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Câmara dos EUA aprova aumento do salário mínimo federal

A Câmara de Representantes dos EUA aprovou nesta quarta-feira o aumento, em um


período de dois anos, do salário mínimo federal para US$ 7,25 por hora trabalhada, com
315 votos a favor e 116 contra.

A medida, proposta pela maioria democrata com o apoio de muitos republicanos, beneficiará
cerca de 13 milhões de pessoas, das quais 19% são afro-americanos e hispânicos, disse
Ciro Rodríguez, deputado democrata do Texas.

A legisladora Linda Sánchez, da Califórnia, afirmou que o novo salário mínimo é parte das
reformas que devem ser realizadas pelos democratas em suas primeiras "cem horas de
trabalho". Os democratas querem a aprovação de seis leis nas primeiras cem horas após
assumirem o controle do Congresso, na última quinta, depois de 12 anos de domínio
republicano.
Ela afirmou que uma pessoa que trabalha em tempo integral, com o salário mínimo atual de
US$ 5,15 por hora, durante 40 horas por semana, recebe quase US$ 11.000 por ano, o que
"ainda é US$ 6.000 abaixo do nível de pobreza".
"Existe muita gente que precisa trabalhar o dia inteiro apenas para cobrir seus gastos com
gasolina, ou que têm que escolher entre comprar remédios ou comida para a família",
declarou.

Prazo
Segundo a medida aprovada hoje, o aumento de US$ 7,25 por hora será instituído em um
período de dois anos "caso o presidente George W. Bush não coloque objeções".
"Após 10 anos de espera estamos enviando uma mensagem aos que trabalham duro, que
honramos este trabalho com um aumento de seu salário básico", disse o legislador
democrata da Califórnia Xavier Becerra.
Becerra afirmou que a única coisa que pode impedir o êxito do aumento é que o presidente
Bush vete a lei.

Qual o maior e qual o menor salário mínimo do mundo?

Depende do critério adotado. Se convertermos o salário mínimo para uma moeda referência,
como o dólar, o menor seria o de Serra Leoa, na África, que não passa de 60 dólares. Já o
maior seria o da Bélgica, que vale cerca de 1 040 dólares. O Brasil pode não ser o último do
ranking, mas a comparação com outros países não é nada animadora. "No país, o piso
mínimo tem variado entre 60 e 80 dólares nos últimos anos, o que nos deixa à frente apenas
de Serra Leoa. Na América Latina, é o pior valor: todos os outros países pagam pelo menos
100 dólares", diz o senador Paulo Paim (PT-RS), um especialista no assunto. Os Estados
Unidos, apesar de terem a maior economia do mundo, não lideram o ranking do mínimo,
pois lá se pagam cerca de 890 dólares, valor inferior ao piso não só da Bélgica, como
também de outros países europeus, como Holanda, França e Irlanda.

Mas é importante frisar que o valor em dólares não é a melhor forma de comparar salários.
"O mais indicado é construir uma lista que leve em conta o custo de vida do país, indicando
o real poder de compra do salário", afirma o economista Cláudio Salvadori Dedecca, da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que a pedido de mundo estranho fez o
gráfico comparativo abaixo. De acordo com esse critério, a Bélgica mantém a primeira
posição, mas o fim da tabela muda um pouco, com o Brasil, por exemplo, apresentando um
salário mínimo com maior poder de compra que o do México. Essas comparações, no
entanto, não incluem todos os países do mundo, pois muitos sequer possuem um salário
mínimo padrão. A Índia, por exemplo, tem mais de 100 faixas de pagamento diferentes, que
variam conforme a idade, o ramo econômico, o tempo de serviço e a qualificação.
Criado no final do século 19, na Austrália e na Nova Zelândia, o salário mínimo foi adotado
no Brasil em 1940, no governo de Getúlio Vargas. "Na época, havia 14 salários para
diferentes regiões do país. O Rio de Janeiro, capital na época, tinha um piso quase três
vezes superior ao do Nordeste. A unificação total só aconteceu em 1984", diz o economista
João Sabóia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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