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Profeta Isaías - Capítulo 6 versículos 8 a 10.

Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias

Profeta Isaías 6:8-10 - Ouvi a voz do Eterno, dizendo: A quem enviarei, quem há
de ir por nós? - e eu exclamei: 'aqui estou. Envia a mim!' 9 Ele disse:Vai e fala a
este povo: Certamente escutais, mas não compreendeis; olhais, mas não vos
apercebeis. 10 Embota o coração deste povo, ensurdece seus ouvidos e cerra
seus olhos para que, ao enxergar com os olhos, escutar com os ouvidos e
compreender com o coração, não se arrependam e sejam curados.
Alegação missionária:
Que estes versos aludem a Jesus, de Nazaré, que segundo um texto não judaico
falava por parábolas.

Contexto da Passagem:
Não somente os versos citados pelos missionários se refere ao próprio profeta
Isaías, como todo o capítulo 6, que relata o início de sua vocação profética. Os
versos não tem nenhuma ligação com a distorcida interpretação missionária que
Jesus "falava" por parábolas. Os missionários tiram o versículo do seu contexto
correto e transladam para uma posição que acham conveniente

Resumo para entendimento:

Eventos muito importantes ocorreram durante a vida de Yeshayáhu, tanto na


história de nosso povo quanto na história do mundo em geral. Yeshayáhu viu o
surgimento de um novo império, a Assíria, cujo rei Shalmaneser conquistou o
Reino Norte, e exilou as Dez tribos. Somente Judéia permaneceu, e este foi o
último baluarte da verdadeira fé num Único D'us.
Porém ali, também, as práticas perversas dos vizinhos começaram a causar
danos, e a Cidade Sagrada de Jerusalém muitas vezes foi profanada pela
idolatria, injustiça e corrupção. Yeshayáhu levou ao rei e ao povo a mensagem
de D'us, num tempo em que a idolatria parecia estar fincando raízes na terra, e
ele pregou justiça e caridade numa época em que a moral do povo descia cada
vez a níveis mais baixos.
Sobre o seu chamado Divino, Yeshayáhu (Isaías) assim relata no capítulo 6:
"No ano da morte do Rei Uzziá (isso significa quando ele foi atacado pela lepra
e estava isolado), eu vi D'us sentado sobre um trono alto e exaltado, e Sua glória
preenchia o santuário. Serafins (anjos de fogo) estavam de pé à Sua volta. Cada
um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés, e com duas
ele voava. E um falava com o outro, dizendo: 'Santo, Santo, Santo é o Senhor
dos Exércitos; a terra inteira está repleta com Sua glória.'

"E os pilares tremiam com as vozes daqueles que clamavam, e a casa ficou
repleta de fumaça. E eu disse: 'Infeliz sou eu, um homem de lábios impuros, e no
meio de pessoas com lábios impuros eu habito; pois o Rei, o Senhor das Hostes,
meus olhos viram.'
"Então um Serafim voou na minha direção, e em sua mão havia um carvão que
ele tinha tirado do altar com o pegador. Ele o colocou sobre minha boca e disse:
'Vê, isso tocou teus lábios, e tua iniqüidade partiu e teu pecado está perdoado!'

"E eu ouvi a voz de D'us, dizendo: 'A quem Eu enviarei e quem irá
por nós?' E eu disse: 'Aqui estou; envia a mim.' E Ele respondeu:
'Vai, diz a este povo; vocês ouviram, mas não entenderam; vocês
viram, mas não sabem. Obstinado é o coração deste povo; seus
ouvidos são pesados e seus olhos fechados; ou então seus olhos
veriam, seus ouvidos ouviriam, e seus corações entenderiam, para
que se arrependam e sejam curados.'"

A missão de Yeshayáhu era, antes de mais nada, admoestar as pessoas e insistir


com elas para que se arrependessem e voltassem a D'us. Ele diz ao povo que
D'us é seu pai, e que eles são Seus filhos. Ele chama os filhos rebeldes a voltarem
ao Pai amoroso.

Assim, já no primeiro capítulo (do livro que lemos no Shabat Chazon), sua voz
troveja:

"Ouçam, ó Céus, e ouça, ó Terra, pois D'us falou. 'Os filhos que eu nutri e criei,
eles se rebelaram contra Mim. O boi conhece o seu dono, o jumento conhece o
jugo do amo, mas Israel não conhece, Meu povo não considera…'"

Assim ele conclama céu e terra como para serem testemunhas de que Israel se
mostrou ingrato e desobediente. Ele não hesita em culpar os líderes, a quem
chama de "Governantes de Sodoma", pelo baixo nível moral do povo. Repreende
severamente os devotos hipócritas que oferecem sacrifícios a D'us, mas que não
deixam de pecar, pensando que podem "subornar" D'us, como fazem os
idólatras.

Para o judeu pensar:

Não sou Eu o Eterno? E não há nenhum deus além de Mim – um D'us


justo e Salvador; não há ninguém mais. Volte para Mim e salve-se, todos os
confins da terra, pois Eu sou D'us e não há nenhum outro ."(Yesha’yáhu - Isaias
45:21-22).

Profeta Isaías - Capítulo 7 versículo 14


Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias
Profeta Isaías 7:14 - Eis pois que o Eterno, Ele mesmo, vos dará um sinal: eis
que a moça grávida dará à luz um filho e o chamará Imanuel ('D'us está
conosco')

Alegação missionária:

Que o verso 14 justifica o nascimento de Jesus, de Nazaré através de uma


virgem de acordo com a descrição de texto não judaico.

Contexto da Passagem:

O versículo relata um sinal que o Eterno dará ao Rei Achaz (Acaz). O


nascimento de uma criança, que aconteceu no mínimo 700 anos antes de Jesus.

Resumo para entendimento:

1 - O Reino de Efraim (norte) se aliou ao rei de Aram (Retsin) na tentativa de se


livrar do perigo assírio (Is-7:2). O Reino de Judá (sul) não participou da aliança
com o Reino de Efraim e Aram. Estes dois reinos temendo que o reino do sul
(Judá) se tornasse aliado da Assíria, resolveram atacar (Judá) para remover do
trono o Rei Achaz (Acaz) e colocar em seu lugar o filho de Tav'al, rei de Tiro.
Achaz, presumindo e temendo um ataque da aliança do norte (Efraim e Aram)
efetua uma verificação da reserva de água de Jerusalém (Is-7:3). No entanto o
profeta Isaías vai ao encontro do Rei e o tranqüiliza que não haverá perigo pois,
continua válida a promessa (do Eterno) que a dinastia do rei Davi será mantida,
desde que confie nas providências divinas.(Is-7:4)

O Rei Achaz não deu crédito as promessas do Eterno feitas pelo profeta Isaías e
pediu auxílio a Assíria. O profeta condenou este modo de agir do rei e
proclamou que o Eterno estaria presente, que Ele (D'us) estaria ao lado do
Reino do Sul (Judá), que "D'us Estaria Conosco" - Imanuel.

Assim, de acordo com o contexto do Capítulo 7:1-9 de Isaías conclui-se que, o


Eterno promete um sinal ao rei Achaz e este sinal é justamente o filho do
próprio rei, que está para nascer.

2 - Os missionários descontextualizam o texto e não se preocuparam sequer


com o tempo histórico do versículo

3 - Traduzem mal:

O correto no versículo é "D'us ESTÁ conosco" e não "D'us Conosco", que


visa assim sustentar credos estranhos ao judaísmo;

Tradução grosseira da palavra almá (almah). A palavra hebraica "almah"


significa uma "jovem mulher" e não uma virgem, fato reconhecido por
estudiosos sério da bíblia. A palavra hebraica para virgem é "bâtul" e
virgindade "batulim".

O versículo no original hebraico diz "ha'almah" , ou seja "a jovem mulher"


- ou "a moça" como preferem alguns exegetas.

O texto diz "a jovem mulher" ou "a moça" e não diz "uma jovem mulher". Este
"a" especifica que havia uma mulher em particular que era conhecida por Isaías
como mostra o contexto do versículo:...eis que a moça grávida dará à luz um
filho, bem diferente de, eis que uma moça grávida dará à luz a um filho.

4 - Os missionários lêem assim o versículo para o judeu:

"Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel."

A palavra "virgem" não cabe neste contexto, tradução mal feita.

5 - Alguns missionários argumentarão que numa tradução muito antiga da


bíblia chamada de Septuaginta (versão dos 70), ¹72 grandes rabinos traduziram
a palavra "almah", em Isaías 7:14 para "parthenos", palavra grega para
"virgem". O problema desta afirmação é que os 72 rabinos não traduziram o
livro de Isaías, que hoje está incorporado a edição ampliada da chamada
Septuaginta, somente traduziram o 'Pentateuco', os cinco livros de Moisés.
Outro inconveniente nesta afirmação é que na própria Septuaginta, na tradução
dos cinco livros de Moises, realizada pelos rabinos, exatamente em Gênesis
34:2-3 a palavra "parthenos" foi traduzida pelos sábios como uma referência
a não virgens, a uma "jovem mulher" que tenha sido estuprada. Interessante
acrescentar que na introdução da tradução da Septuaginta para o inglês assim
consta: "O Pentateuco (traduzido pelos 70 rabinos) parece ser o texto melhor
executado enquanto que Isaías é o pior traduzido"

Para o judeu pensar:

Nascimento de seres através de mulheres impregnadas por anjos e deuses não


encontra respaldo na cultura judaica. A Torá ensina, "macho e fêmea Ele os
criou".

