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PRÓPTIA

Retalhos do
Evangelho
Bem Aventurados os Pobres de Espírito
António Martinho Fernandes
2007

Tema: Bem-aventurados os pobres de Espírito,(O que se deve entender por pobres de espírito)Fonte: Evangelho segundo
o Espiritismo, 7: 1 e 2(Mateus, V: 3).
BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO.1

SÍNTESE:

1)- Bem-aventurados os pobres de Espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mateus, V: 3).

2)- A incredulidade se diverte com esta máxima: Bem-aventurados os pobres de Espírito, como com muitas
outras coisas que não compreende.

Por pobres de Espírito, entretanto, Jesus não entende os tolos, mas os humildes, e diz que o Reino dos
Céus é destes e não dos orgulhosos.

Os homens cultos e inteligentes, segundo o mundo, fazem geralmente tão elevada opinião de si
mesmos e de sua própria superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de sua atenção.

Preocupados somente com eles mesmos, não podem elevar o pensamento a Deus. (,,,).

Se não admitem o mundo invisível e um poder extra-humano, não é porque isso esteja fora do seu
alcance, mas porque o seu orgulho se revolta à idéia de alguma coisa a que não possam sobrepor-se, e que os
faria descer do seu pedestal. (...).

Atribuem-se demasiada inteligência e muito conhecimento para acreditarem em coisas que, segundo
pensam, são boas para os simples, considerando como pobres de Espírito os que as levam a sério.

(...) Ao dizer que o Reino dos Céus é para os simples, Jesus ensina que ninguém será nele admitido
sem a simplicidade de coração e a humildade de Espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será
preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus. Em todas as circunstâncias, ele coloca a
humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que D’ele nos afastam.

(...) Pois a humildade é uma atitude de submissão a Deus, enquanto o orgulho é a revolta contra Ele.
Mais vale, portanto, para a felicidade do homem, ser pobre de Espírito, no sentido mundano, e rico de
qualidades morais.

PONDERAÇÕES DO AUTOR:

Muitas vezes se confunde pobres de Espírito por pobres materialmente, pois certa vez Jesus disse:

”Se queres entrar no Reino dos Céus, vende tudo e dá aos pobres”, 2 mas neste caso devemos
entender que Jesus se referia ao apego aos bens, em prejuízo das coisas espirituais; E, Jesus depois
acrescentava: “Vem e segue-me”, 3 está bem claro que Jesus promovia as coisas espirituais e não as materiais,
por isso ou pelo pouco que se possa entender, muitos criticam ou criticavam a Igreja Católica por ser rica
materialmente, ao que deixa dúvida, se está seguindo Jesus, mas agora temos muitas Igrejas Evangélicas
fazendo isso, ou seja, se engrandecer materialmente, pois se ouve falar que há Igrejas que possuem emissoras
de Rádio, de Televisão, Editoras, etc.

O Espiritismo ensina que o orgulho e o egoísmo são as chagas da humanidade, 4 e é obvio que o
Espiritismo segue as regras de Jesus, pois está bem obvio nesta lição que Jesus combatia o orgulho e o
egoísmo tanto quanto o Espiritismo e promovia a humildade; pois nos seus ensinos semelhantes Jesus deu um

1
Estudo feito no Centro Espírita, Joana d’Arc, a 02 10 2007.
2
Lucas, XVIII: 22.
3
Lucas, XVIII: 18-30.
4
Evangelho Segundo o Espiritismo, VII: 11 - XI: 11 - XV: 3.

2
ensino comparativo, assim dizendo: “Dois homens foram ao Templo orar, um dizia: eu dou meus dízimos, eu
cumpro os mandamentos, etc, e o outro dizia: Senhor sem compaixão de mim”. Daí Jesus elogiava a humildade
do segundo homem; não é obvio que Jesus elevava a humildade e combatia o orgulho neste como em muitos
outros ensinos, daí é obvio também que a Salvação que Jesus trouxe está na sua Doutrina, nos seus ensinos e
exemplos, pois muitos entendem que Jesus veio ao mundo para morrer por nós, verdade no fundo, mas que
precisa ser interpretada, isto é polemico, porém cada um tem seu entendimento, no conhecimento e nas
experiências do dia a dia e cada um tem seu conceito; na troca de conceitos, ninguém é obrigado a aceitar o
conceito do Espiritismo que vê a salvação aos poucos no desenvolvimento da evolução e progresso de cada um,
daí também o Espiritismo não é obrigado a aceitar conceitos de perdição eterna ou de Inferno eterno, pois no
Progresso os Mundos evoluem progressivamente, para estados melhores, daí um lugar que possa ser um
Inferno, deixará de o ser, em conseqüência das leis instituídas por Deus de Progressão Contínua; 5 também há a
ver e se considerar que Deus habita todo o Universo e certamente que estaria também nesse mundo chamado
Inferno; daí indubitavelmente seria uma contradição dizer-se que não.

