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Caderno Especial 26o Festi va l de Da nç a de Join v ille 24 de julho de 2008

Fotos Rogério Souza Jr./ND


Júlia Nascimento parou no estande para olhar os bonés

Estandes da Feira da Sapatilha vendem de tudo


e agradam Quem também procura acessórios
Rosana Rosar H redacaoj@jornalnoticiasdodia.com.br

A
pesar de ocorrer apenas durante o Festival de
Dança, a Feira da Sapatilha não é só para bai-
larinos. Quem passa pelo Expocentro Edmun-
do Doubrowa pode comprar toucas, cachecóis
e luvas de lã, meias, casacos, bolsas, bijuterias, chaveiros para
lembrar dos dias do evento, chocolates temáticos, recentes
lançamentos de livros e até echarpes orgânicas com fibras de
seda. Dos 70 estandes da feira, cinco estão responsáveis pela
alimentação.
A estudante Júlia Nascimento de Souza, 16 anos, foi à feira
e aproveitou para olhar os bonés, as fronhas e as canecas ven-
didas na New Design Shop. “Tem bastante coisa diferente, estou Ilana Gouveia
provou e
gostando”, opinou. Enquanto as alunas de Bento Gonçalves, no
comprou uma
Rio Grande do Sul, estavam na audição do Bolshoi, sapatilha da
a professora de dança Aline Kirinus, 28 anos, obser- Cecília Kerche
vou os livros do Espaço Literário Midas.
Os pequenos enfeites e os chaveiros da
Marivande Artesanato foram lembrados pela bai-
larina Maria Beatriz Canever, 15 anos, de Santos,
São Paulo. “Dancei nos palcos abertos e estou indo
embora, então quero levar uma lembrança daqui”,
explicou. A expositora Josiane de Oliveira, 31 anos,
lembra que a Chocolate Santa Catarina vende seus
produtos na feira há dez anos.
Dilma da Silva, 45 anos, do Cantinho da
Lã, expôe suas peças na feira pela primeira vez
e acredita que o espaço está mais diversificado.
No estande Dona Benê, echarpes de fibra de seda, Aline Kirinus,
com tingimento orgânico de produtos como pinhão e beterra- de Bento
Gonçalves, no
ba, podem ser comprados por R$ 90,00. Peças de lã comum de
estande da
carneiro estão à venda por preços mais acessíveis. Midas
No estande Cecília Kerche, as bailarinas podem provar
as sapatilhas de ponta sobre uma pequena plataforma e des-
cobrir qual modelo se adapta melhor, de acordo com a termi-
nação dos dedos, a largura do pé e a força do tornozelo. Ilana
Gouveia, 12 anos, de Florianópolis, provou várias sapatilhas e
escolheu um modelo de R$ 30,00. Outras novidades do mundo
da dança também podem ser encontradas num passeio pelos
estandes. A feira abre diariamente, das 10 às 23 horas.
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Fotos Rogério Souza Jr./ND


Hora do

Programação dos g
refeiçã

Mostra Competitiva (SP) – Cupido


Onde: Arena do Centreventos H Ballet Marcia Lago (SP)
Horário: a partir das 19h – Pássaro Azul
H Grupo Juvenil da Escola
Sapateado – Conjunto Municipal de Bailado de
(júnior) Ourinhos (SP) – Princesa
H Grupo Cristina Cará (SP) – 70 Florine
de Novo H Juvenil do Conservatório (RJ)
H Ballet Ana Araújo (SP – Fo’hop – Aurora (2º ato)
H Grupo Relevé Caieiras (SP) H Ballet Adriana Assaf (SP)
– Entre Flaps, Taps, Graxa e – Harlequinade
Pneus H Balé Jovem de São Vicente
H Grupo Júnior Sheilas Ballet (SP) – Coppélia
(SP) – Pump´T H Ballet Paula Firetti (SP)
– Variação Feminina La Fille
Sapateado – Conjunto Mal Gardeé
(sênior) H Escola de Dança Sesiminas
H Fundação Cultural de Seara (MG) – Variação Pássaro Azul
(SC) – Flagra H Corpo de Baile do Mvsika!
H Banana Broadway (SP) CenTro de Estudos (GO) – Pas
– Sabor Brasil Classique
H Academia Sheila´S Ballet (SP)
– The Wall Balé clássico de repertório –
H Cia. de Dança Vera Passos Gran pax-de-deux (avançada)
(CE) – Nas Pontas? Não, No H Grupo Vórtice Cia. de
Tap! Dança (MG) – A Escrava e o
Mercador
Sapateado – Conjunto H Ballet Aracy de Almeida (SP)
(avançada) – Paquita
H Pró-dança de Blumenau (SC) H Cia. do Conservatório (RJ)
– Caranguejo Urbano – Bodas de Aurora
H Grupo Cristina Cará (SP)
– Mandala Palcos abertos
H Companhia Hoofer Tap (SP) H Lar Abdon Batista – Bucarein
– Sentido – 14h30 às 15h30
H Banana Broadway (SP) H Feira da Sapatilha, no
– “Sons Somos” Expocentro Edmundo
H Tap In Blood Companhia de Doubrawa – 11 às 12h, 13 às
Sapateado (PR) – Justice
H Cia. de Dança Vera Passos
13h30, 14 às 15h30, 16 às
17h30 Dançarinos da Federação de Grupos
(CE) – Amadeus H Praça Nereu Ramos – Centro
H La Danse Arte e Cia. (RJ)
– Beat
– 12 às 13h, 13h30 às 14h30,
15 às 16h, 16h30 às 17h30
de Dança do Maranhão e do grupo
H Companhia Feeling de Dança
(SP) – Íntimo
H Shopping Americanas – Anita
Garibaldi – 13 às 14h, 17 às Chiquititos viajaram sem descanso
H Ballet Ana Araújo (SP) 18h
– Passos na Areia H Shopping Cidade das Flores
– Centro – 15 às 16h, 16h30
para estar no Festival de Dança
às 17h30
Balé Clássico de Repertório H Shopping Mueller – Centro
– Variação feminina (júnior) – 11h30 às 12h30, 15 às 16h,
Rosana Rosar H redacaoj@jornalnoticiasdodia.com.br

