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Resumo
Esta atividade é uma das que compõem o cronograma da disciplina Recursos Tecnológicos e Educação
Matemática, ministrada pela professora Dra. Suely Scherer do Programa de Pós-Graduação em Educação –
Linha de Educação Matemática, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e consiste em planejar e propor
uma oficina aos demais alunos do grupo. Nessa oficina, deve-se apresentar um software de Matemática a partir
da abordagem construcionista, teoria proposta por Seymour Papert. Na abordagem construcionista, o computa-
dor, é visto como um meio que permite a construção do conhecimento, nessa abordagem, o aluno é quem ensina
o computador, ou seja, o computador possibilita que as idéias dos alunos sejam exploradas, apresentadas e depu-
radas. Ainda nessa abordagem, o professor atua como um questionador, propositor, orientador e as informações
são repassadas aos alunos para que estes possam construir o conhecimento, deixando marcas e características
próprias em suas produções. Este trabalho consiste então, do relato de uma experiência a partir da utilização do
software Winplot, programa utilizado para plotar gráficos de funções em matemática, a partir de uma abordagem
construcionista e da análise de algumas categorias combinadas, entre aluno/professores e a professora da disci-
plina, quais sejam: papel do professor; relação professor x aluno; relação sujeitos x tecnologias; e aprendizagem
dos conteúdos. O software winplot oportunizou aos colegas construir diversos conceitos, permitindo aos sujeitos
visualizar a construção, facilitando a compreensão e assimilação do conceito e/ou problema que os mobilizaram.
A seguir, relato algumas observações e análises referentes ao contexto do software, da oficina, e das atividades
propostas para a mesma.
Introdução
1 Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Paraná, sob orientação da professora Dra. Suely Sche-
rer.
2
Desenvolvimento
mesmo o uso da internet, devemos estar preparado para todas as possibilidades, pois os
equipamentos nem sempre respondem conforme o previsto.
Após a instalação do programa, apresentei ao grupo conceitos específicos do Winplot:
- programa criado por Richard Parris, da Philiph Exeter Academy4;
− software simples e gratuito.
Segundo Souza (2004), devemos utilizar o Winplot por que:
− É de simples utilização, seus menus são de fácil entendimento e apresenta ajuda em todas
as partes do programa.
− É muito pequeno, menos de 600 Kb, cabe em um disquete e roda em sistema Windows.
− É sempre atualizado.
− Possui versão em português.
A versão do Winplot em português foi um resultado da pesquisa do professor Adelmo
Ribeiro de Jesus5, com a participação nas versões mais recentes do professor Carlos César de
Araújo6.
O software Winplot foi projetado para reconhecer a maioria das operações, constantes
e funções elementares. Trabalha com duas e três dimensões, com equações explícitas,
implícitas, paramétricas e polares. Cria pontos, segmento e reta, cria equações recursivas,
diferenciais e polinomiais, cilindros, esferas e afins. Ainda permite troca de cores, espessura,
faz aproximações, anotações e permite salvar as produções para possível consulta ou
alteração. Localiza com facilidade as raízes das funções, as intersecções das retas, calcula
integrais e apresenta as coordenadas de cada ponto que se procura.
Pela praticidade e opções que oferece, pode ser utilizado por professores do Ensino
Fundamental, Médio e Superior.
A cada comando aparece um menu com diversas opções permitindo que você crie
exemplos, faça modificações e construções.
4 Ver:<http://www.exeter.edu>
5 UNIFACS / UFBA , mailto: <adelmo.jesus@unifacs.br>
6 Ver: <http://www.gregosetroianos.mat.br/default.asp mailto>, mailto: <cca@gregosetroianos.mat.br>
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1ª - A empresa de táxi A, que cobra R$ 5,00 a bandeirada (taxa inicial), mais R$ 1,60
pelo quilômetro rodado.
2ª - A empresa de táxi B, não cobra bandeirada inicial, porém, o custo por quilômetro
rodado é de R$ 2,50.
Analisando os dois casos, podemos observar que temos uma “regra” que associa o
preço a uma distância rodada, que um valor depende do outro, ou seja, que um está em função
do outro.