Deus é insubstituível, todos os mundos agem e reagem adentro da força poderosa de Deus, daí a
Harmonia Universal.

A insubstituilidade de Deus é indiscutível e indubitável.


A insubstituilidade de Deus não tem como se contestar.
A insubstituilidade de Deus faz parte de seus atributos.

Com este conhecimento ou consideração deste vigoroso atributo de Deus, tudo o que conhecemos
muda. Muda os conceitos de a Terra pertencer ao Diabo, como muitos pensam ao interpretar a tentação de
Jesus em que o mal se personifica como o dono do mundo.

Muda o conceito negativo de haver Inferno, com a personalidade de um todo-poderoso Satanás, pois
como Deus está presente em todo o Universo, sendo Deus o bem, o mal acaba por sucumbir e ser erradicado
automaticamente, seja lá onde for.

***************

Por o orgulho e o egoísmo ser a causa de perdição, Deus permitiu a Jesus vir ao mundo falar sobre
esse mal entre outros também prejudicáveis ao crescimento espiritual do homem, e encorajar o homem à
humildade, e em devido tempo Deus permite aos Espíritos do além que venham tomar parte nesse trabalho de
transformação do homem e nesse trabalho incansável e laborioso; não há muitos que tenham a capacidade de
cumpri-lo, pois então sejamos agradecidos a Deus a Jesus e aos Espíritos voluntários que se ajuntam a Jesus,
para ajudar o homem a vencer os vícios que o derrubam espiritualmente, mas graças a Deus que dia virá em
que o homem vencerá o orgulho o egoísmo, tendo em seu coração a humildade.

***************

Vejamos sobre o orgulho pelos olhos de Leon Denis, no livro ‘Depois da Morte’, capítulo, 45, - O
Orgulho. Riqueza e Pobreza:

“De todos os vícios, o mais terrível é o orgulho, pois semeia na sua passagem os germens d e quase
todos os outros vícios. Desde que tenha penetrado numa alma assim como numa praça conquistada,
estabelece-se como senhor, instale-se aí à vontade, fortifica-se ao ponto de se tornar inexpugnável. É a hidra
monstruosa sempre a procriar e cujos rebentos são monstruosos como ela.

Infeliz do homem que se deixou apanhar pelo orgulho! Só poderá libertar-se ao preço de terríveis
lutas. Depois de dolorosas provações de existências obscuras, d’um futuro todo de amargura e humilhação, pois
aí está o único remédio eficaz para os males que o orgulho engendra.

5
A Gênese, capítulo, XVIII: itens, 2-5.

3
Esse vício é o maior flagelo da humanidade. Dele procedem todas as discórdias da vida social, as
rivalidades de classes e de povos, as intrigas, o ódio e a guerra. Inspirados nas loucas ambições, o orgulho tem
coberto a Terra de sangue e de ruínas; e é ainda ele que causa nossos sofrimentos de além-túmulo, pois seus
efeitos estendem-se além da morte, até sobre nossos destinos longínquos.

O orgulho desvia-nos não apenas do amor dos nossos semelhantes, mas torna qualquer
aperfeiçoamento impossível, enganando-nos sobre nosso valor, cegando-nos sobre nossos defeitos.

(...) O orgulho esconde-nos toda a verdade. (...).

O ensino dos Espíritos nos mostra sob sua verdadeira claridade a situação dos orgulhosos na vida
de além-túmulo. Os humildes e os pequenos desse mundo encontram-se aí elevados; os vaidosos e os
poderosos são diminuídos, humilhados. Uns trouxeram com eles aquilo que faz a verdadeira superioridade: a
virtude, as qualidades adquiridas pelo sofrimento, enquanto outros tiveram de abandonar, com a morte, títulos,
fortuna é inútil saber. Tudo o que constituía sua glória, sua felicidade, dissipou-se como fumaça. Chegam ao
espaço pobres, despojados, e essa privação súbita, contrastando, com seu passado esplendor, aviva seus
cuidados, seus pungentes remorsos.

