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PROGRAMA PARA 30 DE MAIO

Queixa das almas jovens censuradas

Eu vim de longe

Sem eira nem beira

Cantata da paz

Não há machado que corte

Trova do vento que passa

Os Vampiros

Traz outro amigo também

Que força é essa

Movimento perpétuo associativo

Para não dizer que não falei das flores

L’Estaca

Grândola

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa


E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol, o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste, quem me dera em Lisboa


Quem me dera em Maio, depois morreste
Com Lisboa tão longe, ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro


Adriano Correia de Oliveira: Canção com lágrimas
1 "Queixa das almas jovens censuradas" 3 “Sem eira nem beira” 2 “Eu vim de longe”

Dão-nos um lírio e um canivete Anda tudo do avesso Quando o avião aqui chegou
e uma alma para ir à escola Nesta rua que atravesso quando o mês de Maio começou
mais um letreiro que promete Dão milhões a que os tem eu olhei para ti, então entendi
raízes, hastes e corola Aos outros um passou-bem foi um sonho mau que já passou
foi um mau bocado que acabou
Não consigo perceber
Dão-nos um mapa imaginário Quem é que nos quer tramar Tinha esta viola numa mão
que tem a forma de uma cidade Enganar/Despedir uma flor vermelha n'outra mão
mais um relógio e um calendário E ainda se ficam a rir tinha um grande amor
onde não vem a nossa idade Eu quero acreditar marcado pela dor
Que esta merda vai mudar e quando a fronteira me abraçou
Dão-nos a honra de manequim E espero vir a ter foi esta bagagem que encontrou
para dar corda à nossa ausência. Uma vida bem melhor
Dão-nos um prémio de ser assim Eu vim de longe, de muito longe
sem pecado e sem inocência Mas se eu nada fizer o que eu andei p'ra'qui chegar
Isto nunca vai mudar Eu vou p'ra longe, p'ra muito longe
Dão-nos um barco e um chapéu Conseguir/Encontrar onde nos vamos encontrar
para tirarmos o retrato Mais força para lutar... com o que temos p'ra nos dar
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro (Refrão) E então olhei à minha volta
Senhor engenheiro vi tanta esperança andar à solta
Dê-me um pouco de atenção que não hesitei e os hinos cantei
Penteiam-nos os crâneos ermos Há dez anos que estou preso foram feitos do meu coração
com as cabeleiras das avós Há trinta que sou ladrão feitos de alegria e de paixão
para jamais nos parecermos Não tenho eira nem beira
connosco quando estamos sós Mas ainda consigo ver Quando a nossa festa s'estragou
Quem anda na roubalheira e o mês de Novembro se vingou
Dão-nos um bolo que é a história E quem me anda a comer eu olhei p'ra ti, e então entendi
da nossa historia sem enredo foi um sonho lindo que acabou
e não nos soa na memória É difícil ser honesto houve aqui alguém que se enganou
outra palavra que o medo É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso Tinha esta viola numa mão
Quem tem muito fica a rir coisas começadas noutra mão
Temos fantasmas tão educados
Ainda espero ver alguém tinha um grande amor marcado pela dor
que adormecemos no seu ombro
Assumir que já andou e quando a espingarda se virou
somos vazios despovoados
A roubar/A enganar foi p'ra esta força que apontou.
de personagens de assombro
O povo que acreditou

Dão-nos a capa do evangelho Conseguir encontrar mais força 4 “Cantata da Paz”


