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FRANZ BOAS:

ANTROPOLOGIA
CULTURAL
(Smith Cearamor)
Citações:

“Franz Uri Boas nasceu na pequena cidade prussiana de Minden (Vestfália) em 9 de julho
de 1858, em uma família de comerciantes judeus já culturalmente assimilados à vida
alemã.” (BOAS, Franz. p.7)

“Sem grandes perspectivas em Berlim, Boas alimentou o plano de realizar uma expedição à
ilha de Baffin (Canadá), para estudar os esquimós ( hoje conhecidos, no Canadá, como
Inuit).” (BOAS, Franz. p.8)

“Creio que, se esta viagem tem para mim (como ser pensante) uma influencia valiosa, ela
reside no fortalecimento do ponto de vista da realidade de toda formação, e que a maldade,
bem como o valor de uma pessoa, residem na formação do coração, que eu encontro, ou
não, tanto aqui quanto entre nós.” (BOAS, Franz. p.9)

“Embora a experiência de Boas não deva ser encarada como uma súbita conversão
antropológica, sem duvida pode ser vista como o primeiro momento de um longo ritual de
passagem que o levaria da geografia à antropologia.” (BOAS, Franz. p.10)

“Trata-se de uma crítica contundente ao método do evolucionismo cultural – chamado por


Boas, nesse texto, de método comparativo ou novo método -, à época doutrina dominante
na antropologia.” (BOAS, Franz. p.15)

“Boas criticava também, nesse texto, o determinismo geográfico,a firmando que o meio
ambiente exercia um efeito limitado sobre a cultura humana – a grande diversidade cultural
existente entre povos que vivem sob as mesmas condições geográficas reforça essa tese.”
(BOAS, Franz. p.16)

“Além disso, Boas também critica o método difusionista. Ao contrario do evolucionismo,


do qual também eram críticos, os autores difusionistas colocavam todo o peso explicativo
da questão da diversidade cultural humana na idéia de difusão.” (BOAS, Franz. p.17)

“A concepção boasiana de cultura tem como fundamento um relativismo de fundo


metodológico, baseado no reconhecimento de cada ser humano vê o mundo sob a

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perspectiva da cultura e que cresceu - em uma expressão que se tornou famosa, ele disse
que estamos acorrentados aos grilhões da tradição.” (BOAS, Franz. p.18)

“Foi o estudo de Antropologia sob orientação do professor Boas que primeiro me revelou o
negro e o mulato no seu justo valor – separados dos traços de raça os efeitos do ambiente
ou da experiência cultural [...]” (BOAS, Franz. p.20)

“A antropologia moderna descobriu o fato de que a sociedade humana cresceu e se


desenvolveu de tal maneira por toda parte, que suas formas, opiniões e ações tem muitos
traços fundamentais em comum. Essa importante descoberta implica a existência de leis
que governam o desenvolvimento da sociedade e que são aplicáveis tanto a nossa quanto as
sociedades de tempos passados e de terras distantes [...]” (BOAS, Franz. p.25)
“O primeiro método que se oferece, e que tem sido geralmente adotado pelos antropólogos
modernos, é isolar e classificar causas, agrupados as variantes de certos fenômenos
etnológicos de acordo com as condições externas [...]” (BOAS, Franz. p.27)

“A outra questão a respeito das idéias universais, Istoé, sobre sua origem, é muito mais
difícil de tratar. Muitas tentativas tem sido feitas no sentido de descobrir as causas que
levaram a formação de idéias que se desenvolvem com necessidade de férrea onde quer que
o homem viva.” (BOAS, Franz. p.28)

“É preciso compreender com clareza, portanto, que quando compara fenômeno culturais
similares de varias partes do mundo, a fim de descobrir a história uniforme de seu
desenvolvimento, a pesquisa antropológica supõe que o mesmo fenômeno etnológico
tenha-se desenvolvido em todos os lugares da mesma maneira. Aqui reside a falha no
argumento do novo método, pois essa prova não pode ser dada. Ate o exame mais
superficial mostra que os mesmo fenômenos podem se desenvolver por uma multiplicidade
de caminho.” (BOAS, Franz. p.30)

“Os estudos comparativos a que me refiro tentam explicar costumes e idéias de notável
similaridade encontradas aqui e ali. Mas eles também têm o plano mais ambicioso de
descobrir as leis e a historia da evolução da sociedade humana.” (BOAS, Franz. p.32)

“[...] à conclusão de que existe um grande sistema pelo qual a humanidade se desenvolveu
em todos os lugares, e que todas as variações observadas não passam de detalhes menores
dessa grande evolução uniforme. É claro que essa teoria tem como base lógica a suposição
de que os mesmos fenômenos devem-se sempre as mesmas causas.” (BOAS, Franz. p.33)

“Nesse método, temos um meio reconstruir a historia do desenvolvimento das idéias com
uma precisão muito maior do que aquela permitida pelas generalizações do método
comparativo. Este precisa sempre proceder a partir de um modo hipotético de
desenvolvimento, cuja probabilidade pode ser avaliada, com maior ou menor precisão, por
meio de dados observados.” (BOAS, Franz. p.34)

“O meio ambiente exerce um efeito limitado sobre a cultura humana, mas não vejo fatos
que possam sustentar a visão de que ele é o modelador primário da cultura.” (BOAS, Franz.
p.35e36)

