i. A visão científica do século XVII enfatizava a observação em vez da autoridade tradicional e rejeitava a ideia de que a Terra era o centro do universo ou que o homem era sua finalidade.
ii. Galileu antecipou a primeira lei do movimento de Newton, que dissolveu visões pré-científicas ao mostrar que o mundo físico funciona de forma autônoma segundo leis naturais.
iii. A ciência rejeitou o conceito de "finalidade" de Aristóteles, mostrando que as
i. A visão científica do século XVII enfatizava a observação em vez da autoridade tradicional e rejeitava a ideia de que a Terra era o centro do universo ou que o homem era sua finalidade.
ii. Galileu antecipou a primeira lei do movimento de Newton, que dissolveu visões pré-científicas ao mostrar que o mundo físico funciona de forma autônoma segundo leis naturais.
iii. A ciência rejeitou o conceito de "finalidade" de Aristóteles, mostrando que as
Авторское право:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Доступные форматы
Скачайте в формате PDF, TXT или читайте онлайн в Scribd
i. A visão científica do século XVII enfatizava a observação em vez da autoridade tradicional e rejeitava a ideia de que a Terra era o centro do universo ou que o homem era sua finalidade.
ii. Galileu antecipou a primeira lei do movimento de Newton, que dissolveu visões pré-científicas ao mostrar que o mundo físico funciona de forma autônoma segundo leis naturais.
iii. A ciência rejeitou o conceito de "finalidade" de Aristóteles, mostrando que as
Авторское право:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Доступные форматы
Скачайте в формате PDF, TXT или читайте онлайн в Scribd
O Impacto da Cincia na Sociedade (The impact of Science on Society - 1967 Bertrand Russell
Zahar Editora RJ, 1976 Cap. I Cincia e Tradio
Devido s obras de grandes homens do sculo XVII, desenvolveu-se uma nova viso do mundo, e foi esta viso, no argumentos especficos, que causou a decadncia da crena em pressgios, feitiaria, possesso demonaco etc. Sou de opinio que havia trs ingredientes na viso cientfica no sculo XVII que foram especialmente importantes: i. As afirmaes de fato deviam basear-se na observao, e no numa autoridade injustificada. ii. O mundo inanimado um sistema que se auto-realiza e auto-perptua, no qual todas as mudanas se conformam s leis naturais. iii. A Terra no o centro do universo e, provavelmente, o homem no a sua finalidade (se que existe alguma); alm disso, a finalidade um conceito cientificamente intil. (14-15) i. Observaes versus autoridade O respeito pela observao, em oposio tradio, difcil quase poder-se-ia dizer contrria natureza humana. A cincia insiste nela, e esta insistncia foi a fonte da maioria das batalhas mais encarniadas entre cincia e autoridade. H muitos aspectos em que a lio ainda no foi aprendida. Poucas pessoas podero ser convencidas de que um hbito odioso isto , o exibicionismo no pode ser curado por meio de castigo. agradvel punir os que nos chocam, e no gostamos de admitir que a competncia em relao a este prazer nem sempre socialmente desejvel. (17) ii. A autonomia do mundo fsico Talvez o dissolvente mais poderoso da viso pr-cientfica tenha sido a primeira lei do movimento que o mundo deve a Galileu, embora, at certo ponto, tenha sido antecipada por Leonardo da Vince. (17) iii. O destronamento da finalidade Aristteles sustentava quatro tipos de causas, nos interessa s duas: as causas eficiente e a causa final. A causa eficiente a que devamos chamar apenas de a causa; a causa final a finalidade. Esta ambigidade do por qu (da causa) levou Aristteles sua distino entre causa eficiente e causa final. Ele pensou e muitas pessoas ainda pensam que ambas as espcies de causas se encontram em toda a parte; tudo que existe pode ser explicado; por um lado, pelos acontecimentos antecedentes que produziram isso e, por outro lado, pelo propsito a que serve. Mas, embora ainda seja possvel a filsofos ou telogos sustentarem que tudo tem uma finalidade, descobriu-se que essa finalidade no um conceito til, quando estamos procura de leis cientficas. (...) Conhecemos a finalidade nas relaes humanas, e poderemos supor que h finalidades csmicas, mas, em cincia, o passado que determina o futuro, e no o futuro que determina o
passado. As causas finais, portanto, no aparecem na explicao cientfica do mundo. (19-21)