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Índice

Capítulo 1: Apresentação ...............................................................1


Sumário.......................................................................................2
Notas ao formador ........................................................................4
Objectivos gerais ..........................................................................4
Enquadramento do módulo .............................................................4
Público alvo da formação/Pré-requisitos............................................4
Área de actividade/Zonas geográficas ..............................................5
Contactos úteis .............................................................................5
Recursos......................................................................................5
Funcionamento do módulo..............................................................6
Simbologia ...................................................................................7

Capítulo 2: Introdução ao Marketing ................................................8


Definição de marketing ..................................................................9
Evolução histórica do marketing ......................................................9
A importância do marketing na empresa......................................... 12

Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio ...................................... 14


Estudos de Mercado..................................................................... 15
Mercado..................................................................................... 15
Objectivos dos Estudos de Mercado................................................ 16
Plano para um Estudo de Mercado ................................................. 17
Análise Interna ........................................................................... 18
Análise da área Marketing/Vendas ................................................. 19
Factores da área de Produção com incidência na
área de Marketing/Vendas ............................................................ 29
Factores da área de Recursos Humanos com
incidência na área de Marketing/Vendas ......................................... 31
Factores da área de Compras com incidência na
área de Marketing/Vendas ............................................................ 32
Factores da área Administrativa/Contabilidade
com incidência na área de Marketing /Vendas ................................. 34
Factores da área Financeira com incidência na
área de Marketing/Vendas ............................................................ 36
Conclusões da análise interna – pontos fortes e
pontos fracos.............................................................................. 38
Análise Externa ........................................................................... 39
Como detectar ameaças e oportunidades ........................................ 39
Conhecer os clientes .................................................................... 43
Conhecer os fornecedores ............................................................ 44
Introdução ................................................................................. 44
Avaliação e selecção de fornecedores ............................................. 45
Preço......................................................................................... 46
Prazos ....................................................................................... 46
Qualidade .................................................................................. 46
Serviço ...................................................................................... 46
Distância.................................................................................... 46
Peso nas compras da empresa ...................................................... 46
Número de fornecedores simultâneos ............................................. 46
Percentagem da produção que é absorvida pela
empresa .................................................................................... 46
Tipo .......................................................................................... 46
Conhecer a concorrência .............................................................. 47
A identificação dos concorrentes.................................................... 47
Descrição dos concorrentes .......................................................... 47
Outros factores que influenciam a concorrência ............................... 48
A obtenção de informação sobre o mercado .................................... 49
Conclusões da análise externa – oportunidades e
ameaças .................................................................................... 51

Capítulo 4: Marketing-Mix ............................................................ 52


Conceito .................................................................................... 53
Política do Produto....................................................................... 54
O mix do Produto ........................................................................ 56
Ciclo de Vida dos Produtos............................................................ 60
Estratégias a adoptar em cada fase................................................ 61
Política do Preço.......................................................................... 63
A determinação do preço.............................................................. 63
Objectivos.................................................................................. 63
Factores a considerar para uma política de preço ............................. 64
Ponto Crítico das Vendas .............................................................. 66
Política de Distribuição ................................................................. 67
Tipos de canais de distribuição ...................................................... 67
Distribuição intensiva: ................................................................. 67
Distribuição exclusiva: ................................................................. 67
Distribuição selectiva: .................................................................. 68
Tipos de distribuição .................................................................... 68
O Franchising ............................................................................. 68
A política de marketing dos distribuidores ....................................... 69
Localização................................................................................. 69
Política de sortido........................................................................ 69
A política de marcas dos distribuidores ........................................... 70
Política de preços ........................................................................ 71
Política de serviços ...................................................................... 71
A política de comunicação............................................................. 71
Os conflitos entre produtores e distribuidores .................................. 72
Principais causas de conflitos ........................................................ 72
Política de comunicação ............................................................... 73
Técnicas de Comunicação ............................................................. 74
Publicidade................................................................................. 74
Objectivos da publicidade ............................................................. 75
Tipos de publicidade .................................................................... 75
As relações públicas .................................................................... 79
Conceito de relações públicas........................................................ 79
Objectivos das relações públicas.................................................... 79
Os meios ................................................................................... 80
Os factores................................................................................. 81
A promoção de vendas................................................................. 81
Distinção entre a promoção e a publicidade..................................... 81
Objectivos das promoções ............................................................ 82
Técnicas de promoção.................................................................. 83
Marketing directo ........................................................................ 86
Força de vendas.......................................................................... 86
Organização da força de vendas .................................................... 87
A dimensão da força de vendas ..................................................... 88
A estrutura da força de vendas...................................................... 88

Capítulo 5: Merchandising ............................................................ 89


Conceito .................................................................................... 90
Os Pontos Fortes do Ponto de Venda .............................................. 91
A localização............................................................................... 91
A montra ................................................................................... 93
Decoração de montras ................................................................. 94
A iluminação............................................................................... 96
A porta ...................................................................................... 97
O chão....................................................................................... 98
O stop–passeio ........................................................................... 99
Os serviços............................................................................... 100
A composição do sortido............................................................. 100
Apresentação exterior do ponto de venda ..................................... 101
Sinalização e informação ............................................................ 102
O atendimento.......................................................................... 102
Lettering .................................................................................. 102
Horário de funcionamento .......................................................... 104
O Merchandising/Organização do Ponto de Venda .......................... 105
Definição e importância do merchandising .................................... 105
Os tipos de merchandising.......................................................... 106
O merchandising do distribuidor e o
merchandising do produtor ......................................................... 107
A gestão do merchandising no retalho .......................................... 107
Características da mercadoria ..................................................... 108
Ocupação do espaço .................................................................. 108
A decoração e a cor ................................................................... 111
A Iluminação ............................................................................ 112
Expositores, odores e som .......................................................... 115
O linear ................................................................................... 117
A importância e definição do linear .............................................. 117
O linear e o consumidor ............................................................. 117
Valor dos diferentes níveis de exposição ....................................... 119
Gestão do espaço de prateleira ................................................... 120
Tipos de exposição .................................................................... 124
Verticalização ........................................................................... 124
Horizontalização........................................................................ 125
Animação no ponto de venda ...................................................... 126
Objectivos................................................................................ 126
Técnicas utilizadas para a animação no ponto de
venda ...................................................................................... 126
A animação de rua .................................................................... 134
Ponto de venda à medida das crianças ......................................... 134
Erros correntes no ponto de venda .............................................. 137
Montras descuidadas e sem impacto ............................................ 137
Entrada confusa, cheia de caixas vazias, lixo, etc........................... 137
Promoções com preços que não correspondem à
realidade.................................................................................. 138
Reposição feita no horário de maior tráfego .................................. 138
Preços promocionais que se mantém após a
promoção................................................................................. 138
Presença de produtos sem rotação no linear
durante muito tempo ................................................................. 138
Prateleiras com espaços vazios.................................................... 139
Mudar os produtos constantemente de lugar ................................. 139
Produtos amolgados e com rótulos rasgados ................................. 139
Música ambiente irritante e alta de mais ....................................... 140
Não deixar colocar expositores na loja.......................................... 140

Capítulo 6: Atendimento e Venda ................................................ 141


Atendimento............................................................................. 142
A importância do Atendimento .................................................... 142
Princípios básicos para um bom Atendimento do
Público .................................................................................... 144
O Atendimento dos Visitantes na empresa .................................... 145
Aspectos a ter em conta:............................................................ 146
Quando atender o visitante no seu escritório:................................ 147
O Atendimento telefónico ........................................................... 147
O tratamento de reclamações ..................................................... 149
A venda ................................................................................... 152
A preparação da venda .............................................................. 152
As diferentes fases da venda....................................................... 153
Contacto .................................................................................. 154
Identificação............................................................................. 156
Demonstração .......................................................................... 158
Concretização ........................................................................... 160
Consolidação ............................................................................ 161

Capítulo 7: Fichas de Trabalho .................................................... 162


Ficha 1 .................................................................................... 165
Introdução ao Marketing ............................................................ 165
Introdução ao Marketing ............................................................ 167
Ficha 2 .................................................................................... 168
Empresa Nova Época, Lda. ......................................................... 168
Dados de trabalho ..................................................................... 168
Empresa Nova Época, Lda. ......................................................... 169
Resolução ................................................................................ 169
Ficha 3 .................................................................................... 170
Empresa Sócomputadores, Lda. .................................................. 170
Dados de trabalho ..................................................................... 170
Empresa Sócomputadores, Lda. .................................................. 172
Resolução ................................................................................ 172
Ficha 4 .................................................................................... 173
Empresa Sómenus, Lda.............................................................. 173
Dados de trabalho ..................................................................... 173
Empresa Sómenus, Lda.............................................................. 175
Resolução ................................................................................ 175
Ficha 5 .................................................................................... 176
Empresa Matias & Matias, Lda. .................................................... 176
Dados de trabalho ..................................................................... 176
Empresa Matias & Matias, Lda. .................................................... 178
Resolução ................................................................................ 178
Ficha 6 .................................................................................... 179
Empresa O Cachopo .................................................................. 179
Dados de trabalho ..................................................................... 179
Empresa O Cachopo .................................................................. 181
Resolução ................................................................................ 181
Ficha 7 .................................................................................... 182
Empresa SóMóveis, Lda.............................................................. 182
Dados de trabalho ..................................................................... 182
Empresa SóMóveis, Lda.............................................................. 184
Resolução ................................................................................ 184
Ficha 8 .................................................................................... 185
Empresa Pacotes & Pacotes, Lda.................................................. 185
Dados de trabalho ..................................................................... 185
Empresa Pacotes & Pacotes, Lda.................................................. 187
Resolução ................................................................................ 187
Ficha 9 .................................................................................... 188
Empresa Fotografias Novo Milénio, Lda......................................... 188
Dados de trabalho ..................................................................... 188
Empresa Fotografias Novo Milénio, Lda......................................... 190
Resolução ................................................................................ 190
Ficha 10................................................................................... 191
Empresa Despertar, Lda. ............................................................ 191
Dados de trabalho ..................................................................... 191
Empresa Despertar, Lda. ............................................................ 193
Resolução ................................................................................ 193
Ficha 11................................................................................... 194
Empresa Formação Séc. XXI ....................................................... 194
Dados de trabalho ..................................................................... 194
Empresa Formação Séc. XXI ....................................................... 196
Resolução ................................................................................ 196
Ficha 12................................................................................... 197
Empresa Sapataria Pé Rápido, Lda............................................... 197
Dados de trabalho ..................................................................... 197
Empresa Sapataria Pé Rápido, Lda............................................... 199
Resolução ................................................................................ 199
Ficha 13................................................................................... 200
Empresa Tem Tudo, Lda............................................................. 200
Dados de trabalho ..................................................................... 200
Empresa Tem Tudo, Lda............................................................. 202
Resolução ................................................................................ 202
Ficha 14................................................................................... 203
Empresa Consegue Ver, Lda. ...................................................... 203
Dados de Trabalho .................................................................... 203
Empresa Consegue Ver, Lda. ...................................................... 205
Resolução ................................................................................ 205
Ficha 15................................................................................... 206
Empresa Marisqueira Quero Mais ................................................. 206
Dados de Trabalho .................................................................... 206
Empresa Marisqueira Quero Mais ................................................. 208
Resolução ................................................................................ 208
Ficha 16................................................................................... 210
Empresa Na Hora, Lda. .............................................................. 210
Dados de Trabalho .................................................................... 210
Empresa Na Hora, Lda. .............................................................. 212
Resolução ................................................................................ 212
Ficha 17................................................................................... 214
Empresa Constrói Tudo .............................................................. 214
Dados...................................................................................... 214
Empresa Constrói Tudo .............................................................. 216
Dados...................................................................................... 216
Ficha 18................................................................................... 217
Empresa Infantário Os Amiguinhos .............................................. 217
Dados...................................................................................... 217
Empresa Infantário Os Amiguinhos .............................................. 219
Resolução ................................................................................ 219
Ficha 19................................................................................... 221
Empresa Móveis Lar................................................................... 221
Dados...................................................................................... 221
Empresa Móveis Lar................................................................... 223
Resolução ................................................................................ 223
Ficha 20................................................................................... 225
Conhecimento do valor pretendido pelos clientes,
por segmento ........................................................................... 225
Dados...................................................................................... 225
Conhecimento das características dos clientes por
segmento................................................................................. 227
Resolução ................................................................................ 227
Ficha 21................................................................................... 228
Avaliação do grau de satisfação dos clientes, por
segmento................................................................................. 228
Dados...................................................................................... 228
Avaliação do grau de satisfação dos clientes, por
segmento................................................................................. 230
Resolução ................................................................................ 230
Ficha 22................................................................................... 231
Política do Produto/Funções da Embalagem................................... 231
Ficha 23................................................................................... 232
Política do Produto/A Marca ........................................................ 232
Ficha 24................................................................................... 234
Comunicação ............................................................................ 234
Ficha 25................................................................................... 235
Publicidade / Natureza dos suportes............................................. 235
Ficha 26................................................................................... 236
Merchandising .......................................................................... 236
Ficha 27................................................................................... 239
Merchandising .......................................................................... 239
Ficha 28................................................................................... 240
Tratamento de Reclamações ....................................................... 240
Dados...................................................................................... 240
Pedido: .................................................................................... 241
Ficha 29................................................................................... 242
Fases da Venda: Demonstração/Argumentação ............................. 242
Contexto.................................................................................. 242
Dados...................................................................................... 242

