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CEEDUC

Centro Evangélico de Educação e Cultura


Curso: Bacharel de Teologia (Ministério)
Turma: Modular
Disciplina: Diaconia
Professor: Egon Wutzke
Acadêmico: Márcio da Costa Batista

004 20 de Agosto de 2008

O professor Egon disse que “Diaconia é o amor de Deus direcionado a minha vida, que
passa ao meu próximo e volta para Deus”.

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Sexta-feira às 19h inicia a aula de Metodologia Científica


Sábado das 8h às 12h e das 14h às 17h

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O professor leu em sala de aula o texto bíblico João 11 e aplicamos a vida cristã à
realidade vivida pelo Lázaro, que faleceu e dentro de três dias, Jesus o ressuscitou.

Alguns pontos estudados: Ele (Lázaro) estava morto, e morto:

 Não come;
 Não tem sensibilidade;
 Não vê;
 Não se compadece;
 Não tem forças para orar, ler a palavra;
 É surdo espiritual.

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Assistimos ao filme da LukFilm, África – uma inesquecível viagem Missionária.


Irmã Joane Bentes (Tia Jô) apresenta a sua viagem à África. Em visita a Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Nova Aliança presidida pelo Pr. Eliel Gomes.
Na África do Sul o luxo e a beleza ainda é presente, mas no Zimbabwe e Moçambique a
pobreza, miséria era bem presente, com roupas velhas, pé no chão.

Durante as ministrações noturnas o povo cantava e dançava durante 6 horas


ininterruptas. O único alimento do dia, o almoço para aqueles irmãos e irmãs é servido
uma massa de milho, “sem gosto algum”, segundo a Missionária Joane. No dia seguinte
foi servido uma chícara de chá e batatas. A água é comprada, a igreja recebe com festa a
água que foi adquirida pelo pastor Eliel Gomes.

Um detalhe importante, as crianças cantam e dançam em sincronia e com perfeição na


sua simplicidade, mas com muita alegria.

Quando foi apresentado um vídeo do congresso dos GMUH, um irmão gritava, “temos
uma grande família no Brasil, Allelluia God, Allelluia God, temos uma família grande
no Brasil”, gritava emocionado.

Na discussão em sala de aula, vimos que o povo adora a Deus com sua alma, podemos
ver seriedade, fidelidade, sinceridade e integridade ao Senhor.

Na outra localidade, vimos a pobreza terrível (com muitos adjetivos), em um momento


que “sobrou” o alimento dos irmãos que estavam trabalhando na construção do templo,
as crianças “avançaram” na panela e num amontoado de gente, raspando a sobra na
panela.

Segue na próxima página uma análise da sua viagem a África redigido pela Missionária
Joane Bentes (Tia Jô) e que encontra-se publicado em seu site.
África -Uma inesquecível viajem missionária

De 5 de julho a 6 de agosto de 2006, por um período de 31 dias, a missionária Joani


Bentes, esteve engajada numa viagem ao continente africano,atendendo o convite da
igreja ev.ass.de Deus Nova Aliança, presidida pelo Pr. Eliel Gomes com sede na África
do sul na cidade de Johannesburg, acompanhada do casal Dr. Almeri e irmã Fátima,
viveram dias de desafios e grandes experiências missionárias, as quais
compartilharemos com nossos leitores.

Recebi de Deus a oportunidade de conhecer uma parte desse continente. No dia 4 de


