defesa antioxidan-
te, existe atualmente uma série de resultados mostrando a
possibilidade de ocorrência de estresse oxidativo em células
musculares. Davies et al.18 mostraram pela primeira vez a for-
mação de EROs em homogenato de músculo de ratos. Reid et
al.19 verificaram em músculo diafragma de rato eletricamente
estimulado um aumento na produção de O2·-. Porém, nesses
estudos, o tecido vascular, um conhecido sítio de formação
de EROs não foi completamente eliminado. Recentemente
Silveira et al.5 demonstraram em cultura primária de células
musculares a produção de EROs e óxido nítrico (NO) durante
contrações intensas. Nesse modelo, esses pesquisadores isola-
ram qualquer tipo de tecido capaz de gerar EROs, sendo a ge- Figura 1 - Principais vias de formação intracelular de EROs em células
ração de oxidantes neste caso, exclusiva do tecido muscular, do músculo esquelético durante o processo de isquemia-reperfusão e
mecanismo de defesa antioxidante. As abreviações e símbolos são de-
não deixando qualquer dúvida da produção dessas espécies
finidos como: XO = xantina oxidase, O2·-= radical ânion superóxido, ·OH
em músculo esquelético. = radical hidroxila, H2O2 = peróxido de hidrogênio, SOD = superóxido dis-
Durante o exercício, fatores como intensidade e duração, mutase, CAT = catalase, GPX = glutationa peroxidase, GSH = glutationa
bem como o status de treinamento dos participantes, determi- reduzida e GSSG = glutationa oxidada.

Tabela 1 - Principais características do ânion superóxido, peróxido de hidrogênio e radical hidroxila.


Nome Simbolo características Tempo de vida
Espécie pouco reativa, porém muito tóxica
Pode se formar como produto de muitas
Superóxido O2 ·- 10-6 segundos
reações catalizadas enzimaticamente
Fraca ação oxidante e forte redutor 16,17.
Substância altamente hidrossolúvel e penetra
facilmente na célula. Age como precursor
para a formação de outros radicais livres. É
Peróxido de Hidrogênio H2O2 10-2 segundos
potencialmente perigoso pela sua habilidade
de atravessar facilmente membranas
biológicas e ter alta estabilidade14.
É a mais reativa das EROs. Formado da reação
do superóxido com o peróxido de hidrogênio
Hidroxila ·OH na presença de metais de transição 10-9 segundos
pricipalmente ferro e cobre, demonstrada pela
reação de Fenton16.
129
Isidório MS, Silveira LR

