15 Maio 2009 23

COMUNIDADES
Concurso de Marchas Populares Saúde da CPLP Jantar beneficente em “A Família”
O Plano Estratégico de
Depois do sucesso do 1º Concurso de Fado em Londres, o Cooperação em Saúde da CPLP Os sócios, amigos e público em geral estão convidados a
restaurante “O Fado” vai realizar o 1º Concurso de Marchas terá um investimento de cerca de participar num jantar de angariação de fundos para beneficência
Populares, no dia 12 de Junho. Assim, cada grupo deverá ter o 14 milhões de euros entre 2009 e da Associação “A Família” de Londres. Haverá um repasto que
máximo de 6 pessoas, deverá ensaiar uma canção e uma dança 2012, informou o director da engloba caldo verde e prato divinal, sobremesas deliciosas, tudo
(marcha) e deverão ir vestidos de acordo com um tema Cooperação. O projecto será com o requinte da casa. A data é dia 16 de Maio, pelas 20horas.
tradicional escolhido pelo grupo. O acompanhamento será feito apresentado durante a II Os interessados deverão fazer já as suas reservas e contactar
pelos guitarristas d’O Fado e pelo acordeão de Sérgio Campos Reunião Ordinária de Ministros Augusto Nunes (presidente do clube) pelo telefone 07786263805.
mas serão bem vindos outros instrumentos. Nos dias 8, 9 e 11 da Saúde da Comunidade dos A direcção informa também que realizará a sua festa dos Santos
realizam-se os ensaios, entre as 3 e as 5 da tarde, n’”O Fado”. Países de Língua Portuguesa. Populares no dia 13 de Junho, em homenagem a Santo António.

de comércio foram muito prestáveis e, a meu
ver, abriram as portas para futuros apoios a
esta iniciativa. No que diz respeito à
comunidade portuguesa – este evento foi
dirigido aos alunos do College e, por isso, não
se abriram plataformas nem intercâmbio.”
E como se envolve e posiciona o Carlos
Nogueira em tudo isto?
“Primeiro, e sobretudo, pelo orgulho em ser
português, oriundo de Aveiro e interessado em
divulgar a todos, à minha volta, aquilo que eu
conheço do meu país.
Qual a sua relação com a comunidade
portuguesa?
“Eu penso que seja boa. Embora eu seja uma
pessoa muito reservada e não me dê
socialmente com muita gente. Não frequento
muitas festas, clubes e associações. Depois,
moro fora de Londres e a minha vida
profissional não me deixa tempo para esse tipo
de confraternizações.”
O que falta a esta comunidade para
atrair jovens, como você, de grande sucesso
profissional neste país?
“Sobretudo, mais compreensão e
entreajuda. Se os portugueses envolvidos
nessas associações alargassem o círculo de
pessoas com quem convivem, olhassem à sua
volta e procurassem, no âmbito geral,
encontrar apoios e entreajuda de portugueses
mais bem posicionados na vida, poderíamos
todos dar uma melhor imagem do que a
comunidade portuguesa realmente contribui
no Reino Unido.”
Mas olhando o panorama actual, nada o
atrai na comunidade portuguesa?
“Penso que tudo o que tenha a ver com
eventos culturais ligados à divulgação da arte
e da música.”
Como... por exemplo?
“Olhe... a vossa Gala, que atraiu muita gente
de todos os quadrantes. Foi aqui, mas pela
qualidade, bem poderia ter sido noutro lugar. É
um bom exemplo de que a qualidade é
reconhecida pela nossa comunidade. Acho que
a gala teve o mérito de mostrar um bom
caminho para prestigiar a nossa comunidade
imigrante.”
Na sua opinião, o que teria de ser feito,
para que a comunidade portuguesa seja
finalmente reconhecida no Reino Unido?
“É sobretudo uma questão de mentalidade.
Primeiro, Portugal tem e deve apostar mais na
‘prata da casa’. Ou seja, nos muitos jovens que
já estão inseridos na comunidade londrina e
que ocupam posições de relevo em várias
instituições e atraí-los com propostas
inteligentes. Porque, sobretudo, são jovens que
estão bem inseridos na sociedade local, mas
não se enquadram no actual padrão da
comunidade portuguesa. Para os atrair é
necessário o envolvimento das autoridades
portuguesas, para criar a tal ponte essencial
para os chamar a colaborarem no sentido de
Portugal. São jovens com licenciaturas, que
têm em seu poder conhecimentos e meios para
nos empurrar para a frente. A meu ver só assim
teríamos uma divulgação capaz de chamar a
atenção às autoridades britânicas e tirar os
benefícios dessa colaboração. O padrão a que
assistimos já está esgotado e só atrai os pouco
que vivem e sobrevivem do mesmo. Criado
por alguns em proveito próprio”.
Entrevista de JOÃO DE NORONHA

Se é nacional... foi bom!

Foi assim no Regent’s College, em Londres, que se realizou esta semana, de11 a15
e Maio, um festival cultural que englobava gastronomia portuguesa e artesanato,
conjuntamente com a apresentação dos bons produtos portugueses, como vinhos
regionais e variadíssimos produtos de pastelaria, que fizeram as delícias dos estudantes
que ali aprendem gestão de empresas. Arrojado evento levado a cabo por Carlos
Nogueira, director de operações do departamento de informática deste Instituto
lindíssimo, que fica situado no coração do Regent Park, apoiado por firmas de vulto da
comunidade portuguesa.
Agradecimentos vão para o embaixador António Santana Carlos, pela a sua presença
na inauguração deste certame cultural e também a todos os que apoiaram o evento,
como António Lopes Vieira, da Atlântico, que forneceu todos os produtos, Luís Campos,
conceituado chefe de cozinha e proprietário do restaurante “O Portal”, Lígia Fonseca, do
restaurante “O Fado”, que participou como artesã, e que mesmo ali, com a sua simpatia,
ensinou como pintar azulejos e outras obras de arte portuguesas. Também de salientar a
excelente palestra do professor Bernardo Ivo da Cruz que dissertou sobre a imagem de
Portugal na vida moderna, que interessou vivamente todos os presentes.
Herlander Cunha

Havia de tudo um
pouco nesta “Semana Portuguesa” que
juntou gastronomia e cultura, dando aos
visitantes um “cherinho” de Portugal