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ALMADA XXI
PROGRAMA ELEITORAL
CDS
Partido Popular
ALMADA XXI
Neste repto temos ainda de compreender que o rio, o mar, as praias, a floresta, as
terras agrícolas, o património histórico, arqueológico e natural, a paisagem e as
práticas ancestrais são também mais-valias económicas que geram
competitividade.
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Almada tem mais de 30 anos de poder comunista. Com uma marca própria e
algumas intervenções relevantes. Mas com um erro estratégico ruinoso quando,
em sede de Plano Director Municipal, assumiu a construção como o grande
desígnio do concelho.
Sob a lógica do betão, cresceu uma cidade desordenada, suja, esmagada por
construção sem regras nem limites, de costas voltadas para o rio e o mar,
salpicada por rotundas e remendos de relva de má consciência, sem espaço
público generoso e aprazível, tantas vezes rendida ao vandalismo. Projectaram-se
espaços urbanos incoerentes, atafulhados, agrestes, ruidosos, em que o vagaroso
fluir da vida sucumbiu à vontade de nos espantar os sentidos com intervenções
sucessivas.
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Almada não pode perder mais tempo em soluções do passado, partilhadas entre
um poder estafado e uma oposição envergonhada. A escolha não pode ser entre a
autarquia do betão e dos subsídios, e os partidos que em tantas décadas foram
seus cúmplices.
A proposta do CDS, plasmada neste Programa Eleitoral, opta por uma enérgica
estratégia de renovação, que identifique oportunidades e construa uma cidade de
qualidade de vida, inovação e conhecimento. Sempre olhando para as pessoas.
Para cada pessoa.
Na atenção dada aos problemas reais das pessoas e na eficácia das funções
quotidianas do governo municipal.
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Na gestão moderna e efectiva da água e no investimento sério e inovador nas
energias renováveis, elementos cruciais para um desenvolvimento sustentável do
concelho.
Temos de preparar-nos para uma economia que durante o século XXI dependerá
da inovação científica geradora de novas tecnologias, da capacidade de conectar o
fluxo de conhecimentos com pessoas suficientemente preparadas na investigação
e na universidade, e da oferta ao mundo das suas iniciativas.
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Almada capital de inovação, qualidade de vida, cultura e conhecimento. Uma
metrópole que para o seu projecto procure pessoas que, conscientes de participar
de um mesmo mundo, se comprometam a participar da riqueza da sua identidade
diferenciada e da sua pertença a uma realidade solidária.
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O CONTEXTO MUNDIAL
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As cidades que hoje se assumem com líderes mundiais florescentes têm
características comuns que importa relevar:
Se Almada quer acompanhar este desafio do século XXI, não pode persistir num
modelo que se sustenta na lógica do betão, na degradação da paisagem, na
impermeabilização cega dos solos, na desertificação das ruas, na ausência de
padrões urbanísticos de qualidade, na capitulação perante o vandalismo e o crime,
num quotidiano de gestão contra os cidadãos, numa rede de dependências que
paralisam a livre iniciativa.
Cada vez mais e com maior intensidade as cidades competem por encontrar um
lugar privilegiado que lhes permita melhorar o nível de vida dos seus cidadãos,
sendo fundamental para isso o valor acrescentado aos produtos e serviços
oferecidos pelo conhecimento que incorporam.
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Pelo passado firme, coerente e desassombrado em defesa de Almada e dos
almadenses, o CDS é o partido que pode assumir a devolução de Almada à sua
população, sustentada em soluções urbanísticas, ambientais, económicas,
administrativas e sociais modernas, que enfrentem uma ordem mundial cada vez
mais exigente mas que abre inauditas janelas de oportunidade às cidades do
futuro.
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ÁREAS CRÍTICAS
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3. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
4. REGENERAÇÃO AMBIENTAL
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5. RENOVAÇÃO URBANA
Almada tem visto crescer uma paisagem urbana amiúde desordenada, suja,
descuidada, sufocada pela especulação imobiliária, salpicada por inúteis farrapos
de relva e arranjos exteriores a que se ousa chamar espaços verdes, sem gente na
rua, sem espaço público generoso e aprazível. O futuro do concelho dependerá da
definição de uma estratégia de crescimento inteligente e planeado, com a
indispensável integração urbana da estrutura ecológica. Estabelecer rigorosos
critérios arquitectónicos, resolver as deficiências da limpeza urbana e da recolha
de resíduos, melhorar a qualidade do mobiliário urbano, promover a fiscalização e
o cumprimento dos regulamentos municipais, seguir soluções modernas e
racionais de iluminação pública e tornar o espaço público seguro, acessível e
atractivo são alguns passos inevitáveis no processo de renovação urbana.