Capítulo 8: Conclusão ................................................................ 244


Bibliografia ............................................................................... 245
Agradecimentos ........................................................................ 247
Participantes ............................................................................ 248
Índice de figuras
Figura 1: Importância do Marketing ............................................... 12
Figura 2: Importância do Marketing ............................................... 13
Figura 3: O Mercado .................................................................... 15
Figura 4: Análise interna .............................................................. 18
Figura 5: Conclusões análise interna .............................................. 38
Figura 6: Ameaças e oportunidades ............................................... 39
Figura 7: Conhecer os clientes ...................................................... 43
Figura 8: Conclusões análise externa ............................................. 51
Figura 9: Marketing-Mix ............................................................... 53
Figura 10: Política do produto ....................................................... 55
Figura 11: Mix do Produto ............................................................ 56
Figura 12: AIDA .......................................................................... 57
Figura 13: Fidelização .................................................................. 58
Figura 14: Ciclo de Vida do Produto ............................................... 60
Figura 15: Curva do Ciclo de Vida do Produto .................................. 60
Figura 16: Política de preço .......................................................... 63
Figura 17: Factores determinantes do preço.................................... 64
Figura 18: Determinação do preço ................................................. 65
Figura 19: Ponto critico ................................................................ 66
Figura 20: Canais de distribuição ................................................... 67
Figura 21: O Franchising .............................................................. 68
Figura 22: Comunicação total........................................................ 73
Figura 23: Técnicas de comunicação .............................................. 74
Figura 24: Efeitos da publicidade ................................................... 74
Figura 25: Vantagens da PLV ........................................................ 77
Figura 26: Objectivos da PLV ........................................................ 77
Figura 27: Formas de publicidade .................................................. 78
Figura 28: Relações públicas ......................................................... 80
Figura 29: Promoção/Publicidade................................................... 81
Figura 30: Objectivos das promoções ............................................. 82
Figura 31: Ilhas .......................................................................... 85
Figura 32: Marketing direct........................................................... 86
Figura 33: Conceito Merchandising ................................................ 90
Figura 34: A localização da loja ..................................................... 92
Figura 35: A montra .................................................................... 93
Figura 36: Adaptação da montra ................................................... 94
Figura 37: Montra temática “A Praia” ............................................. 95
Figura 38: Impacto da montra ...................................................... 96
Figura 39: Iluminação da montra................................................... 96
Figura 40: A porta ....................................................................... 97
Figura 41: Polos de atracção no fundo da loja.................................. 98
Figura 42: O chão ....................................................................... 99
Figura 43: Stop-passeio ............................................................... 99
Figura 44: O sortido .................................................................. 100
Figura 45: Toldos ...................................................................... 101
Figura 46: Apresentação exterior................................................. 101
Figura 47: Lettering................................................................... 103
Figura 48: Símbolos gráficos ....................................................... 103
Figura 49: Sinalização............................................................... 103
Figura 50: Loja no Hiper............................................................. 104
Figura 51: Merchandising ........................................................... 105
Figura 52: Produtos acessíveis .................................................... 108
Figura 53: Tráfego na loja .......................................................... 109
Figura 54: Expositor Rotativo ...................................................... 109
Figura 55: Caixa ....................................................................... 110
Figura 56: Balcão ...................................................................... 111
Figura 57: A decoração .............................................................. 112
Figura 58: Efeitos de luz............................................................. 113
Figura 59: Efeitos de luz nos produtos.......................................... 114
Figura 60: Aromas..................................................................... 115
Figura 61: A música .................................................................. 116
Figura 62: O linear e o consumidor .............................................. 118
Figura 63: Níveis de exposição .................................................... 119
Figura 64: Estatística do linear .................................................... 120
Figura 65: Gestão da prateleira ................................................... 123
Figura 66: Verticalização ............................................................ 124
Figura 67: Horizontalização ........................................................ 125
Figura 68: Montra Natal/Crianças ................................................ 134
Figura 69: Espaço à medida das crianças ...................................... 135
Figura 70: Imaginarium ............................................................. 136
Figura 71: Montras descuidadas .................................................. 137
Figura 72: Gestão da prateleira ................................................... 139
Figura 73: Atendimento V’s Vendas.............................................. 142
Figura 74: Atender .................................................................... 144
Figura 75: Qualidades do atendimento ......................................... 145
Figura 76: Tratamento de reclamações......................................... 149
Figura 77: Preparação da venda .................................................. 152
Figura 78: Demonstração da Venda ............................................. 158
Figura 79: Argumentação ........................................................... 158
Figura 80: Concretização da Venda .............................................. 160
Índice de tabelas
Tabela 1: Evolução do Marketing ................................................... 11
Tabela 2: Marketing/Vendas - Estrutura ......................................... 19
Tabela 3: Marketing/Vendas - Produto............................................ 20
Tabela 4: Marketing/Vendas – Preço .............................................. 22
Tabela 5: Marketing/Vendas - Distribuição ...................................... 23
Tabela 6: Marketing/Vendas - Comunicação .................................... 24
Tabela 7: Marketing/Vendas - Vendas ............................................ 26
Tabela 8: Marketing/Vendas - Clientela .......................................... 27
Tabela 9: Marketing/Vendas – Pós-Venda ....................................... 28
Tabela 10: Produção – Marketing/Vendas ....................................... 30
Tabela 11: Recursos Humanos – Marketing ..................................... 31
Tabela 12: Recursos Humanos – Marketing 2 .................................. 32
Tabela 13: Compras - Marketing.................................................... 33
Tabela 14: Administrativa/Contabilidade - Marketing ........................ 35
Tabela 15: Financeira – Marketing ................................................. 37
Tabela 16: Análise Externa ........................................................... 40
Tabela 17: Factores Preço Produto................................................. 65
Tabela 18: Meios de Publicidade .................................................... 78
Tabela 19: Atendimento/Comunicação não-verbal.......................... 154
Tabela 20: Atendimento/Comunicação verbal ................................ 155
Capítulo 1: Apresentação

Introdução
Sumário

Notas ao formador
Capítulo 1: Apresentação

Sumário
O argumento de que há empresas que não têm departamento de
Marketing e, ao mesmo tempo, têm êxito comercial, carece de algum
fundamento.

Com efeito, normalmente, estas empresas são orientadas por uma


filosofia de gestão assente em determinados princípios de Marketing.
Simplesmente os seus gestores e executivos aplicam-no sem o
identificarem como tal.

Dada a importância crescente do tema, a procura de formação nesta


área tem vindo a aumentar.

A documentação técnica de apoio, de que normalmente o formador


dispõe, é muito técnica e de linguagem desajustada aos diversos
públicos-alvo.

Com o objectivo de dar resposta às necessidades actuais dos


formadores que intervêm nesta área de formação, o presente módulo
contempla um conjunto de instrumentos e recursos técnico-pedagógicos
de apoio à formação, mais concretamente, para o formador melhor
preparar as suas sessões.

O seu conteúdo foi organizado de forma a fornecer instrumentos de


Marketing com vista à formação abrangendo os seguintes aspectos:

1 Introdução ao Marketing

2 Diagnóstico global do negócio

3 Marketing-Mix

4 Merchandising/Organização do ponto de venda

5 Atendimento e Venda

Teve-se a preocupação de abordar os temas mais relevantes, de forma


simples e acessível, de modo a ser aplicável à formação de futuros
gestores de micro e pequenas empresas, bem como à formação dos
seus recursos humanos.

2
Capítulo 1: Apresentação

Chama-se a atenção para a ligação directa de alguns temas com outros


módulos, nomeadamente Projecto Empresarial, Organização e
Implementação do Negócio e Compras e Gestão de Stocks.

Disponibilizam-se os seguintes instrumentos de formação:

• Itinerário Temático

• Manual de Desenvolvimento Temático

• Fichas de trabalho

• Transparências e apresentações dinâmicas

• Bibliografia

Para a elaboração deste módulo os autores recorreram a diversa


bibliografia da área específica em causa e procederam à pesquisa
constante na internet, tendo contado, também, com o apoio do I.E.F.P.
– Centro de Formação Profissional de Braga.

3
Capítulo 1: Apresentação

Notas ao formador
Este módulo foi concebido tendo em atenção os seguintes objectivos e
condições:

Objectivos gerais
• Apetrechar os formadores de recursos pedagógicos adequados e
motivadores, na área de Marketing

• Reforçar a dinâmica da concepção, planeamento e avaliação das


sessões de formação

• Proporcionar acesso a documentação técnica em linguagem simples


e acessível, adequada ao público alvo, de suporte ao
desenvolvimento da formação.

Enquadramento do módulo
Os temas abordados neste módulo são fundamentais à formação de
actuais e futuros empreendedores, pois permitirão uma visão mais
alargada e moderna das necessidades da gestão global da empresa,
razão pela qual são habitualmente integrados na planificação e
programação da formação de futuros empreendedores.