Nas culturas egípcias, persas e greco-romanas e tantas outras temos diversos


exemplos de semi-deuses que nasceram da impregnação de uma virgem.
Tamuz, deus da Suméria e Fenícia, foi gerado por uma virgem, morreu com
uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio
com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz;
Hórus, lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Sata, a luz do
mundo, o caminho, a verdade e a vida, batizado com água por Anup,
representado por uma cruz, tinha 12 discípulos e fazia parte de uma trindade:
Atom (o pai), Hórus (o filho) e Ra (o espírito santo); Mitra, gerado de uma
virgem, em uma caverna, foi visitado por pastores que levaram-lhe presentes,
era acompanhado por 12 discípulos, realizou a última ceia, enterrado em uma
tumba ressuscitou três dias depois. Tarso (cidade de Paulo) era um dos focos de
adoração a Mitra.
Nota

1 - Conta a “lenda” que o rei Ptolomeu II resolveu patrocinar a tradução da Torá ao grego.
Contatou com o Sumo Sacerdote (Cohen Hagadol) que administrava o autogoverno judaico em
Jerusalém, lhe solicitando que enviasse um grupo de sábios versados na Lei de Moisés (Torá) e
que soubessem hebraico e grego, com condições de traduzir o texto da Torá. A tradução foi feita
por setenta e dois sábios, colocados em quartos separados e sem poder se comunicar de
nenhuma maneira durante o tempo que durou seu trabalho. Assim cada um realizou sua versão
da tradução, absolutamente sem saber o que o outro fizera. Ao final as setenta e duas traduções
eram absolutamente iguais. Não havia sequer um detalhe que as distinguisse. Esta versão da
Bíblia hebraica foi denominada “A versão dos Setenta” ou Septuaginta. Origens judaicas do
Cristianismo - Reflexões sobre a história das religiões - Parte I - Sérgio Feldman

Estudo do Profeta Isaías - Capítulo 9


versículo 1 (um)
Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias

Profeta Isaías 9:1 - Mas para a que estava aflita não haverá escuridão. Nos
primeiros tempos, ele envileceu a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas
nos últimos tempos fará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia
dos gentios. (texto não judaico - este versículo corresponde ao último verso -
8:23 - do capítulo 8 nas bíblias hebraicas)

Profeta Isaias 8:23 - Não se preocuparam da primeira vez, quando a terra foi
devastada, quando a Assíria exilou Naftali e Zebulon, mas agora a Assíria
assestou um golpe mais doloroso, no caminho para o mar, além do Jordão, na
região das nações.

Alegação missionária:

Que o verso 9:1 (ou 8:23) é uma profecia sobre Jesus, de Nazaré, que foi
"pregar" e levar luz para os povos de Naftali e Zebulon que se encontravam na
escuridão (trevas), conforme descrição em um texto não judaico.

Contexto da Passagem:

Relata o avanço da Assíria sobre a Galiléia e vizinhanças, incluindo Naftali e


Zebulon.

Resumo para entendimento:

1 - No ano 732 a.e.c., a Assíria invadiu e fez capitular (tomou) os territórios da


Galiléia e adjacências, incluindo Zabulon e Neftali. O Reino do Sul (Judá) temia
o avanço assírio. O profeta Isaías mostrou (ao povo e ao rei) que o Eterno iria
libertar todos os oprimidos e traria a paz. A certeza de Isaías estava assentada
no sinal que o Eterno deu ao rei, o nascimento de uma criança pela "jovem
mulher" (Is 7:14). Esta criança é Ezequias, o filho herdeiro do rei Achaz (Acaz).
O profeta Isaías previu um chefe sábio, fiel ao Eterno, de reinado duradouro e
pacífico. Assim, Isaías ajudou a perpetuar a dinastia do rei Davi, a qual se
estendeu até às regiões dominadas pela Assíria e organizou uma sociedade
fundada no direito e na justiça. Novamente não houve por parte dos
missionários preocupação com o contexto histórico da passagem já que Jesus,
de Nazaré, "apareceu" no cenário 700 anos depois deste evento.

2 - A tradução leva o judeu ao erro:

"...fará glorioso o caminho..."

A palavra "glorioso" é um acréscimo desnecessário.

Para o judeu pensar:

Yeshu: ‫ יש"ו‬tem similar origem e sentido parecido com o nome Yshai/Jessé


(nome do pai do Rei David), e se refere a: "Possessão", "riqueza",
"materialismo" e "ambição". Ambos nomes se originam de “Yesh” ‫ יש‬, e quer
dizer: "Há", "existe", "Tem" !O Toledoth Yeshu tipicamente explicam a
designação Yeshu como um acrônimo da frase hebraica ‫ ימח שמו וזכרו‬- Yemach
Shemô Vezichrô (Seja apagado seu nome e sua memória). Yeshua em hebraico
significa "salvação". Alguma semelhança com o nome "D"us
conosco" (Emanuel)?

Estudo do Profeta Isaías - Capítulo 40


versículo 3
Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias

Profeta Isaías 40:3 - No deserto clama uma voz:'Preparai um caminho para o


Eterno, aplanai, no ermo, uma estrada para nosso D'us.'

Alegação missionária:

Que o versículo se refere a um personagem cristão, João Batista.

Contexto da Passagem:

Convocação dos israelitas ao arrependimento feito pelo profeta Isaías.


Resumo para entendimento:

1 - Isaías é considerado o maior profeta da bíblia, portanto recebeu o título de


profeta da Justiça. Nascido por volta do ano de 760 a.e.c., de uma família nobre
originária do Reino de Judá, no ano de 740 a.e.c. foi "chamado" por D'us para
anunciar profecias. As fez por (50) cinqüenta anos. O livro do profeta é
composto de duas partes quase distintas:

Capítulos de 1 a 39 - repleto de citações (alusões) ao próprio profeta (Isaías) e


encaixam-se perfeitamente no tempo histórico dos acontecimentos nos reinados
de Uziah (Osias), Joatão, Achaz (Acaz) e de Chizkiáhu (Ezequias).

Capítulos de 40 a 66 - Nestes capítulos - que fazem referência a uma época


posterior - o profeta (em geral) se dirige aos israelitas deportados ou
reintegrados em sua pátria após dominação sob os assírios. Durante sua
investida, Isaías se levanta contra a idolatria, ameaçando ricos e poderosos.
Eleva sua voz contra hipócritas e todos aqueles que se comportam de forma
frívola e vazia. Com muita veemência chama os israelitas ao arrependimento e
às práticas dos preceitos judaicos. É aí então, que ele (Isaías) convoca o povo
(todos os israelitas) a abrir um caminho para ao Eterno "preparando o caminho
para o Eterno pelo qual voltarão os cativos aplainando no ermo uma estrada
para o nosso D'us que a todos conduzirá".

Compreende-se assim que Isaías 40:3 como apresentado pelos missionários


não tem nenhuma ligação com o personagem cristão João Batista.

2 - A Era de Mashiach (Era Messiânica) é o cumprimento e culminação da


criação do mundo, propósito para o qual ele foi originalmente criado. Algo desta
revelação foi experimentada uma vez antes na terra, na Outorga da Torá no
Monte Sinai [quando] "A ti te foi mostrado, para que soubesses que o Eterno é
D'us; não há outro além d'Ele" (Devarim 4:35). A Divindade foi então percebida
com a visão física… Subseqüentemente, no entanto, o pecado tornou ele e o
mundo grosseiros — até a Era de Mashiach (Era do Messias), quando a
fisicalidade do corpo e do mundo será refinada, e poderemos apreender a luz
Divina revelada que brilhará sobre Israel através da Torá… "A glória de D'us
será revelada e toda a carne verá que a boca de D'us falou" (Yeshayáhu 40:5)…
Isso tudo depende de nossos atos e trabalho por toda a duração do galut…
Quando uma pessoa cumpre uma mitsvá, atrai um fluxo da luz Divina ao
mundo, para ser espalhada e integrada à realidade material…

Para o judeu pensar:

Distorcendo o verso 40:3 do Profeta Isaías os missionários vêem o personagem


João Batista. Este personagem é um "abridor de caminhos" para Jesus, de
Nazaré. No entanto o profeta diz claramente: 'Preparai um caminho para
o Eterno...uma estrada para nosso D'us'. Aqui no verso 40:3, Eterno se
refere ao D'us único e indivisível, ao D'us de Israel. Seria então Jesus este deus?