Examinando-se o efeito do exercício agudo na produção talase (CAT) e Glutationa Peroxidase (GPX). Essas enzimas
intracelular de EROs, na peroxidação lipídica, na oxidação constituem-se a defesa primária contra a geração de EROs
de proteínas e na razão mitocondrial de glutationa reduzida durante o exercício e sua atividade é conhecida por aumentar
(GSH) /glutationa oxidada (GSSG) no músculo esquelético a defesa anti-oxidante, em resposta ao exercício, tanto nos
de ratos jovens e adultos, verificou-se um aumento significa- estudos em animais quanto em humanos29. A capacidade an-
tivo dos níveis de estresse oxidativo no tecido muscular dos tioxidante de tecidos e órgãos mostra-se diferente. Di Meo
animais adultos comparado ao dos animais jovens24. Em outro et al.30, em estudo feito com ratos, observaram que o fígado
estudo, Liu et al.25 investigaram as respostas do estresse oxi- exibe maior capacidade anti-oxidante, seguido pelo sangue,
dativo frente ao exercício crônico e agudo em diversos órgãos coração e músculo. Porém, o sistema antioxidante enzimáti-
como cérebro, rim, coração, fígado e músculos de ratos. Os co mostrou se adaptar ao treinamento de alta intensidade em
resultados mostraram que o estresse oxidativo induzido pe- indivíduos treinados e destreinados. Essa baixa capacidade
las duas formas de exercício produziu respostas diferentes, as antioxidante do músculo, portanto, pode ser aumentada por
quais foram dependentes do tipo de tecido avaliado e de sua meio da prática regular de exercício físico31.
capacidade antioxidante. Superóxido dismutase: Famíla de enzimas com dife-
Quando um estímulo como o exercício físico provoca rentes grupos prostéticos em sua composição. Existente sob
uma elevada geração de EROs ou a diminuição do sistema de duas formas: a dependente de cobre e zinco (presente no cito-
defesa, ocorre um desequilíbrio entre a produção e a remoção sol) e a dependente de manganês (localizada na mitocôndria).
das mesmas, levando à ocorrência de estresse oxidativo8,26. Ação: Acelera a dismutação do O2·- em H2O2 (Figura 1).
Essa situação é responsável por várias ações deletérias em Catalase: Hemeproteína citoplasmática encontrada
nosso organismo como peroxidação de lipídios, carbonilação em diferentes tecidos. Baixo constante de afinidade (km) pelo
de proteínas e danos ao DNA celular7. Conseqüentemente, H2O2 na maioria dos tecidos. No músculo esquelético possui
causando alterações funcionais das estruturas celulares, pre- um km relativamente elevado.
juízo das funções vitais e indução de apoptose em diversos Ação: Catalisa a redução do H2O2 a H2O e O2 (Figura 1).
tecidos e órgãos (Figura 1). Seu efeito deletério vai variar de Glutationa peroxidase: Sua concentração varia de acor-
acordo com a idade, estado fisiológico e dieta27. A síndrome do com os tecidos. No músculo esquelético 55% de sua ativida-
do sobretreinamento (overtraining), a fadiga muscular e a di- de é mitocondrial. Apresenta maior atividade em fibras lentas
minuição do desempenho físico estão associados ao estresse e, possui um baixo km pelo H2O2 no músculo esquelético5.
oxidativo induzido pelo exercício intenso10,28. Ação: Catalisa a redução do H2O2 e peróxidos orgânicos
para seus correspondentes álcoois, às custas da conversão da
Defesa antioxidante e exercício GSH a GSSG (Figura 1).

As células vivas têm se adaptado à existência de uma con- Antioxidantes não enzimáticos
centração moderada de EROs. Dentre os vários mecanismos
adaptativos, o sistema de defesa antioxidante é o de maior O sistema antioxidante não enzimático inclui principal-
importância12. Esse sistema pode ser dividido em dois maiores mente a GSH, as vitaminas E, C, e A, ubiquinona (Coenzima
grupos: antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos. Q10) e cisteína21. A maioria desses antioxidantes está estra-
tegicamente compartimentalizada em organelas subcelulares
Antioxidantes enzimáticos para proporcionarem o máximo de proteção contra os danos
causados pelas EROs. Esse sistema de proteção antioxidante
O grupo enzimático possui um número limitado de en- trabalha em conjunto com o sistema antioxidante enzimáti-
zimas e é constituído pelo Superóxido Dismutase (SOD), Ca- co para minimizar os efeitos das EROs nos tecidos.
Glutationa: Segundo Lands et al.32, é o principal an-
tioxidante celular do nosso organismo, sendo constituído de
Tabela 2 - Micronutrientes e defesa antioxidante no tecido muscular.
um tripeptídeo existente na forma reduzida (GSH) e oxidada
Micronutrientes Função antioxidante no (GSSG). Atua direta ou indiretamente em muitos processos
músculo esquelético
biológicos importantes, incluindo síntese de proteínas, meta-
Vitamina E Protege contra lipoperoxidação
bolismo e proteção celular. É reconhecidamente um antioxi-
Vitamina C Remove OH; Recicla vitamina E
Vitamina A Reduz produtos oxidados em baixo
dante fisiológico chave e sua alta capacidade de doar elétrons
níveis do O2·-
combinada a sua alta concentração intracelular, resulta em
Ubiquinona Regenera tocoferôl; Desativa O2·-
uma molécula de grande poder redutor31.
Cisteína Reduz a fadiga e facilita a Vitamina E: Também chamada de tocoferól, possui qua-
recuperação; Precursor do GHS tro análogos: alfa, beta, gama e delta. De todos, o alfa-tocoferol