Público alvo da formação/Pré-requisitos


Empreendedores (e/ou seus quadros técnicos), que vão iniciar a sua
actividade profissional com um pequeno negócio (ou que já o possuem),
mas que:

• não têm bases de formação mínima nesta área

• maioritariamente, possuem baixa escolaridade

• com pouca ou deficiente experiência profissional nos temas a


abordar

4
Capítulo 1: Apresentação

Área de actividade/Zonas geográficas


Áreas de actividade

Este módulo foi pensado de forma a poder adaptar-se a qualquer área


de actividade, pois que o marketing vem assumindo um papel
fundamental no desenvolvimento de qualquer empresa. Os seus
princípios, fórmulas, métodos, são de grande importância a uma mais
eficaz gestão.

Assim, o manual apresenta exemplos de diferentes situações, por forma


a permitir ao formador utilizar as que, em cada momento, forem mais
oportunas.

Zonas geográficas

Não se destacam zonas geográficas mais necessitadas, atendendo a que


o tecido empresarial português se caracteriza pela predominância de
micro e pequenas/médias empresas.

No entanto, salientamos o facto de fora dos grandes centros urbanos o


nível de escolaridade ser menor, pelo que a concepção do manual teve
este aspecto em consideração.

Contactos úteis
Atendendo ao facto de que todos os contactos e informações podem ser
úteis para a valorização dos conteúdos constantes neste manual,
lembramos que o Formador poderá recorrer às associações
empresariais, comerciais e industriais, entre outras, no sentido de obter
informação relativa a feiras, lançamento de produtos, encontros
promocionais, etc., actividades estas da maior importância do ponto de
vista da comunicação e do marketing.

Recursos
O formador dispõe de recursos tradicionais e de recursos informáticos,
de forma a tirar o melhor partido do que dispõe em função das
condições da sala de formação:

5
Capítulo 1: Apresentação

• Recursos tradicionais:

• Manual de Desenvolvimento Temático para apoio à preparação e


desenvolvimento das sessões de formação, permitindo a
elaboração de documentação simples, de fácil compreensão e em
linguagem acessível, de apoio ao formando

• Conjunto de transparências, a imprimir de acordo com as


necessidades, para utilização de retroprojector, ilustrativas dos
diversos temas abordados e devidamente assinaladas no contexto
do manual

• Recursos informáticos:

• Transparências elaboradas em Powerpoint, que permitirão a


projecção a partir do PC

Funcionamento do módulo
O módulo é composto por:

Itinerário Temático:

produto em suporte de papel, elaborado em MICROSOFT WORD,


contendo texto e enquadramento matricial, articulado com os restantes
produtos.

Esta matriz comporta os objectivos gerais do módulo, os temas


abordados, objectivos específicos e respectivos conteúdos e
metodologias recomendadas, estando, ainda, assinalados os recursos
didácticos disponíveis para os diversos temas.

Manual de Desenvolvimento Temático:

para cada conjunto tema/conteúdos do Itinerário, procedeu-se ao


desenvolvimento técnico, elaborado em MICROSOFT WORD.

O formador encontra a informação compilada de forma simples, directa


e acessível, sempre que possível ilustrada com quadros, tabelas, figuras,
de forma a melhorar a sua própria produção de materiais de apoio à
formação que está a preparar.

Fichas de Trabalho:

para cada capítulo foram elaboradas uma ou mais Fichas de Trabalho,


que pretendem dar o lamiré para a produção deste tipo de

6
Capítulo 1: Apresentação

instrumentos, estando assinaladas pelo respectivo símbolo na margem


direita. Estas fichas têm o duplo objectivo formativo e de avaliação. Para
cada uma apresenta-se, também, a respectiva correcção.

Transparências: sempre que oportuno, produziram-se transparências


(elaboradas em MICROSOFT POWERPOINT), as quais estão também
devidamente assinalados na margem direita, por forma a permitir uma
rápida identificação.

Estes elementos têm sempre uma ligação, ou seja, no Itinerário


Temático o formador dispõe de informação sobre os objectivos e
conteúdos necessários à prossecução dos mesmos; identificado neste
recurso o tema, encontrará o seu desenvolvimento no Manual; neste,
estão sempre assinalados, na margem direita, os suportes didácticos
criados.

Bibliografia:

No final do módulo, dispõe de informação sobre a bibliografia utilizada,


com a finalidade de facilitar o trabalho de organização das sessões de
formação.

Simbologia

Desenvolvimento Temático

Fichas de Trabalho/Estudo de Casos

Transparências

Diálogo Formador / Formando

Discussão Turma

Trabalho Equipa

7
Capítulo 2: Introdução ao Marketing

Introdução ao Marketing
Definição de marketing

Evolução histórica do marketing

A importância do marketing na empresa


Capítulo 2: Introdução ao Marketing

Definição de marketing

O argumento de que há empresas que não têm departamento de


marketing e, ao mesmo tempo, têm êxito comercial, carece de algum
fundamento. Normalmente, estas empresas são orientadas segundo
uma filosofia de gestão assente em determinados princípios de
marketing. Os seus gestores e executivos aplicam-no sem o
identificarem como tal.

Para muitas pessoas, o marketing diz respeito às vendas e publicidade.


Apesar de se tratarem de conceitos que podem integrar uma qualquer
estratégia de marketing, é importante referir-se que não são sinónimos.

O marketing é muito mais que isso. Segundo John Stapleton, in


“Marketing”, “trata-se de uma filosofia de gestão, uma atitude de
espírito, que requer o envolvimento de todos os executivos e
empregados da empresa, e através do qual todo o
funcionamento da empresa é orientado para a satisfação das
necessidades do consumidor.”
Transparências 1/2/3

Evolução histórica do marketing


Na maior parte das empresas até final do séc. XIX, a grande questão
era produzir e não vender.

É no período de reestruturação económica do pós-guerra que o


marketing tem a sua origem – o mercado da procura converte-se num
mercado de oferta, assumindo-se a venda como uma preocupação
essencial para a maioria das empresas, devido, fundamentalmente, ao
seguinte:

• aumento do rendimento per capita e consequente capacidade


aquisitiva;

9
Capítulo 2: Introdução ao Marketing

• mais e melhor formação;

• acesso à informação;

• evolução das técnicas e tecnologias

Em consequência, assiste-se a um acréscimo da agressividade comercial


e a uma maior intervenção do consumidor no mercado.

Actualmente, a empresa já deixou de ser, mesmo aos olhos dos seus


responsáveis, o centro do universo económico. É o próprio mercado
(consumidores), que ocupa esse lugar.

O consumidor ou o cliente torna-se para as empresas o seu recurso


mais importante.

As organizações sociais, religiosas e de caridade, por exemplo, já


recorrem aos instrumentos e estratégias de marketing para tentar
modificar e/ou influenciar os hábitos dos seus públicos.

Exemplos: organizações contra o tabagismo e o alcoolismo;


organizações como a AMI e a Cruz Vermelha que desenvolvem acções
para obter donativos; as Igrejas, espalhadas por todo o mundo, também
fazem apelo a diferentes meios e métodos para atrair a atenção dos
fiéis.

Tendo em conta a atitude e filosofia de gestão das empresas


relativamente ao mercado, definem-se três grandes fases:

1ª Fase a procura excedia a oferta; os produtores vendiam


tudo o que produziam; a gestão estava orientada
até ao crash de 1929
para a obtenção de ganhos de produtividade e preços
orientação da gestão para a mais baixos através da potencialização da capacidade
produção de produção

2ª Fase transformação do mercado da procura num mercado


de oferta, em consequência da crise de 1929,
até à 2ª Guerra Mundial
provocada pela super-produção; a orientação de
orientação de gestão para as gestão continuava a basear-se no produto e não no
vendas consumidor, dado que as empresas estavam
preocupadas em escoar os produtos

10
Capítulo 2: Introdução ao Marketing

3ª Fase
assiste-se a uma orientação para o conhecimento do
após a 2ª Guerra Mundial consumidor e suas necessidades, uma vez que as
empresas sentem necessidade de se adaptarem a
orientação de gestão para o
uma nova economia, em período de paz.
mercado

Tabela 1: Evolução do Marketing

É a partir dos anos 60, no entanto, que se assiste a uma verdadeira


orientação de gestão para o marketing, em consequência da
expansão económica verificada, obrigando as empresas a uma outra
atitude perante o mercado, onde as oportunidades são constantes.

Após os anos 80, a filosofia de acção das empresas, no contexto do seu


planeamento estratégico, está directa e indirectamente associada às
preocupações do meio ambiente em que estamos inseridos e vivemos.
Trata-se, no fundo, da orientação de gestão para o marketing
social.

Nos anos 90, o cliente assume-se como objecto fundamental da


gestão de marketing de uma qualquer organização, tendo em vista
a satisfação das suas necessidades.
Transparências 4/5/6

Se entendermos o marketing como uma orientação de gestão, falar


das suas perspectivas futuras, não será totalmente seguro. O que
sabemos é que o consumidor continuará a ser o objecto fundamental de
uma qualquer organização, seja ela económica, política, religiosa e
social.

Numa perspectiva empresarial, a empresa deverá orientar a sua gestão


para a produção de produtos à medida, não esquecendo, por outro
lado, que uma filosofia de gestão orientada para a prática de preços
mais baixos poderá ser importante.

11
Capítulo 2: Introdução ao Marketing

A importância do marketing na
empresa
As empresas que hoje estão implantadas no mercado com sucesso, têm
plena consciência de que a actividade de marketing é algo que já não
pode estar separada da sua estratégia de crescimento e
desenvolvimento.

O planeamento estratégico de 3 a 5 anos já não dá resposta a todas as


necessidades das empresas. Muitas delas optam pelo planeamento a
mais curto prazo, em consequência das mudanças constantes do
mercado, que evolui rapidamente. Há produtos que surgem, crescem e
desaparecem muito mais rapidamente. Todos os dias surgem produtos
novos e ou substitutos.

Só recorrendo aos instrumentos de marketing, é que a empresa pode


acompanhar essa evolução.

Exigir a uma pequena empresa a criação de um departamento de


marketing, poderá não ser lógico e justificável. Contudo, nada impede
que o empresário, o gestor, adquira conhecimentos e sensibilidade
suficientes para desenvolver a sua empresa de forma competitiva,
recorrendo precisamente a esses instrumentos, devendo ter consciência,
no entanto, de que para o sucesso é fundamental o envolvimento de
todos os seus recursos humanos.

É importante referir-se que, anteriormente, a empresa apenas recorria


aos instrumentos de marketing quando o produto já estava no mercado
(concepção tradicional).

Figura 1: Importância do Marketing

Marketing

Ø
publicidade
venda
distribuição
produção »»»»»»»»»»»»»»»»»»»»» consumo

12
Capítulo 2: Introdução ao Marketing

Actualmente, a empresa tem necessidade de recorrer aos


instrumentos de marketing mesmo antes da concepção do produto e
não termina após o consumo deste (concepção moderna).

Figura 2: Importância do Marketing

Marketing Marketing Marketing

Ø Ø Ø

produção »»»»»»»»»»»» consumo

Transparência 7/8

Ficha de Trabalho 1

13
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Diagnóstico Global do
Negócio
Estudos de Mercado

Análise Interna

Análise Externa
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Estudos de Mercado

“Será que ao tomar uma decisão

estou a correr riscos?”

Mercado
Uma das mais importantes funções do marketing é investigar e
estudar o mercado, recolhendo e analisando sistematicamente os
dados e informações relativas a determinado bem ou serviço, de acordo
com os objectivos da empresa e o método seleccionado para a recolha
dessa informação.