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“A investigação histórica deve ser o teste critico demandado pela ciência antes que ela
admita os fatos como evidencias.” (BOAS, Franz. p.37)

“A grande e importante função do método histórico da antropologia aparece-nos residir,


portanto, em sua habilidade pêra descobrir os processos que, em casos definidos, levam ao
desenvolvimento de certo costumes.” (BOAS, Franz. p.38)

“O método histórico atingiu uma base mais sólida ao abandonar o principio enganoso de
supor conexões onde quer que se encontrem similaridades culturais. O método
comparativo, não obstante tudo o que se vem escrevendo e dizendo em seu louvor, tem sido
notavelmente estéril com relação a resultados definitivos.” (BOAS, Franz. p.38)
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Org. Celso Castro. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2004.

O texto do autor Celso Castro intitulado Antropologia Cultura, na parte introdutória


explana sobre a vida e obra de Franz Boas, que foi um antropólogo teuto-americano,
nascido numa família judaica liberal, seu pai, Meier Boas, era um comerrciante de sucesso
e sua mãe, professora de jardim da infância. Ambos os pais de Boas eram influenciados
pelo espírito da revolução de 1848 mesmo anos após o seu término.
As influências dos princípios políticos de seus pais durante sua infância e
adolescência teriam reflexos na formação de suas idéias pioneiras sobre raça e etnia.
Vimos no texto que sua primeira inserção no campo científico não se deu a partir da
Antropologia, mas sim da Física, curso no qual Boas se qualificou como doutor pela a
Universidade de Kiel. Através de sua dissertação de doutorado cujo tema era Contribuições
para o Entendimento da Cor da Água, Boas buscou demonstrar como os domínios da
experiência humana através dos conceitos de quantidade não eram aplicáveis.
Foi em uma viagem para Baffinland com a intenção de escrever um livro sobre
psicofísica, enquanto trabalhava com um grupo de eskimós, hoje conhecida como inuit, que
Boas vivenciou a sua primeira experiência de campo.
Tal experiência foi determinante para sua mudança disciplinar e o início de suas
reflexões antropológicas. Em 1887 Boas emigrou para os Estados Unidos, mas somente
depois de sua primeira publicação que se tornou referência enquanto antropólogo. Diferente
dos evolucionistas que dominavam a Antropologia em seu princípio, Boas argumentava que
em contraste com o senso comum, raças distintas da caucasiana, raças como os índios do

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Peru e da América Central haviam desenvolvido civilizações similares aquelas nas quais as
civilizações européias tinham sua origem.
Embora suas reflexões ainda reflitam certo “racismo” inerente ao seu tempo, Boas
foi pioneiro nas idéias de igualdade racial que resultaram nos estudos de Antropologia
Cultural da atualidade. Como orientador de antropólogos notáveis que tivemos a
oportunidade de conhecer um pouco da suas valiosas obras como Margaret Mead e Gilberto
Freyre. Boas ficou conhecido posteriormente como pai da Antropologia contemporânea.
Segundo o autor do texto o método comparativo de Boas tem seu desenvolvimento
hipotético, com o uso indiscriminado de evidências culturais para provar uma conexão
histórica e compara resultados de desenvolvimento, supondo conexão diante de
semelhanças.
Percebe-se que de todas as suas idéias, a formulação do conceito de etnocentrismo e
a necessidade de estudar cada cultura singularmente por seus próprios termos exercem,
ainda nos dias de hoje, uma enorme influência nos estudos antropológicos.
Fica claro em sua obra que Boas se contrapôs aos evolucionistas, que
compreendiam as culturas das sociedades não-caucasianas como inferiores. É através de
seus estudos que a idéia de uma escala evolutiva das sociedades partindo de agrupamento
de homens selvagens ou naturais e chegando as sociedades ciivilizadas, vai sendo
gradualmente abandonada pelos estudos antropológicos.
Contribuição teórica apontava que cada cultura é uma unidade integrada, fruto de
um desenvolvimento histórico peculiar.
Enfatizou a independência dos fenômenos culturais com relação às condições
geográficas e aos determinantes biológicos, afirmando que a dinâmica da cultura está na
interação entre os indivíduos e sociedade.
Em “As Limitações do Método Comparativo em Antropologia”, o autor ressalta
alguns conceitos de Franz Boas, na qual explica que os primeiros investigadores
preocupavam-se com problemas puramente históricos e viam nas semelhanças e nas
afinidades dos povos provas incontestáveis de relação histórica, ou mesmo de origem
comum, enquanto que se deveriam entender estas coincidências como o resultado do
trabalho uniforme da mente humana.

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A partir do texto que lemos, podemos então entender que segundo Boas comparar é
muito mais do que justapor lado a lado elementos quaisquer e lançar-lhes um olhar
apressado. A comparação, conforme poderemos ver ao longo deste texto, além de ser uma
das mais importantes funções mentais do psiquismo humano, o raciocínio comparativo
chega a compor verdadeira a arte cognitiva, a qual deve ser desenvolvida com cuidado e
meticulosidade, vindo assim a compor um método, o qual é de enorme utilidade para a
pesquisa nas Ciências Sociais.

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