Naturalmente, com uma perspectiva sistémica, assente na regeneração da
paisagem e na incorporação de um planeamento moderno com fortes elementos
inovadores.
6. EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO
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7. CENTRALIDADE CULTURAL
É verdade que Almada tem uma oferta cultural diversificada. Mas só poderá
tornar-se um centro cultural moderno e sofisticado quando der um passo definitivo
rumo à excelência. São necessárias novas centralidades de topo —em que o Museu
de Arte Contemporânea representará um marco incontornável— acompanhadas
pela modernização e promoção de museus e espaços culturais. Acresce que a
localização litoral privilegiada, o património natural e cultural que ainda subsiste e
que urge proteger e recuperar, a tradição e a história de Almada permitem
desenhar para o concelho um turismo cultural de referência, que exige também
ele um urbanismo exigente e judicioso e um vigor económico que insistentemente
tem sido adiado por esta Câmara Municipal. Recorde-se que o CDS foi o único
partido a interpelar sucessivamente a edilidade sobre o estado lamentável de
algum património de elevado valor histórico, como a torre de S. Sebastião, a mais
antiga fortificação marítima do país, em ruína iminente.
8. BEM-ESTAR SOCIAL
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ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
O CDS tem uma visão de futuro para Almada. Ambiciosa, mas não utópica.
Exigente, mas realista. Abrir as portas ao mundo, numa cidade de Liberdade e
Valores, capaz de atrair e promover pessoas e negócios, prosperidade e bem-
estar, tornando-os disponíveis para todos.
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UMA METRÓPOLE DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO, com ensino de qualidade
internacional que possa corresponder à necessidade de líderes e de profissionais
qualificados. Em que se promova o acesso ao conhecimento e à tecnologia. Em que
se premeie a excelência. Em que se faça uma formação profissional criteriosa e de
qualidade em sectores chave. Em que se antecipe a mudança através de respostas
inovadoras. Em que se partilhe responsabilidades entre sectores público e privado
e se procure a liberdade de escolha. Em que o ensino da língua inglesa e das
ciências ocupe um lugar de charneira. E em que se faça uma aposta proeminente
na investigação de ponta, no turismo, na hotelaria e na oceanografia.
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UMA METRÓPOLE SUSTENTÁVEL, que faça uma gestão moderna e integrada dos
sistemas natural e edificado, que invista fortemente na produção e no uso de
energias renováveis, que faça uma gestão cuidadosa da água, que assuma a
prioridade da agricultura urbana, que promova o planeamento da paisagem e que
construa uma malha de corredores verdes. Naturalmente, fazendo que cidadãos e
negócios assumam a protecção ambiental como garantia do seu futuro, mas sem
alarmismo cientificamente infundado que comprometa o desenvolvimento da
população.
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ASPECTOS FUNDAMENTAIS
A) COLABORAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA
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O sistema formativo —que inclui ensino escolar e universitário, formação
profissional, formação permanente e investigação— contemplará a aprendizagem
da cultura empreendedora, capacidade de liderança e espírito inovador.
com futuro;
x. aprofundar a qualificação do ensino da língua inglesa e das ciências;
xi. generalizar a oferta de Internet sem fios no concelho;
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C) COLABORAÇÃO INTERNACIONAL
D) MODERNIDADE CULTURAL
Uma sociedade culta deverá ser uma sociedade educada, solidária, cooperante,
imaginativa, empreendedora e optimista, capaz de antecipar e abraçar os desafios
do futuro.
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No âmbito do programa ALMADA XXI, a autarquia de Almada comprometer-se-á a:
i. promover a investigação, a preservação e a restauração do património cultural
como factores geradores de identidade e pertença, de atracção turística
qualificada, de emprego e de desenvolvimento económico e social;
ii. promover o estudo arqueológico e a recuperação da Torre de S. Sebastião
(Caparica);
iii. recuperar a Quinta do Almaraz (Cacilhas) para fruição paisagística, lazer e
turismo cultural;
iv. promover a protecção e a requalificação do Palácio e Quinta da Família Gomes
(Pragal);
x. adquirir e recuperar a Quinta do Monserrate (Charneca de Caparica) para fins
culturais;
xi. recuperar a Quinta de São Lourenço (Pragal), de elevado valor monumental e
paisagístico;
xii. incentivar profissões de carácter artesanal;
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E) CIDADE SAUDÁVEL E SEGURA
O direito civil fundamental de sentir segurança nas ruas e em casa não pode ser
posto em causa por preconceitos ideológicos que levam a interpretar o crime como
consequência da pobreza ou do desemprego e a tratar os criminosos como vítimas.
