Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Engenharia
Resumo: Este trabalho apresenta uma metodologia diferente, relacionada com o estudo da Física aplicada em
problemas amazônicos. Parte-se, inicialmente, da necessidade de uma mão de obra qualificada para compreender e
atuar nas diversificadas áreas que compreendem a engenharia utilizada nessa região. Trata-se, portanto, dos
aspectos que devem fazer parte da formação de um profissional com as caraterísticas de um engenheiro
especializado com formação científica básica. Discute-se, assim, a organização de elementos da Física, agrupados
conceitualmente e aplicados, sem esquecer a relevância social e, predominantemente, ambiental através de uma
cidadania em tecnologia adequada. Este artigo traz esta discussão e propõe um novo rumo na Engenharia chamado
Engenharia Física.
1 INTRODUÇÃO
1
2
3
qual surgiram as suas Engenharias correlatas. Entretanto, o que se observa atualmente é uma
sinalização a uma evolução cada vez maior no surgimento de novos Cursos de mesmo perfil. Isto
significa que apenas as condições de contorno são modificadas dentro de cada sistema a ser
analisado.
Este artigo apresenta uma proposta para um outro rumo na Engenharia, em particular para os
aspectos entrelaçados com a sustentabilidade da Amazônia. Com este intuito, manteve-se a
estrutura curricular do Curso de Engenharia Física da UFSCar [6] e ampliou-se esta formulação
para uma questão mais generalizada. Nesta nova proposição as habilitações surgem a partir de
uma contextualização de cidadania para o desenvolvimento sustentável. Com essa prática, as
Diretrizes da Engenharia [7] são discutidas como uma forma não única, mas dentro de um
processo de intenso trabalho coletivo. Assim, os tópicos a serem, aqui, abordados tratam das
definições norteadoras de parte dessa meta.
Não que isso seja maléfico, pelo contrário, o estudante fez sua própria escolha. Mas a
lógica da Engenharia foi quebrada. Isto acontece porque a Engenharia tradicional, ou fechada,
trabalha sua proposta dentro de sua própria lógica. Na Engenharia Física, isto é decorrente de sua
proposta e da lógica de sua cidadania educacional.
Da mesma forma que no modelo proposto pelos professores José M. Povoa e Fernando
M. Araújo-Moreira, da Universidade Federal de São Carlos [6], o perfil do Engenheiro Físico é ser
um profissional atuante no domínio da Engenharia e da Tecnologia Física, particularmente em
áreas de grande impacto tecnológico. Este profissional é preparado e conscientizado para ser um
profissional generalista, com sólida base científica e técnica nas diferentes áreas da ciência; apto
à pesquisa, ao desenvolvimento e apoio tecnológico; capaz de introduzir/desenvolver, num
contexto empresarial, novos processos e produtos, localizando/solucionando problemas das
diversas áreas da tecnologia moderna, particularmente daquelas de grande impacto tecnológico
na qual a Física Moderna está envolvida. Dessa forma, estará preparado para levar em conta, nas
soluções dos problemas, os seus aspectos políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Sua atuação exigirá criatividade, flexibilidade, iniciativa, autonomia, rigor científico, espírito crítico,
visão ética e humanista, preparo para o trabalho em equipe, habilidade em comunicação oral e
escrita.
A finalidade dessa divisão em seis grandes áreas é permitir maior articulação das
competências e conteúdos de diversas disciplinas:
• Ciências Básicas
• Ciências Aplicadas
• Ciências da Informação
• Administração
• Física Clássica
justificativa: estes conteúdos visam dar ao estudante o aprendizado dos conceitos fundamentais,
que constituem a base de todas as engenharias, necessários para a sua atuação profissional.
• Física Moderna
justificativa: estes conteúdos visam dar ao estudante o aprendizado dos conceitos fundamentais,
que constituem a base das engenharias com altos conteúdos tecnológicos modernos.
• Química
justificativa: este conteúdo visa dar ao estudante o aprendizado dos conceitos básicos, de forma
a habilitá-lo na compreensão e no domínio dos conceitos tecnológicos e aplicados, que envolvem
o uso de técnicas de análise química em geral.
• Computação e Eletrônica
justificativa: estes conteúdos visam dar ao estudante noções básicas tanto de hardware quanto
de software e o aprendizado dos conceitos básicos de Eletrônica (analógica e digital), bem como o
conhecimento de ferramentas de controle essenciais para a sua atuação profissional,
intensamente envolvida com tecnologia avançada, desenvolvendo, assim, a habilidade para
implementar e compreender o funcionamento de equipamentos modernos. O conteúdo de
Eletrônica (analógica e digital) vem ao encontro de uma das áreas de maior desenvolvimento em
qualquer ramo da ciência aplicada e das engenharias.