A crença (cristã) de deus encarnado se opõe frontalmente a crença judaica onde


D'us não assume nenhuma forma antropomórfica.
Estudo do Profeta Isaías - Capítulo 42
versículo 01
Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias

Profeta Isaías 42:1 - Eis meu servo a quem Eu hei de apoiar; Meu eleito, em
quem se delicia Minha alma; nele inculquei Meu espírito para que possa levar
justiça a todas as nações.

Alegação missionária:

Que o servo descrito pelo profeta - baseado em texto não judaico - é Jesus, de
Nazaré.

Contexto da Passagem:

Mensagem de consolação e esperança para Israel (povo judeu).

Resumo para entendimento:

1 - Os missionários cortaram o versículo, isolaram-no de seu contexto (a


mensagem do Eterno para o povo de Israel) e o transladaram sem cerimônia
para Jeus. É interessante o judeu saber que o Mashiach ben David não é
tratado diretamente de servo em nenhum momento na Bíblia Hebraica.

2 - Ensinam erradamente que os versos do capítulo 42 se referem á alguém. No


caso dos missionários, o "servo" é Jesus, de Nazaré. O leitor judeu no entanto
deve ficar atento, pois muito antes, lá atrás no capítulo 41, Isaías já informa
quem é o servo no texto.

Não pergunte a ninguém e nem deixe que digam a você quem é o servo.
Pergunte a quem escreveu, ou seja, ao próprio Isaías. Quem é o servo? "Mas
tu, ISRAEL, servo Meu;" (Isaías 41:8).

Considere muito que esta divisão em capítulos - 41 e 42 etc - do texto hebraico


não é judaica. Com que objetivos separaram contextos? Se isto não bastar
várias vezes em Isaías (sem mencionar Torá e outros profetas) Israel é tratado
de servo diretamente em muitas ocasiões, como por exemplo em Isaías 41:9;
44:1; 48:20; 49:3; etc e em tantas outras vezes indiretamente.

Para o judeu pensar:

Se o servo mencionado por Isaías fosse mesmo Jesus, como explicar o não
cumprimento do verso seguinte, Isaías 42:4, onde consta que: "...Não
esmorecerá nem renunciará até conseguir estabelecer justiça na terra, e por sua
Torá todos ansiarão...". A não ser que se considere Novo Testamento como
Torá não tem explicação á aplicação do mesmo a Jesus.

Estudo do Profeta Isaías - Capítulo 53


versículo 4
Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias

Profeta Isaías 53:4 - Na verdade, eram os nossos sofrimentos que suportava, e


as dores que o oprimiam, mas nós o considerávamos um ser aflito, golpeado e
ferido por D'us.

Alegação missionária:

Baseados em texto não judaico que o versículo é uma referência a Jesus, de


Nazaré; Que o capítulo inteiro se refere a ele, sendo o servo descrito por Isaias.

Contexto da Passagem:

O capítulo 53 segue diretamente o tema do capítulo 52, descrevendo o exílio e a


redenção do povo judeu.

Resumo para entendimento:

1 - A divisão capitular da bíblia empreendida por monges católicos separou o


contexto dos capítulos 52 e 53.

2 - O servo mencionado pelo profeta, onde os missionários dizem ser Jesus, de


Nazaré é Israel, de acordo com o próprio profeta que anuncia no início do
capítulo 41: "Mas tu Israel, servo meu...". As profecias são escritas na
forma singular, pois os judeus (Israel) são uma unidade. A bíblia está repleta de
exemplos de referências à nação judaica como um pronome singular.

3 - Para o judeu interessado existe um manual neste site onde o assunto é


tratado com mais profundidade. Para ler vá em Manuais Anti-Missionários e
escolha o livreto Isaías Segundo o Judaísmo.

Para o judeu pensar:

O profeta Isaías diz: "...golpeado e ferido por D'us." Mas Jesus é parte de uma
trindade e se ele é o deus, como ele pode ser golpeado por D'us? Confuso...

Leia mais sobre o capítulo 53 aqui


Estudo do Profeta Isaías - Capítulo 61
versículo 1 a 2
Navi Yeshayáhu - Prophet Isaias

Profeta Isaías 61:1-2 - Paira sobre mim o Espírito do Eterno, porque Ele me
ungiu para que eu trouxesse aos humildes boas novas; Ele me enviou para que
confortasse os que estão de coração partido, para proclamar liberdade aos
cativos e abrir os olhos dos que os têm cerrados; para proclamar o ano de boa
vontade do Eterno e o dia da vingança de nosso D'us; para confortar todos que
estão em luto; ...

Alegação missionária:

Baseados em texto não judaico afirmam que o verso 61:1-2 de Isaías se refere a
Jesus, de Nazaré.

Contexto da Passagem:

Refere-se ao próprio Isaías que recebeu do Eterno a missão de enviar


mensagens de consolo aos judeus.

Resumo para entendimento:

01 - O judeu deve ficar atento a uma manobra muito comum utilizada por
missionários, a distorção. Para criar a imagem de "cordeiro" os missionários
simplesmente cortam uma parte do versículo de Isaías.

Os missionários lêem assim: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me
ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os
contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a
restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da
graça do Senhor.

Perceba que simplesmente somem com uma parte do versículo onde o profeta
diz: e o dia da vingança de nosso D'us e mudam a ordem do texto. A
pergunta é, por que? Comparando com original hebraico a distorção fica ainda
maior.

02 - A mensagem de exaltação de Isaías começa, com ele dizendo: Paira sobre


mim o espírito do Eterno... e encerra : Minha alma se alegrará no Meu D'us. Isto
depois dele passar ao povo a mensagem de exaltação do Eterno que diz entre
tantas coisas: Reafirmação da aliança eterna com o povo judeu (Is 61:8). Esta
aliança dispensa 'novas alianças', 'novos testamentos' etc.; Restauração das
cidades destruídas; fartura no campo; etc.

Para o judeu pensar:


Na continuação do texto de Isaías ele diz: para alegrar os que choram por
Tsion, dando-lhes uma guirlanda em vez de cinzas, óleo aromático em vez de
prostração. (Is 61:3). Se estivesse falando de Jesus, de Nazaré, como explicar a
prostração que os missionários fazem a ele, se Isaías diz justamente o
contrário ? "...em vez de prostração".

Profeta Miquéias - Capítulo 5 versículo 1


Miquéias 5:1: E tu, Bet-Léchem de Efrat, és muito pequena para ser contada
entre os milhares de Judá, mas de ti sairá, para Mim, alguém que há de ser o
condutor de Israel, cuja a origem remontará ao passado distante.

Alegação missionária

Que o 'condutor' mencionado na profecia é Jesus, de Nazaré

Contexto da Passagem

O profeta fala de um líder que livrará Israel da Assíria

Resumo para entendimento

O texto do profeta lido fora do seu contexto pode ser aplicado a qualquer
pessoa, mas lido em sua totalidade percebe-se que de forma alguma fala de
Jesus, de Nazaré, para isto basta continuar pelo verso seguinte.

Miquéias 5: 2-5
[2] Entretanto, Ele os entregará pelo tempo que leva a parturiente até dar à luz.
Então, o resto de seus irmãos retornará com os filhos de Israel [3]Ele se erguerá
e liderará com a força que lhe concederá o Eterno e com a majestade do Nome
do Eterno, seu D’us; e habitarão, porque então ele se terá engrandecido até os
confins da terra, [4] e isto assegurará a paz. Se vier o assírio à nossa terra e
tentar destruir nossos palácios, levantaremos contra ele sete pastores e oito
príncipes dentre nossos, [5] e assolarão a terra da Assíria com suas armas, e a
terra de Nimrod com a espada afiada; ele nos livrará do assírio quando este
vier à nossa terra e quando ameaçar nossas fronteiras.

O Profeta Miquéias em todo seu contexto está falando da pessoa que livrará o
povo de Israel da Assíria.

S ó a título de suposição, hipoteticamente se esta passagem estivesse falando


realmente de Jesus apareceria para os missionários dois inconvenientes para
serem explicados:
1º - Quando Jesus viveu Israel era subordinado a Roma. De que forma então
Jesus livraria o povo judeu de uma “Assíria” ? Pois é isto que está descrito no
livro do profeta Miquéias. (Ver acima Miqueías 2 a 5). Jesus por acaso livrou o
povo de Israel da Assíria? Logicamente que não.

2º - Jesus nasceu, viveu, morreu e Israel continuou subordinado a uma nação


estrangeira. Então como explicar o resto do não cumprimento desta profecia?

Estas são algumas perguntas para serem feitas aos missionários que sempre as
respondem com absurdos maiores, totalmente desalinhados com a cultura da
Torá, sempre citando versos de outros livros estranhos ao judaísmo.