Julho embarcávamos no aeroporto de Guarulhos rumo a África do sul com grandes
expectativas, sabíamos somente que chegar lá era promessa de Deus mais não
imaginávamos, o que viveríamos realmente. Era um dia frio de inverno com
temperaturas abaixo de zero quando pisamos em solo África, com o coração cheio de
muitas expectativas passamos a conhecer a África rica,o celeiro africano, um país que já
foi considerado cristão, mais hoje vive debaixo de uma grande miséria
espiritual,ficamos chocados ao sabermos que 50% da população é Aidética, e morre por
dia mil e duzentas pessoas dessa terrível doença, vimos pessoas cortando o cabelo na
rua fazendo a barba também pois não podem freqüentar salão, só se apresentar um
atestado medico comprovando que não tem a doença, apesar das suas belezas naturais,
Johannesburg é uma capital violenta,e um grande campo missionário. Participei por 3
dias de uma conferencia feminina, ministrando a palavra de Deus, na Ig. Ev.
Assembléia de Deus Nova Aliança, essa igreja em sua maioria é formada por irmãos
imigrantes quem vem de outros paises estudar ou trabalhar, na sua maioria jovens que
longe da família encontram aqui amparo e proteção, na sua maioria Angolanos e
Moçambicanos. Foram dias maravilhosos, dias de grande avivamento espiritual,
salvação de almas e batismo com espírito Santo, aleluia.
No dia 11 de Julho deixamos a África do Sul,dentro de uma caminhonete,acompanhada
do Pastor sua Esposa irmã Rosa, irmão Almeri e irmã Fátima, partimos em uma em uma
expedição absolutamente
Missionária em direção a Moçambique. Foram aproximadamente 22 duas horas dentro
daquele automóvel, em constate oração para que pudéssemos passar as fronteiras. O
primeiro desafio foi à fronteira do Zimbábue, depois de algumas negociações
conseguimos passar. Agora sim começamos a enfrentar a realidade da África, bem
diferente de tudo o que já ouvimos e vimos sobre a África, pessoas a beira da estrada,
em busca de ajuda, crianças indo pra escola descalços, usando uns trapos de roupa,
quando parávamos o carro logo era cercado por muitos africanos que pediam comida,
uma realidade que dilacerava nossos corações. Recordo de um dos guardas da fronteira
aproximar-se do carro com seu uniforme bonito, e um tanto envergonhado, pedi ao
pastor um pouco de comida, pois ele tinha muito fome, imaginem se o funcionário do
governo não tinha o que comer quanto mais a população carente. Era aterrorizante as
cenas que sucediam a cada percurso que fazíamos.
Zimbábue, um país que já fora prospero, exportou alimentos para outros pais por muito
tempo. Hoje é marcado pela miséria,conseqüentes das guerras, as horas que viajamos
dentro desse país foram angustiantes, estradas difíceis, perigos constantes, lembro de
um grupo de crianças gritando em volta do nosso carro: azumbo, azumbo! Quer dizer,
branco, branco, não como elogio e sim como xingamento, tínhamos que ter muita
cautela, o Zimbábue é um país difícil, tentamos dormi em um hotel próximo a fronteira,
mais nos cobraram cerca de 900 reais por pessoa, por uma cama num quarto coberto por
palha, não tínhamos dinheiro pra isso então continuamos a viagem, cerca de 8 horas da
noite estávamos pedindo para sair do país, pois lá você paga pra entrar e sair, é
inacreditável, eles tentam nos saquear de qualquer forma, atenção psicológica é muito
grande, cada vez que eles se aproximam do carro! Mais víamos os constantes cuidados
de Deus em tudo! Aleluia! Vi o Senhor cegá-los, pois encima da caminhonete
lavávamos todo o material de construção para construirmos um templo em
Moçambique.E todas as vezes que o carro era revistado orávamos para que eles não
visse o material de construção. E o Senhor não deixa eles verem aquele material.
Aleluia!
Agora estamos entrando em Moçambique, e lá dormimos, em um hotel típico da áfrica,
quartos cobertos de palha. No dia seguinte, chegamos a cidade de Chimoio, fomos
recebido por nossos irmãos Moçambicanos, que estavam nos esperando há dias, eles
dançavam e cantava em volta do carro, era uma cena emocionante de mais,muitas
crianças muitas mulheres, pois iramos fazer uma festa para as mães daquele lugar era a
primeira conferencia feminina. Montamos ao lado da pequena igreja o nosso
acampamento, os irmãos não paravam de chegar, vinham de todas as partes,alguns
andaram 70 quilômetros, outros 200 e ate 800 quilômetros, as mulheres com seus filhos
amarrados em suas costas, na maioria doentes, a lepra a tuberculose, AIDS, são doenças
comuns dessa região. Muitos vieram de caminhão, outros de carroça, outros de a pé,
chegavam cantando e dançando sempre, é um povo alegre sem motivos para isso. Mais
para eles conhecer Jesus é a alegria maior. Perguntei a uma irmã africana que havia
chagado de longe seus pés sangravam,porque ele fizera tamanho sacrifício? E ela me
respondera que onde ela mora ninguém sabe ler e ela caminhou dias pra chegar aqui e
ouvir alguém ler o livro sagrado, chorei ao lembrar que aqui temos cultos para todas as
