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Unidade 4

Limites

Limites de funções

O conceito de Limite é importante na construção de muitos outros conceitos


no cálculo diferencial e integral, por exemplo, as noções de derivada e de integral
que serão abordados nos capítulos 4 e 5, que são os suportes de toda a construção das
variáveis físicas, além da importância no cálculo de área e volumes.

A Noção de limite

A noção de limite fornece um caminho preciso para distinguir o


comportamento de algumas funções que variam continuamente e o comportamento
de outras funções que podem variar independente do modo como se controla as
variáveis.

É com base nisso, que pretendemos apresentar a você uma noção intuitiva de
limite para que você possa observar o que ocorre com a função f ( x) , intuitivamente,
quando x tende para um número real a ou quando x tende para mais ou menos
infinito. Usaremos limites, por exemplo, para definir retas tangentes e gráficos de
funções. Essa aplicação geométrica nos leva ao importante conceito de derivada de
uma função que investigaremos, com detalhes, no Capitulo 4.

Dada uma função f , você quer saber o que ocorre com os valores f ( x) ,
quando a variável x se aproxima de um ponto a . Para você entender isto melhor,
considere a função f definida pela expressão abaixo:

(3 x + 2)( x − 1)
f ( x) = .
( x − 1)

A função f está definida para todo x real exceto x = 1 . Assim, se x ≠ 1 , o


numerador e o denominador de f podem ser divididos por ( x − 1) e você obtém
f ( x ) = 3 x + 2, para x ≠ 1 .

Vamos estudar juntos os valores da função f ( x) , quanto x estiver próximo de


1, mas não é igual a 1. Primeiro, vamos considerar valores de x cada vez mais
próximo de 1, com x < 1 e observarmos o que está acontecendo com f ( x) , conforme
o quadro abaixo:
2

x <1 0 0,25 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999 0,9999 0,99999


f ( x) = 3x + 2 2 2,75 3,5 4,25 4,70 4,97 4,997 4,9997 4,99997

Agora, vamos considerar que a variável x aproxima-se cada vez mais de 1,


com x > 1 e observar o que está acontecendo com f ( x) :

x >1 2 1,75 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001 1,00001


f ( x) = 3x + 2 8 7,25 6,5 5,75 5,30 5,03 5,003 5,00003

Observamos, em ambas quadros, que quando x se aproxima cada vez mais de


1, a função f ( x) se aproxima cada vez mais de 5, em outras palavras, é possível obter
o valor de f ( x) tão próximo de 5 quando desejarmos, desde que tomemos x
suficientemente próximo de 1. Examine o gráfico de f ( x) abaixo.

Figura 4.1

Para x cada vez mais próximo de 1, f ( x) aproxima-se de 5 e escreve-se a


seguinte expressão:
lim f ( x ) = lim(3 x + 2) = 5.
x →1 x →1

Lê-se: O limite da função f ( x) quando x aproxima-se de 1 é 5, ou ainda, o


limite de f ( x) quando x tende a 1 é 5. Isto significa dizer que o valor da
expressão 3x + 2 cada vez mais aproxima-se de 5 a medida que os valores de
x estão aproximando-se de 1. Quando x →1 , f ( x) → 5.

3x + 1
Consideremos agora a função f definida pela expressão f ( x) = , para
x −1
x ≠ 1.

Queremos saber o que ocorre com a função f ( x) quando x tende para 1


através de valores de x > 1 e o que ocorre com a função f ( x) quando x tende para 1

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através de valores de x < 1 . Vejamos o que acontece com f ( x) no quadro abaixo,


quando x tende para 1 através de valores de x > 1 .

x >1 3 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001 1,0001 ...