U
H Escola Dançar (ES) – Coppélia 17h30 às 18h30
H Nucleo Balé para Todos (MG) H Supermercados Giassi
– Princesa Florine – América – 17 às 18h ma viagem de três dias consecutivos, gente”, comentou, enquanto esperava na fila.
H Centro Cultural Vanessa Ballet
sem pausa para descanso, poderia Thiago Oliveira de Amorim, 21 anos, conhe-
fazer qualquer um desistir de vir ao cido como “Pingüim”, veio para seu terceiro festival
Cia. do Conservatório do Rio de Janeiro conquistou o Festival de Dança de Joinville. Para e acredita que o esforço é recompensado a cada
primeiro lugar no balé clássico de repertório conjunto 35 jovens de São Luís e São José do Ribamar, no Mara- ano. Após mais uma semana de convivência com os
avançado, com a coreografia La Sylphide
nhão, o cansaço e os dias na estrada não foram proble- joinvilenses, ele notou a diferença do sotaque e cer-
Alceu Bett/Agência Espetaculum/ND

mas a serem considerados. A aprovação para os palcos ta frieza no cotidiano. “O pessoal aqui é muito edu-
abertos, a vontade de dançar e apren- cado, mas é mais distante, mais na
der motivaram a vinda dos dançarinos sua”, expôs. Leonel Holanda de Oli-
da Federação de Grupos de Dança do veira, 24 anos, o Léo Pop, veio com
Maranhão (Fegma) e do grupo Chiqui- o grupo para observar e aprender.
titos, ambos de dança de rua. “Vou levar muitas lembranças dessa
Na cidade desde quinta-feira experiência”, opinou.
da semana passada, eles se alojaram A presidente Rejanny relembra
na Sociedade Ginástica, no centro, e que sem a ajuda do governo do Mara-
almoçaram todos os dias no Restau- nhão para a viagem, eles não estariam
rante Popular, no bairro Bucarein. aqui. No sábado, os adolescentes com-
No cardápio, comeram o básico arroz petem no Festival Internacional de
com feijão, acompanhado de saladas Hip Hop, em Curitiba. Depois de um
e carne. O preço final das refeições passeio por São Paulo, eles retornam
foi aprovado por Rejanny Braga, pre- ao lar na espera da próxima edição.
EXPEDIENTE sidente do Fegma. “Nossa, ainda bem “Essa viagem é esperada durante todo
Reportagem: Cleiton Bernardes, Mariana Pereira, Sérgio Almeida e Rosana
Rosar. Fotografia: Iran Correia, Fabrício Porto, Joyce Reinert e Rogério que achamos esse restaurante com al- Coreógrafo Manoel o ano. O encanto que eles têm pelo
Souza Jr. Revisão: Solange Silva. Diagramação: Marcelo Duarte. Gomes na fila do bufê
moço a R$ 1,00, isso é novidade pra festival é enorme”, explica.
JOINVILLE, QUINTA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 2008

fotos Enéas Lopes/ND

almoço. Os 35 integrantes
grupos optaram por fazer
ão no Restaurante Popular
Pra todo mundo ler • O espaço com pouco
mais de três metros de comprimento na parede da Feira da Sapatilha
serve como um grande diário dos bailarinos do Festival de Dança de
Joinville. As mensagens são as mais diversas, desde registros de presen-
ça do tipo: “Break Style esteve aqui”, até frases mais carinhosas como
“Estive no maior e melhor do mundo e amei”, decoram o mural de reca-
dos do festival. A bailarina da Escola do Theatro Bolshoi no Brasil, Édera
Freitas, 22 anos, é uma das que utilizam o espaço. “Acho que podia ser
maior, só estamos na metade e não tem mais lugar”, observa.