idades e preferências, escolhemos ate o pregador que queremos ouvir. Somos egoístas,
pouco agradecidos. Esse povo caminha quilômetros, e na maioria doentes, mais vem em
busca de ouvir a palavra de Deus. Vi um homem chegar amparado por alguém, era uma
cena horrenda ele estava em estado terminal de AIDS, ficou ali jogado no chão, veio em
busca da cura, pois quando tem culto nem os doentes ficam em casa, as cenas que
decorriam diante de nós não a como descrevê-la. As irmãs começam a passar betume no
chão onde ela vão dormir durante a festa,sempre cantando com seus menores amarrado
nas costas,betumavam com as mãos e com muito sacrifício, mais estavam felizes por
estar ali. Outras ficam em suas esteiras ao lado da igreja, nada impede esse povo de
cultuar, as crianças choravam com fome e as mães cantavam, é inexplicável.
Durante a conferencia, ministrávamos pela manhã tarde e noite, e o povo queria sempre
mais, povo faminto de Deus, muitas vezes o mau cheiro não permita que os cultos
fossem dentro da igreja saímos pra rua, e Deus continuava a operar, grande era a
manifestação do Es. Santo, mulheres, sendo libertas das bruxarias, e recebendo o
Batismo com Espírito Santo. Mulheres, sofridas, escravizadas, desprezadas, agora
sentiam o verdadeiro amor de Deus.
Os cultos foram marcados por milagres e maravilhas, e o povo cantava e dançava sem
parar, sempre que eles estavam cantando algumas irmãs corriam dentro da igreja dando
um grito especial, abanando com sua capulana (um pedaço de tecido) é um ritual de
saudação ao Espírito Santo.
E cada vez que elas levantavam a gloria de Deus se manifestava, a adoração dos irmãos
africano é única e inexplicável, um povo que não tem motivos para ser felizes e são.
Durante os 5 dias que passamos em Chimoio, nossas vidas foram marcadas de forma
extraordinária por Deus. Todas as noites os cultos era com a participação de todos.
Mulheres, homens e crianças, que cantavam e dançavam cerca de 6 horas muitos
doentes e com fome, pois eles só comiam uma vez por dia, isso por que estávamos lá e
tínhamos levado a massa do milho pilado que é a alimentação deles junto com umas
folhas de couve somente, mais eles cultuavam a Deus com tanta alegria, ninguém sai
antes do termino, eles são muitos reverentes.Vi dois irmão chegarem de mão dadas no
culto, suas roupas estavam brancas de poeira, percebi que um era cego, e o outro o
condutor, e a Historia desses dois irmão é impactante.
Eles eram inimigos de guerra, um tentava matar o outro, um dia um deles aceitou Jesus
e propôs no seu coração que quando terminasse a guerra ele iria procurar o seu inimigo
pra falar de Jesus a ele. E assim vez, ao terminar a guerra ele saiu em busca de seu
inimigo, e quando o encontrou ele estava cego, uma mina que ele preparara para matá-lo
havia cegado-o, o africano convertido pediu-lhe perdão e falou-lhe de Jesus! Ele aceitou
e também se converteu hoje para gloria de Deus o cego é o pastor de uma das igrejas de
Moçambique, e quando ele precisa viajar para as reuniões e conferencia, é seu
ex.inimigo de guerra que viaja 800 quilômetros para buscá-lo e conduzindo-o pelas
mãos ele o leva com muito satisfação. Só Deus transforma, inimigos de guerra em
amigos verdadeiros, unidos pela causa do mestre. Hoje o testemunho desses dois servos
de Deus tem transformado muitas vidas.
No ultimo culto em Chimoio, conseguimos com ajuda do Pr. Gomes um projetor
multimídia, conseguimos energia de bateria, projetamos o congresso dos Gideões pra
eles,colocamos a manhã missionária com a participação dos gideões mirins, e algo
emocionante aconteceu.
Todos olhavam impactados, pois nunca viram uma igreja daquele tamanho, nunca viram
tantos crente reunidos, fugia da realidade deles, com olhos arregalados olhavam para a
tela, eles não entendiam o que se falava, pois a maioria ali fala macena e não o
português, mais quando aos gideões mirins começaram o jogral eles começaram a
chorar, entendi que o Espírito Santo traduzia para eles, de repente, um levanta-se um
áfrico já idoso com seu rosto sofrido, corre em direção ao pastor joga-se de joelhos
diante dele, beija a sua mão e diz: “papa, nois num tá suzinho, nesse africa, nois tem
uma família nu Brasil e nossa família é grande! Papa nois nun ta suzinho num ta
suzinho”. Levanta-se e envolvido pelo Espírito Santo começa a correr dentro da igreja e
a gritar chorando dizendo que eles não estavam sozinhos tinham, apontando para tela
eles dizia ter uma família no Brasil, a glória de Deus começou a se manifestar de forma
maravilhosa e muitos foram batizados com Espírito Santo, Aleluia! Chorei muito
naquele momento, jamais esquecerei a cena que decorria diante de mim, eles pareciam
querer entrar na tela, que exibia o trabalho dos gideões, pareço ouvir nosso irmão
Africano dizendo que somos a família deles.
Chimoio é uma cidade cheia, de muçulmanos e muitos bruxos também, mais lá tem um