3 x +1 5 7 11 19 43 403 4003 40003 ...
f ( x) =
x −1

Observamos que quando x tende para 1, através de valores de x > 1 ou pela


direita de 1, a função f ( x) cresce indefinidamente ou a função f tende para + ∞ e
pode-se dizer que o limite de f ( x) quando x tende a 1 pela direita é + ∞ ,
x → 1+ , f ( x) → +∞ e anota-se por
3 x +1
lim+ f ( x ) = lim+ = +∞.
x →1 x →1 x −1

Vejamos o que acontece com f ( x) no quadro abaixo, quando x tende para 1


através de valores de x < 1 .

x <1 −1 0 0,9 0,99 0,999 0,9999 ...


3 x +1 1 −1 −37 −397 −3997 −39997 ...
f ( x) =
x −1

Observamos que quando x tende a 1, através de valores de x < 1 ou pela


esquerda de 1, os valores absolutos da função f ( x) crescem e são negativos ou a
função f tende para −∞ e pode-se dizer que o limite de f ( x) quando x tende a 1
pela esquerda é −∞ , x → 1- , f ( x) → −∞ e anota-se por

3 x +1
lim f ( x ) = lim− = −∞ .
x → 1− x→1 x −1

Apresentaremos agora a definição formal de limite de uma função.

Definição. Seja I um intervalo qualquer, a ∈ I e f ( x) uma função definida no intervalo I,


(exceto eventualmente em a). Diz-se que o limite de f ( x) quando x tende a a é L , e escreve-
se lim f ( x) = L, se para todo ε (epslon), ε > 0 , existe um δ (delta), δ > 0 , tal que
x→a

f ( x) − L < ε sempre que 0 < x − a < δ .

Gráficamente,

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Figura 4.2

Propriedades dos limites

A seguir daremos algumas propriedades importantes do conceito de limite.


Essas propriedades serão utilizadas freqüentemente no decorre do trabalho.

P1 – Unicidade do limite

Se lim f ( x) = b1 e lim f ( x) = b2 , então b1 = b2 .


x→a x→a

P2 – Se m e b são constantes quaisquer, então lim (m x + b) = m a + b .


x →a

P3 – Se c é uma constante, então para qualquer número a , lim c = c .


x →a

P4 – lim x = a .
x →a

P5 – O limite da soma ou diferença de duas funções é igual a soma ou diferença dos


limites dessas funções, isto é, se
lim f ( x) = b1 e lim g ( x) = b2 ,
x→a x→a

então
lim ( f ( x) ± g ( x) ) = b1 ± b2 .
x→a

Observação. Se lim f1 ( x) = b1 , lim f 2 ( x) = b2 , ..., lim f n ( x) = bn ,


x →a x →a x →a

Então
lim ( f1 ( x) ± f 2 ( x) ± ... ± f n ( x) ) = b1 ± b2 ± ... ± bn .
x→a

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5

P6 – O limite do produto de duas funções é igual ao produto dos limites dessas


funções, isto é, se
lim f ( x) = b1 e lim g ( x) = b2 ,
x→a x→a

então
lim ( f ( x) ⋅ g ( x) ) = lim f ( x) ⋅ lim g ( x) = b1 ⋅ b2 .
x→a x→a x→a

Observação: P6 é válida para n -funções.

P7 – Se lim f ( x) = b e n é qualquer inteiro, temos lim ( f ( x) ) = b n .


n

x→a x→a

P8 – Se lim f ( x) = b1 e lim g ( x) = b2 e b2 ≠ 0 , então


x→a x→a

f ( x) lim f ( x) b
lim = x→a = 1.
x→a g ( x) lim g ( x) b2
x→a

P9 – Se lim f ( x) = b , então
x→a

lim n f ( x) = n lim f ( x) = n b .
x→a x→a

Neste caso, é necessário que b seja ≥ 0 e n qualquer inteiro positivo, ou


quando b < 0 n seja qualquer inteiro ímpar positivo.

P10 – Se lim f ( x) = b então lim f ( x) = b .


x→a x→a

Exemplos. Use as propriedades e calcule os limites.