• Matemática
justificativa: este tópico em todo o seu desenvolvimento, aqui, é um dos aspectos que diferencia
a Engenharia Física do modelo atual das engenharias. Entender esse processo de mudança faz
parte de se manter coerente com aquilo que vem sendo estabelecido na formulação mais
expressiva do caráter do Ensino Médio (Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino (MEC, LDB
1996)), do qual nossos estudantes emergem para a vida acadêmica. Verifica-se que durante anos
esse período de escolaridade foi considerado como uma preparação e objetivo último ao ensino
superior. Dessa forma, na atualidade, a finalidade da escola média está voltada para uma
formação que independe de sua escolaridade futura [5]. Com isso, não se pode esperar que
determinados níveis de conhecimentos matemáticos tenham sido atingidos. Reiniciar este
processo permite dirimir as dificuldades mais evidentes que interferem na compreensão do uso
desse instrumento.
objetivo: proporcionar o contato com tarefas típicas deste tipo de profissional que, em geral, são
complexas e delicadas, já que, direta ou indiretamente, ele é chamado a resolver os vários
problemas que afligem a humanidade, como todos aqueles relacionados com a produção;
transmissão e conservação da energia; produção e conservação de alimentos; obtenção de água
potável; técnicas de combate à poluição; etc.. Estes problemas envolvem sempre o cálculo de
perdas de carga, de forças de arrastamento, de trocas de calor e de trocas de substâncias entre
fases.
objetivo: aprender sobre as noções básicas dos fenômenos físicos envolvidos nas
transformações de fase e a sua representação através de diagramas de equilíbrio, assim como
dos fenômenos físicos e químicos, envolvidos na síntese e processamento de materiais sólidos.
• Caracterização de Materiais
objetivo: aprender as noções básicas dos fenômenos físicos envolvidos nas técnicas de análise
estrutural que usam os princípios da difração e da espectroscopia, os quais constituem
instrumentos de caracterização estrutural de alto conteúdo tecnológico.
• Matemática Aplicada
objetivo: aprender as bases necessárias para atuar em várias atividades que envolvam
conhecimentos que exijam aplicações de modelos matemáticos.
• Estágio Curricular
• Disciplinas de habilitação
objetivo: desenvolver a habilidade na qual se pretende que uma escolha tenha sido feita.
justificativa: esta etapa se caracteriza por um conjunto de disciplinas integradas em bloco. Estas
se definem em áreas de tecnologias bem específicas e voltadas para as especialidades de
diversos campos da Engenharia, tais como: Solos, Transportes, Energias, Comunicações e
Produção. Observa-se que a disponibilidade desta metodologia atende ao artigo 6º das Diretrizes
Curriculares: “...Todo curso de Engenharia, independente da sua modalidade, deve possuir em
seu currículo: um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um
núcleo de conteúdos específicos, ...” [7].
• Física aplicada
• Sensoriamento Remoto
• Imagens Médicas
• Desenvolvimento de Software
O propósito deste novo modelo de Engenharia Física é apresentar uma releitura não
fragmentada daquilo que se define como Engenharia. A efetivação das indicações de sua
metodologia permite que se dê noção da complexidade estrutural das teorias da Física e de suas
relações com um “saber fazer” ligado com o cotidiano da humanidade. A busca desta
interdisciplinaridade, em seu sentido maior, é um fator essencial para um novo horizonte neste
estudo. Portanto, deve-se fazer uma pausa para repensar dois aspectos relevantes: primeiro,
aquilo que se definirá como interdisciplinaridade de objetos, ou de inter-relação de conteúdos e
na qual a análise tradicional da Engenharia limita-se a divisões de áreas específicas; e, segundo,
a interdisciplinaridade de elementos ou de inter-relação de disciplinas conexas. É também com
essa visão de estruturação que se pretende elucidar a nova proposta de Engenharia.
Entende-se como sendo esse um dos temas mais críticos no processo educacional [10].
Antes de tudo, isto é uma necessidade. É fundamental que os estudantes compreendam a
importância da interdisciplinaridade, pois é a partir deste enfoque que tanto professores quanto
estudantes são estimulados a uma participação mais ativa na comunidade acadêmica. De forma
significativa, exige o estabelecimento de metas comuns entre as disciplinas. Em busca deste
objetivo, deve-se levar em conta que as afinidades conceituais da Física surgem em conseqüência
de uma naturalidade. Existe uma enormidade de temas norteadores aplicáveis para que se atinja
esta finalidade. Cabe, portanto, um processo de discussões a serem realizadas na preparação da
Engenharia Física.
REFERÊNCIAS
Disciplinas de Ênfase em Engenharia de Solos: Mecânica dos Solos; Dinâmica dos Solos;
Mecânica dos Solos dos Estados Críticos; Métodos Numéricos em Geotecnia; Segurança
Estrutural em Geotecnia; Aterros para Obras Viárias; Estruturas de Suporte de Aterros;
Fundações; Geologia de Engenharia; Geossintéticos, Aplicações e Dimensionamento; Geotecnia
Ambiental; Mecânica das Rochas; Projeto de Túneis; Evolução Filosófico-Conceitual da Tecnologia
de Engenharia de Solos.
nassar@ucla.edu
felipe@prof.iesam-pa.edu.br
www.bassalo.com.br