povo servindo a Jesus, um povo que espera o venda de Jesus. Um povo que vi por 5 dias
dormi no chão ao lado de uma fogueira, mais feliz por que estávamos com eles. O
ultimo culto foi marcado também pela presença do representante do governo, que veio
entregar ao pastor o titulo definitivo da igreja, fui chamada para fazer a oração de
agradecimento e quando comecei a orar o representante do governo começou a se
retorcer todo, e ele era um bruxo, me olhava com seus olhos vermelhos, como se me
desafiasse,continuei orando ate que ele caiu sentado no banco, a manifestação satânica
na áfrica é visível, e constante, em todo tempo estávamos sempre repreendendo em
Nome de Jesus Nossa despedida de Chimoio foi com lagrimas, mais tínhamos que
continuar, estávamos somente no inicio de nossa viagem.
Agora seguimos em direção a província do Teti, distrito de Mutarara , vila do Charre,
fronteira com Malawi era nosso próximo destino.
Viajamos por aproximadamente por 16 h sem parar, conosco estava um equipe de irmão
que construiriam um templo em Charre, eles seguiam encima de um caminhão cheio de
material de construção, homens e mulheres, tomados pela poeira da estrada, mais
sempre cantando. Atravessamos o rio Zambezia, passamos por lugares perigosos de
caça pesada, conhecemos algumas cidades como: Gôndola, Enchope, Gorongoza,
Morrumbala passamos pela província de Manica, Sofala, Zambezia.
Cada cidade e vila que passávamos víamos uma imensa população vivendo
miseravelmente. Muita seca, muita fome,muita cede. No percurso encontramos ainda
marcas da guerra, casas e pontes destruídas por mísseis. Todas as vezes que o corro
parava, era cercado por uma multidão de crianças que nos pediam comida. Lembro de
encontrar um menino com sua cabeça cheia de bichos seus olhos amarelos e sua barriga
muito enxada, parado a porta corro ele me olhava profundamente, não suportei comecei
a chorar, era somente uma criança de 8 anos de idade condenada à morte e eu nada
podia fazer, nada! Ele me olhou por alguns minutos e eu pedi ao Senhor misericórdia, a
minha dor era imensa dor da incapacidade, desespero por nada poder fazer. Chorei e
pedi a Deus que enviasse missionários para aquele lugar.
As cenas ficavam cada vez mais aterrorizantes, pedia a Deus que me desse estrutura
para continuar, a dor na minha alma era insuportável, foram horas de lagrimas (choro).
Chegamos a Vila do Charre, fomos recebidos por um grupo de crianças que gritava e
cantava, eram aproximadamente 300 crianças descalças, usando uns trapos sobre o
corpo,uma cena indescritível, tínhamos que agüentar as lagrimas.Recordo das palavras
do pastor Gomes dirigidas a mim:”Aqui esta tua congregação tia Jô” ( chorei naquele
momento)
Estávamos profundamente cansados, a pressão psicológica era muito forte, minha
cabeça parecia que ia explodir, descemos do carro e o pastor pediu que não
abrasássemos as crianças pois todas estavam muito doentes, ele tinha muito cuidado
conosco, passou-nos repelente pois ali era região de muita malaria, irmã Rosa sua
esposa foi logo preparando um fogo pra esquentar uma conserva trazida da África do
Sul, estávamos exausto e como muita fome, mais como comer com 300 pares de olhos
famintos te olhando na escuridão da noite, hora difícil onde as lagrimas misturavam-se
ao alimento, mais tínhamos que comer, pois eles são acostumados a não ter o que comer
e nós não! Foi uma noite difícil para todos, o caminham que trazia os irmão e nossas
barracas não consegui chegar e tivemos que dormir no carro sentados, naquela noite eu
não tive forças pra orar e me sentia fraca, muito fraca, foi uma noite agonizante os
demônios vieram nos desafiar e passamos por terríveis guerras espirituais, mais o
Senhor nos deu forças para vencer!
Às 5 horas da manhã as crianças começaram a chegar novamente, nada tínhamos para
oferecer a eles o caminhão ainda não havia chegado, o momento era difícil,crianças
chorando de fome, e muita miséria diante de nós, orávamos pra que o caminhão
chegasse,os irmãos estavam ansiosos para continuar a construção do templo que eles
começaram a 4 anos atrás.
O Caminhão chegou, começamos a montar as barracas novamente e nossos sacos de
dormi, ali ficaríamos por alguns dias. As irmãs preparam a massa de milho e servem um
pratinho pra cada criança, eles estavam famintos, ajudei a alimentar alguns com meu
próprio dedo, pois ele não usam colher, ao sentir aqueles bebes desnutridos sugarem
meus dedos com a força da fome, chorei sentindo um forte dor na minha alma. (choro)
Depois de amenizar um pouco a fome deles, fomos pra baixo de uma arvore e
ministramos o primeiro culto para as crianças, os olhos deles pareciam nos tragar, era
como se eles sugassem a nossa alma, inexplicável o que sentíamos naquele momento,
cantei e contei uma história bíblica, agora eles começam a se familiarizar conosco. Logo
percebi a dificuldade que teríamos, pois eles não falavam o português, poucas são as