(i) lim ( x 3 − 3x + 1) .
x →1

3x 2 + 3x − 15
(ii) lim .
x →2 x3 + 6
2 x + 5 2 ⋅ 3 + 5 11
(iii) lim = = .
x →3 x − 1 3 −1 2
x − 27
3
(iv) lim .
x →3 x−3
x −1
(v) lim 2
x →1 x − 4 x + 3

Resolução:

lim ( x 3 − 3x + 1) = ( −1) − 3 ( −1) + 1


3
(i)
x →1

= −1 + 3 + 1 = 3

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6

3x 2 + 3x − 15 3 ⋅ 22 + 3 ⋅ 2 − 15
(ii) lim =
x →2 x3 + 6 23 + 6
12 + 6 − 15 3
= =
8+6 14

2 x + 5 2 ⋅ 3 + 5 11
(iii) lim = = .
x →3 x −1 3 −1 2

(iv) Neste caso,


x 3 − 27 ( x − 3) x + 3x + 9
=
2
(
= x 2 + 3x + 9
)
x−3 ( x − 3)
x 3 − 27
⇒ lim
x →3 x−3
= lim x 2 + 3x + 9
x →3
( )
= 32 + 3 ⋅ 3 + 9
= 27.
(v) Neste caso,
x −1 ( x − 1) 1
= =
x − 4 x + 3 ( x − 1) ( x − 3) ( x − 3)
2

x −1 1 1
⇒ lim = lim =− .
x →1 x − 4x + 3
2 x →1 ( x − 3) 2

Exercícios propostos – 1

Calcular os seguintes limites


3
1+ x −1 x +1 − 1− x
1) lim . 2) lim
x →0 x x →0 x
1+ x −1 x −1
4
3) lim . 4) lim
x →0 x x →1 x − 1

( x + h) − x3
3
x+2 − 2
5) lim . 6) lim
h →0 h x →0 x
y2 − 9 x 2 + 5x + 6
7) lim 8) lim
y →−3 2 y2 + 7 y + 3 x →−3 x 2 − x − 12
x +9 −3 1
9) Se h ( x ) = , demonstre que lim h ( x ) = , mas h ( 0 ) não está definida.
x x → 0 6

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Limites Laterais
a) Limite á direita

Dizemos que b é o limite à direita de f ( x) no ponto x0 e escrevemos b = f ( x0+ ) = lim+ f ( x)


x → x0

quando x → x0 para valores maiores que x0 .

Figura 4.3

b) Limite á esquerda

Dizemos que b é o limite à esquerda de f ( x) no ponto x0 e escrevemos


( )
b = f x0− = lim_ f ( x) quando x → x0 para valores menores que x0 .
x → x0

Figura 4.4

Por exemplo,

⎧2, se x > 1
1. f ( x) = ⎨
⎩−3, se x < 1

Figura 4.5

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Temos
lim f ( x) = −3
x →1−
e
lim f ( x) = 2
x →1+

Observação: lim f ( x) = b existe se e somente se lim_ f ( x) = lim+ f ( x) .


x → x0 x → x0 x → x0

⎧ x, se x ≤ 2
2. f ( x) = ⎨
⎩ x + 1, se x > 2

Figura 4.6

Neste caso,
lim f ( x) = lim− x = 2
x → 2− x→2
e
lim f ( x) = lim+ ( x + 1) = 3 .
x → 2+ x→2

Observação: A função não precisa estar definida no ponto x0 para que os limites laterais
existam.

x
3. Seja f ( x) = , existe lim f ( x ) ?
x x →0

Temos
⎧x
= 1, se x > 0
x ⎪⎪ x
=⎨
x ⎪ x
= −1, se x < 0
⎪⎩ − x
Logo,

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lim f ( x) = −1 e lim+ f ( x) = 1 .
x → 0− x →0

Como
lim f ( x) ≠ lim+ f ( x) ⇒ ∃ lim f ( x) ,
x → 0− x →0 x→0

x
ou seja, lim não existe.
x →0 x

Exercícios propostos – 2

Verificar se existe os limites seguintes:


x3 − 1
1) Seja f ( x) = , ∃ lim f ( x) ? Resposta: não existe
x −1 x →0

x3 + 8
2) Seja f ( x) = , ∃ lim f ( x) ? Resposta: não existe
x −2 x→2

x
3) Seja f ( x) = , ∃ lim f ( x) ? Resposta: não existe
x + x2 x →2

x2
4) Seja f ( x) = , existe lim f ( x ) ? Resposta: não existe
x x →0

Limites Infinitos e Limites no infinito


a) Limites infinitos

(i) lim f ( x) = ∞ ⇔ dado k > 0 arbitrário, existe em correspondência um número n > 0 tal
x →∞

que ∀ x > n ⇒ f ( x) > k .