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Modulação do balanço redox em crianças atletas: possíveis efeitos do exercício e da suplementação antioxidante

apresenta a maior captação pelo organismo. Estudos em labo- antioxidantes, tais como: beta-caroteno, vitamina C, vitami-
ratório têm estabelecido que a vitamina E é um antioxidante na E, ubiquinona, GSH e cisteína. Neste sentido, existem evi-
extremamente efetivo na proteção dos ácidos graxos poliinsa- dências atuais de que a administração de antioxidantes tem
turados de cadeia longa (PUFAs) contra as ações das EROs. Ela impacto benéfico contra os efeitos causados pelo exercício
parece ser essencial para a proteção de lipoproteínas circulantes físico intenso, ou seja, uma dieta rica em antioxidantes seria
e para o correto funcionamento das membranas celulares33 . fator protetor na luta contra a oxidação, sendo uma terapia
Vitamina C: Também conhecida como ácido ascór- preventiva contra as EROs11. Entretanto, a concentração nor-
bico ou ascorbato é um micronutriente essencial envolvido mal de espécies reativas não é determinada, nem as doses de
em muitas funções biológicas e bioquímicas. Alguns estudos antioxidantes necessárias para manter um nível de oxidan-
têm indicado que a suplementação de vitamina C atenua o tes endógenos adequados nos processos fisiológicos normais
estresse oxidativo induzido pelo exercício, mas os achados como no envelhecimento, inflamação e em infecções. Portan-
são inconsistentes34. Porém, outras diferentes propriedades to, cuidar da dieta do esportista, verificando sua riqueza em
antioxidantes têm sido estabelecidas, como reciclar vitamina antioxidantes naturais, pode ser uma boa maneira de evitar o
E, remover .OH, dentre outros. estresse oxidativo.
Vitamina A: O Beta-caroteno (carotenóide) é a mais
importante fonte de vitamina A. Ele forma um tipo inco- Possíveis alvos biológicos
mum de agente redutor biológico, pois reduz melhor os pro-
dutos de oxidações a baixos níveis de O2. Age in vivo como Proteínas, DNA e lipídios poliinsaturados são os candi-
desativador do oxigênio singlete (uma espécie radical), ou datos naturais para o ataque oxidante.
como seqüestrador do radical peroxil, reduzindo a oxidação Peroxidação lipídica: Considerada uma das principais
do DNA e de lipídios35. conseqüências do estresse oxidativo, a peroxidação lipídica
Ubiquinona: É o único lipídio endógeno que apresenta (PL) ocorre em PUFAs e é iniciada por um radical .OH que
função redox. A principal função ocorre na membrana mito- captura um átomo de hidrogênio de um carbono metileno da
condrial interna, onde participa da cadeia de transporte de cadeia do ácido graxo12. Em relação ao exercício, estudos reali-
elétrons e translocação de H+ na mitocôndria. Outra impor- zados indicam que há um aumento na PL tanto em exercícios
tante função é a regeneração do tocoferól na membrana mi- aeróbios quanto anaeróbios, incluindo-se o exercício resistido
tocondrial. A ubiquinona também exerce papel considerável (com pesos), realizados de forma aguda.
na desativação do O2·-, pois este, após ser gerado na mitocôn- Danos ao DNA: Têm sido observados danos ao DNA
dria é prontamente oxidado pela ubiquinona, formando O2 e em muitos tipos de células, de invertebrados a mamíferos,
a forma reduzida ubiquinol32. e em resposta a múltiplas formas diferentes de estresse oxi-
Cisteína: A cisteína é um aminoácido sintetizado a dativo. O O2·- e o H2O2 não estão envolvidos diretamente
partir da metionina, por meio da via de transulfuração du- em danos ao DNA. Entretanto, sua interação com metais de
rante a vida adulta e junto com a L-cistina está implicada na transição, por meio da reação de Fenton, promove oxidação
desintoxicação, principalmente como antagonista dos RLs e dos filamentos de DNA e modificações em sua base16.
precursor da GSH32. Carbonilação de proteínas: Entre as várias modifica-
ções oxidativas de aminoácidos em proteínas, a carbonilação
Suplementação antioxidante é considerada um marcador inicial de degradação protéica. A
carbonilação de proteínas pode também ser formada da reação
A nutrição é conhecida por influenciar o status antioxi- de aldeídos (formados da PL) com proteínas. A presença de pro-
dante, o que pode explicar algumas das inconsistências obser- teínas carboniladas em amostras de células e tecidos tornou-se
vadas em alguns estudos9. A natureza equivocada desses re- grandemente aceito como marcador de estresse oxidativo12,16.
sultados parece refletir uma diversidade de fatores, incluindo
os antioxidantes testados, a natureza e o tempo de exercício, Métodos de avaliação do estresse
a idade e a saúde dos sujeitos e o método de avaliação do oxidativo
estresse oxidativo. Para Galassetti et al.36, apesar da formação
de EROs e da ação de antioxidantes serem reguladas indepen- A detecção direta das EROs em sistemas biológicos é di-
dentemente pelo exercício e dieta, pouco é conhecido sobre ficultada por suas concentrações extremamente baixas e por
seu efeito combinado. Já Banerjee et al.37, sugerem que a su- suas altas velocidades de reação, chegando a ponto de as taxas
plementação de certos nutrientes antioxidantes é necessária de remoção serem iguais às taxas de reação com biomoléculas.
para indivíduos fisicamente ativos. Numerosos métodos existem para avaliar o estresse oxidati-
Tem-se demonstrado a possibilidade de minimizar o im- vo, alguns deles medem diretamente o resultado do estresse
pacto das EROs no organismo por meio da administração de (acúmulo de produtos oxidados), enquanto outros métodos