_______________________________________________________

Miquéias 5:1:

² O grande problema com a interpretação missionária é o contexto. Mesmo que


Jesus tenha nascido em Belém (o que é incerto), ele não cumpriu a segunda
parte do versículo - Jesus nunca foi um governante ( "moshel") em Israel.

Quando questionado sobre isto os missionários respondem que ele foi uma
espécie de "rei", "líder" ou "governante" espiritual. Mas o problema com esta
resposta - que Jesus é um "rei" no sentido figurado - não encontra respaldo na
Bíblia. Nos 13 (treze) lugares onde a palavra "moshel" (governador) aparece é
sempre em referência ao poder físico, visível e terreno. Sem pelo menos um
outro local na bíblia onde o uso da palavra apareça para indicar a perspectiva
missionária - uma autoridade "virtual" - o argumento desta resposta demonstra
o quanto ela é, de certa maneira, desesperadora e fraca.

Os missionários insistem que Jesus será o governador quando ele voltar


(retornar). Mas com essa afirmação, aparentemente concordam que na verdade
ele não cumpriu as profecia no primeiro momento, porque se tivesse feito qual o
motivo para um retorno? Mas o problema é outro, em lugar algum do Tanak
encontramos qualquer referência a uma segunda vinda do messias.

"Se o versículo não se refere ao nascimento de 'Jesus' em Belém, a quem se


refere?" - perguntam os missionários. Francamente, este tipo de pergunta
demonstra total desconhecimento da Bíblia hebraica ou história judaica. Á
partir de Belém vem um dos maiores e mais famoso governador (moshel) de
Israel - Rei David. O versículo até pode efetivamente ser messiânico, referindo-
se ao Messias através do seu antepassado David (semelhante a Isaías quando faz
referência ao pai de David, Jessé, para indicar a linha davídica do messias). Ou
profeta pode estar referindo ao próprio David.

1 – Bíblia Hebraica, David Godorovits e Jairo Fridlin; Editora Sefer, 2006


2 - Resposta por Rabino Yaakov Asher Sinclair - Ohr Somayach

Profeta Zacarias - Capítulo 9 Versículo 9


Zacarias 9:9: Rejubila-te com todo teu ser, ó filha de Tsion! Clama com alegria,
ó filha de Jerusalém! Eis que para ti se encaminha teu justo rei, triunfante por
suas vitórias, mas ao mesmo tempo comportando-se com humildade,
cavalgando um filhote de jumento.

Alegação Missionária

O rei mencionado é Jesus

Contexto da Passagem

Fala sobre um rei guerreiro no sentido literal

Resumo para entendimento

Se estivesse falando de Jesus aparece um inconveniente para qual os


missionários não tem resposta: O verso fala de rei no sentido literal, e pelas
histórias que temos conhecimento Jesus nunca foi rei, somente no aspecto
figurado conforme descreve o Novo Testamento.

Ao continuar a leitura pelo versículo 10 o leitor descobrirá sobre quem


exatamente Zacarias se refere.

Zacarias 9:10
Destruirei qualquer carruagem de guerra de Efráim, e eliminarei todo cavalo
de combate de Jerusalém; será destruído o arco de batalha, e ele falará somente
de paz ás nações. Seu domínio se estenderá de um mar a outro, e desde o rio até
os confins da terra.

Mas, quem é este guerreiro que destruirá os carros de guerra? Com certeza
sabemos que não foi Jesus, de Nazaré até porque o tempo histórico do verso é
muito anterior a ele.

A resposta é, Alexandre Magno, o Grande.

Nesta época, ele marcha pela Síria, depois pela Fenícia, e finalmente pela
Filistia.
Profeta Zacarias - Capítulo 12 versículo 10
Zacarias 12:10 - ...e derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de
Jerusalém o espírito da graça e das súplicas, e olharão para Mim por causa
daqueles que foram traspassados e gemerão como se fosse pela morte de seu
filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito

Alegação Missionária

Que se refere a Jesus, de Nazaré

Contexto da Passagem

Guerra civil

Resumo para entendimento

Em Zacarias 12:10 as traduções não judaicas levam a crer que o texto se refere a
uma determinada pessoa, no entanto se o leitor der atenção ao sistema de
pontuação semítico, perceberá que se trata de algo como uma guerra entre
irmãos. O profeta deixa bem explicado que a profecia trata de Israel (o povo
judeu) quando diz: "palavra do Eterno acerca de Israel..."

Mesmo rabinos do passado, como Rabi Abraham ibn-'Ezrá, optou por escrever
sua exegese neste verso utilizando o sistema chamado "derach", ou seja, não
literal.

Para uma melhor compreensão segue duas traduções dos textos do Profeta
Zacarias, sendo o texto em negrito oriundo de fonte judaica.

1 - Profecia da palavra do Eterno acerca de Israel: Diz o Eterno, que


estendeu os céus, estabeleceu os fundamentos da terra e forjou no
homem seu espírito:
1 - A palavra do Senhor acerca de Israel: Fala o Senhor, o que estendeu o céu, e
que lançou os alicerces da terra e que formou o espírito do homem dentro dele.

2 - Eis que tornarei Jerusalém uma taça de veneno para todos os


povos em sua volta; também Judá participará de todo cerco a
Jerusalém.
2 - Eis que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos
em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém.
"e também para Judá"

Na tradução de Almeida não fica claro o fato que "Judá participará de todo
cerco a Jerusalém..."
3 -E naquele dia farei com que Jerusalém se torne uma carga
pesada sobre todos os povos, que lacerará os que a carregarem; e
todas as nações da terra se unirão contra ela.
3 - Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos;
todos os que a erguerem, serão gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela
todas as nações da terra.

4 - Naquele dia - diz o Eterno - farei como que se confundam todos


os cavalos e enlouqueçam seus cavaleiros; voltarei Meus olhos para
a Casa de Judá, e ferirei com cegueira as montarias dos povos.
4 Naquele dia, diz o Senhor, ferirei de espanto a todos os cavalos, e de loucura
os que montam neles. Mas sobre a casa de Judá abrirei os meus olhos, e ferirei
de cegueira todos os cavalos dos povos.

5 - E os príncipes de Judá murmurarão em seus corações: 'Os


moradores de Jerusalém são a fonte de Minha força, devido ao
Eterno dos Exércitos, seu D'us.
5 - Então os chefes de Judá dirão no seu coração: Os habitantes de Jerusalém
são a minha força no Senhor dos exércitos, seu Deus.

6 - Naquele dia, farei com que os príncipes de Judá sejam como um


braseiro em meio à lenha, e como uma tocha de fogo entre palhas;
devorarão, à direita e à esquerda, todos os povos a seu redor, e
Jerusalém será novamente estabelecida e habitada no lugar onde
sempre esteve: em Jerusalém
6 Naquele dia porei os chefes de Judá como um braseiro ardente no meio de
lenha, e como um facho entre gavelas; e eles devorarão à direita e à esquerda a
todos os povos em redor; e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio
lugar, mesmo em Jerusalém

7 - E o Eterno salvará primeiro as tendas de Judá, para que a glória


da Casa de David e dos habitantes de Jerusalém não seja 7 - elevada
acima da de Judá
7 - Também o Senhor salvará primeiro as tendas de Judá, para que a glória da
casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não se engrandeçam sobre
Judá
8 -Naquele dia, o Eterno protegerá os moradores de Jerusalém, e
mesmo o cambaleante entre eles será tão forte como David; e a
Casa de David estará à sua frente como um ser divino, como o anjo
do Eterno
8 - Naquele dia o Senhor defenderá os habitantes de Jerusalém, de sorte que o
mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como
Deus, como o anjo do Senhor diante deles.

9 - Naquele dia, tratarei de destruir todas as nações que vierem


contra Jerusalém...
9 - E naquele dia, tratarei de destruir todas as nações que vierem contra
Jerusalém.

10 - ...e derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de


Jerusalém o espírito da graça e das súplicas, e olharão para Mim
por causa daqueles que foram traspassados e gemerão como se
fosse pela morte de seu filho único, e sofrerão como quem sofre por
seu primogênito
10 - Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei
o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e
o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão
amargamente por ele, como se chora pelo primogênito.

Equívocos no Versículo 9 e 10
Na tradução missionária o texto do verso nove (12:9) termina nele mesmo (veja
acima), como se ali fosse o fim do 'pensamento' do profeta. Isto induz o leitor
que o versículo seguinte, dez, (12:10) trata de um novo assunto, totalmente
desvinculado do versículo anterior (12:9). E não é isso que acontece, pois
enquanto os missionários lêem este versículo assim: "Mas sobre a casa de Davi,
e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de
súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como
quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se
chora pelo primogênito." , no judaísmo se lê assim: " Naquele dia, tratarei de
destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém, e derramarei sobre a
Casa de Davi e sobre os moradores de Jerusalém o espírito da graça e das
súplicas, e olharão para Mim por causa daqueles que foram traspassados e
gemerão como se fosse pela morte de seu filho único, e sofrerão como quem
sofre por seu primogênito". O verso não fala de uma pessoa.