Figura 4.7

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(ii) lim f ( x) = −∞ ⇔ dado k > 0 arbitrário, existe em correspondência um número


x →−∞
n > 0 tal que ∀ x < n ⇒ f ( x) < k .

(iii) lim f ( x) = ∞ ⇔ dado k > 0 arbitrário, existe em correspondência um número n > 0


x →−∞

tal que ∀ x < n ⇒ f ( x) > k .

Figura 4.8

(iv) lim f ( x) = −∞ ⇔ dado k > 0 arbitrário, existe em correspondência um número n > 0


x →∞

tal que ∀ x > n ⇒ f ( x) < k .

(v) lim f ( x) = +∞ ⇔ dado k > 0 arbitrário, existe em correspondência um número δ > 0


x→a

tal que ∀ x temos x − a < δ ⇒ f ( x) > k , isto é, quando x → a , f ( x) assume valor


que superam k > 0 .

Figura 4.10

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(vi) lim f ( x) = −∞ ⇔ dado ε > 0 arbitrário, existe em correspondência um número δ > 0


x →a

tal que ∀ x temos x − a < δ ⇒ f ( x) < k .

Figura 4.11

ƒ Símbolos de indeterminação – Há varias maneira de identificar uma


indeterminação. As sete situações ou símbolos dados abaixo são
utilizados para identificar uma inderminação.

0 ∞
, , ∞ − ∞, 0 ⋅ ∞, 1∞ , ∞ 0 , ∞ ∞ .
0 ∞

Observação: Seja c uma constante diferente de zero, então:


c c
(i) lim = = ∞ ;
x →0 x 0
(ii) lim c ⋅ x = c ⋅ ∞ = ∞ ;
x →∞

x ∞
(iii) lim = = ∞;
x →∞ c c
c c
(iv) lim = = 0 .
x →∞ x ∞

b) Limite no infinito

Definição: Seja f uma função definida em um intervalo aberto (a, ∞) . Escrevemos


lim f ( x) = L ,
x →∞

quando o número L satisfaz a seguinte condição: para qualquer ε > 0 , existe A > 0 tal que
f ( x) − L < ε sempre que x > A .

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Definição: Seja f uma função definida em (−∞, b) . Escrevemos


lim f ( x) = L ,
x →−∞

se L satisfaz a seguinte condição: para qualquer ε > 0 , existe B < 0 tal que f ( x) − L < ε
sempre que x < B .

Observações

a) As propriedades dos limites dadas inicialmente de P1 a P10 permanecem inalteradas


quando substituímos x → a para x → ∞ ou x → −∞ .

b) O resultado abaixo é muito importante para calcular limites, isto é, se n é um inteiro


positivo, então:
1
(i) lim n = 0 ;
x →∞ x

1
(ii) lim n = 0 .
x →−∞ x

c) É importante notar que


1
lim+ = +∞
x →0 xn
e
1 ⎧+∞, se n é par
lim− =⎨
x →0 x n ⎩−∞, se n é ímpar,

onde n é um número inteiro positivo qualquer.

c) Limites importantes

1- Seja f ( x) = P( x) = a0 x n + a1 x n −1 + ... + an , a0 ≠ 0 :

(i) Quando x → c , então


lim P( x) = P(c) .
x →c

Por exemplo, lim 3x − 1 = 3 ⋅13 − 1 = 3 − 1 = 2.