Só investigando o mercado, é que o empresário pode documentar-se


das informações necessárias para poder tomar as melhores decisões.

O MERCADO são as pessoas, os clientes, os consumidores

Figura 3: O Mercado

Foto gentilmente cedida pela ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO,


TURISMO E SERVIÇOS

15
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

O objectivo fundamental do estudo de mercado é reduzir o factor risco


inerente à decisão empresarial.
Transparências9/10/11

Objectivos dos Estudos de Mercado


Para além de possibilitar a tomada de decisões com um menor risco, os
estudos de mercado têm ainda, entre outros, os seguintes objectivos:

1 fornecer informações sobre o mercado ou mercados onde a empresa


desenvolve actividade ou pretende actuar;

2 favorecer a tomada de decisões;

3 permitir a definição de estratégias.

Concretamente, os estudos de mercado podem aplicar-se, por exemplo,


para:

• determinar e definir o potencial e quotas da empresa num


mercado onde opere ou pretenda operar;

• identificar as características do mercado – quem compra? onde


compra? por que razão compra?;

• identificar clientes potenciais;

• determinar o preço de um produto;

• determinar a relação entre a publicidade e as vendas, por


exemplo, perguntando – até que ponto os esforços de publicidade
têm influência nas vendas?

• identificar e caracterizar a concorrência – quem são? onde estão?


como trabalham? têm produtos substitutos? são mais baratos?;

• favorecer o planeamento estratégico da empresa.

16
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Plano para um Estudo de Mercado


Depois de ser formulado o problema, um estudo de mercado deve
orientar-se segundo um plano que enquadre os seguintes elementos:

1 objectivos da investigação de mercado

2 os métodos e os meios para obter a informação (ou seja, como


serão obtidas as informações necessárias)

Podemos recorrer, entre outros, a vários tipos de métodos e


informação:

• previsão dos vendedores, através dos registos internos de


vendas;

• inquéritos sobre as intenções de compra, através de


questionários elaborados para o efeito;

• informação oficial – exemplo – dados estatísticos do Instituto


Nacional de Estatística - INE;

• entrevistas de rua;

• entrevistas no ponto de venda;

• inquéritos pelo correio e telefone;

• experimentação – exemplo – proporcionar aos consumidores


testes aos produtos.

3 orçamento – disponibilidade financeira (orçamento) para o estudo.

4 calendarização – calendário de execução do estudo.

É muito importante que na fase de tratamento, após a recolha


dos dados, seja feita uma avaliação no sentido de se apurarem
eventuais falhas ocorridas e qual a sua implicação nos
resultados obtidos.
Os métodos, os meios e os recursos orientados para um estudo
de mercado, deverão ser definidos de acordo com os resultados
que se pretendem atingir.

17
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Análise Interna

Figura 4: Análise interna

Conheço os clientes:
os seus gostos,
as suas tendências,
as suas necessidades.
Conhecerei
também a
minha empresa?

Saberei quais são


as minhas forças e
as minhas
fraquezas?

Como obter resposta a estas questões?

ANÁLISE
INTERNA

Transparência 12

A análise interna avalia a influência dos factores (pontos fortes e


pontos fracos) cujo controlo depende unicamente da acção da
empresa.

Consideram-se como pontos fortes (forças) as situações actuais em


que a empresa tira partido das suas capacidades e como pontos fracos
(fraquezas) as situações onde a empresa deverá melhorar o seu
desempenho.

18
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Para se definir uma estratégia de marketing adequada, ponderando com


rigor as suas variáveis (produto, preço, distribuição e comunicação), é
indispensável ter em consideração as forças e as fraquezas da empresa
como um todo.

O avaliador deverá adaptar ao seu caso específico os quadros das


simulações a seguir apresentadas e concluir se as situações previstas
podem constituir um ponto forte ou ponto fraco para a sua empresa.

Nota: Disponibilizam-se, para o efeito, acetatos de quadros em branco.


Transparência 13

Análise da área Marketing/Vendas

O empresário deverá preencher a Tabela 2, assinalando os pontos


fortes e pontos fracos da estrutura que tem prevista para actuar na área
do Marketing. Por exemplo, se no seu organigrama estiverem bem
definidas as funções de cada um dos membros da área do Marketing e
se a força de vendas comunicar permanentemente com as outras áreas
da empresa, podemos afirmar que estamos perante dois pontos fortes.

Exemplo: A empresa Nova Época, Lda., tem um departamento de


Marketing, que possui as seguintes subsecções: vendas, publicidade e
assistência pós-venda.

A área Marketing/Vendas está permanentemente em contacto com o


responsável pela Produção e pelas Compras de matérias-primas e
matérias subsidiárias, para que os vendedores não vendam produtos
que não possam ser produzidos e entregues de imediato.

Factores da área Marketing/Vendas com Análise da situação na empresa

incidência na Estrutura Pontos Fortes Pontos Fracos

Organigrama da área Marketing/Vendas Está definido.

Relações entre a área Marketing/Vendas e as Existem com as


outras áreas da empresa compras e produção.

Tabela 2: Marketing/Vendas - Estrutura


Ficha de Trabalho 2

19
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

No exemplo mencionado, verifica-se que a empresa possui uma


estrutura definida no Marketing, para que a área possa funcionar
melhor, com o objectivo de obter bons resultados nas vendas.

Sem a colaboração definida com as outras áreas e sem definir a função,


a autoridade e responsabilidade de cada membro da área de Marketing,
dificilmente se conseguirão obter bons resultados.

Relativamente à Tabela 3, o empresário deverá realizar um diagnóstico


ao(s) produto(s) ou serviço(s) que pretende lançar no mercado, pois o
produto ou serviço deve satisfazer o consumidor e não o inventor ou
comprador. Para detectar os pontos fortes e os pontos fracos, há a
considerar um conjunto de factores fundamentais que constituem o
“mix” do produto.

Por exemplo, se a embalagem e o design não forem atraentes e se a


utilização do produto for dificultada pela existência de instruções
ilegíveis, o empresário deverá concluir que está perante pontos fracos,
que poderão pôr em causa o sucesso das vendas do(s) produto(s) ou
serviço(s) que colocou no mercado.

Exemplo: A empresa Sócomputadores, tem tido problemas devido aos


últimos fornecimentos dos produtos da vasta gama que possui no seu
estabelecimento. Os seus clientes têm reclamado da falta de qualidade
do material que compõem os computadores, da curta durabilidade das
disquetes e do repetitivo design apresentado pelas impressoras.

A empresa além da várias reclamações recebidas, perdeu alguns clientes


que não ficaram contentes com a qualidade dos produtos vendidos,
apesar destes possuírem instruções, que poderão ser facilmente
Ficha de Trabalho 3
entendidas por qualquer tipo de consumidor.

Factores da área Marketing/Vendas


Análise da situação da empresa
com incidência no Produto
Pontos Fortes Pontos Fracos

Design do produto Design ultrapassado

Qualidade do produto Fraca qualidade

Durabilidade do produto O material é frágil

Diversificação da gama de produtos Muito diversificada

Ciclos de vida dos produtos Duração longa

Instruções para o consumidor Tem todas

Qualidade da embalagem Má qualidade

Tabela 3: Marketing/Vendas - Produto

20
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Após a leitura do preenchimento do quadro, constata-se que a empresa


Sócomputadores terá que mudar de fornecedores, pois, com o actual
stock não conseguirá satisfazer e fidelizar os clientes.

O empresário não se pode esquecer que o cliente tem uma elevada


oferta de produtos. Aquele que conseguir mais facilmente seduzir o
cliente, será o escolhido.

Como os efeitos das decisões dos preços são imediatos, o responsável


pelo Marketing deverá, na Tabela 4, detectar se o preço fixado para os
produtos ou serviços contribuem para criar valor e imagem e
transformar esse valor em lucros para a empresa.

Como pontos fortes podemos ter o preço fixado ser inferior ao da


concorrência e/ou a reacção positiva dos consumidores à subida ou
descida dos preços. Este último factor é muito importante, pois, é muito
difícil subir um preço, mas se o baixarmos, pode, para alguns produtos
ou serviços, atingir gravemente a sua boa imagem.

Quanto às margens praticadas, o empresário deverá calcular a margem,


tendo em atenção o preço de custo e o preço de venda. Para fixar o
preço de venda deverá partir da procura para saber o preço que o
consumidor está disposto a pagar e as quantidades que pensa adquirir.

Exemplo: A empresa Sómenus, dedica-se à actividade do Take Away de


todo o tipo de ementas.

Para conseguir uma maior percentagem de mercado na sua cidade, os


responsáveis pensaram que a estratégia mais acertada consistia em
praticar preços bastante mais baixos do que a concorrência (preço de
penetração), uma vez que a concorrência no Take Away é elevada.

A empresa Sómenus com os preços praticados, tem uma margem de


lucro bastante pequena e tem a ameaça da reacção das empresas
concorrentes, que possuem uma estrutura financeira mais sólida. Se a
concorrência reagir com uma redução de preços, a Sómenus não poderá
acompanhar a reacção, pois não está preparada financeiramente para
reduzir as margens praticadas.

21
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Factores da área Marketing/Vendas com


Análise da situação da empresa
incidência no Preço

Pontos Fortes Pontos Fracos

Preço de
Preço em relação à concorrência
penetração

Aceitação dos preços pelos clientes Boa aceitação

Capacidade de reacção a nível dos preços Baixa

Margens praticadas Pequena

Tabela 4: Marketing/Vendas – Preço Ficha de Trabalho 4

Apesar de haver um empate entre os pontos fortes e os pontos fracos,


os segundos podem pôr em causa a política de preços seguida pela
empresa Sómenus. Esta não consegue responder a uma reacção a nível
dos preços e tem pequenas margens de lucro.

Quem entra no mercado com um estratégia de penetração, tem de estar


à espera de uma resposta da concorrência. Se a empresa que entrar no
mercado não tiver disponibilidade financeira para aguentar uma “guerra
de preços”, não deve entrar nela e nem deve provocá-la.

Quanto à distribuição, o empresário deve lembrar-se que se o produto


ou serviço não chega às mãos de quem dele necessita, o objectivo de
vender não pode ser atingido.

Ao preencher a Tabela 5, deve concluir se possui a melhor estratégia


para conduzir o produto ou serviço até ao consumidor.

Quem vende o meu produto, tem boa reputação no mercado? Qual a


vantagem de recorrer à distribuição intensiva? É necessário recorrer ao
sistema de franchising para vender os meus produtos?

As respostas às questões formuladas são importantes para concluir se o


“mix” distribuição constitui um ponto fraco ou ponto forte para a
empresa.

Exemplo: A empresa Matias & Matias, Lda., comercializa material


escolar e de escritório em todo o território nacional.

Relativamente ao material escolar, para conseguir penetrar em todo o


país, a empresa decidiu contratar vários distribuidores, pagando
elevadas comissões pelas vendas efectuadas. Os distribuidores
pertenciam a empresas concorrentes e tinham uma boa carteira de
clientes.

22
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Depois de ter conquistado o comércio tradicional, a Matias & Matias,


Lda., pretendeu sem sucesso conquistar os hipermercados (não
consegue suportar as exigências financeiras pretendidas).

Quanto ao material de escritório, a empresa decidiu apostar bastante na


venda por catálogo.