É com uma amargura profunda que vêem acima deles, na luz, aqueles que menosprezaram,
desprezaram na Terra. Acontece o mesmo para com as reencarnações futuras. O orgulho, a ambição ávida, não
pode atenuar-se ou apagar-se senão por meio de vidas atormentadas, vidas de trabalho e de renúncia, no
decorrer das quais a alma orgulhosa volta-se para si mesma, reconhece sua fraqueza, abre-se para os
semelhantes melhores. (...).

(...) Se Jesus prometeu a entrada dos Reinos Celestes aos humildes e aos pequeninos, é que a
riqueza e o poder engendram muito freqüentemente o orgulho, enquanto que uma vida laboriosa e obscura é o
elemento mais seguro do progresso moral! (...).

A riqueza nos liga à Terra através de vínculos tão numerosos e tão íntimos, que a morte consegue
raramente rompê-los, libertando-nos. Daí as angustia do rico na vida futura. (...).

“A riqueza não é, todavia, um mal em si mesma. È boa ou má, segundo o emprego que dela se faz.
O importante é que ela não inspira nem orgulho nem dureza de coração. É preciso ser o senhor da sua fortuna e
não seu escravo mostrar-se superior a ela, desinteressado e generoso. Nessas condições, a prova perigosa da
riqueza torna-se mais fácil de suportar. Ela não amolece os caracteres, não desperta essa sensualidade quase
inseparável do bem estar. (...)”.

***************

Agora vejamos ‘o egoísmo’ pelos olhos de Leon Denis, ‘Depois da Morte’, capítulo, 46 - O egoísmo:

“O egoísmo é irmão do orgulho e procede das mesmas causas. É uma das mais terríveis doenças da
alma, o maior obstáculo aos aperfeiçoamentos sociais. Por si só neutraliza, tornam estéreis quase todos os
esforços do homem para o bem. Assim, o combate deve ser a preocupação constante de todos os amigos do
progresso, de todos os servidores da justiça. (...)”.

(...) A avareza é uma das formas mais repugnantes do egoísmo. Mostra a baixeza da alma que,
açambarcando riquezas utilizáveis para o bem comum, não sabe nem mesmo aproveitá-las.

O avarento, na sua paixão pelo ouro, no seu desejo ardente de adquirir, empobrece seus
semelhantes, e torna-se ele próprio, indigente, pois é novamente a pobreza, essa prosperidade aparente que
acumula sem proveito para pessoa alguma: uma pobreza relativa, mas não lastimável quanto a dos desgraçados
e merece a reprovação de todos. (...).

(...) O egoísmo traz em si seu próprio castigo. O egoísta não vê senão a sua pessoa no mundo.
Assim, suas horas estão semeadas de tédio.

4
“Encontra o vazio por toda a parte, na existência terrestre como depois da morte, pois homens ou
espíritos, todos lhe fogem. (...)“.

***************

Agora uma questão de ‘O livro dos Espíritos’:

Questão, 806: - “A desigualdade das condições sociais é uma lei natural?”.

- Não, ela é obra do homem e não de Deus.

- Essa desigualdade desaparecerá um dia?

- De eterno não há senão as leis de Deus. Cada dia, não a vede diminuir pouco a pouco? Essa
desigualdade desaparecerá juntamente com a predominância do orgulho e do egoísmo, e não ficará senão a
desigualdade de mérito. Um dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus não se avaliarão
pelo sangue mais ou menos puro. “Não há senão o Espírito que é mais ou menos puro, e isso não depende da
posição social”.

***************

Pois bem, procuramos entender mais ou menos, ”O que se deve entender por pobres de Espírito”, e
chegamos à conclusão que é o oposto do orgulhoso ou do egoísta, é o Espírito simples e humilde, que vive no
bem, com respeito a Deus, com um respeitoso temor a Deus, 6 e ao próximo, daí certamente vivendo uma vida
de equilíbrio com si mesmo, e poder dizer: Estou bem com a vida, com Deus, e com o mundo.