"a quem traspassaram"


Neste trecho a tradução não judaica leva o leitor a acreditar que se fala de
alguém em específico, que no caso missionário ensinam ser de Jesus, de
Nazaré, porém como já visto acima não é bem isto já que a partícula "ET" aqui
tem o sentido de "com", não é acusativo, a exemplo de Gênesis 37:2.

Diferença na tradução:
"...e olharão para aquele a quem traspassaram..." - não judaica, no singular
induzindo que se fala de uma pessoa específica;
"e olharão para Mim por causa daqueles que foram traspassados" - a hebraica,
no plural dentro do contexto;

"olharão para mim juntamente com aqueles a quem traspassaram... "

Trata-se na verdade de uma guerra civil entre os israelitas da época em que


todas as nações buscaram tomar do povo de Israel o direito a Jerusalém. Veja no
início do capítulo como agirá parte dos judeus.

11 - Naquele dia haverá um luto fechado em Jerusalém, como o luto


de Hadadrimon no vale de Meguidon.
11 - Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de
Hadade-Rimom no vale de Megidom.

"Naquele dia..."

Profecia que também fala de nossos dias, posto que jamais os não judeus se
ocuparam tanto de internacionalizar Jerusalém. Tampouco os judeus estiveram
tão divididos entre si com respeito a sua própria terra.

12 - E a terra se lamentará, cada família à parte: a família da Casa


de David e suas mulheres; a família da Casa de Natan e suas
mulheres;
12 - E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à
parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas
mulheres à parte;

"cada família à parte"

É interessante notar que aqui o profeta alude exatamente a famílias específicas,


que são famílias que mantém tradição de sua origem, como ambas as parte dos
filhos de David (Família Natan, entre os sefarditas, e outras que não procedem
de Natan, senão dos Exilarcas), e parte dos Levitas (a maioria dos Coatitas
sabem de suas fontes e os que não são geralmente provém de Simei)
"suas mulheres a parte"
As mulheres provêm de origem diversificada, o que inclui o povo todo em
origens, e mesmo convertidos. Em suma, todos prantearão.

13 - ...a família da Casa de Levi e suas mulheres; a família de Shimí


e suas mulheres.
13... a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de
Simei à parte, e suas mulheres à parte;

14 - Assim todas as família que ficarem: cada família à parte, e suas


mulheres à parte.
14 ...todas as mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte.

Notas:
Profeta Zacarias Capítulo 12, Profeta Zechariá (Zechariah) Capítulo 12.
Em negrito, Bíblia Hebraica, por David Gorodovits e Jairo Fridlin, baseada no
Hebraico e à luz do Talmud e das Fontes Judaicas; acompanhado de A Bíblia
Sagrada, versão da Imprensa Bíblica Brasileira, baseada na tradução de João
Ferreira de Almeida.

Profeta Zacarias - Capítulo 13 versículo 7

Zacarias 13:7: Desperta, ó espada, contra Meu pastor e contra os que deveriam
estar próximos a Mim – diz o Eterno dos Exércitos – Fere o pastor, e as ovelhas
se espalharão, e voltarei Minha mão contra estes desqualificados.

Alegação Missionária

Que se fala de Jesus, de Nazaré

Contexto da Passagem

Mensagem para Israel

Resumo para entendimento

A explicação para este versículo do Profeta Zacarias só pode ser entendida com
a leitura através dos versículos 12:9-10:
Zacarias 12:9-10:
[9]Naquele dia, tratarei de destruir todas as nações que vierem contra
Jerusalém [10] e derramarei sobre a Casa de Davi e sobre os moradores de
Jerusalém o espírito da graça e das súplicas, olharão para Mim por causa
daqueles que foram traspassados e gemerão como se fosse pela morte de seu
filho único, e sofrerão como quem sofre por seu primogênito.

O primeiro ato exigido para a reunificação do povo de Israel é reconhecer o


Eterno como o único e absoluto D'us, o que está identificado na expressão
voltarão para Mim. Em seguida, o povo israelita deverá reconhecer os
pecados da idolatria. O termo traspassaram significa o próprio povo judeu que,
devido aos seus pecados, sempre sofreu a punição do exílio. É interessante
perceber que a frase está no plural, e não no singular.

O processo de purificação não é só simplesmente um ato, mas é uma atitude, um


processo contínuo, que exige sempre um retorno da própria vida no Eterno,
fonte de todo o bem. O processo é doloroso, processo representado pela palavra
espada, como identificado em Zacarias 13:7, e pela palavra fogo, como
identificado em Zacarias 13:9. A palavra espada significa que os judeus
deixaram de ter um rei, um pastor após a destruição da cidade de Jerusalém, e o
povo mais pobre, sem apoio, se dispersou pelo país. A palavra fogo significa o
exílio na Babilônia, onde foi testada a fidelidade de Israel ao Eterno e a Torá. O
assunto trata do povo de Israel, e não de uma pessoa específica, e, portanto, sua
aplicação a Jesus, de Nazaré é dar ao versículo uma aplicação que ele não tem.

Distorções nos Salmos - Tehilim - 22:19

“Minhas roupas entre si repartem, minhas vestimentas sorteiam.”

Na Brit Cadashá messiânica dois autores citam este Salmo, como segue.

João 19:23-24:
Depois de os soldados crucificarem Yeshua, tomaram as suas vestes e fizeram
delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de
alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: 'Não a
rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será.' Assim se
cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte
sobre a minha túnica (Sal 21:19).

*A diferença no número do versículo acontece em alguma bíblias.

Mateus 27:35
Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando à sorte.
Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e
sobre meu manto lançaram à sorte (Sal 21:19).

O Salmo 22, cujo autor é o Rei Davi, é uma das expressões mais profundas do
sofrimento nas orações bíblicas. É composto de duas partes:

Lamentação individual (Versículos 2-22)

Cântico de ação de graças (Versículos 23-31).

O salmista, abandonado e solitário em sua dor e privado da presença divina,


apela ao Eterno, Bendito Seja, lembrando-Lhe as promessas relativas aos justos.
Depois de relatar seus sofrimentos morais e espirituais, alude, em sucessão
trágica, às dores físicas, aos tormentos corporais e ao terror da morte. Do
extremo da dor passa à certeza da esperança, onde a salvação está assegurada e
já está próxima, tanto assim que já pode convidar a comunidade dos fiéis a unir-
se a ele no louvor ao Altíssimo, cujo desígnio de salvação se estende ao mundo
inteiro e às gerações futuras.

Este Salmo se refere ao próprio Rei Davi, que lamenta a sua própria sorte, não
sendo portanto uma profecia, mas originário de um fato histórico.

Distorções nos Salmos - Tehilim - 35:19

“Que sobre mim não se rejubilem triunfantes meus inimigos


gratuitos, e que não pisquem os olhos em zombaria, os que sem
causa me odeiam.”

João 15:23-25:
“Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles
obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora as viram e
odiaram a mim e a meu Pai. Mas foi para que se cumpra a palavra que está
escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo”

O autor do livro denominado João comete logo de princípio um erro. Trata-se


da expressão "está escrita na sua lei", a qual é atribuída a Jesus. A palavra Lei,
em geral refere-se a Torá, e a “profecia” mencionada não está na Torá, mas no
Salmo 35:19. Na realidade, este Salmo não é uma profecia, é uma oração de
agradecimento que o Rei Davi fez ao Eterno por ter ficado livre de Abimelec, que
o perseguia. Para se livrar dele Davi se fingiu de louco.

Em particular, os versículos 12-23 representam um grande ensinamento


centrado no temor a D'us. Trata-se de reconhecer que Ele é poderoso, e que o
homem não pode substituí-lo. Em seguida, é preciso empenhar a própria vida
na luta pela verdade e justiça, para que todos possam viver dignamente. Esta é a
luta que constrói a paz. Nesta luta Ele toma partido dos justos, ouvindo o seu
clamor, libertando-os e protegendo-os. Por outro lado, se posiciona contra os
injustos, que são destruídos pelo próprio mal que produzem.
Ainda em relação a este salmo, Davi pede ao Eterno que:

O livre e traga destruição sobre os seus inimigos (Versículos 1-10);

Lamenta o ódio não justificado de seus inimigos contra ele (Versículos 11-16);

E volta a solicitar livramento e justiça (Versículos 17-28).

É provável também que este salmo tenha sido composto em uma época que Davi
estava sendo perseguido por Saul (I Samuel 24:15).

A oração que Davi faz não está direcionada contra o próprio Saul, pois Davi
poupara a sua vida, mas a oração é destinada contra aqueles que fomentavam o
ciúme doentio que Saul sentia de Davi.

Este Salmo trata de fatos relacionados e vividos pelo próprio Davi. Portanto,
não é uma profecia .