crianças que vão a escola e os dialetos são variados. Entrei na minha barraca e pedi ao
Senhor sabedoria para evangelizá-los, esta em estado de choque, profundo abalo
emocional, achei que não ia suportar, a saudades da família a realidade que estava
diante de mim, me sentia uma pequena gota em meio a um oceano de necessidades,
chorei por horas dentro daquela barraca de plástico num calor insuportável, foi então
que vivi uma linda experiência com Deus, Ele enviou um dos seus mensageiros pra me
consolar e através do Salmos 33.18 e 19. Recebi um balsamo, recebi uma espécie de
anestesia, minhas forças foram renovadas, voltei a me alimentar, e usei todos os meios
possíveis para falar de Jesus aquelas crianças tão sofridas, que nasceram simplesmente
para morrer, e convivem com a morte naturalmente crianças sem perspectiva de vida,
crianças doente, com o olhar vazio, mais que logo aprenderam a cantar hinos de
louvores a Deus e agora cantavam e dançavam com muita alegria.
Lembro da pequena Maria que dança tão alegremente, usando um vestido rasgado com
seus pezinhos no chão mais nada a em pedia. Recordo com saudades e lagrimas nos
olhos, dos momentos marcantes que vive com eles, quando 5 h da manhã eles cercavam
a minha barra, e começavam a dizer: ‘tia Jô Escola’ ou cantavam as musicas que
havíamos ensinado, ate eu abri o zíper da barraca, ai eles gritavam pulavam, e corriam
pra baixo da Arvore pra nos esperar. Todos os dias dávamos a eles um pouquinho de
mingau da massa de milho, sem leite, e com pouco açúcar,era tudo o que tínhamos, e
eles ficavam satisfeitos. Recordo deles raspando a panela antes de lavarmos, era uma
cena que nos fazia chorar. Vi muitas vezes Deus multiplicar aquele mingau, que eles
chamavam de mata bicha.
Enquanto evangelizávamos as crianças, orando por eles, tirando-os das maldições dos
bruxos, os irmãos construíam o templo.
Foram dias inesquecíveis!
Culto com as crianças de manhã e de tarde, a noite não havia luz elétrica por isso
dificultava nosso trabalho.
Charre é uma Vila próximo ao Malawi, com uma população muito carente, seus rios são
cheios de caramujos, e a maioria das crianças sofrem de esquitosomose, urinam sangue
ate morrer, aproximadamente 70 % da população é aidética, há também muita malaria,
tuberculose, e lepra.
As pessoas vivem sem higiene alguma, comem no chão deitam na terra, suas casas são
taperas pior que um chiqueiro, lá dorme pessoas e animais, e há muitas doenças.
O numero de Pessoas que vinham em busca de remédio era muito grande, vi por varias
vezes irmã Rosa entregar a eles um AS, fazer uma oração e Jesus curava na hora.
Ministrei em um culto onde o Senhor revelou a um pastor Africano Pr. Nassum, que eu
deveria orar por um menino chamado Antonio, o menino veio a frente, e ao colocar as
mão nele fiquei pasmada, seu peito tremia, e fazia um barulho constante, era
tuberculose, havia um forte cheiro que sai dele, estava pele e osso aquela crianças,
chamei meus companheiros de viagem e pedi para colocar as mãos também Dr. Almeri
fico chocado. Com autoridade repreende em nome de Jesus o espírito de morte,
instantaneamente, o tremor passou, o barulho também, ele respirava forte, não tinha
mais dificuldades, o mal cheiro se foi, ali nas nossas mãos sentimos o milagre de Deus,
fomos todos cheios do Espírito Santo, e Senhor revelou que devolveu a vida de
Antonio, pois ele seria o futuro missionário do Charre, no outro dia estava Antonio com
suas roupas rasgadas,carregando pedra para a construção da igreja, Aleluia!
Deixar o Charre foi muito difícil para todos nós, nos apegamos demais às crianças, e
elas a nós, mais precisávamos ir, a construção havia se concluído e logo após a
inauguração entramos no carro e deixamos, os irmãos no culto, na saindo lembro do
pastor parar o carro, e orar por um irmão que estava do lado de fora da igreja morrendo
de tuberculose. Recordo de um momento muito difícil para mim, quando um dos
meninos que evangelizamos chamado Ruiz, veio se despedir de mim e disse: “Tia Jô vai
voltar pra tu Brasil” e eu disse que sim, ele me disse: “Tu volta pra teu Brasil e Ruiz
fica no África”, eu disse a ele que voltaria pra vê-los um dia.
Ele me disse: “Quando tia Jô volta Ruiz já morreu, mais Ruiz vai encontrar com tia Jô
num lindo lugar que tia Jô ensinou” Chorei abraçada no Ruiz, mais agradecia a Deus
por me permitir mostrar a ele o lindo lugar. (choro)
O carro começa a se afastar e as crianças correm atrás, pedindo pra não irmos, a dor
daquele momento foi forte de mais, insuportável, trago gravado o grito das crianças,
crianças esta que daqui a um ano, de 300 passaram a ser 150, pois morrem em grandes
números, os pais já colocam nomes duplos nos filhos, pois sabem que um vai morrer e
outro manterá o nome, a maioria tem 18 filhos, 20, mais vivos soma-se menos da
metade.
No momento que nos afastávamos eu clamava ao Senhor em desespero que enviassem
missionários para lá, que amparense aquele povo.

