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CJAV – Colégio José Augusto Vieira

Prof. Moacir Poconé 3º ano Literatura

LITERATURA
2ª Fase Modernista (1930 – 1945)

O caráter construtivo da segunda geração tem uma face dupla, que precisamos
compreender. Do ponto de vista estrutural, caracteriza-se por uma revalorização de
determinadas formas tradicionais, como o soneto, e, ainda, por uma atenuação do
“vanguardismo” dos primeiros modernistas, conciliando a combatividade de sua
linguagem com a necessidade de polissemia, de riqueza de significados, inerentes ao
texto literário. Em outras palavras, a geração de 30 – tanto na poesia quanto na prosa –
internalizou nas obras as “novidades” de 22, acrescentando a elas o que se mantém vivo,
fecundo, das tradições sepultadas a priori pelos primeiros modernistas.

Do ponto de vista dos conteúdos, dos significados, a preocupação nacionalista, que foi
uma das tônicas principais dos representantes da Semana, aprofundou-se, alastrou-se e
adquiriu novo rigor, na medida em que o Brasil passou a ser visto não “em si” mas no
contexto universal do sistema capitalista de que faz parte.

Construção e dimensão universalista são, portanto, os elementos fundamentais de nossa


segunda geração modernista, cujos poetas e poemas mais expressivos vamos conhecer.

Literariamente, o período de 1930 a 1945 corresponde a uma reavaliação do passado;


com o neo-romantismo, o neo-simbolismo, na poesia, e com o neo-realismo na prosa
regional do Nordeste.

Podemos dizer que, em termos literários, há um prolongamento e uma contradição entre


as duas gerações: prolongamento por que muito dos escritores de 30, por exemplo
Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes, na verdade continuaram o seu
trabalho, umbilicalmente enraizados nas conquistas de 22. Contradição pelo caráter
construtivo da geração de 30, que se opõe à tendência demolidora, destruidora de 22.

O romance de 30: do regional ao universal

José Américo de Almeida (1887-1980)

Ministro (1930-1934), senador (1935 e 1945) e governador da Paraíba (1951-1954), a


política sempre absorveu as suas atividades. Entretanto, deve-se a ele a linha nordestina
do romance da seca: A Bagaceira (1928).

Tem um grande poder descritivo que nos consegue transmitir principalmente a cor e o
cheiro da terra.

O enredo do romance A Bagaceira é singelo: Dagoberto, o dono da fazenda, recolhe um


grupo de retirantes, levado pela impressão que lhe causa Soledade, a filha de um deles.
Também Lúcio, seu filho, se enamora dela, mas é Dagoberto que a violenta e a torna sua
amante, para desgosto de Pirunga, companheiro de infância dela e eterno apaixonado. A
narrativa termina com a morte de Dagoberto. Dentro dessa história de amor, entretanto,
aparece todo o drama social do Nordeste.
CJAV – Colégio José Augusto Vieira
Prof. Moacir Poconé 3º ano Literatura

Lins do Rego (1901-1957)

Formado em Direito, vai de início para a política, mas logo a abandona em favor da
literatura. Foi promotor público.

Inaugura a fase modernista do romance de cangaço, também conhecido na época


romântica. Explora também o assunto do engenho.
Obras:
Romance: Menino de Engenho (1932); Doidinho (1933); Bangüê (1934); Moleque
Ricardo (1935); Usina (1936); Pureza (1937); Pedra Bonita (1938); Riacho Doce
(1939); Água-Mãe (1941); Fogo Morto (1943); Eurídice (1947); Cangaceiros (1953).
Memórias: Meus Verdes Anos (1956).
Ensaio e crônica: Gordos e Magros (1943); Pedro Américo (1944); Conferências no
Prata (1946); Poesia e Vida (1946); Bota de Sete Léguas (1951); Homens, Seres e
Coisas (1952).

Érico Veríssimo (1905-1975)

Foi funcionário de banco e sócio de farmácia, mas decidiu-se pela literatura e trabalhou
no Departamento Editorial da Editora Globo.

Começou com o romance urbano, mas o interesse pela cultura de seu estado natal levou-
o ao romance histórico, mais uma grande novela das gerações gaúchas.

Obras:
Conto e romance: Fantoches (1932) – contos; Clarissa (1933); Caminhos Cruzados
(1935); Música ao Longe (1935); Um Lugar ao Sol (1936); Olhai os Lírios do Campo
(1938); Saga (1940); O Resto é Silêncio (1942); Noite (1954) – novela; O Tempo e o
Vento I. O Continente (1948); II. O Retrato (1951); III. O Arquipélago (1961); O
Senhor Embaixador (1965); O Prisioneiro (1967); Incidente em Antares (1971).
Literatura infantil: As Aventuras do Avião Vermelho (1936); Os Três Porquinhos
(1936); As Aventuras de Tibicuera (1937); O Urso com Música na Barriga (1938); A
Vida do Elefante Basílio (1939).
Memórias: Solo de Clarineta I (1973); Solo de Clarineta II (1975).

Graciliano Ramos.

• considerado o maior representante da geração neo-realista nordestina.