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Isidório MS, Silveira LR

verificam a capacidade de defesa antioxidante (capacidade oxidação devem ser diferentemente interpretados na infân-
antioxidante total ou específica)12. cia e na idade adulta12.
Detectando a PL: Os métodos utilizados são: determi- A falta de pesquisas torna o desenvolvimento de reco-
nação de malondialdeído (MDA), seja pelo método TBARS mendações nutricionais para atletas jovens problemática,
(thiobarbituric acid reactive substances) ou por cromatografia isso torna difícil a quantificação requerida de micro e macro-
líquida de alta eficácia (HPLC). Medidas de gases alcanos exa- nutrientes adequados para o crescimento e desenvolvimento,
lados, principalmente etano e pentano também são utiliza- em conjunto com o que é requerido pela prática esportiva.
dos para verificar a PL12. Crianças têm características fisiológicas que as distinguem
Dosagem de ácido úrico: Sua concentração elevada dos adultos e requerem considerações nutricionais específi-
pode sugerir uma maior atividade da enzima xantina oxidase cas. Essas diferenças na idade ou maturação incluem: uma
(XO) durante atividade muscular intensa, quando a demanda grande necessidade de ingesta de proteínas, para suportar o
de ATP é aumentada (Figura 1), indicando um aumento na crescimento de tecidos; uma grande necessidade de ingesta
produção de O2·- por esta via7. de cálcio, para suportar o crescimento ósseo; um alto custo
Razão GSH/GSSG: Na inativação de um agente oxi- energético das atividades físicas e um grande esforço termor-
dante ocorre produção de GSSG e depleção de GSH. Em situa- regulatório em um dado nível de hidratação40.
ções em que o sistema redox está íntegro, haverá recuperação Exercício em crianças saudáveis altera profundamente os
da GSH via glutationa redutase na presença de NADPH. mediadores de estresse oxidativo, sistema imune e inflamató-
Quantificação de aminoácidos oxidados na urina: rio. Esta condição pode alterar os processos de crescimento pela
Serve como uma medida não invasiva do estresse oxidativo in interação das EROs e fatores inflamatórios, modulando os ní-
vivo. Essa técnica pode ser interessante quando pensamos em veis de hormônio do crescimento. Esses achados sugerem vias
avaliar o estresse oxidativo nas crianças atletas. Pelo fato de específicas, na qual um equilíbrio entre fatores pró e antiinfla-
ser uma técnica não invasiva, a modulação do balanço redox matórios, catabólico e anabólico associados com o exercício,
poderá ser observada diretamente em humanos, apresentan- podem influenciar a saúde e crescimento nas crianças41. Portan-
do, desta forma, resultados mais conclusivos. to, a verificação periódica do comportamento de marcadores
de estresse oxidativo, defesa antioxidante e lesão muscular nos
Criança atleta: evidências atuais atletas jovens poderá indicar caminhos seguros para o correto
controle das sobrecargas de treinamento. Há a necessidade de
As pesquisas com jovens atletas se tornam particularmen- monitorar as atividades de atletas jovens, modificar fatores que
te difíceis devido à velocidade de crescimento físico na infância. possam colocá-los em risco aumentado de danos musculares e