Distorções nos Salmos - Tehilim - 41:10

“Até o amigo em quem confiei, e que compartilhava do meu pão,


também me traiu”

João 13:18-19:
“Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra
esta palavra da Escritura: Aquele que come o pão comigo levantou contra mim
o seu calcanhar (Sal 41:10)."

Lendo as passagens do livro de Shemuel Bet (Samuel II) dos capítulos 15 a 20


narram uma situação em que um amigo de Davi, Aquitofel, o seu próprio
conselheiro, o traiu, juntamente com Absalão. Enquanto oferecia os sacrifícios,
Absalão mandou chamar também Aquitofel, gilonita, conselheiro de Davi, à sua
cidade de Gilo. E assim a conjuração se fortificava e se tornava cada vez mais
numerosa em torno de Absalão. (II Samuel 15 :12).

Mais tarde foi anunciado a Davi que Aquitofel estava entre os conjurados de
Absalão. Davi disse: “Fazei que se frustrem, ó Senhor, meu Deus, os desígnios de
Aquitofel!” (II Samuel 15:31).

A passagem do Salmo 41:10 se trata de uma queixa de Davi a respeito da traição


de Aquitofel. Davi foi traído por Aquitofel que era amigo do Rei e compartilhava
do seu pão como narrado em II Samuel 15:12-31.

O destino da vida de Aquitofel foi enforcar-se, como é narrado em II Samuel


17:23.

Este Salmo trata-se de uma oração oriunda de um fato histórico relacionado ao


próprio Davi, não é portanto uma profecia .
Distorções nos Salmos - Tehilim - 72:2

“Contarei uma parábola e enunciarei enigmas de tempos que já


passaram há muito”

Mateus 13:34-35:
Tudo isso disse Yeshua à multidão em forma de parábola. De outro modo não
lhe falava, para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em
parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação.

No Salmo 78 Assaf recorda a história antiga da nação israelita para advertir as


gerações futuras contra a repetição da infidelidade. Ele convida o povo de Israel
(versículos 1-11) a recordar as maravilhas operadas pelo Eterno no deserto
(versículos de 12-39), a ingratidão deste povo durante o Êxodo (versículos de
40-55) e a sua infidelidade durante o período dos Juízes (versículos 56-72).

Encontramos uma aplicação fora do contexto, pois os missionários ensinam que


esta frase se refere a uma profecia referente a Iehoshua de Nazaré. Ora, nem
mesmo disto o texto trata. Os versículos 1 e 2 deste salmo tratam de uma
instrução que ensina o povo a viver para o Eterno, não é porém uma instrução
direta. Os acontecimentos de fato estão escritos na forma de parábolas, que
exigem algum estudo para se captar o sentido delas. Tal sentido faz da história
um enigma, mas é preciso perceber que a história é o processo através do qual o
Eterno age conduzindo o povo judeu. Isto não possui ligação nenhuma com as
afirmativas que dizem que Iehoshua de Nazaré “falava” por parábolas.

Distorções nos Salmos - Tehilim - Cinco Salmos de


David

Tehilim - Salmo 22:17 e 22:19

Ao mestre do canto, acompanhado por “Aiélet Hashachar”, um salmo de David.


Meu D'us, meu D'us, por que me abandonaste? Por que deixaste tão distante
minha salvação e ignoraste meu gemido angustiado? De dia clamo e à noite não
silencio, e Tu não me escutas. Mas Tu és o Santo, e a Ti se dirigem os louvores de
Israel! Em Ti confiaram nossos patriarcas, confiaram plenamente e Tu os
resgataste. Clamaram a Ti e foram salvos; em Ti acreditaram e não foram
desiludidos. Quanto a mim, sou como um verme e não homem, opróbrio da
plebe, vergonha do povo. Zombam de mim os que me fitam, riem e meneiam
ironicamente suas cabeças. Dizem-me, porém, confia no Eterno! Ele o redimirá,
Ele lhe trará salvação, porque nele se compraz. Tu me tiraste do ventre materno
e me fizeste sentir seguro, contra seu peito. Desde meu nascimento, em Teus
braços fui entregue; mesmo antes de nascer, já eras meu D'us. Não Te afastes de
mim, porque muito próxima está a aflição e não há quem me proteja, senão Tu.
Touros furiosos me cercaram, touros do Bashan me rodearam. Abriram contra
mim suas bocas como um leão que estraçalha e ruge. Sinto-me como água
derramada que não pode voltar a seu recipiente, meus ossos fraquejam; meu
coração parece ser de cera, de tal forma se derrete dentro de mim. Minha força
secou como a argila, minha língua está colada ao paladar e me deitaste no pó
da morte. Cães me cercam, uma turba de perversos me rodeia, atacam meus pés
e minhas mãos como se fora um leão. Verifico como estão meus ossos enquanto
eles me observam e tripudiam. Minhas roupas, entre si repartem, minhas
vestimentas sorteiam. Mas Tu, ó Eterno, eu te peço, não Te afastes de mim; ó
minha Força, apressa-Te e vem em meu auxílio! Salva minha alma da espada,
minha vida das presas dos sabujos. Livra-me da boca do leão, resgata-me dos
chifres dos touros selvagens. Então, a salvo, proclamarei Teu Nome a meus
irmãos e louvarte-te-ei do seio da multidão! Vós que sois a semente de Jacob,
honrai-O! Reverenciai-O todos vós, descendentes de Israel. Porquanto não
desprezou nem ignorou a angústia do aflito e dele não escondeu Sua face e
atendeu a sua prece. Graças a Ti poderei proclamar meu louvor às multidões;
cumprirei minhas promessas na presença daqueles que O temem. Os humildes
hão de comer e se fartar; os que buscam o Eterno hão de louvá-lo e vida perene
terão seus corações. Dos confins da terra, todos a Ti se voltarão com
compreensão e ante Ti se curvarão todas as famílias das nações. Pois só do
Eterno é a realeza e Seu é o domínio sobre todos os povos. Comerão todos os
povos a fartura da terra e ante Ele se prostrarão; reverenciá-lo-ão os que
retornam do pó, mas então já será tarde porque suas almas não fará viver. Da
descendência dos que O servem, de geração em geração, será relatada a
magnificência de Sua glória. Anunciarão às gerações vindouras a bondade de
seus feitos.

O que dizem os missionários sobre o verso 22:17:


Que um trecho deste Salmo é uma profecia sobre Jesus, de Nazaré, que teve as
mãos pés furados segundo um texto cristão e não judaico.

A verdade sobre este verso do Salmo:


Os missionários traduzem muito mal o texto deste Salmo. Eles lêem o verso
assim: "Eles furaram minhas mãos e meus pés". No entanto não é isto que
aparece no original hebraico onde consta:

"Cães me cercam, uma turba de perversos me rodeia, atacam meus pés e


minhas mãos como se fora um leão".

O leitor pode perceber que a tradução mal feita não passa nem perto do original
hebraico. Pergunte-se, qual o intuito de tradução tão grosseira?

O que dizem os missionários sobre o verso 22:19:


Que um trecho deste Salmo - Minhas roupas, entre si repartem, minhas
vestimentas sorteiam - é uma profecia que se refere a Jesus.

A verdade sobre este Salmo:


Embora se aplique aos acontecimentos da vida de David, ele compôs este Salmo
como um aviso para poupar Israel de futuros exílios. Neste Salmo o povo judeu
aparece coletivamente mas sempre no singular, já que Israel na Torá é sempre
considerado uma unidade. Ao recitá-lo, o indivíduo deve sentir a angústia do
distanciamento de Israel de sua glória anterior e orar a D'us pelo fim deste
exílio tão dolorosamente longo.