Pergunta:
Qual empresa eu deveria chamar, acaso precisasse percorrer:
a) 4 km =
b) 10 km =
c) 20 km =
Após confronto dos dois casos e simulando hipóteses, teríamos a primeira situação
representada por: CA = 5,00 + 1,60.d, onde CA seria o preço de custo do Taxi A e a segunda
situação representada por: CB= 0,00 + 2,50.d, onde CA seria o preço de custo do Taxi B.
Dessa forma, questionei aos colegas qual das empresas de taxi eu deveria chamar para
percorrer os quilômetros indicados nas alternativas.
Minha intenção com essa atividade seria propor uma discussão, buscando formas
diversas para explorar e encontrar resposta para a questão. Segundo a abordagem
construcionista a produção do conhecimento “centra-se no pensamento e na criação, no
desafio, no conflito e na descoberta” (ALMEIDA, 2000). A construção do gráfico das
situações a partir do software foi uma das proposições.
Primeiro os colegas que construíram gráficos no winplot aleatoriamente. Foi
interessante esse movimento, porque surgiram discussões e questionamentos durante toda a
exploração. Algumas manifestações afirmativas em relação às possibilidades que o software
oferece e outras negativas em relação às dificuldades que sentiram.
Após a exploração aleatória sugeri então a construção dos gráficos das duas situações
da empresa de taxi (CA = 5,00 + 1,60.d e CB= 0,00 + 2,50.d).
Nosso grupo é bem heterogêneo, pois duas colegas não têm formação em matemática,
assim foi preciso retomar alguns conceitos matemáticos básicos. Vejamos um exemplo de
diálogo a partir da imagem do software:
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Ilustração 3 – Janela do software Winplot, onde se coloca as funções para construção dos gráficos.
Fonte: Software Winplot
Professora diz: Agora que já exploraram o software, vamos construir os gráficos das
duas situações propostas.
Aluna A diz: Mas ali no software diz y=f(x). Por que é f(x) se usamos C A = 5,00 +
1,60d? Onde é o f(x)? Onde é o d?
Professora diz: Vamos relembrar. Quais são as letras mais utilizadas para representar
variáveis matemática?
Aluna A diz: o x e o y?
Professora diz: Isso, o x e o y são conveniências, mas é claro que podemos utilizar
também outras letras. Agora lembre-se que estamos construindo o gráfico de 2
situações, uma em função da outra. Por que acha que temos aqui o f(x)?
Confesso que fui surpreendida pelo questionamento das colegas. Vejo aqui a
importância do papel do professor na abordagem construcionista, pois precisa propor
situações de forma a atender todos os componentes da classe e ainda encaminhar as
orientações de uma forma que não dê respostas prontas, onde os alunos possam realmente
realizar atividades significativas.
A partir da construção dos gráficos, tivemos a seguinte representação:
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Considerações Finais
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Na utilização do software, penso que pela ergonomia e estética que apresenta, foi
razoavelmente explorado pelo grupo. O fato de poder construir e visualizar sua construção
oportunizou ao grupo a construção, a compreensão e a apropriação do conteúdo trabalhado.
Para finalizar, nessa perspectiva de utilização e exploração do software, os
computadores deixam de ser apenas assistentes dos matemáticos, mas transformam a natureza
da própria matemática. (BORBA. et al, 2007)
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth de. Proposta de uma teoria, Duas grandes linhas para a
Informática na Educação, Abordagem instrucionista x abordagem construcionista. Disponível
em <http://escola2000.net/eduardo/textos/proinfo/livro09-Elizabeth%20Almeida.pdf>.
Acesso em 23 jul. 2008.
Borba, M. C., Malheiros, A. P. S., & Zulatto, R. B. A. (2007). Educação à distância online
(1.ª ed.). Belo Horizonte: Autêntica. Cota CIE: 3236. Estante: Ensino-aprendizagem.
FACCHINI, Walter. Matemática para a escola de hoje. Livro único. São Paulo: FTD, 2006.