Portanto, é uma pessoa abençoada nas bem-aventuranças expostas por Jesus.

A humildade sendo uma virtude desenvolvida na moral, o homem humilde é um abençoado, porque já
conquistou essa virtude que é pertinente à vida espiritual, virtude que o acompanhará no além depois de morrer
e que ninguém lhe poderá tirar, e o uso espontâneo dessa virtude será um exemplo para outros que o observam
e lhe é sem que ele dê por isso: “O sal do mundo” 7 como Jesus mencionou, e como a humildade é um dos
atributos dos Espíritos Superiores, esse homem humilde, que não perde esse mérito virtuoso no além, continuará
a ser útil a Deus, pois onde quer que esteja mostrará o que é, e outros Espíritos que observam vão desejar
também ser virtuoso, até porque um Espírito humilde é um Espírito feliz, porque sua vibração vai ao encontro de
Deus.

Ele está salvo dos desencontros do orgulho e egoísmo e no além continuará a ser mais salvo ainda,
porque estará a ganhar mais virtudes, que serão uma mais bonita que a outra, sempre na ascensão de
felicidades relativas ao seu crescimento e desenvolvimento espiritual. Sim, será um abençoado, e Jesus apontou
como benção e espontaneamente saiu de seus lábios: “Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o
Reino dos Céus”. Deles é o Reino dos Céus, porque já se encontram no caminho virtuoso da espiritualidade, que
é Universal, portanto dos céus, da eternidade do bem, com Deus protegendo e amparando.

Este mundo é um mundo de Provas e Expiações, portanto não é fácil se encontrar muitos homens
virtuosos, mas há sim muitos humildes, senão Jesus não os mencionaria.

O mundo está a se regenerar para o bem, e Deus já está a permitir que Espíritos de bem, Espíritos
humildes reencarnem para temperar o mundo no bem, e o mal deixará de existir, e o orgulho assim como o
egoísmo receberá golpes que o abrandará, pois o mal não é uma criação eterna, mas relativa às imperfeições
do mundo e do homem, e estando o mal no homem, ele é que tem de se transformar.8

6
Salmo. 128: 1.
7
Mateus, V: 13.
8
A Gênese, III: 8.

5
Daí sim, muitos serão abençoados e o bem predominará o mal, e a Terra será um lugar bom para se
viver, relativamente de acordo com os méritos de quem precisa encarnar nela, pois sabemos que conforme o
Espírito se purifica a matéria perispíritual também se rarefaça, se purifica, e é atraída para mundos mais leves,
mais depurados.

Bem, tudo pertence aos planos e Vontade de Deus.

Louvemos, portanto Deus, por nos ter criado, embora ‘simples e ignorantes’, mas animados ao
crescimento, à evolução e ao progresso, com a constante presença de Deus, e suas leis que são os trilhos, que
nos endereçam a nossa caminhada de ascensão para Deus, para nosso futuro espiritual, e completa felicidade
eterna.

Que assim seja!


Deus seja conosco, assim como outrora, hoje e sempre!

6
Deus é insubstituível, todos os mundos agem e
reagem adentro da força poderosa de Deus,
Daí a Harmonia Universal.
A insubstituibilidade de Deus é indiscutível e
indubitável.
A insubstituibilidade de Deus não tem como se
contestar.
A insubstituibilidade de Deus faz parte de seus
atributos.
Com este conhecimento ou consideração deste
vigoroso atributo de Deus, tudo o que conhecemos
muda.
Muda os conceitos de a Terra pertencer ao Diabo,
Como muitos pensam ao interpretar a tentação de
Jesus em que o mal se personifica como o dono do
mundo.
Muda o conceito negativo de haver Inferno,
Com a personalidade de um todo-poderoso Satanás,
Pois como Deus está presente em todo o Universo,
Sendo Deus o bem,
O mal acaba por sucumbir e ser erradicado
automaticamente,
Seja lá onde for.9
9
I João, I: 5. -Comentário: Onde há Luz as trevas se dispersam.
Extrato do estudo ‘Bem-aventurados os pobres de espírito’, dado por Martinho no
Centro Espírita Joana d’Arc,

7
Situado à rua Capitão Salustiano, São João de Meriti, RJ. a 02/ 10/ 2007.

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