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Eu vim de longe
Cantata da paz
Os Vampiros
L’Estaca
Grândola
…
Adriano Correia de Oliveira: Canção com lágrimas
1 "Queixa das almas jovens censuradas" 3 “Sem eira nem beira” 2 “Eu vim de longe”
Dão-nos um lírio e um canivete Anda tudo do avesso Quando o avião aqui chegou
e uma alma para ir à escola Nesta rua que atravesso quando o mês de Maio começou
mais um letreiro que promete Dão milhões a que os tem eu olhei para ti, então entendi
raízes, hastes e corola Aos outros um passou-bem foi um sonho mau que já passou
foi um mau bocado que acabou
Não consigo perceber
Dão-nos um mapa imaginário Quem é que nos quer tramar Tinha esta viola numa mão
que tem a forma de uma cidade Enganar/Despedir uma flor vermelha n'outra mão
mais um relógio e um calendário E ainda se ficam a rir tinha um grande amor
onde não vem a nossa idade Eu quero acreditar marcado pela dor
Que esta merda vai mudar e quando a fronteira me abraçou
Dão-nos a honra de manequim E espero vir a ter foi esta bagagem que encontrou
para dar corda à nossa ausência. Uma vida bem melhor
Dão-nos um prémio de ser assim Eu vim de longe, de muito longe
sem pecado e sem inocência Mas se eu nada fizer o que eu andei p'ra'qui chegar
Isto nunca vai mudar Eu vou p'ra longe, p'ra muito longe
Dão-nos um barco e um chapéu Conseguir/Encontrar onde nos vamos encontrar
para tirarmos o retrato Mais força para lutar... com o que temos p'ra nos dar
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro (Refrão) E então olhei à minha volta
Senhor engenheiro vi tanta esperança andar à solta
Dê-me um pouco de atenção que não hesitei e os hinos cantei
Penteiam-nos os crâneos ermos Há dez anos que estou preso foram feitos do meu coração
com as cabeleiras das avós Há trinta que sou ladrão feitos de alegria e de paixão
para jamais nos parecermos Não tenho eira nem beira
connosco quando estamos sós Mas ainda consigo ver Quando a nossa festa s'estragou
Quem anda na roubalheira e o mês de Novembro se vingou
Dão-nos um bolo que é a história E quem me anda a comer eu olhei p'ra ti, e então entendi
da nossa historia sem enredo foi um sonho lindo que acabou
e não nos soa na memória É difícil ser honesto houve aqui alguém que se enganou
outra palavra que o medo É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso Tinha esta viola numa mão
Quem tem muito fica a rir coisas começadas noutra mão
Temos fantasmas tão educados
Ainda espero ver alguém tinha um grande amor marcado pela dor
que adormecemos no seu ombro
Assumir que já andou e quando a espingarda se virou
somos vazios despovoados
A roubar/A enganar foi p'ra esta força que apontou.
de personagens de assombro
O povo que acreditou