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Morte de Paulo
• Não se sabe exactamente em que data nem de que modo Paulo foi morto. Os Actos dos
Apóstolos, depois do relato da sua prisão em Jerusalém e da viagem para Roma, para aí ser
julgado, dizem somente que aí permaneceu dois anos inteiros sob arresto domiciliário (Act 28,
30).
• Com base em tradições posteriores, pensa-se que terá sido degolado na primeira metade dos anos
sessenta.
• Mas, o que nos interessa é o significado da morte. Tanto mais que foi escrito directamente pelo
próprio neste texto, uma carta enviada da prisão, provavelmente em Éfeso, sem saber ainda o
desfecho que o esperava.
• As suas palavras mostram-nos que para ele a morte física não iria ser o termo, mas o auge de uma
vida que se prolonga muito para além dos nossos dias e da qual continuamos hoje a usufruir.
• Vejamos em que sentido.
A esta fé corresponde, a expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado (v. 20). (Conf Sl 24,
2s.20; 68,7; 118,31.80.116):
Como o salmista, também ele não será envergonhado na missão de testemunhar Cristo. Pelo contrário: se a
tribulação produz a paciência, a paciência a comprovação, e a comprovação a esperança, e esta não
engana (Rm 5,4s).
Então é nas tribulações, como aquela por que está a passar, que Cristo será engrandecido no meu corpo,
quer pela vida quer pela morte.
Daí a afirmação: Para mim, viver é Cristo e morrer um lucro (v. 21). Aquilo que o faz viver, é unicamente
Cristo. Se para Paulo viver é Cristo é porque Cristo é a sua vida, no sentido de que já não sou eu que
vivo, mas é Cristo que vive em mim (Gl 2, 20).
E é na medida em que Cristo vive em mim e eu para Cristo, que morrer é um lucro. Não porque esteja
cansado de viver, mas exactamente o contrário: porque a minha vida consiste em desfazer-me dela em
favor dos outros, como fez o Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gl 2, 20).
Compreende-se assim o dilema de Paulo: por um lado, deseja morrer, para estar com Cristo para sempre;
por outro, vê como é necessário permanecer na carne para, continuar a contribuir para o progresso e
alegria da fé das suas comunidades (vv. 22-26).
Opta pela segunda hipótese, na esperança de deixar a cadeia em liberdade, mas levado pelo mesmo
amor que anseia por saborear na união definitiva com Cristo. Dito por palavras suas: Nenhum de nós vive
para si mesmo e nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos, e se
morremos, é para o Senhor que morremos. Ou seja, quer vivamos quer morramos, é ao Senhor que
pertencemos. Pois foi para isto que Cristo morreu e voltou à vida: para ser Senhor dos vivos e dos
mortos (Rm 14,7-9).
Daí que nada mais lhe interesse, senão que Cristo seja anunciado (v. 18). Foi o que fez até a morte. Ou
melhor, até ao triunfo sobre a morte. Uma prova de que está vivo, é o testemunho (martírio, em grego)
que tantos de nós, levados por ele, damos de Cristo.
Para rezar:
• Começar com salmo 131
• O que tiro de mais importante da relfexão?
• Rezar: SI 22 - caminhar guiado e alimentado pelo Senhor, para com Ele repousar para todo o
sempre.
• Ler alguns destes textos: Act 20,17-28,31; Rm 8, 31-39; Gl 6, 14-18; 2 Tm 4, 1-8, para nos
mantermos em Cristo, guiados e animados pelo martírio do Apóstolo. Que aspectos acho
importantes para a minha vida continuar unida a Cristo?
• Escrever resumo ou oração