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Fundamentação
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Fundamentação
Hoje, 10 anos depois, sabe-se que a enzima COX-2 não participa apenas de
processos envolvidos na resposta inflamatória, mas também tem papel fundamental na
fisiologia dos diversos órgãos e sistemas do organismo.1
Nessa perspectiva, foi desenvolvida esta atualização sobre o tema “Inibidores
seletivos da COX-2”, objetivando informar sobre a origem, ação e efeitos colaterais desses
fármacos que recentemente, na sua maioria, foram banidos do mercado. Na verdade, não
podemos prever se esta decisão será definitiva já que muitos de seus efeitos terapêuticos e
adversos ainda são incertos e conseqüentemente, objeto de constante estudo.
Síntese de Prostaglandinas
Após algum estímulo, seja físico, químico ou hormonal, o ácido araquidônico será
mobilizado da membrana pela ação de fosfolipases A2, as quais sofrem ativação direta pelo
estímulo, ou são ativadas por concentrações citosólicas aumentadas de Ca+2. Acredita-se
que estímulos físicos, ao alterarem a membrana celular produzam um influxo de Ca +2, que
ativa a fosfolipase A2 (PLA2).2 Existem diversas fosfolipases, porém a PLA2 citosólica tipo
IV, por ter maior afinidade pelo ácido araquidônico, é a principal enzima envolvida na
liberação deste substrato. A PLA2 hidrolisa a ligação éster sn:2 dos fosfolipídios da
membrana e catalisa a liberação do ácido araquidônico. Após a liberação, este ácido poderá
ser metabolizado por um dos vários sistemas de enzimas, como (i) o das ciclooxigenases,
que catalisa a formação de prostaglandinas; (ii) o das lipoxigenases, que formam os
leucotrienos; ou, (iii) o das isoenzimas citocromo P450, que produzem ácidos
epoxieicosatrienóico. Tais produtos oxigenados são denominados eicosanóides devido
possuírem 20 carbonos (vide figura 1).
Figura 1. mostra o ácido araquidônico em duas vias de metabolização, a das
ciclooxigenases e a das lipooxigenases, formando eicosanóides. (Figura retirada de
www.sistemanervoso.com/ pagina.php?secao=11&ma... visitado em 10 de setembro de
2005)
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO
¯ CICLOOXIGENASE
PROSTAGLANDINA G2
¯ HIDROXIPEROXIDASE
PROSTAGLANDINA H2
¯ ENZIMAS ESPECÍFICAS
PROSTAGLANDINAS E, F, D (ciclooxigenase)
1.3) No Rim:
Evidências mostraram que a COX-2 pode ter um papel fisiológico nas funções
renais. A COX-2 constitutiva foi mostrada em rins de ratos, particularmente na mácula
densa e tornou-se aumentada na restrição de sódio1.
1.4) No Sistema Cardiovascular:
Até um tempo atrás, a classificação dos AINES era feita de acordo com as
categorias químicas (Quadro 1), contudo, com o desenvolvimento de novos AINES,
inibidores seletivos da COX-2, a nomenclatura sofreu modificações. permitindo a avaliação
dos efeitos terapêuticos e adversos de tais drogas.
Derivados do para-aminofenol
Paracetamol ou Acetaminofeno
Indometacina e Sulindaco
Ácidos Arilpropiônicos
Ácidos Enólicos
Piroxicam, Meloxicam
Derivados Pirazolônicos
Alcanonas
Nabumetona
Rofecoxib
Celecoxib
Sulfonanilidas
Nimessulida
ROFECOXIB
CELECOXIB
Assim, por se tratarem de medicamentos relativamente novos, os efeitos a longo prazo dos
inibidores seletivos da COX-2 ainda não são bem conhecidos, como por exemplo risco de
infarto do miocárdio e trombose. Tais efeitos seriam justificados pelo fato dos inibidores
seletivos não bloquearem a síntese plaquetária de tromboxano A2, mas bloquearem
seletivamente o efeito benéfico vascular da prostaciclina, responsável por evitar agregação
plaquetária e pela vasodilatação.
Com a divulgação dos possíveis efeitos negativos cardiovasculares com o uso dos
AINES seletivos, a segurança desses medicamentos, até então muito utilizados, foi abalada.
Em muitos países fármacos dessa classe foram retirados do mercado ou estão sendo usados
em casos específicos, nos quais o uso dos AINES não seletivos está contra-indicado, como
por exemplo, úlcera em atividade.
Desde que os dados sobre os risco cardiovascular dos inibidores seletivos daCOX 2
foram divulgados, agências de medicamentos de diferentes países reavaliaram os critérios
de uso desses fármacos. Hoje, esses medicamentos ainda são prescritos, no entanto, com
restrições.