e um pacote de tabaco Para lutar Mais força para lutar
dão-nos um pente e um espelho Conseguir encontrar mais força Vemos, ouvimos e lemos
pra pentearmos um macaco Para lutar Mais força para lutar... Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Dão-nos um cravo preso à cabeça (Refrão) Não podemos ignorar
e uma cabeça presa à cintura Senhor engenheiro
para que o corpo não pareça Dê-me um pouco de atenção Vemos, ouvimos e lemos
a forma da alma que o procura Há dez anos que estou preso Relatórios da fome
Há trinta que sou ladrão O caminho da injustiça
Não tenho eira nem beira A linguagem do terror.
Dão-nos um esquife feito de ferro
Mas ainda consigo ver
com embutidos de diamante
Quem anda na roubalheira A bomba de Hiroshima
para organizar já o enterro
E quem me anda a foder Vergonha de nós todos
do nosso corpo mais adiante
Reduziu a cinzas
Há dez anos que estou preso A carne das crianças
Dão-nos um nome e um jornal Há trinta que sou ladrão
um avião e um violino Mas eu sou um homem honesto D'África e Vietname
mas não nos dão o animal Só errei na profissão, Sobe a lamentação
que espeta os cornos no destino Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte Nada pode apagar
por isso a nossa dimensão O concerto dos gritos
não é a vida, nem é a morte O nosso tempo é
Pecado organizado.
8 “Traz Outro Amigo Também”
5 “Não há machado que corte” 6 “Trova do vento que passa”
Amigo
Não há machado que corte Pergunto ao vento que passa Maior que o pensamento
notícias do meu país
a raíz ao pensamento [bis] e o vento cala a desgraça Por essa estrada amigo vem
Não há morte para o vento o vento nada me diz. Por essa estrada amigo vem
não há morte [bis] o vento nada me diz.
Não percas tempo que o vento
Se ao morrer o coração
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la, É meu amigo também
[Refrão]
morresse a luz que lhe é querida La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]
Não percas tempo que o vento
sem razão seria a vida É meu amigo também
Pergunto aos rios que levam
sem razão tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam Em terras
Nada apaga a luz que vive levam sonhos deixam mágoas. Em todas as fronteiras
num amor num pensamento Seja bem vindo quem vier por bem
Levam sonhos deixam mágoas
porque é livre como o vento ai rios do meu país Se alguém houver que não queira
porque é livre minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz. Trá-lo contigo também