3
x →1

(ii) Quando x → ±∞ , neste caso calculamos inicialmente para x → +∞ ,

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⎡ a x n −1 a ⎤
lim P ( x) = lim a0 x n ⎢1 + 1 n + ... + n n ⎥
x →+∞ x →+∞
⎣ a0 x a0 x ⎦
⎡ a1 x n −1 a ⎤
= lim ( a0 x ) ⋅ lim ⎢1 +
n
n
+ ... + n n ⎥
x →∞ x →+∞
⎣ a0 x a0 x ⎦
= lim ( a0 x n ) ⋅ [1 + 0 + 0 + ... + 0]
x →∞

= lim ( a0 x n )
x →∞

= lim P ( x).
x →∞

Assim, lim a0 x n será +∞ ou −∞ , dependendo do sinal do a0 e também de n , inteiro


x →∞

seja par ou ímpar.

Agora, analisando quando x → −∞ vem lim a0 x n também será +∞ ou −∞ .


x →−∞

Por exemplo,

(i) lim ( 2 x 2 + x − 1) = lim 2 x 2 = +∞ ;


x →∞ x →∞

(ii) lim 4 x + x + x − 10 = lim 4 x 4 = +∞ ;


4 3
x →−∞ x →−∞

(iii) lim − x + x + 7 = lim ( − x3 ) = +∞ ;


3 2
x →−∞ x →−∞

(iv) lim ( x − 3x + 5 x ) = lim x 5 = −∞ .


5 2
x →−∞ x →−∞

d) Limite de uma função racional

P ( x)
Seja f ( x) = , Q( x) ≠ 0 ∀x , onde P( x) e Q( x) são polinômios em x .
Q ( x)

(i) Quando x → c , então


P ( x ) P (c )
lim = , Q (c ) ≠ 0 ,
x →c Q ( x ) Q (c )

P( x)
quando Q(c) = 0 ⇒ lim = ∞.
x →c Q( x)
Por exemplo,
x3 + 1 13 + 1 1 + 1 2 1
lim = = = = .
x →1 x 2 + 3 12 + 3 1 + 3 4 2

(ii) Quando x → ± ∞ . Analisamos inicialmente, quando x → + ∞ . Temos

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P( x) a x n + a x n −1 + ... + an
lim = lim 0 m 1 m −1
x →+∞ Q( x) x→+∞ b0 x + b1 x + ... + bm
⎛ a x n −1 a ⎞
a0 x n ⎜ 1 + 1 n + ... + n n ⎟
= lim ⎝ a0 x a0 x ⎠
.
m⎛ b1 x m −1 bm ⎞
x →∞
b0 x ⎜1 + + ... + ⎟
⎝ b0 x m b0 x m ⎠
Como
⎛ a x n −1 a ⎞
lim ⎜1 + 1 n + ... + n n ⎟ =1
x →∞
⎝ a0 x a0 x ⎠
e
⎛ b x m −1 b ⎞
lim ⎜1 + 1 m + ... + mm ⎟ = 1,
x →∞
⎝ b0 x b0 x ⎠
então

P( x) a xn a
lim = lim 0 m = lim 0 x n − m ,
x →+∞ Q( x) x→+∞ b0 x x →∞ b
0

isto é, o limite da função racional f ( x) é dado pelo limite da razão dos termos
de maior grau dos polinômios P( x) e Q( x) .

Agora, analisando quando x → −∞ temos


P( x) a0 n − m
lim = x .
x →−∞ Q ( x ) b0
Por exemplo,

2 x2 + 1 2 x2 2 2
(i) lim = lim = lim = .
x →∞ 5 x − 3
2 x →∞ 5 x 2 x →∞ 5 5
2 2
x x 1
(ii) lim = lim 3 = lim = 0 .
x →−∞ x 3 + 1 x →−∞ x x →−∞ x

x2 + 1 x2 x
(iii) lim = lim = lim = ∞ .
x →∞ 2x x →∞ 2 x x →∞ 2

A seguir apresentaremos alguns exemplos de calculo de limite.