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F) REGENERAÇÃO URBANA E PAISAGÍSTICA
vii. incentivar a agricultura biológica, a preservação dos solos e das linhas de água,
enterrados;
xii. controlar a população de pombos, pragas e animais abandonados;
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xiv. substituir progressivamente a iluminação pública por sistemas modernos,
Ela envolve o respeito pela dignidade e integridade de cada pessoa, o uso eficaz de
recursos e a reutilização de materiais, solos e edifícios.
A autarquia comprometer-se-á a:
i. usar cartas patrimoniais na avaliação de investimentos;
ii. investir fortemente na produção e no uso de energias renováveis;
iii. impedir a excessiva impermeabilização de solos que resulta de uma política de
urbanização em densidade;
iv. recuperar solos contaminados;
vii. definir critérios para atribuir derrama zero a empresas amigas do ambiente;
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viii. estimular a construção de edifícios bioclimáticos;
autarquia;
v. assegurar a resposta em curto prazo a todos os munícipes que interpelem a
Câmara Municipal;
vi. reduzir a dimensão da administração local e melhorar a sua eficácia;
orçamento inicial;
x. estabelecer parcerias público-privadas eficientes e inovadoras.
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H) COMUNIDADE INTEGRADA E INTEGADORA
maternidade;
vii. lutar por um acesso eficaz e atempado aos cuidados de saúde.
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O programa ALMADA XXI assume como prioritária a valorização social e a
qualidade de vida dos mais velhos. Em particular, dever-se-ão ter em conta os
idosos sozinhos e de baixos rendimentos. A autarquia deverá comprometer-se a:
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PROJECTOS MOTORES
1 – METROPOLIS XXI
Este será o projecto prioritário para criação de uma cidade moderna de referência
internacional, centrada na qualidade de vida, na inovação e no conhecimento.
Exigirá a mobilização de muitos recursos, mas o seu êxito gerará muitos benefícios
para Almada.
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a) Zona Ribeirinha
b) Costa da Trafaria
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É inaceitável, pois, a elaboração de projectos que se sustentem em mais
construção civil desregrada e em pressão rodoviária sobre este território. A
invasão da REN para alegada habitação social, em lugar de um plano de
recuperação dos edifícios existentes, a construção de um impensável túnel de
ligação a Algés e a conversão de paisagem natural de elevado potencial em
obsoleto parque urbano não são soluções de modernidade que sirvam os
interesses de uma população esquecida há demasiados anos.
O CDS propõe que o plano para esta costa preserve a identidade histórica da vila da
Trafaria e as características piscatórias da Cova do Vapor. Há que promover o valor
paisagístico natural de toda a zona e a recuperação das Baterias de Raposeira e
Alpena (fortificações do século XIX e ímpares no país) é impreterível.
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Municipal de Almada, concretizou em duas moções o compromisso feito durante a
campanha eleitoral, exigindo a recuperação do imóvel e a requalificação de toda a
zona.
c) Frente de Praias
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Dir-se-á que, com o Polis, a Costa de Caparica ficará melhor do que é hoje. Não há
qualquer dúvida. Os anos de laxismo político de que foi vítima são indecorosos. Mas
eles não legitimam que, ao abrigo de uma requalificação urgente, se passe ao lado
de uma enorme oportunidade.
Por tudo isto, este Polis não é «estruturante». Este Polis não serve. É
economicamente desastroso, urbanisticamente ultrapassado, tecnicamente
incompetente, ambientalmente lamentável. O CDS manteve sempre uma oposição
firme e coerente na Assembleia Municipal aos seus planos de pormenor. E exige a
sua reformulação, num planeamento global que não converta o litoral do concelho
em mais um foco de pressão imobiliária e viária e tenha em conta os interesses da
população residente e de um futuro sustentável de grande qualidade que se pode
assegurar à costa de Caparica.
De acordo com a estratégia definida nas páginas anteriores, este projecto incluirá
a criação de um parque destinado à promoção de actividades de carácter
fortemente inovador, de um complexo de ciências médicas, de um instituto de
investigação oceanográfica, de uma escola de hotelaria de prestígio internacional,
e de um colégio privado IB world school. Implicará, ainda, o reforço do parque
tecnológico e da ligação à Faculdade de Ciências e Tecnologia, o ensino qualificado
da língua inglesa e a oferta de Internet sem fios em todo o concelho.
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VALORES
A execução das infra-estruturas tem de ser fundada nas pessoas, que as utilizam e
optimizam. Na construção da cidade são os valores que definem a comunidade. A
cidade é, em última leitura, um ponto de encontro de pessoas que partilham
valores.
O programa ALMADA XXI identifica sete valores essenciais, que rasgam horizontes
para um novo paradigma urbano: profissionalismo, consciência de cidadania,
hospitalidade, coesão social, valorização da família, dignidade da vida humana e
identidade.
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