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Tehilim - Salmo 35

De David. Combate, ó Eterno, meus adversários; guerreia com os que contra


mim se erguem. Veste o escudo e a armadura e levanta-Te em meu auxílio.
Empunha a lança e o machado contra meus perseguidores, e à minha alma
fala: “Eu sou a Tua salvação!” Sejam humilhados e envergonhados os que
atentam contra minha alma; retrocedam e se desesperem os que tramam meu
mal. Que sejam como a palha ao vento, e que o anjo de D'us os disperse. Que
sejam tenebrosos e escorregadios os seus caminhos, e que o anjo de D'us os
persiga. Pois sem motivo me expuseram a uma armadilha, sem motivo
escavaram uma cova para mim. Que de súbito os alcance o desastre, e na rede
que contra mim armaram, eles mesmos venham a ser presos. Minha alma se
rejubilará no Eterno e exultará na Sua redenção. Todo o meu ser proclamará:
“Eterno, quem é como Tu?” É Ele quem salva o aflito do mais forte; e ao pobre e
ao necessitado de seu usurpador. Testemunhas maliciosas indagar-me-ão sobre
o que não sei. Pagar-me-ão o bem com maldade, enlutando minha alma.
Entretanto, em sua adversidade me cobri de luto e com jejum afligi minha alma;
possam beneficiar a mim as preces que por eles fiz. Como por um companheiro
ou por um irmão me senti compadecido, como um enlutado por sua mãe
entristeci-me. Porém, quando tropecei, eles se alegraram e contra mim se
ajuntaram, golpeando-me sem que eu soubesse por que; sem cessar me atacam.
Com escárnio e zombaria me insultaram. Rangeram seus dentes contra mim.
Eterno! Até quando tolerarás? Resgata minha alma de suas tentativas de
destruição, minha vida dos que me atacam como leões. Louvar-Te-ei perante
multidões, perante todos Te enaltecerei. Que sobre mim não se rejubilem
triunfantes meus inimigos gratuitos, e que não pisquem os olhos em zombaria,
os que sem causa me odeiam. Pois que eles não falam em paz, mas palavras de
perfídia dirigem aos homens pacíficos da terra. Contra mim escancaram suas
bocas e exultam dizendo: “Vimos com nossos olhos!” Viste o que fazem, ó Eterno!
Não ignores seus atos! Eterno, não Te afastes de mim! Levanta-te para fazer
justiça, em defesa de minha causa, ó Eterno! Julga-me segundo a Tua justiça, ó
Eterno, meu D'us, e não permita que se regozijem meus detratores. Que não
digam em seus corações: “Nossa alma está exultante!” E não exclamem: “Nós o
devoramos!” Que se confundam e se envergonhem os que se alegram com minha
desgraça; que se cubram de humilhação e frustração os que se erguem contra
mim. Que se alegrem e cantem os que almejam meu triunfo e proclamem
sempre: “Exaltemos o Eterno que Se compraz com o bem-estar de Seu servo.” E
minha voz enaltecerá Tua justiça e cantará todo dia em Teu louvor.

O que dizem os missionários sobre este Salmo


Baseados unicamente em textos não judaicos que um verso deste Salmo - os
que sem causa me odeiam - é uma profecia referente a Jesus.

A verdade sobre este Salmo:


Este Salmo não é uma profecia como insistem os missionários. O Salmo é um
fervoroso apelo de David a D'us para ajudá-lo contra seus inimigos que traíram
sua amizade. O mesmo pedido poderia ter sido feito pelo povo judeu, que sofreu
séculos de selvagem opressão no exílio, (muitas em nome Jesus, de Nazaré)
retribuindo com avanço e prosperidade sua presença ás nações.

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Tehilim - Salmo 41

Ao mestre do canto, um salmo de David. Bem-aventurado aquele que atenta


para o debilitado; no dia de seu infortúnio o Eterno o livrará. Ele o guardará e o
fará viver, será feliz na terra e não será entregue às mãos de seus inimigos. Na
enfermidade o Eterno lhe dará amparo; seu leito guardará quando uma doença
o acometer. Eu pedi: “Concede-me Tua graça, ó Eterno, e cura minha alma,
mesmo tendo eu pecado contra Ti.” Meus inimigos só me desejam mal: “Quando
perecerá e quando será erradicado seu nome?” Se vêm me visitar, são
insinceros; maldade lhes preenche o coração, e ao sair só notícias más
divulgarão. Se unem para, contra mim, murmurar todos meus detratores, e
pensamentos malévolos a mim dirigem: “Maligna doença o acometeu. Caído
está e não conseguirá se reerguer.” Até o amigo em quem confiei, e que
partilhava de meu pão também me traiu. Mas Tu, ó Eterno, compadeceste de
mim. Levanta-me e lhes darei a resposta merecida. Saberei assim que Te
comprazes em mim e que, portanto, não triunfará sobre mim meu inimigo.
Incólume me sustentarás e em Tua presença me manterás para sempre. Bendito
seja o Eterno, D'us de Israel, para todo sempre. Amém! Assim seja!

O que dizem os missionários sobre este Salmo:


Baseados em textos não judaicos que um trecho deste Salmo - Até o amigo em
quem confiei - é uma profecia sobre um evento de traição que teria sofrido
Jesus, de Nazaré.

A verdade sobre este Salmo:


O Salmo se refere ao próprio David que faz uma queixa da traição de seu amigo
Aquitofel, de acordo com o relatado em 2º Samuel nos capítulos 15 a 20. Este
Salmo é o encerramento do Livro Um e proclama como D'us e sua misericórdia
estão próximos dos homem mesmo nas circunstâncias terríveis. Este é um tema
recorrente no Salmos, e princípio da vida.

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Tehilim - Salmo 78

Um “Maskil” de Assaf. Escuta, meu povo, a minha Torá; inclina teu ouvido às
palavras que pronuncia minha boca. Contarei uma parábola e enunciarei
enigmas de tempos que já passaram há muito. O que ouvimos e aprendemos,
exposto por nossos pais, não ocultaremos a seus descendentes, até as mais
longínquas gerações, relatando o louvor do Eterno e os atos maravilhosos que
praticou em Seu poder. Um testemunho Ele estabeleceu para Jacob e uma Torá
(Lei) para Israel, e ordenou que os transmitissem a seus filhos. Para que possam
conhecê-los os componentes da última geração – para que os filhos que ainda
não nasceram venham em seu tempo narrá-los a seus filhos. Assim saberão
depositar suas esperanças no Eterno, não esquecerão os prodígios de Suas
obras e saberão cumprir Seus mandamentos. Eles não se comportarão como
seus pais, uma geração contumaz e rebelde, uma geração que não soube dedicar
a D'us seu coração e cujo espírito não manteve fidelidade ao Eterno. Os filhos de
Efraim, destros arqueiros, recuaram no decisivo dia da batalha, não
guardaram o pacto com o Eterno e, sob Seus ensinamentos, se recusaram a
andar, esquecendo Suas façanhas e as maravilhas que lhes mostrou. Diante de
seus pais havia realizado prodígios nas terras do Egito, nos campos de Tsôan.
Fendeu o mar e fê-los passar através dele, ergueu as águas, com elas formando
muralhas. Conduziu-os com uma nuvem durante o dia e com uma coluna de
fogo durante a noite. As rochas do deserto fendeu e dessedentou-os à satisfação.
Fez com que do rochedo jorrasse água, abundante como a de um rio. Tornaram
porém a pecar, rebelando-os contra o Altíssimo no deserto. Ousaram em seus
corações submeter a testes o Eterno, pedindo a comida pela qual ansiavam,
dizendo: “Poderá Ele prover uma mesa no deserto? De fato, feriu a rocha e dela
fez jorrar água como um rio caudaloso. Entretanto, poderá prover pão e
preparar carne para Seu povo?” Irou-Se o Eterno ao ouvi-los e um fogo
acendeu-se contra Jacob, e Sua ira fez fluir contra Israel; porquanto Nele não
creram e em Sua salvação não confiaram. Entretanto, deu às nuvens instruções
e abriu as portas do céu, fazendo sobre eles chover o maná para comer,
provendo-os com grãos celestes. Puderam comer o manjar dos céus; provisões
em abundância Ele lhes enviou. Desencadeou no céu o vento do Oriente; com
Seu poder fez soprar o vento do sul. Como se fora pó, fez sobre eles chover carne,
e como areia dos mares, aves em quantidades intermináveis. Ao redor de suas
moradas no meio do acampamento fê-las cair. Comeram, então, e muito se
fartaram com o que Ele lhes trouxe, atendendo seu desejo. Ainda não se haviam
saciado e comida havia ainda em suas bocas, quando contra eles se ergueu a ira
do Eterno e causou a morte dos mais fortes entre eles, e aos escolhidos de Israel
fez prostrar. Apesar disto, voltaram a pecar, descrendo em Suas maravilhas.
Então Ele fez seus dias serem vãos e seus anos envoltos em terror. Somente
quando já os fazia findar seus dias, O buscavam, se arrependiam e oravam ao
Eterno. Recordavam então que o Eterno era sua Rocha, o D'us Altíssimo seu
redentor. Mas tentavam seduzi-lo com suas palavras, Lhe mentiam com suas
línguas. Não Lhe era dedicado seu coração, nem a Seu pacto eram fiéis. Mas
Ele, o Misericordioso, perdoou a iniqüidade e não os destruiu; reteve muitas
vezes Sua cólera, não acendendo contra eles toda Sua ira. Pois lembrou que
eram apenas carne frágil, um sopro de vida que passa e acaba. Quantas vezes O
provocaram no deserto e Lhe trouxeram dor e aflição! Vez por vez continuaram
a pô-Lo à prova; do Santo de Israel exigiram sinais. Não se lembraram de Sua
mão poderosa nem do dia em que os redimiu do atormentador, quando
milagres realizou no Egito e Suas maravilhas praticou em Tsôan. Em como
transformou em sangue os seus rios e fez suas torrentes de água não poderem
ser bebidas; contra eles enviou bestas que devoravam e que os infestavam. Deu
suas colheitas aos insetos, o fruto de seu trabalho ao gafanhoto; destruiu com
granizo suas vinhas, e suas figueiras com a geada. Com granizo exterminou
suas crias e com raios seus rebanhos; desfechou contra eles Sua cólera ardente,
indignação e atribulações, uma legião de mortais mensageiros. Deu livre curso
à Sua fúria; não poupou da morte sua alma, e seus corpos castigou com a peste.
Abateu todos os primogênitos do Egito, as primícias das tendas de Chám.
Conduziu então em jornada Seu povo, guiando-os através do deserto como se
fossem um rebanho. Inspirou-lhes seguir para que não temessem, enquanto o
mar cobria seus inimigos, e os trouxe à Sua santa terra, à montanha que Sua
Destra conquistou. Expulsou ante eles vários povos, e acomodou as tribos de
Israel em suas tendas, atribuindo a cada uma seu quinhão. Entretanto,
novamente, se rebelaram contra o Altíssimo, e não cumpriram Seus preceitos.
Afastaram-se de Seu caminho e foram rebeldes como seus pais; se deformaram
como um arco empenado. Provocaram Sua ira com seus altares erigidos para
idolatria, despertaram seu zelo com seus ídolos. Ante isto acendeu-se a ira do
Eterno, e Ele rejeitou a Israel. Abandonou o tabernáculo de Shiló, a tenda que
era Sua morada entre os homens. Permitiu que cativo se tornasse Seu poder –
seus eleitos – e nas mãos de malévolos estivesse Sua glória. À espada entregou
Sua nação, indignou-Se com o povo de Sua herança. O fogo consumiu Seus
jovens, e Suas donzelas não tiveram cantos nupciais. Seus sacerdotes tombaram
à espada, suas viúvas não entoaram lamentações. Então despertou o Eterno
como de um sonho, como um guerreiro que o vinho impulsiona. Fez Seus
inimigos baterem em retirada e sobre eles lançou desgraça eterna. Desprezou a
tenda de José e não escolheu a tribo de Efraim. Escolheu, sim, a tribo de Judá, e
o Monte Tsión que Ele tanto ama. E construiu Seu templo, elevado como os céus
e firme como a terra, a que Ele assegurou a existência. Escolheu David, Seu
servo, e o retirou de seu aprisco. Fez com que abandonasse as crias de seu
rebanho e viesse pastorear a Jacob, Sua nação, a Israel, Sua possessão. Ele os
governou com a retidão de seu coração, e com habilidade os passou a dirigir.