Exemplo. Determinar
2x − 5
lim .
x →∞ x +8
⎛∞⎞
Resolução: Neste caso, temos uma indeterminação do tipo ⎜ ⎟ . Temos
⎝∞⎠

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2x − 5
2x − 5
lim = lim x
x →∞ x + 8 x →∞ x + 8

x
⎛ 5⎞
⎜2− ⎟ 2−0
= lim ⎝
x⎠
= = 2.
x →∞ ⎛ 8 ⎞ 1+ 0
⎜1 + ⎟
⎝ x⎠

Exemplo. Calcular
2 x3 − 3x + 5
lim .
x →−∞ 4 x5 − 2

Resolução:
2 x3 − 3x + 5
2 x − 3x + 5
3
x5
lim = lim
x →−∞ 4 x5 − 2 x →−∞ 4 x5 − 2
x5
2 3 5
− 4+ 5
= lim x
2
x x = 0 − 0 + 0 = 0.
x →∞
4− 5
2 4−0
x

Exemplo. Determinar
x 2 + 3x + 1
(i) lim 2 .
x → 2+ x + x − 6

x 2 + 3x + 1
(ii) lim− 2 .
x→2 x + x − 6

x 2 + 3x + 1
(iii) lim 2 .
x→2 x + x − 6

Resolução:
x 2 + 3x + 1 x 2 + 3x + 1
(i) lim+ 2 = lim+ , quando x → 2+ ⇒ x − 2 → 0+
x→2 x + x − 6 x → 2 ( x − 2 )( x + 3 )

4 + 6 + 1 11
= + = + = ∞.
0 ⋅5 0

x 2 + 3x + 1 x 2 + 3x + 1
(ii) lim− = lim , quando x → 2− ⇒ x − 2 → 0−
x→2 x + x−6
2
x → 2 +
( x − 2 )( x + 3)
4 + 6 + 1 11
= = − = − ∞.
0− ⋅ 5 0

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(iii) Conforme (i) e (ii), podemos concluir que

x 2 + 3x + 1
lim 2 não existe.
x→2 x + x − 6

Observação. Muitas vezes, calculamos o limite de uma maneira formal, escrevemos que

x 2 + 3x + 1
lim 2 =∞,
x→2 x + x − 6

sem nos preocuparmos com o sinal, o que devemos cuidar, ou seja estamos considerando uma
coisa que não existe.

Exemplo. Determinar
2x + 5
lim .
x →−∞
2 x2 − 5

Resolução: Como no exemplo anterior, dividimos numerador e denominador por x .


Neste caso, temos x → − ∞ , os valores de x podem ser considerados negativos.
Então, para o denominador, tomamos x = − x 2 .

Sabemos que
⎧ x, se x > 0
x =⎨ .
⎩− x, se x < 0

Neste caso, também


⎧⎪ x 2 , se x > 0
x=⎨ .
⎪⎩ − x 2 , se x < 0

Então, temos
5
lim 2 +
2x + 5 x →−∞ x
lim =
x →−∞
2x − 5
2 ⎛ 5 ⎞
lim ⎜ − 2 − 2 ⎟
x →−∞ x ⎠

2+0 2
= = =− 2
− 2−0 − 2

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Exercícios propostos – 3

Determinar os seguintes limites:


2x + 5 ⎛ 1 ⎞
1) lim . 2) lim ⎜ x 3 + x + 2 ⎟ .
x →∞
2 x2 − 5 x →0
⎝ x ⎠

lim ( 3x 5 − 4 x 3 + 1) .
x
3) 4) lim 2 .
x →∞ x →0 x

5x + 2 x2 + 3
5) lim . 6) lim .
x →−1 x +1 x →∞ x + 2

5 − x3 2 x 4 + 3x 2 + 2 x + 1
7) lim . 8) lim .
x →∞ 8 x + 2 x →∞ 4 − x4

x 2 + 3x − 1
9) lim .
x →∞ x3 − 2

Continuidade de uma função


Definição. Uma função f é contínua em um ponto a ∈ D ( f ) se

(i) existe lim f ( x ) .