Em relação à ligação contratual com os canais de distribuição, a


empresa não estabelece nenhum contrato de fornecimento com os seus
clientes. Ficha de Trabalho 5

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência na Distribuição Pontos Fortes Pontos Fracos
Não consegue
Peso negocial nos diferentes canais entrar nos
hipermercados
Relações contratuais com os canais
Não tem
de distribuição
No material
Imagem dos distribuidores
escolar é boa
Estrutura de vendas por canal Deficiente

Tabela 5: Marketing/Vendas - Distribuição

A empresa Matias & Matias, Lda., não atinge os objectivos pretendidos,


devido ao facto de não conseguir distribuir os seus produtos por todos
os canais de distribuição pretendidos.

A empresa também devia aproveitar melhor os seus distribuidores, pois


estes também deviam vender o material de escritório.

A empresa deverá fazer uma permanente investigação de mercado,


devido à inexistência de qualquer vínculo contratual com os canais de
distribuição.

Quanto à Tabela 6, o empresário tem de lembrar-se que comunicar é


importante para aumentar as vendas.

Como existem várias técnicas de comunicação ao dispor da empresa, o


avaliador deverá escolher o melhor canal de comunicação para dar a
conhecer os produtos, para atrair os potenciais clientes e para modificar
as atitudes e comportamentos dos consumidores.

Tenho algum montante disponível para comunicar? Se não tiver, é um


ponto fraco. Escolho a televisão para dar a conhecer a minha padaria de

23
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

bairro? Se a escolher, a minha opção pode constituir um ponto fraco,


porque os montantes gastos na comunicação para dar a conhecer a
empresa e os produtos são exagerados. Se as vendas posteriores à
comunicação não aumentarem, considera-se que o dinheiro foi mal
investido e que o tratamento da imagem da empresa e dos produtos
constituem pontos fracos.

Exemplo: A loja de brinquedos “O Cachopo”, dos 0 aos 8 anos, dedica


bastante atenção à imagem do estabelecimento e dos produtos que
vende.

O seu proprietário, ao elaborar o seu orçamento anual, disponibilizou um


montante para a comunicação da empresa com o seu público-alvo.

Após ter ponderado sobre as vantagens e as desvantagens de utilizar os


meios publicitários e promocionais existentes, optou por patrocinar um
programa infantil de uma rádio local e de distribuir panfletos nas escolas
primárias, nas creches e nos infantários que oferecem descontos na
compra de artigos.

Quanto à política de relações públicas, a empresa decidiu organizar uma


festa de Natal para as crianças com idades compreendidas entre os 0
aos 8 anos.

Factores da área Marketing/Vendas com Análise da situação da empresa


incidência na Comunicação Pontos Fortes Pontos Fracos

Imagem da empresa Cuidada

Imagem dos produtos Cuidada

Meios de publicidade utilizados Adequados

Meios de promoção utilizados Adequados

Orçamento de comunicação Razoável

Política de relações públicas Existente

Tabela 6: Marketing/Vendas - Comunicação Ficha de Trabalho 6

Apesar da situação estudada na Tabela 6 possuir apenas pontos fortes,


o empresário terá de constatar que o investimento efectuado na
comunicação da empresa e dos produtos provocou um aumento nas
vendas e nos resultados da empresa.

É importante investir na comunicação, mas é necessário apurar se o


aumento dos proveitos resultantes do aumento das vendas é superior
aos custos do investimento efectuado na comunicação.

24
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

O empresário pode ter o melhor produto, o melhor preço e investir o


montante adequado na comunicação, mas se não possuir uma força de
vendas suficiente, competente e motivada, a sua estratégia de
marketing pode fracassar, pois o produto não vai ser vendido nas
quantidades pretendidas.

Os vendedores conseguem cobrir as áreas pretendidas? As


remunerações dos vendedores estão de acordo com os seus resultados
apresentados? Os vendedores possuem todas as condições para
poderem ter sucesso na abordagem aos clientes?

Se as respostas da Tabela 7 forem positivas, poderá preenchê-lo,


assinalando-as como pontos fortes.

Exemplo: A empresa SóMóveis, Lda, dedica-se à fabricação e


comercialização de todo o tipo de mobiliário.

Para conseguir atingir um maior número de potenciais clientes,


preocupa-se em possuir um número de vendedores suficiente, de forma
a cobrir as áreas pretendidas.

A empresa não costuma contratar vendedores das empresas


concorrentes, pois prefere formar a pessoa que contrata num vendedor
à “SóMóveis”.

Existe uma excelente coordenação no sector das vendas, para evitar que
haja viagens desnecessárias aos potenciais clientes e que se vendam
produtos que não podem ser entregues nas datas acordadas.

Os vendedores da SóMóveis estão permanentemente motivados para a


optimização das vendas, pois a empresa possui uma estratégia de
vendas adequada (discutida e planeada com os vendedores), auferem
um bom salário fixo e um salário variável (de acordo com o montante
das vendas), possuem viatura para uso total e têm bom material de
apoio às vendas.

Devido às excelentes condições financeiras proporcionadas e ao bom


ambiente entre os membros da empresa, existe uma reduzida rotação
dos vendedores.

25
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Factores da área Marketing/Vendas com Análise da situação da empresa


incidência nas Vendas Pontos Fortes Pontos Fracos

Estratégias de venda Existente

Número de vendedores Adequado

Grau de formação dos vendedores Bom

Grau de motivação dos vendedores Elevada

De acordo com
Remuneração dos vendedores
as vendas

Rotação dos vendedores Baixa

Material de apoio às vendas Óptimo

Cobertura geográfica das vendas Adequada

Organização da
Existente
área das vendas

Tabela 7: Marketing/Vendas - Vendas Ficha de Trabalho 7

Como se pode constatar na Tabela 7, a empresa “SóMóveis, Lda.”,


possui uma equipa de vendedores suficiente e motivada para atingir os
objectivos fixados.

A organização da força de vendas desta empresa permite-lhe cobrir


todas as áreas, levando o produto a um vasto número de clientes, o
que contribui para o aumento dos seus lucros.

A Tabela 8, é um precioso instrumento de ajuda ao empresário, pois


após algum tempo depois do arranque, ele precisa de constatar a
situação da empresa relativamente à qualidade, fidelização, conquista e
perda de cada cliente.

Se o número de clientes aumentar após algum tempo depois da


abertura e o consumo da cada cliente proporcionar um aumento de
facturação, estamos perante dois pontos fortes. Se a empresa estiver a
perder clientes após um ano, deverá investigar as respectivas causas.

A necessidade de uma estrutura de vendas dependerá da dimensão da


empresa, da comercialização de vários produtos ou serviços, dos vários
potenciais clientes que possua e da cobertura geográfica que realizar.

Exemplo: O Sr. Gaspar é o gestor de clientes da empresa Pacotes &


Pacotes, Lda.

No final do ano de 1999, decidiu analisar a situação da empresa


relativamente aos clientes, no período de 1998/1999.

26
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Após a consulta aos ficheiros, concluiu o seguinte:

• Os clientes passaram de 350 para 395;

• A empresa possui 250 clientes há mais de um ano;

• A empresa perdeu 10 clientes desde há um ano;

• Existe um vendedor para cada dez clientes;

• 80% dos clientes não têm dado problemas à empresa com


devoluções e dificuldades no pagamento.

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência na Clientela Pontos Fortes Pontos Fracos

Número de clientes Aumentaram

Aumentaram cerca
Número de clientes há mais de 1 ano
de 13%

Número de clientes perdidos desde É reduzido (cerca


há 1 ano de 3%)

Estrutura de vendas por clientes Existe

Qualidade dos
Boa
clientes

Tabela 8: Marketing/Vendas - Clientela Ficha de Trabalho 8

Para a empresa Pacotes & Pacotes, Lda, o período de 1998/1999 foi


positivo, pois além de aumentar o número de clientes, fidelizou os
existentes. Esta situação foi suficiente para minorar os prejuízos da
perda de 3% dos clientes.

A empresa possui uma boa estrutura de vendas por clientes (permite


um bom atendimento) e tem clientes que não provocam problemas
relacionados com o pagamento e a devolução dos produtos.

O serviço pós-venda fideliza o cliente e distingue uma empresa e


respectivos bens e serviços num mercado cada vez mais competitivo.

A Tabela 9, apresenta os factores que deverão ser analisados pelo


empresário, uma vez que, sendo o nível de desenvolvimento tecnológico
bastante semelhante entre os concorrentes, a principal diferença na
oferta poderá resultar nas vantagens adicionais como o serviço pós-
venda.

27
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

A empresa está preparada para oferecer uma diversidade e uma


qualidade dos serviços pós-venda? Se a resposta for positiva, a empresa
poderá solucionar qualquer problema que o cliente tenha com o produto
ou serviço que adquiriu.

A empresa vai efectuar e analisar o tratamento das reclamações? Se o


fizer, estamos perante pontos fortes, pois que, actualmente, uma
empresa que despreze os clientes que protestam arrisca-se a perdê-los
para sempre. No entanto, existem empresários que têm a ideia errada
de que o cliente que reclama é um inimigo.

Exemplo: A empresa Fotografias Novo Milénio, Lda., fez um enorme


investimento para ganhar dinheiro com as reclamações, dado que
considera que as queixas devem ser encaradas e incentivadas como
uma forma de melhorar o rendimento. Além de criar uma secção de
atendimento pós-venda imediato(um técnico para reparar as máquinas
fotográficas), disponibiliza material de substituição enquanto o do cliente
não estiver reparado.

A empresa forneceu também formação aos seus empregados no sentido


de verem os clientes que reclamam como alguém que os pode ajudar a
melhorar.

Quanto às garantias e trocas de produtos com defeito, a empresa só


negoceia com fornecedores que ofereçam garantias de 1 a 3 anos (em
alguns produtos o prazo é superior ao da concorrência).

A empresa Fotografias Novo Milénio, Lda., obtém informações sobre o


contentamento ou descontentamento dos clientes através do
preenchimento dos questionários existentes. Após a sua análise, os seus
Ficha de Trabalho 9
responsáveis têm aproveitado algumas boas ideias.

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no pós-venda Pontos Fortes Pontos Fracos

Garantias De 1 a 3 anos

Trocas de produtos Possível

Tratamento das reclamações Eficiente

Respeito dos prazos Positivo

Qualidade do serviço Bom

Imagem do serviço pós-venda Positiva

Material de substituição Existente

Tabela 9: Marketing/Vendas – Pós-Venda

28
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Após o preenchimento da Tabela 9, podemos afirmar que a empresa


Fotografias Novo Milénio, Lda., possui um serviço pós-venda profissional
e eficiente, contribuindo para uma boa imagem da empresa e para o
aumento das vendas.

É importante para esta empresa preocupar-se com o tratamento das


reclamações, pois os responsáveis não se podem esquecer que as
reclamações são informações grátis, que podem ajudar as empresas a
melhorar os seus produtos e serviços.

Os pontos fortes evidenciados na análise da situação da empresa,


permitem concluir que o seu serviço pós-venda constitui uma
mais-valia.

Factores da área de Produção com incidência na área de


Marketing/Vendas

Na relação da área da Produção com o Marketing, o empreendedor


poderá preencher o quadro seguinte, para analisar se os factores da
Produção conduzem a consequências positivas ou negativas para a área
de Marketing, constituindo pontos fortes ou pontos fracos.