Alguns pesquisadores, utilizando as concentrações plasmáticas forçar períodos de descanço, quando necessário42.
de GSH, número de leucócitos e atividade da enzima creatina
quinase (CK) em garotos de 13 anos de idade, observaram que Considerações finais e
as respostas destes marcadores foram elevadas durante o esfor- perspectivas futuras
ço muscular, com sinais mais evidentes no grupo que executou
contrações excêntricas. Está estabelecido que crianças, como Reconhecer as causas da susceptibilidade para os efeitos
adultos, vivenciam graus similares de distúrbios musculares provocados pela oxidação e os mecanismos principais que au-
seguintes ao exercício intenso, porém, as crianças podem recu- mentam o estresse oxidativo, bem como, o conhecimento do
perar mais facilmente, comparadas aos adultos 38. sistema de defesa antioxidante, incluindo o perfil antioxidan-
O papel dos antioxidantes na manutenção da home- te individual que muda continuamente com a exposição ao
ostase tem sido estabelecido. Anyanwu et al.39 avaliaram estresse, permitirá delinear uma estratégia terapêutica racio-
a função antioxidante em atletas adolescentes submetidos nal em condições associadas com os possíveis danos oxidati-
ao exercício físico e concluíram que após exercício físico in- vos provocados pelo exercício no organismo infantil.
tenso, os níveis de estresse oxidativo devem ser monitora- O maior problema na avaliação do papel do estresse oxi-
dos e a suplementação antioxidante administrada quando dativo em humanos tem sido a dificuldade em determinar
necessária, para manter a integridade das funções celulares. quais doses e combinações de antioxidantes melhor previne
Contudo, os requerimentos e recomendações com referên- danos aos tecidos. Neste sentido, a contribuição para o avan-
cia à suplementação de vitaminas e minerais antioxidantes, ço científico dentro desta área está em detectar um marcador
sujeitos de muito interesse e controvérsia em adultos, se sanguíneo e tecidual mais sensível, o que pode ajudar a eluci-
torna ainda mais importante para as necessidades especí- dar as contradições presentes na literatura.
ficas do grupo de idade pediátrica, pois um nível basal de Cuidar da dieta do esportista verificando sua riqueza em
agentes oxidantes parece ser importante em processos de antioxidantes naturais pode ser uma boa maneira de evitar o
desenvolvimento e maturação. Portanto, marcadores de estresse oxidativo.

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Modulação do balanço redox em crianças atletas: possíveis efeitos do exercício e da suplementação antioxidante

Em relação às crianças atletas, um correto controle da namento sistemático. Isso permitirá aplicações corretas das
intensidade de treinamento baseada, entre outras coisas, na sobrecargas de treinamento possibilitando ao atleta jovem
avaliação bioquímica periódica dos marcadores de estresse, chegar à categoria adulta com seu organismo preservado,
poderá fornecer subsídios importantes para o conhecimento conseqüentemente, favorecendo-o a estender sua longevida-
das respostas fisiológicas neste grupo de atletas, frente ao trei- de esportiva.

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