Quero terminar esse artigo, dizendo a você querido leitor, por favor não leia esse artigo
com emoção e sim com compaixão!
Eu voltei da África doente de malaria fiquei muito mal, minhas pernas paralisaram,os
médicos diziam que eu não iria suportar,mais meu Deus me deu vitória, e farei tudo de
novo por meus irmão Africanos. Quando estava no hospital, Em uma situação critica,
perguntei a Senhor porque estava acontecendo aquilo comigo, ele me disse, que era
necessários sentir a dor deles, a fome deles a necessidades deles, para que eu falasse da
África com compaixão.
Que o mesmo sentimento que domina meu coração agora, possa dominar o seu também,
e que você se compadeça pela África e faça algo por eles.
Vamos deixar de ser egoístas e vamos ajudar esse povo sofrido, esquecido, porém
lembrado e amado por Deus.
Vamos aprender a sermos agradecidos com os nossos irmãos Africanos, que não tem o
que comer, nem o que vestir, moram em Taperas, pior que um chiqueiro, e são felizes.
Deixo aqui me relatório resumido dessa viagem missionária, pois é impossível relatar
tudo o que vivi esses dias. Mas faço um pedido em nome de Jesus, ore pela áfrica,
ajude-nos a fazer um pouco mais por esse povo !

Projeto África!
Levando pão e água da vida aos famintos da terra!

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