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É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das
Árvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caçador que
mate por prazer. É muito poderoso e forte.
Seus pés voltados para trás serve para despistar os caçadores, deixando-os sempre
a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais
achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às
vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado
de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis ele é o
Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos demônios, a
que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes
açoites e ferindo-os bastante". Os índios, para lhe agradar, deixavam nas clareiras,
penas, esteiras e cobertores.
De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo
para agradá-lo, no caso de cruzar com Ele.
Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Mãe do Mato, Caiçara, Caapora,
Anhanga, etc.
Conforme a região, ele pode ser uma mulher de uma perna só que anda pulando,
ou uma criança de um pé só, redondo, ou um homem gigante montado num porco
do mato, e seguido por um cachorro chamado Papa-mel.
Também, dizem que ele tem o poder de ressuscitar animais mortos e que ele é o
pai do moleque Saci Pererê.
Há uma versão que diz que o Caipora, como castigo, transforma os filhos e mulher
do caçador mau, em caça, para que este os mate sem saber.
Boi Tatá
É um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo.
Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de
um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou
no escuro, assim, seus olhos cresceram.
Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes,
assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça
e persegue os viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho cintilante de
fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de
"Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora
no fundo dos rios.
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde
passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra
incêndios.
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases
inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais
mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.
Nomes comuns: No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão
e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata.
Uma versão conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar à escuridão da
caverna onde ficou preso após o dilúvio, outra versão, conta que ele, procura restos
de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume dos
mesmos, razão pela qual tem os olhos tão grandes e incandescentes.
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em
noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se alguém
passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que é uma
mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de quinta para
sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta.
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar
alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, na
verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte,
lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro.
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às
vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de
bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado.
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será desfeito
e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que a castiga,
para sempre
Origem Provável: É um mito que já existia no Brasil colônia. Apesar de ser comum
em todo Brasil, variando um pouco entre as regiões, é um mito muito forte entre
Goiás e Mato Grosso. Mesmo assim não é exclusivo do Brasil, existindo versões
muito semelhantes em alguns países Hispânicos.
Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz branca
gravada no pelo. Pode ou não ter cabeça, mas o que se sabe de concreto é que a
Mula, é mesmo uma amante de Padre.
A Iara
Quando a Mãe das águas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o índio
Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu. Não
saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas
enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa
tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo.
Uiara já o esperava cantando a música das núpcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu
num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve
festa no chão das águas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na
semana seguinte a insaciável Uiara voltou para levar outra vítima.
Cobra grande
É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em
numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande,
Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um
menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de
Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio. Lá no rio eles,
como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irmã era muito perversa.
Prejudicava os outros animais e também às pessoas.
Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para
pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu
encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando
as águas para levar uma vida normal na terra.
Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita
coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento na
cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro.
Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar
Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra com sua
família.
Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua
se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas
virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a
transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou
impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua
andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e
perseguia a Lua na esperança que esta a visse.
E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la
e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas
águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua
havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais
foi vista.
Saci Pererê
Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais
dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc.
Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele
não atravessa córregos nem riachos. Alguém perseguido por ele, deve jogar cordas
com nós em sem caminho que ele vai parar para desatar os nós, deixando que a
pessoa fuja.
Diz a lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento
ou uma peneira, pode capturá-lo, e se conseguir sua carapuça, será recompensado
com a realização de um desejo.
Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, etc.
Dizem também que ele, na verdade eles, um bando de Sacis, costumam se reunir à
noite para planejarem as travessuras que vão fazer.
Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado
de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.
O negrinho do pastoreio
O Negrinho do Pastoreio É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no
final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É
muito popular no sul do Brasil.
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num
dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de
quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados. No final do
tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio.
Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando.
‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece’’, disse o malvado patrão.
Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o,
mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.