O que dizem os missionários sobre este Salmo:


Que um trecho - Contarei uma parábola e enunciarei enigmas de tempos que já
passaram há muito - se refere a Jesus que dizem falava por parábolas.

A verdade sobre este Salmo:


O amor e a preocupação de D'us nos milagres de nossa história estão sempre
presentes. Devemos preservar viva a memória destes eventos para sentir Sua
proximidade, mesmo quando não está tão clara. Deixar de fazê-lo é origem de
muitos pecados. É disto que este Salmo trata. Interessante observar que antes
do trecho distorcido está, "Escuta, meu povo, a minha Torá;" Não está escrito,
siga meu povo a Brit Cadashá ou qualquer outra coisa estranha ao revelado no
Sinai.

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Tehilim - Salmo 118

Agradecei ao Eterno porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia. Que


proclame Israel: “Eterna é Sua misericórdia.” Que também proclame a casa de
Aarão: “Eterna é Sua misericórdia.” Que proclamem todos os que temem ao
Eterno: “Sua misericórdia é infinita!” Invoquei o Eterno no momento de
angústia e Ele me ouviu e me livrou das atribulações. O Eterno está comigo, por
isso nada temerei; o que me pode fazer o ser humano? O Eterno está comigo e
me ampara, por isso posso enfrentar os meus inimigos. Melhor é confiar no
Eterno do que nos seres humanos. Melhor é Nele confiar do que em príncipes.
Cercaram-me todas as nações, mas em Nome do Eterno as destrocei. Voltaram
a cercar-me, envolveram-me de todos os lados, mas em Nome do Eterno as
destrocei. Cercaram-me como abelhas com seus ferrões, mas foram extintos
como o fogo que queima os espinhos, pois em Nome do Eterno os destrocei. Com
violência me empurraram para me fazer cair, mas o Eterno me amparou. O
Eterno é minha força e meu cântico, e Ele foi minha salvação. Vozes de júbilo e
salvação são escutadas das tendas dos justos, porque proezas realizou a Destra
do Eterno. Exalta-se a Destra do Eterno e proezas realiza. Não morrerei!
Viverei e hei de relatar os feitos do Eterno. Ele severamente me puniu, mas não
me entregou à morte. Os portais da justiça abri para mim; por elas entrarei
para louvar ao Eterno. Esta é a porta do Eterno, pela qual entrarão os justos.
Quero agradecer-Te porque me escutaste e Te tornaste minha salvação. A
pedra, inicialmente rejeitada pelos edificadores, veio a tornar-se a pedra
angular, pois assim o determinou o Eterno. Maravilhoso é isto para nós! Este é
o dia com que nos brindou o Eterno e nele nos alegraremos e nos regozijaremos!
Rogo, ó Eterno, salva-nos e faze-nos prosperar! Bendito é aquele que vem em
Nome do Eterno. Nós o bendizemos da casa do Eterno. O Eterno é nosso D'us, é
Quem nos ilumina. Trazei a oferenda e atai-a aos ângulos do altar. Tu és meu
D'us e eu Te exaltarei; meu D'us és Tu e sempre Te louvarei. Agradecei ao
Eterno, porque Ele é bom e eterna é Sua misericórdia.

O que dizem os missionários sobre este Salmo:


Que o trecho - A pedra, inicialmente rejeitada pelos edificadores, veio a tornar-
se a pedra angular - refere-se a Jesus que dizem ter sido rejeitado pelos judeus.

A verdade sobre este Salmo:


É fato esclarecer que a mensagem cristã sempre foi rejeitada pelo Judaísmo, não
como cumprimento de uma profecia deste Salmo, visto que não é disto que este
Salmo trata como veremos adiante. A rejeição se deve por inúmeros fatores,
citamos os mais relevantes mas há muitos outros:

A - Jesus não preencheu os requisitos das Escrituras como Messias;

B - A mensagem cristã é distante do Judaísmo, carregada de teologias e crenças


pagãs de origem helênicas, romanas, egípcias etc tais como virgens sendo
impregnadas por anjos, pecado capital, sacrifícios humanos etc. Tudo distante
da cultura da Torá, ou seja, das palavras (e ordens) do Eterno.

Esclarecido isto, este Salmo expressa gratidão e confiança. Assim como David
foi levado de seus problemas para um reinado marcado por glórias e realizações,
assim também Israel pode esperar pela redenção Divina dos apuros do exílio e
da opressão.

Para o judeu pensar:

É interessante observar que se este Salmo realmente fosse uma profecia a


respeito de alguém rejeitado, ele seria sobre Israel, e não sobre Jesus.

Vejamos:
Quem foi rejeitado por todos os impérios da história?
Foi Jesus? Não, os judeus, Israel!

Quem os romanos rejeitaram?


Foi Jesus? Não! Eles idolatraram Jesus.
Rejeitaram os judeus, Israel.

Quem os ibéricos perseguiram e rejeitavam, impondo conversão forçada ou


exílio?
Foi Jesus? Não! Eles faziam isto em nome de Jesus.
Rejeitaram os judeus, Israel

Quem Hitler rejeitou? Chegou ao extremo de patrocinar um assassinato em


massa de judeus.
Foi Jesus? Não, ele era cristão protestante.
Rejeitou os judeus, Israel.

Os progroms russos perseguiam, assassinavam e rejeitavam quem?


Jesus? Não, os progroms eram em geral formados por cristãos ortodoxos, com
as bênçãos veladas do czar, também cristão e adorador de Jesus.
Rejeitavam os judeus, Israel.

Durante a 2ª Guerra Mundial, quem era o rejeitado que o mundo não queria?
Quem era aquele que não encontrava abrigo em nenhum país?
Os cristãos? Não!
As nações, o mundo, rejeitou os judeus, deixando-os encontrar a morte certa em
campos de assassinato em massa. Os judeus, Israel, um povo sem pátria, uma
pária no mundo.

O repertório de rejeição não para, é extenso...

E esta pedra rejeitada, Israel, sim, tornou-se a pedra angular, sendo um


irradiador de inovações tecnológicas, transformando deserto em terra
cultivável, sendo brilhante em diversas áreas do conhecimento humano, da
literatura a medicina. Israel, a pedra inicialmente rejeitada, se tornou realmente
angular, deu a dois terços do mundo (4 bilhões de pessoas), uma religião.

Como pode ser percebido, esta aplicação cai muito bem em Israel, distorcer é
fácil.

Mas não estamos interessados em distorcer como faz rotineiramente os


missionários, pois não é isto que nossos Mestres dizem sobre este Salmo, até
porque não é disto que este Salmo trata e muito menos de Jesus.

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