7 “Os Vampiros” [Se o verde trevo desfolhas Aqueles


pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas Aqueles que ficaram
No céu cinzento sob o astro mudo que morro por meu país. (Em toda a parte todo o mundo tem)
Batendo as asas pela noite calada Pergunto à gente que passa Em sonhos me visitaram
por que vai de olhos no chão. Traz outro amigo também
Vêm em bandos com pés veludo Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Chupar o sangue fresco da ma nada 9 “Que força é essa”
Se alguém se engana com seu ar sisudo Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E lhes franqueia as portas à chegada E a quem gosta de ter amos Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Eles comem tudo eles comem tudo vi sempre os ombros curvados. construir as cidades pr´ós outros
Eles comem tudo e não deixam nada [bis] carregar pedras, desperdiçar
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo. muita força p´ra pouco dinheiro
A toda a parte chegam os vampiros Vi minha pátria pregada Vi-te a trabalhar o dia inteiro
nos braços em cruz do povo. Muita força p´ra pouco dinheiro
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos Vi minha pátria na margem
Que força é essa
dos rios que vão pró mar
Mas nada os prende às vidas acabadas como quem ama a viagem que força é essa
mas tem sempre de ficar. que trazes nos braços
São os mordomos do universo todo Vi navios a partir
que só te serve para obedecer
Senhores à força mandadores sem lei (minha pátria à flor das águas) que só te manda obedecer
Enchem as tulhas bebem vinho novo vi minha pátria florir Que força é essa, amigo
(verdes folhas verdes mágoas). que força é essa, amigo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Há quem te queira ignorada que te põe de bem com outros
e fale pátria em teu nome. e de mal contigo
Eles comem tudo eles comem tudo Eu vi-te crucificada Que força é essa, amigo
Eles comem tudo e não deixam nada nos braços negros da fome.
Que força é essa, amigo
E o vento não me diz nada Que força é essa, amigo
No chão do medo tombam os vencidos só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
Ouvem-se os gritos na noite abafada à beira de um rio triste.
Não me digas que não me compreendes
Jazem nos fossos vítimas dum credo quando os dias se tornam azedos
E não se esgota o sangue da manada Ninguém diz nada de novo não me digas que nunca sentiste
se notícias vou pedindo uma força a crescer-te nos dedos
nas mãos vazias do povo
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Se alguém se engana com seu ar sisudo vi minha pátria florindo.
Não me digas que não me compreendes
E lhe franqueia as portas à chegada E a noite cresce por dentro
Eles comem tudo eles comem tudo dos homens do meu país. (Que força...)
Peço notícias ao vento
Eles comem tudo e não deixam nada e o vento nada me diz.
(Vi-te a trabalhar...)
Eles comem tudo eles comem tudo Quatro folhas tem o trevo Que força é essa
liberdade quatro sílabas.
Eles comem tudo e não deixam nada Não sabem ler é verdade que força é essa
aqueles pra quem eu escrevo. que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
Mas há sempre uma candeia que só te manda obedecer
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia Que força é essa, amigo
canções no vento que passa. que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
e de mal contigo
há sempre alguém que resiste Que força é essa, amigo
há sempre alguém que diz não. Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
11 “P’raNãoDizerQueNãoFaleiDasFlores” 12 “L’Estaca”
10 “Movimento perpétuo associativo”
Caminhando e cantando
Agora sim, damos a volta a isto! E seguindo a canção L'avi Siset em parlava
Agora sim, há pernas para andar! Somos todos iguais de bon matí al portal
Agora sim, eu sinto o optimismo! Braços dados ou não mentre el sol esperàvem
Vamos em frente, ninguém nos vais parar! Nas escolas, nas ruas i els carros vèiem passar.
Campos, construções
Caminhando e cantando Siset, que no veus l'estaca
Agora não, que é hora do almoço… E seguindo a canção... on estem tots lligats?
Agora não, que é hora do jantar…
Si no podem desfer-nos-en
Agora não, que eu acho que não posso… Vem, vamos embora
mai no podrem caminar!
Amanhã vou trabalhar… Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x) Si estirem tots, ella caurà
Agora sim, temos a força toda! i molt de temps no pot durar,
Agora sim, há fé neste querer! Pelos campos há fome segur que tomba, tomba, tomba
Agora sim, só vejo gente boa! Em grandes plantações ben corcada deu ser ja.
Vamos em frente e havemos de vencer! Pelas ruas marchando
Indecisos cordões Si tu l'estires fort aquí
Agora não, que me dói a barriga… Ainda fazem da flor
i jo l'estiro fort allà,
Seu mais forte refrão
Agora não, dizem que vai chover… segur que tomba, tomba, tomba,
E acreditam nas flores
Agora não, que joga o Benfica… Vencendo o canhão... i ens podrem alliberar.
e eu tenho mais que fazer…
Vem, vamos embora Però, Siset, fa molt temps ja,
Agora sim, cantamos com vontade! ……………………. les mans se'm van escorxant,
Agora sim, eu sinto a união! i quan la força se me'n va
Agora sim, já ouço a liberdade! Há soldados armados ella és més ampla i més gran.
Amados ou não
Vamos em frente, é esta a direcção! Quase todos perdidos
De armas na mão
Ben cert sé que està podrida
Agora não, que falta um impresso… Nos quartéis lhes ensinam però és que, Siset, costa tant,
Agora não, que o meu pai não quer… Uma antiga lição: que a cops la força m'oblida.
Agora não, que há engarrafamentos… De morrer pela pátria Torna'm a dir el teu cant:
Vão sem mim, que eu vou lá ter E viver sem razão...
Si estirem tots, ella caurà...
Vem, vamos embora
13 “Grândola Vila Morena” ……………………… Si tu l'estires fort aquí...
Grândola, vila morena
Nas escolas, nas ruas L'avi Siset ja no diu res,
Terra da fraternidade
Campos, construções mal vent que se l'emportà,
O povo é quem mais ordena Somos todos soldados ell qui sap cap a quin indret
Dentro de ti, ó cidade Armados ou não i jo a sota el portal.
Caminhando e cantando
Dentro de ti, ó cidade E seguindo a canção
I quand passen els nous vailets
O povo é quem mais ordena Somos todos iguais
Braços dados ou não... estiro el coll per cantar
Terra da fraternidade
el darrer cant d'en Siset,
Grândola, vila morena
Os amores na mente el darrer que em va ensenyar.
As flores no chão
Em cada esquina um amigo A certeza na frente Si estirem tots, ella caurà...
Em cada rosto igualdade A história na mão
Grândola, vila morena Caminhando e cantando Si tu l'estires fort aquí...
Terra da fraternidade E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Terra da fraternidade Uma nova lição...
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
O povo é quem mais ordena
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade.

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