Conectados • A internet conecta bailarinos com suas fa- Achados e perdidos • Logo na entrada da
mílias por meio de e-mails e programas de bate-papo. Na Feira da Sapatilha, o Feira da Sapatilha está instalado o guichê de achados e perdidos do
ponto de encontro dos bailarinos com saudade de casa é o Cyber da Unidança, Festival de Dança. O local serve de referência tanto para quem perdeu,
que funciona diariamente das 10 às 23 quanto para quem achou documentos. Mas, não são só documentos
horas. O custo é de R$ 1,OO para cada 15 que são perdidos. Casacos, crachás, até tênis são deixados diariamente
minutos na internet, o tempo é limitado no local. Alguns casos são resolvidos facilmente em questão de minu-
a 60 minutos por usuário. Durante o dia, tos, no entanto, alguns objetivos passam dias à espera de seus donos.
as sete máquinas colocadas à disposição A monitora Jéssica Michels, 17 anos, conta que no caso de documentos
dão conta do recado mas, à noite, a fila perdidos o primeiro passo é orientar quem perdeu a fazer um boletim
de espera chega tranqüilamente a dez de ocorrência na delegacia móvel instalada no lado de fora da Feira
pessoas. MSN e Orkut estão na lista de da Sapatilha. O segundo passo é identificar quem perdeu e o local. Na
prioridade dos bailarinos. Beatriz Koser, segunda-feira (25), objetos estavam à espera de seus donos. Entre eles
23 anos, uma dos quatro monitores do estande do Cyber da Unidança, conta quatro carteiras com todos os documentos. “Os crachás continuam
que o público é variado. “Tem desde criança até coordenadores de grupo”, sendo os campeões em serem perdidos”, conta Jéssica. No caso dos
explica. “Geralmente eles usam o MSN e o Orkut para contar como foram as crachás, quem não conseguir achá-lo tem que desembolsar R$ 50,00
apresentações do dia”. para fazer a segunda via.
4 JOINVILLE, QUINTA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 2008

Dez anos de desenvolvimento

Governador Luiz
Haroldo Marinho
Henrique da Silveira, comentando
circulando@jornalnoticiasdodia.com.br
sobre os dez anos de Centreventos Cau Hansen. Uma
bandeira de seu governo, implantando em Santa

Sem ritmo
Catarina o conceito arena multiuso.

Falando em dançar, é
Coladinhos engraçado observar as pessoas
nas pistas das baladas. A preguiça
Encerra-se amanhã o “Ritmo a Dois”, concurso de dança de salão que leva
ao palco da Harmonia – local do primeiro Festival – o bolero, valsa, samba, impera nestes locais. Hoje se dança
forró e tango. É uma verdadeira festa para os pares, que deverão mostrar suas praticamente estático. No máximo
habilidades ao som da banda Manchester Band. um levantar de braços ou uma
batida de pé, acompanhando as
batidas da música. Muito se deve a
Na Feira da Sapatilha, as sorridentes música eletrônica. O tuquis-tuquis
bailarinas do Grupo Corpo Livre de Joinville, eletrônico força esse marasmo nas
primeiro lugar em dança popular, com a
pistas. Quando alguém resolve
coreografia “Alegria Mexicana”
dar uma sacudida mais ousada,
Fotos Max Schwoelk/Divulgação/ND

as pessoas olham desconfiadas


achando que ela está fora do ar,
viajando sem bagagem. Fora que
paquerar ou tentar conversar
ao som de um tecno é coisa prá
maluco.

Feras
Como já saiu a lista dos
indicados aos prêmios de melhor
grupo, coreógrafo revelação,
melhor bailarino e bailarina do

Pé-de-valsa Festival de Dança de Joinville,


resta agora, esperar a entrega
Uma curiosidade em relação à dança de salão é que por anos esquecida ou da premiação na Noite dos
relacionada ao gosto de uma gente velha, volta com força entre os jovens. Para os Campeões. Ela ocorre no próximo
homens, saber sempre dançar a dois, sempre foi um pré-requisito para se dar bem sábado, encerrando o evento. Já
com as mulheres. Talvez seja esse o grande sucesso, fazendo com que cursos e há alguns anos a organização,
aulas de dança de salão voltem a ser tão procurados. sabiamente, banca as despesas dos
bailarinos e grupos vencedores,
para que permaneçam na cidade
e se apresentem na concorrida
noite. Anos atrás, em função das
despesas, era comum ficar apenas
Duo um representante na cidade para
No Festival de receber a premiação. Isso tirava o
Dança, Clésia e Guilmar brilho da Noite dos Campeões.
Machado, da Guiauto,
marcam presença
no camarote da RIC
Record
Tati Gava, em altíssimo astral na Moom Art n’ Music

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