x→a

(ii) lim f ( x ) = f ( a ) .
x→a

ƒ Condições de continuidade

(i) f ( a ) existe para a ∈ D ( f ) ;


(ii) ∃ lim f ( x ) , isto é, lim+ f ( x ) = lim f ( x ) ;
x→a x→a x→a −

(iii) lim f ( x ) = f ( a ) .
x→a

ƒ Conseqüências

(i) Um ponto " a " em que f ( x ) é chamado ponto de continuidade de f ( x ) ;


(ii) A função f ( x ) é contínua em um intervalo [ a, b ] se é contínua em todos os
pontos do intervalo;
(iii) Um ponto que não satisfaz a condição de continuidade chama-se ponto de
descontinuidade.

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Este trabalho foi elaborado por
Professores Fernando Guerra e Inder Jeet Taneja para os cursos de
Ciências Contábeis e Economia.
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f
(iv) Se f e g são duas funções contínuas em a , então f + g , f − g , f ⋅ g , ,
g
g ( a ) ≠ 0 também são contínuas em a .
(v) Uma função polinomial é contínua em todos os pontos de seu domínio.
(vi) Uma função racional é contínua em todos os pontos de seu domínio.

Exemplos. Examinar a continuidade das funções abaixo indicados nos pontos e analisar o
gráfico.
x
(i) g ( x) = no ponto x = 0 .
x
⎧ x − 1, se x ≤ 3
(ii) f ( x) = ⎨ no ponto x = 3 .
⎩4, se x > 3

Resolução: (i) Observe que 0 ∉ D ( f )


x x x −x
lim+ = lim+ = 1 e lim− = lim− = −1
x →0 x x →0 x x →0 x x →0 x
Logo,
∃ lim f ( x ) .
x →0

Figura 4.12

Logo, f ( x ) é descontínua no ponto x = 0 .

(ii) A função f ( x) é descontínua no ponto x = 3, pois,


lim f ( x ) = lim− ( x − 1) = 3 − 1 = 2 e lim+ f ( x ) = lim+ 4 = 4 , logo não existe lim f ( x ) .
x → 3− x →3 x →3 x →3 x →3

Observe que f (3) = 3 − 1 = 2 , mas isto não é suficiente para a continuidade de f ( x) .


Seria necessário que se tivesse lim f ( x) = f (3) o que jamais poderia ocorrer visto que
x →3

não existe lim f ( x) . Veja o gráfico de f ( x) abaixo.


x →3

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4
2

-1 0 3 x

-2

Figura 4.13

Definição Uma função f é contínua no conjunto X se f é contínua em todos os pontos de


X.

Por exemplo, a função f ( x) = an x n + an −1 x n −1 + ... + a1 x + a0 ,


é continua em todos os pontos x ∈ \ .

Exercícios propostos – 4

1) Seja a função f ( x) definida por


⎧ x + 3, se x ≥ 1
f ( x) = ⎨
⎩3 − k , se x < 1
Determinar o valor da constante k tal que a função f ( x) seja contínua no
ponto x = 1 .

2) Seja
⎧ x 2 + 1, se x > 2

f ( x ) = ⎨5, se x = 2

⎩7 x − 9, se x < 2
Verificar se f ( x) é contínua em x = 2 .

3) Verificar se a função f definida por


⎧ x 2 − x, se x < −3

f ( x) = ⎨ x 3 + 2, se x > −3
⎪4, se x = −3

é contínua no ponto x = −3 .

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4) Seja
⎧ x − 1, se x < 3

f ( x) = ⎨5, se x = 3
⎪8 − x, se x > 3

Verifique se f ( x) é contínua em x = 3 .

5) Determinar o valor de k de modo que a função f ( x) definida por


⎪⎧e , se x ≠ 0
4x

f ( x) = ⎨ 3
⎪⎩k − 7, se x = 0
seja contínua em x = 0 .

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