O empreendedor terá mais dificuldades em vender os seus produtos se


não possuir produtos com qualidade, uma vez que, nos dias de hoje,
qualidade não é um luxo mas sim uma questão de sobrevivência.

O não cumprimento dos prazos têm sempre graves consequências,


desde a perda do cliente até ao pagamento de indemnizações
contratuais.

Qualquer empresário não se pode esquecer que a redução dos custos,


sem prejuízo da qualidade, deve ser a preocupação fundamental e
constante.

Exemplo: A empresa “Despertar, Lda.”, produz e comercializa


despertadores.

Os seus clientes estão satisfeitos com a qualidade da variedade de


despertadores que são produzidos e pelos prazos acordados.

A empresa apesar de não ter o certificado de qualidade, tem um técnico


responsável pelo seu controlo, contribuindo para a melhoria da
qualidade dos produtos vendidos.

29
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

A produção da “Despertar, Lda.” é flexível, pois, permite aceitar


qualquer encomenda de qualquer tipo de despertador.

Quanto aos serviços pós-venda, a empresa está preparada para


qualquer tipo de reclamação e de auxilio ao cliente.

Os despertadores que são produzidos em série, têm um preço de venda


bastante competitivo. A empresa preocupa-se em oferecer aos clientes
produtos de qualidade ao melhor preço, não esquecendo a rendibilidade
da empresa. Ficha de Trabalho 10

Análise da situação na
Factores da área de Consequências na área empresa
Produção de Marketing/Vendas Pontos
Pontos Fortes
Fracos

Controlo de qualidade Qualidade dos produtos Boa qualidade

Flexibilidade da Adaptação aos ciclos de


Boa flexibilidade
produção produção

Ausência de roturas na Os prazos são


Prazos de fabrico
distribuição cumpridos

Produção de peças
Bom serviço
para o serviços pós- Satisfação dos clientes
pós-venda
venda

Preços
Custos de produção Preço dos produtos
competitivos

Tabela 10: Produção – Marketing/Vendas

A análise da relação da área da Produção com a área de Marketing,


permite afirmar que a “Despertar, Lda.”, não terá dificuldade em vender
o seu produto e fidelizar a clientela, pois que, além de possuir produtos
de qualidade, cumpre com os prazos de entrega e possui preços
competitivos e um bom serviço pós-venda.

A empresa possui também uma boa flexibilidade dos meios de produção,


dado que tem a capacidade de se adaptar rapidamente à produção de
novos produtos, devido à sua curta vida e à consequente necessidade de
constantes alterações com vista a satisfazer as necessidades da
clientela.

30
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Factores da área de Recursos Humanos com incidência na


área de Marketing/Vendas

Uma empresa só pode implementar uma política de Marketing com


êxito, se possuir meios humanos capazes.

O empresário terá de analisar no Marketing os efeitos da escolha e


manutenção dos recursos humanos.

No recrutamento, terá de seleccionar os elementos com mais


capacidades para o atendimento de público e para a venda.

Ninguém pode também ignorar a importância para a empresa, em


proporcionar formação aos seus empregados e em remunerá-los de
acordo com a sua produtividade.

O empresário deverá preencher o quadro seguinte, referindo se o


recrutamento realizado, a formação concedida, a política de
remuneração praticada e a motivação dos vendedores em proporcionar
um bom atendimento aos clientes e em atingir os resultado pretendidos
pela empresa, constituem pontos fortes ou pontos fracos na área de
Marketing/Vendas.

Análise da situação na
Factores da área de Consequências na área empresa
Recursos Humanos de Marketing Pontos Pontos
Fortes Fracos

Recrutamento e Equipa de
formação marketing/vendas

Política de remuneração Equipa de


e incentivos marketing/vendas

Produtividade de todos
Preço do produtos
os colaboradores

Espírito de todos os
Satisfação do cliente
colaboradores

Tabela 11: Recursos Humanos – Marketing

Exemplo: A empresa “Formação Séc. XXII”, dedica-se à prestação de


serviços na área da formação profissional.

Para a constituição da sua força de vendas, recrutou e seleccionou os


colaboradores com capacidades para satisfazer os clientes.

31
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Para motivar a sua força de vendas, a empresa paga um salário fixo e


um bom salário variável, que depende da produtividade de cada
membro. Ficha de Trabalho 11

Análise da situação na empresa


Factores da área de Consequências na
Recursos Humanos área de Marketing Pontos
Pontos Fortes
Fracos

Recrutamento e Equipa de Boa força de


formação marketing/vendas vendas

Política de remuneração Equipa de Política salarial


e incentivos marketing/vendas adequada

Produtividade de todos Preços


Preço do produtos
os colaboradores competitivos

Espírito de todos os Bom


Satisfação do cliente
colaboradores atendimento

Tabela 12: Recursos Humanos – Marketing 2

Depois de analisar a situação da empresa mencionada, pode-se afirmar


que a empresa ao possuir colaboradores com capacidades na área do
Marketing/Vendas e ao motivá-los com uma boa remuneração, um bom
ambiente de trabalho e a realização de acções de formação, proporciona
um bom atendimento aos clientes e a realização dos objectivos
propostos.

Neste exemplo, os colaboradores podem apresentar aos clientes preços


competitivos, que são importantes para conseguirem obter um elevado
volume de vendas.

Em conclusão, podemos afirmar que se a empresa conseguir constituir e


manter uma boa força de vendas, poderá obter bons resultados na
política de Marketing/Vendas definida.

Factores da área de Compras com incidência na área de


Marketing/Vendas

É usual afirmar que para “vender bem o produto, é preciso comprar


melhor”.

Para que a empresa consiga permanentemente fidelizar a clientela,


necessita de vender o melhor produto ao melhor preço. Para tal, tem de
garantir os melhores fornecedores, relativamente à qualidade do
produto, prazos de entrega, assistência pós-venda, preço, etc..

32
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Ao preencher o quadro seguinte, o empresário deverá concluir se as


compras efectuadas nos fornecedores podem contribuir para a sua
empresa ter produtos com qualidade ao melhor preço e nos prazos
acordados. Se conseguir efectuar boas compras e tiver bons
fornecedores, os pontos fortes serão importantes para o sucesso da área
Marketing/Vendas.

Exemplo: A sapataria “Pé Rápido, Lda.” possui apenas um fornecedor,


que nem sempre cumpre com a entrega das encomendas nos prazos
acordados.

Apesar de a empresa ter algumas reclamações dos clientes, devido a


problemas com alguns sapatos, continua a ter um bom volume de
vendas, pois é a única existente na aldeia onde tem o seu
estabelecimento.

Pelo facto de não ter mais fornecedores, não consegue ter capacidade
para negociar com o seu fornecedor melhores preços de compra para os
sapatos.

Apesar de a situação existente não ser favorável à obtenção de maiores


lucros, a empresa não faz prospecção para conseguir novos
fornecedores, pois o seu responsável não tem tempo para isso e tem
muita confiança no seu fornecedor.

Consequências na Análise da situação na empresa


Factores da área
área de
de Compras Pontos Fortes Pontos Fracos
Marketing/Vendas

Não consegue
Capacidade
bons preços
negocial junto dos Preço dos produtos
devido a ter um
fornecedores
só fornecedor

Pesquisa de novos Qualidade e preço


Há reclamações
fornecedores dos produtos

Às vezes os
Cumprimento dos
Ausência de roturas prazos de
prazos de entrega
de stocks entrega não são
das compras
cumpridos

O preço de
Custos fixos da venda é alto
Preço dos produtos
área de compras devido ao preço
de custo
Ficha de Trabalho 12
Tabela 13: Compras - Marketing

A leitura do preenchimento do quadro acima, permite concluir que a


empresa possui pontos fracos, que prejudicam a sua rentabilidade.

33
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

A opção de não ter mais fornecedores impede a empresa de conseguir


uma competição entre vários fornecedores, para conseguir melhores
preços de compra, melhores condições de pagamento e produtos com
melhor qualidade. Por exemplo, se o fornecedor deixar de produzir, a
empresa terá algumas dificuldades na constituição dos stocks, pois não
tem outro fornecedor nem faz prospecção para conhecer o mercado.

Se aparecer outra sapataria na aldeia, os clientes da “Sapataria Pé


Rápido” não vão perdoar a menor qualidade dos seus sapatos, os piores
preços, os atrasos em alguns pedidos dos clientes e a ruptura de stocks.

Apesar de não ter concorrência, a empresa tem de conseguir arranjar


outros fornecedores, para conseguir produtos com mais qualidade, com
melhores preços e que respeite os prazos acordados, para vender mais
e ter maiores lucros.

Factores da área Administrativa/Contabilidade com


incidência na área de Marketing /Vendas

O empresário tem de entender que quanto menor for o custo suportado


com a área administrativa/contabilidade da sua empresa, menor será o
custo do produto final.

Além do seu custo, há a necessidade de rentabilizar a área referida,


fornecendo toda a informação importante para a área de
Marketing/Vendas.

No preenchimento do quadro seguinte, o empresário deverá ter em


atenção se os factores da área Administrativa/Contabilidade, constituem
pontos fortes ou pontos fracos para a área de Marketing/Vendas, isto é,
se fornecem informação importante, se satisfazem os clientes e se o seu
custo não é elevado.

Exemplo: A empresa “Tem Tudo, Lda,” comercializa para a construção


civil e possui um elemento na área administrativa que faz o tratamento
estatístico das vendas e é responsável pelo tratamento dos documentos
respeitantes às relações com os clientes.

Quanto à contabilidade, a empresa optou por recorrer a um gabinete,


pois é mais barato do que contratar um contabilista.

Os custos fixos suportados com a área Administrativa /Contabilidade


não contribuem muito para o custo final do produto. Assim, o preço de
venda do produto não é afectado por esta secção.

34
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Os clientes gostam da rapidez da empresa em efectuar o tratamento de


toda a documentação comercial e a correspondente entrega dos
produtos.

Factores da área Consequências na Análise da situação na empresa


Administrativa / área de Pontos
Contabilidade Marketing/Vendas Pontos Fortes
Fracos

Entrega
imediata do
Tratamento das Entrega dos produto após o
notas de encomenda produtos preenchimento
da respectiva
documentação

Relacionamento com
os clientes
(facturação,
Satisfação do
cobrança, Cliente satisfeito
cliente
devoluções,
respostas às
reclamações etc.)

Fornecem boa
Informação sobre os Melhor análise das
informação
clientes vendas
sobre as vendas

Análise dos custos Preço de venda dos


Boa análise
dos produtos produtos

Custos fixos da área


Preços de venda Os custos são
administrativa /
dos produtos baixos
contabilidade

Tabela 14: Administrativa/Contabilidade - Marketing Ficha de Trabalho 13

A área de Marketing/Vendas da empresa “Tem Tudo, Lda”, beneficia


com os pontos fortes da sua área Administrativa/Contabilidade, pois é
feita a análise estatística das vendas realizadas, os clientes estão
satisfeitos com o rápido tratamento da documentação e a respectiva
entrega dos produtos e o seu custo não tem um grande peso no custo
final do produto.

A informação obtida acerca das vendas efectuadas é importante para o


conhecimento da rentabilidade da empresa.

