Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Domingos Bihale1
Introdução
1
Licenciado em Relações Internacionais e Diplomacia
1
matérias-primas necessárias para o endinheiramento dos seus profetas. – os
países do Primeiro Mundo.
3
(OMC). Como resultado, a produção agrícola baixou e foi lhe dada um papel
secundário, privilegiando assim o sector industrial.
4
dispensaram ou desencorajaram a economia agrícola dos países
subdesenvolvidos.
Segundo, a crise não apenas se cinge em regiões que até ao ano 2000 eram
considerados corredores da fome (çfrica, América Latina e a çsia), como
também já ameaça o próprio “Centro” da economia mundial (América do
Norte e a Europa dos Vinte e Cinco). A esses factores se juntam outros
igualmente associados ao rápido crescimento populacional e ao consequente
aumento de consumo, tais como a subida galopante e imparável do petróleo
e o aquecimento global que resulta no aumento de desastres naturais (secas
e cheias cíclicas, ciclones. Como se pode depreender, os programas de
ajustamento vistos como solução de curto prazo da crise da dívida dos
países subdesenvolvidos nos anos oitenta degenerou uma crise alimentar
global cuja solução será de longo prazo, se houver, nos mesmos países.
3
2 Gody, Júlio, ALIMENTAÇÃO-EUROPA: Subsídios à agricultura fomentam escassez, posto em
29/04/2008( IPS) e tira do em 7 de Maio de 2008, in
http://www.mwglobal.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=3757.
Bihale, Domingos (2007), O Impacto da Globalização sobre os Estados e o Papel das Forças Armdas, Tese de
Licenciatura em relações Internacionais e Diplomacia, ISRI, Maputo, p24.
5
Face a crise alimentar mundial a comunidade internacional está “refugiar –
se ” opcionalmente à Revolução Verde. A massificação da produção de
cereais e a produção de bio- combustível é de facto boa opção, mas não
parece ser uma medida correctiva do problema da crise alimentar.
Recorde-se a Revolução Verde surgiu na longínqua década 70 no México,
igualmente em consequência da crise alimentar. De facto a Revolução Verde
“inundou” o mundo de cereais, mas não foi capaz de reduzir o custo de vida
das populações. O gráfico da fome continuou a subir em flecha em muitos
países, com destaque para os países de çfrica. Porquê?
Por isso, o quadro acima descrito mostra que a Revolução verde não é
solução para resolver a crise alimentar mundial. A revolução se apregoada e
implementada de uma forma eufórica contribuirá para o encarecimento cada
vez preocupante do custo de vida e, em países pobres como os africanos,
aprofundará o endividamento, agravando os níveis de pobreza e da fome. A
saída talvez fosse a redução dos custos de produção e das tecnologias e o
cancelamento de todas dívidas e não concessão de mais créditos como
defendem as instituições financeiras INTERNACIONAIS e os países
industrializados.
4
Ph.D., Co-Director Food Firts/The Institute for Food and Development Policy, Califórnia, e
co-autor do
livro "World Hunger". Este artigo foi extraído do site da Envolverde,
http://www.envolverde.com.br, dia 6
de Outubro de 2000.
7