• sua obra é considerada como “clássica” pela qualidade literária.
• seus romances tratam tanto do social (a miséria, a fome, a seca, o latifúndio), como
do psicológico (a opressão, o medo, a angústia etc).
• linguagem condensada, sem retórica.
• obra neo-realista: romance crítico, de tensão entre a personagem e o meio (natureza
e sociedade), romance de esquerda (mas não panfletário).
• seus romances mais importantes: Vidas Secas e São Bernardo.
CJAV – Colégio José Augusto Vieira
Prof. Moacir Poconé 3º ano Literatura

Biografia
Graciliano Ramos nasce um Quebrângulo, Alagoas, em 1892. Filho de comerciante de
classe média. Trabalha na loja do pai. Estudos secundários. Autodidata em literatura.
Trabalha como revisor e como jornalista. Prefeito de Palmeira dos Índios (1928-1930),
renuncia. É nomeado diretor da Imprensa Oficial do Estado, em Maceió. Demite-se,
volta a Palmeira dos Índios. Em 1936, novamente em Maceió, é nomeado diretor da
Instrução Pública: em seguida, é demitido e preso, acusado de comunismo.
Da experiência da prisão, escreve Memórias do Cárcere. Libertado em 1937, reside no
Rio. Trabalha como jornalista. Nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário, em
1939. Adere ao Partido Comunista Brasileiro, em 1945. Viaja pelos países socialistas.
Morre no Rio, em 1953.

Obras:
Caetés / São Bernardo / Angústia / Vidas Secas / Insônia (contos) / Alexandre e Outros
Heróis (contos) / Infância (memórias) / Memórias do Cárcere / Linhas Tortas (crônicas)
/ Viventes das Alagoas (crônicas) / Viagem (viagens).

Enredo de São Bernardo


Nascido e criado na propriedade de São Bernardo, onde sofreu uma série de
humilhações pelo fato de ser órfão e pobre, de ser empregado, Paulo Honório resolve
dedicar todas as suas energias ao sonho de se tornar dono da fazenda. E realiza este
sonho, tratando as pessoas com brutalidade, explorando-as, cometendo traições e
assassinatos.
Para consolidar a situação de “homem de bem”, de proprietário, Paulo Honório casa-se
com Madalena: pessoa extremamente humana, delicada e sensível , que por suas
atitudes vai transformando a vitória do marido, de que deveria ser testemunha, em
derrota. No auge do conflito entre ambos, Madalena se suicida e deixa Paulo Honório
sozinho, ouvindo o pio da coruja, lembrando e escrevendo a sua história, dividido, como
nos mostra a cena transcrita, entre os valores do proprietário e os valores humanos
representados pela imagem de Madalena – cuja perda irreversível o obriga, através da
dor, a se dilacerar entre a afirmação de sua desumanização e a consciência de sua
desumanidade.

Rachel de Queiroz (1910)

Formou-se na Escola Normal, mas desde logo dedicou-se ao jornalismo. Por pouco
tempo teve atividades políticas, que lhe valeram a prisão.

Seu primeiro romance confirmou a linha regionalista, iniciada por José Américo de
Almeida: O Quinze (1930).

Tem o dom de uma linguagem simples, mas aguda e sensível.


O romance O Quinze retrata a seca de 1915 com a tragédia pungente dos muitos
retirantes. Nesse cenário de angústia e fome coloca-se o caso de amor entre Vicente e
Conceição.
Obras:
CJAV – Colégio José Augusto Vieira
Prof. Moacir Poconé 3º ano Literatura
Romance: O Quinze (1930); João Miguel (1932); Caminhos de Pedra (1937); As Três
Marias (1939).
Teatro: Lampião (1953); A Beata Maria do Egito (1958).
Crônica: A Donzela e a Moura Torta (1948); Crônicas Escolhidas (1958); O Brasileiro
Perplexo – histórias e crônicas (1963); O Caçador de Tatu (1967); Dora, Doralina
(1975); As Menininhas e Outras Crônicas (1976).

Jorge Amado (1912)

Romancista mais lido desde muito, formou-se em Direito, entrou na política e foi preso
(1936) e exilado.

Tem o talento da narrativa saborosa, feita numa linguagem muito acessível e com uma
grande carga lírica.

Começou com romances de grande comprometimento político, que mudam para os


aspectos puramente humanos da vida urbana. A mudança acontece com o romance
Gabriela, Cravo e Canela (1958).

Obras:
Romance: O País do Carnaval (1931); Cacau (1933); Suor (1934); Jubiabá (1935);
Mar Morto (1936); Capitães de Areia (1937); Terras do Sem Fim (1942); São Jorge
dos Ilhéus (1944); Seara Vermelha (1946); Os Subterrâneos da Liberdade (1952): I. Os
Ásperos Tempos, II. Agonia da Noite, III. A Luz e o Túnel; Gabriela, Cravo e Canela
(1958); Dona Flor e seus Dois Maridos (1967); Tenda dos Milagres (1970); Teresa
Batista Cansada de Guerra (1973); Tieta do Agreste (1977); Farda, Fardão e Camisola
de Dormir (1979).

Novela: Os Velhos Marinheiros (1961); Os Pastores da Noite (1964).


Biografia: ABC de Castro Alves (1941); Vida de Luís Carlos Prestes; o cavaleiro da
esperança (1945).
Teatro: O Amor de Castro Alves, reeditado como O Amor do Soldado (1947).

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