Ao ter cuidado com a contratação de pessoal para área administrativa,


beneficia o custo final do produto, pois o custo da área referida não é
significativo.

35
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Factores da área Financeira com incidência na área de


Marketing/Vendas

O empresário não pode esquecer os meios financeiros, quando está a


preparar as melhores estratégias da área de Marketing/Vendas.

A empresa deverá possuir liquidez e solvabilidade, para conseguir:

• uma estrutura na área de Marketing/Vendas capaz de efectuar o


melhor atendimento;

• um eficiente serviço pós-venda;

• produtos com a qualidade exigida pelos clientes em quantidades que


evitem a ruptura de stocks.

Liquidez: capacidade da empresa em pagar os seus compromissos a


curto-prazo

Solvabilidade: aptidão para liquidar permanentemente compromissos


de carácter financeiro

Se possuir uma situação financeira confortável, terá uma melhor


capacidade negocial com os fornecedores para comprar as mercadorias
ou as matérias primas a preços mais vantajosos.

Relativamente ao quadro seguinte, o empreendedor deverá referir se os


meios financeiros constituem pontos fortes ou pontos fracos para o bom
funcionamento da área Marketing/Vendas.

Exemplo: A empresa “Consegue Ver, Lda.”, que comercializa


candeeiros, iniciou a sua actividade com alguma dificuldade, pois não
consegue satisfazer os pedidos dos vários tipos de clientes que possui,
devido à existência de pequenos stocks.

A empresa tem problemas com o serviço pós-venda, pois não possui


assistência técnica. Quando surgem problemas posteriormente à
compra, a reparação demora duas a três semanas.

Como a “Consegue Ver, Lda.” tem uma fraca liquidez e uma fraca
solvabilidade, tem tido bastantes problemas em conseguir negociar com

36
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

os fornecedores os preços de custo dos produtos e as quantidades


pretendidas.

A comunicação do ponto de venda também tem sido prejudicada devido


à fraca disponibilidade financeira não permitir investir na imagem do
estabelecimento.

O recrutamento e a selecção dos elementos constituintes da força de


vendas também ficou aquém do que é recomendável, pelo que, devido
ao reduzido orçamento, se contrataram elementos sem experiência na
área de vendas.

Análise da situação na empresa


Factores da área Consequências na área
Financeira de Marketing/Vendas Pontos
Pontos Fracos
Fortes
Disponibilidade para
Gestão da satisfazer compromissos
Fraca liquidez
tesouraria com prestadores de
serviços de marketing
As vendas são
dificultadas por
stocks de produtos para
Aquisição de stocks problemas na
venda
aquisição das
mercadorias
Existência de peças Dificuldade em
para o serviços Política de vendas possuir um
pós-venda stock suficiente
Preços de venda
altos devido aos
Custos dos
Preço dos produtos custos de
produtos
aquisição serem
elevados
Ficha de Trabalho 14
Tabela 15: Financeira – Marketing

Os pontos fracos mencionados no exemplo da “Consegue Ver, Lda”,


mostram que as dificuldades financeiras evidenciadas contribuem para
que a área de Marketing/Vendas tenha dificuldades em actuar de forma
a que a empresa tenha um volume de vendas que permita a obtenção
de lucros.

O atendimento de público e o tratamento das reclamações também


sofrem com as dificuldades de tesouraria, pois a empresa não consegue
ter stocks suficientes, um serviço pós-venda eficaz e pessoal qualificado
para efectuar um atendimento personalizado eficiente.

O empreendedor ao iniciar um negócio com fraca liquidez e fraca


solvabilidade, pode pôr em causa a sobrevivência do seu projecto
empresarial.

37
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

A opção de recorrer aos empréstimos bancários poderá ser uma solução,


mas além de representar um risco, pois há a necessidade de amortizar o
referido empréstimo e pagar os respectivos juros, alguns
empreendedores têm dificuldades em conseguir a obtenção de créditos
bancários.

Conclusões da análise interna – pontos fortes e


pontos fracos

Após a conclusão da análise interna, quem avalia está


em condições de conhecer os pontos fortes e os pontos
fracos da empresa.

Por exemplo:

• poderá atrair mais facilmente vendedores de maior potencial, se a


empresa tiver uma política de salários mais competitiva para a área
de vendas.

• de igual forma, o avaliador poderá oferecer melhores preços de


venda dos produtos se conseguir melhores condições junto dos
fornecedores.

Figura 5: Conclusões análise interna

Uma rigorosa análise interna poderá:

• evitar que uma estratégia de marketing não seja um


êxito devido às fragilidades internas

• explorar ao máximo os pontos fortes da empresa.

Transparência 14

38
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Análise Externa
A análise externa consiste na descrição e análise dos factores do meio
envolvente da actividade empresarial que escapam ao controlo directo e
que, por tal, influenciam o sucesso ou não da empresa.

Figura 6: Ameaças e oportunidades

Assim, há a necessidade de identificar as ameaças e as


oportunidades:

• ameaças são todos os factores de natureza incontrolável cuja


concretização influencia de forma negativa o desempenho de uma
empresa.

• oportunidades são os factores de natureza incontrolável que


beneficiam a actividade de uma empresa.

Transparência 15

Como detectar ameaças e oportunidades


Existe um diversificado conjunto de factores que tanto podem constituir
ameaças como oportunidades para o empreendedor, que se podem
agrupar da seguinte forma:

• Factores Económicos

• Factores Político-Legais

• Factores Tecnológicos

• Factores Sócio-culturais

• Outros Factores

Para cada um destes grupos deve ser elaborado um mapa de análise


comparativa, a fim de se poder ponderar a situação actual com a
previsão de ocorrências futuras.

39
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Sugere-se, por exemplo, o seguinte esquema:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Situação Actual da Empresa
Factores ...
Ameaça Oportunidade
... ... ...

Tabela 16: Análise Externa


Transparência 16

A conclusão entre ameaças e oportunidades para cada factor deverá ser


o resultado do balanço entre as influências positivas e negativas.

Relativamente aos factores económicos, o empreendedor deverá


possuir o maior número de informações sobre o actual estado da
economia e as perspectivas anunciadas para o futuro pelos especialistas.

Como há factores económicos que podem representar um risco ou uma


oportunidade para o sucesso empresarial, o empreendedor deverá no
quadro respectivo, identificá-los e referir se para a situação da empresa,
representam uma ameaça ou oportunidade.

Ficha de Trabalho: “Marisqueira Quero Mais, de Rui Soeiro”


Ficha de Trabalho 15

Quanto aos factores político-legais, o empreendedor deverá


conhecer a política nacional e internacional do governo nos vários
sectores da economia e a legislação comercial e técnica definida, para
verificar se constituem uma ameaça ou uma oportunidade para a sua
empresa.

Há decisões políticas definidas pelos governos que, para beneficiarem os


interesses económicos dos grandes grupos económicos portugueses e

40
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

das multinacionais, são uma ameaça à criação ou ao desenvolvimento


das micro-empresas.

Para preencher o quadro respectivo, o empreendedor deverá analisar os


factores político-legais conhecidos ou previstos, para concluir se são
uma ameaça ou uma oportunidade para a sua empresa.

Ficha de Trabalho: Loja de conveniência “Na Hora, Lda”.


Ficha de Trabalho 16

Também os factores tecnológicos podem constituir ameaças ou


oportunidades para o empreendedor. Com efeito, é preciso avaliar os
efeitos das alterações tecnológicas a nível da produção, do mercado e
da comercialização.

O preenchimento do quadro de análise respectivo permitirá fazer esta


avaliação a nível de:

• aparecimento de novos materiais, equipamentos e técnicas de


gestão;

• alteração das necessidades do clientes e desenvolvimento actual


do produto;

• desempenho da embalagem, regulamentação e normas,


processos de armazenagem, etc.

Ficha de Trabalho: “Constrói Tudo” Ficha de Trabalho 17

41
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

No que respeita aos factores socioculturais, é importante analisar


até que ponto poderão intervir no sucesso da empresa os:

• fenómenos da opinião pública (convicções religiosas e/ou


políticas, influência dos líderes de opinião, fenómenos da moda)

• factores demográficos (taxas de natalidade/mortalidade,


distribuição da população por região/sexo/idade, taxa de
crescimento da população)

• factores sociais (composição das famílias, evolução dos


casamentos/divórcios, repartição da riqueza por regiões)

• factores culturais

• hábitos de consumo (motivações para a compra, propensão à


poupança, adesão ao produto)

• hábitos de compra (quantidades e frequência das compras)

O preenchimento do quadro de análise respectivo permitirá fazer esta


avaliação, identificando-se as ameaças e oportunidades.

Ficha de Trabalho: Infantário “Os Amiguinhos”


Ficha de Trabalho 18

Há ainda outros factores, específicos do negócio, da região ou


localização e da sua envolvente, que importa analisar pois podem
constituir ameaças a evitar ou oportunidades a aproveitar.

42
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

O quadro respectivo dá-nos alguns exemplos possíveis, mas deverá


ter-se em conta a situação específica do empreendedor ou do seu
negócio.

Ficha de Trabalho: “Móveis Lar” Ficha de Trabalho 19

Conhecer os clientes
É de extrema necessidade conhecer os clientes, pois a informação
disponível, bem como o interesse em racionalizar as compras para fazer
face a tanta oferta, criaram uma nova geração de consumidores
esclarecidos, exigentes e cada vez mais resistentes à argumentação.

Figura 7: Conhecer os clientes

O conhecimento exaustivo dos clientes permite à empresa a


formulação de estratégias, existindo uma relação directa
entre os níveis de desempenho apresentados pelas
empresas e o grau de conhecimento dos consumidores da
empresa.

43
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

A segmentação, isto é, o agrupamento dos clientes por conjuntos de


características, como por exemplo, faixas etárias, sexo, poder de
compra, nível cultural, etc., é normalmente o primeiro passo para o
estudo do comportamento dos consumidores.

O processo de conhecimento dos clientes por segmento, implica a


passagem por três etapas: Ficha de Trabalho 20

1 conhecimento das características

2 conhecimento do valor pretendido


Ficha de Trabalho 21
3 conhecimento do grau de satisfação

O preenchimento de uma matriz de estudo para cada uma destas etapas


pode ser instrumento de apoio valioso. Transparências

17/18/19

Conhecer os fornecedores

Introdução

Fornecedor:

Pessoa ou empresa, a quem se adquirem os bens e/ou


serviços

A decisão de compra de um produto é muitas vezes o resultado da


intuição do responsável pelas compras ou dos condicionalismos da
procura, pelo que a necessidade de conhecer os produtos, pode
melhorar o resultado da decisão a tomar.

Muito embora boa parte das vezes sejam os fabricantes, através do seu
vendedor, que efectuam as suas propostas, o comprador deverá saber
avaliar, quer o seu interlocutor para o negócio, quer as garantias de
rendibilidade e sucesso apresentadas.

44
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Avaliação e selecção de fornecedores

A avaliação e selecção dos fornecedores engloba duas fases distintas


ainda que interligadas:

1 prospecção de mercado de fornecedores

2 selecção de fornecedores

Na prospecção de mercado de fornecedores determinam-se quais,


entre os possíveis fornecedores, reúnem as condições mínimas para
serem os prováveis fornecedores da empresa.

A qualificação prévia dos fornecedores, após o levantamento e a


identificação dos existentes, serve para determinar o interesse de os
conhecer mais detalhadamente.

De modo a tornar mais rentável a prospecção, é conveniente estudar


antecipadamente os seguintes aspectos:

• compatibilidade entre as políticas comerciais do fornecedor e da


empresa compradora

• preço

• prazos de entrega habituais

• nível dos serviços prestados

• organização

• comportamento do fornecedor noutras empresas

Selecção de fornecedores

criação de um ficheiro homogéneo e sistematizado.

45
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Na definição de critérios de selecção, devem ponderar-se os seguintes


aspectos:

Preço
Nível, estabilidade, decomposição e condições de pagamento

Prazos
Duração entre a encomenda e a entrega (prazo de entrega), a duração
de concretização (aceitação de encomenda), o cumprimento de prazos e
as variações de ritmo dos mesmos

Qualidade
Nível e a regularidade da qualidade do produto

Serviço
Serviço prestado, quer ao nível de fornecimento, quer ao nível de
acompanhamento e apoio ao ponto de venda

Distância
Distância intimamente ligada à capacidade de custos de transporte

Peso nas compras da empresa


Peso relativo que o fornecedor tem nas compras da empresa

Número de fornecedores simultâneos


Para cada fornecedor o número de concorrentes do mesmo

Percentagem da produção que é absorvida pela empresa


Percentagem da produção adquirida ao fornecedor pela empresa por
forma a avaliar o grau de dependência deste

Tipo
Fabricante ou importador, grossista, entre outros
Transparência 20
(Ver Módulo “COMPRAS E GESTÃO DE STOCKS”

Cap.2-Compras: Escolha do Fornecedor)

46
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Conhecer a concorrência

Tão importante como conhecer quem é o cliente potencial, e por que


motivo prefere determinado serviço, é o conhecimento que se possui
relativamente à concorrência, nomeadamente quanto à sua importância
e formas de actuação, isto é, que ameaças ou oportunidades podem
existir para a empresa relativamente aos seus competidores.

A identificação dos concorrentes


A identificação dos concorrentes deve ser feita numa postura
prospectiva, para analisar os principais concorrentes que vendem no
mesmo mercado onde se pretende instalar e de, relativamente aos
mesmos, avaliar a quota de cada um deles, as vendas estimadas e a
previsão de perda de vendas que cada um poderá ter a partir do
momento em que a empresa entra no mesmo.

Obtida toda a informação, passa-se a dispor de uma primeira visão do


grau de concentração e dispersão da concorrência e da sua real
importância.

Descrição dos concorrentes


Para além da informação já referida, é importante saber-se mais
relativamente às características principais dos concorrentes que vendem
no mesmo mercado em que se pretende entrar.

A análise dos concorrentes mais importantes pode ser feita através do


poder, da experiência, do dinamismo, da estratégia e da capacidade de
reacção.

1 Poder, experiência e dinamismo de cada concorrente:

• principais produtos ou serviços e suas características técnicas;

• rentabilidade do concorrente, ligada à sua experiência e aos


efeitos de economias de escala, à concepção dos produtos e ao
seu modo de comercialização e promoção;

• dinamismo do concorrente;

• meios tecnológicos.

2 Estratégia de cada concorrente:

• reconstituição da sua estratégia actual e elaboração de cenários


sobre perspectivas estratégicas (alvos a atingir, desenvolvimento
de novos produtos, etc.).

47
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

• a análise sintética das suas forças, fraquezas, ameaças e


oportunidades.

3 Cálculo da capacidade de reacção dos concorrentes:

• o potencial, a rapidez e a força de reacção de um concorrente


têm de ser observadas.

Outros factores que influenciam a concorrência

O estudo da concorrência num determinado mercado não deve


limitar-se apenas à análise da força e comportamento das principais
empresas concorrentes que nele operam. Deve-se, também:

1 Analisar e ter em consideração, o eventual poder dos fornecedores a


que a empresa terá que recorrer, pois é importante observar:

1.1 se há um número restrito de fornecedores que dominam o


mercado;

1.2 se as empresas fornecedoras se encontram mais


concentradas que o próprio mercado que abastecem;

1.3 se existem produtos de substituição aos oferecidos pelos


fornecedores;

1.4 se existem fornecedores que possuem ligações, de parceria


societária ou outras, com empresas suas concorrentes;

1.5 a importância da empresa para os fornecedores.

2 Avaliar o poder dos clientes do ponto de vista de concorrência. Nesta


perspectiva deve ser observado o seguinte:

2.1 se a clientela é composta por um reduzido/grande número de


clientes com grande capacidade de compra;

2.2 se adquirem um número indiferenciado de produtos;

2.3 se o produto constitui um componente importante na


estrutura de custo do cliente, originando, deste modo, uma
maior sensibilidade do cliente ao factor preço;

48
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

2.4 se se trata de clientes que vendem os seus produtos com


margens muito reduzidas e que, por esse facto, pressionam o
fornecedor para a redução dos preços;

2.5 se o produto ou serviço fornecido pela empresa é pouco


significativo relativamente à qualidade do produto do cliente;

2.6 se o cliente está, de alguma forma, integrado a montante


com empresas que disponibilizam os mesmos produtos ou
serviços similares dos que a sua empresa pretende vender-
lhes.

• É importante avaliar o risco de que produtos ou serviços de


substituição possam competir, com êxito, com os da empresa que
pretende entrar no mercado, isto é, que apareçam novas ideias e
soluções que resolvam as mesmas necessidades; é importante,
neste caso, ter em conta se esses produtos ou serviços perspectivam
uma tendência para a melhoria dos resultados na área de actividade
onde a empresa se insere e se os mesmos são disponibilizados por
empresas, que obtêm bons resultados.

• Existe a possibilidade de que outras empresas tenham acesso ao


mesmo mercado posteriormente à ocasião de entrada da empresa. O
risco de que esta situação possa acontecer depende em grande
medida dos seguintes factores:

• economias de escala, isto é, das vantagens que, em termos


de custo, podem significar a produção de grandes
quantidades;

• a diferenciação dos produtos, ou seja, quanto maior for a


diferenciação, menor será o risco de novas entradas;

• as necessidades de capital, pois, quanto maiores forem as


necessidades de capital para obter os produtos ou serviços a
disponibilizar, menores serão os riscos de novas entradas;

• o controlo dos canais de distribuição por um reduzido número


de empresas pode evitar ou condicionar significativamente as
novas entradas.

A obtenção de informação sobre o mercado

Para a empresa que pretende entrar ou que já está instalada no


mercado, é muito importante poder aceder às fontes correctas de

49
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

informação sobre todos os aspectos relacionados com o mercado,


especialmente aquelas que disponibilizam informação gratuita ou a
custo simbólico.

• Principais fontes de informação:

• Associações Empresariais

• Câmaras de Comércio de outros países

• Estagiários

• Exposições

• Fornecedores comuns a outras empresas

• Instituto de Comércio Externo Português

• Pessoal vindo de outras empresas

• Rede de Vendas

50
Capítulo 3: Diagnóstico Global do Negócio

Conclusões da análise externa – oportunidades e


ameaças

Após a conclusão da análise externa da empresa, quem avalia está em


condições de conhecer as ameaças e as oportunidades da empresa.

O avaliador deve ter interesse em tirar conclusões da análise externa ao


tentar responder às seguintes questões:

Figura 8: Conclusões análise externa

Qual poderá ser a provável evolução espontânea do


mercado no caso dos seus principais actores não
modificarem as suas estratégias actuais?

Quais são para a empresa os principais riscos


(ameaças) que comporta a evolução previsível do
mercado?

Quais as oportunidades que a evolução espontânea


pode oferecer à empresa?

Transparência 21

51
Capítulo 4: Marketing-Mix

Marketing Mix
Conceito

Política de Produto

Política de Preço

Política de Distribuição

Política de Comunicação
Capítulo 4: Marketing-Mix

Conceito
O marketing-mix compreende 4 áreas de decisão: política do
produto, política do preço, política de distribuição e política de
comunicação.

O responsável da empresa tem de interrogar-se sobre a importância que


cada uma das áreas (variáveis) deve ter numa estratégia de marketing.
Em função da importância relativa atribuída a cada uma delas, deverão
ser definidos os recursos, nomeadamente, de ordem financeira.

Figura 9: Marketing-Mix

4 áreas de
decisão
• que produto ou serviço irá ser oferecido aos
consumidores?
Produto
• quais as suas características?

• quanto irá pagar o consumidor pelo produto “X”?

Preço • até quanto estará o consumidor disposto a pagar


pelo produto?

• onde estará o produto à venda?

Distribuição • como é que o consumidor terá acesso ao


produto?

• como é que o consumidor irá ter conhecimento


do meu produto ou serviço?
Comunicação
• o que poderei fazer para o convencer a comprar?

Transparências 22/23

53
Capítulo 4: Marketing-Mix

Política do Produto

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

Um produto é o conjunto de características (palpáveis ou não) de um


bem ou serviço, que satisfaz a necessidade dos clientes que o adquirem
ou utilizam.

Um cliente não adquire simplesmente uma camisa pela sua principal


função. Tem em conta, seguramente, na tomada de decisão de compra
a marca, o modelo, o preço, a cor, referências, ou outras razões
associadas.

Por outro lado, o mesmo produto pode ter importância diferente de


cliente para cliente. Cabe ao responsável da empresa definir a forma
como o mesmo produto vai dar resposta às diferentes necessidades dos
seus clientes.

54
Capítulo 4: Marketing-Mix

uma marca de automóveis quando produz um


determinado modelo de carro, atribui-lhe algumas
características diferentes, por exemplo, em função do
clima dos países onde vai ser comercializado.

Não esqueçamos, também, que há empresas que se concentram num


único produto - especialistas. Ao contrário, outras apostam na variedade
do produto, apostando em diferentes grupos de clientes.

A política do produto é, quase sempre, a principal componente de


uma estratégia de marketing.

Figura 10: Política do produto

Note bem:

Se não desenvolvermos um bom produto, muito dificilmente


elaboramos uma boa estratégia de marketing.

Por outro lado, a política do produto é a variável do


marketing-mix que, geralmente, implica mais recursos.

55
Capítulo 4: Marketing-Mix

O mix do Produto
O mix do produto compreende os seguintes componentes:

Figura 11: Mix do Produto

produto

embalagem

marca

serviços

Transparência 24

O produto tem que ter características, atributos e deve adequar-se ao


fim para que foi criado.

Segundo Copeland, podemos classificar os produtos de consumo em:

• produtos de conveniência

• produtos de compra comparada

• produtos de especialidade
Transparência 25

56
Capítulo 4: Marketing-Mix

A embalagem é um dos componentes do mix do produto que pode


compreender um grande número de funções e características. Não é por
acaso que a criação de uma embalagem, hoje, é um dos aspectos mais
importantes numa estratégia de marketing.

A concepção de uma determinada embalagem pode estar associada, por


exemplo:

• à protecção do produto - exemplo: embalagens de cristais

• à facilidade de arrumação, manuseamento e utilização

• à necessidade de dar mais e melhor visibilidade ao produto e à


marca

• à necessidade de distinguir o produto da concorrência

• ao cumprimento de normas legais

• à transmissão de informação – exemplo: composição do produto

• à necessidade de uma utilização mais racional e económica

Ficha de Trabalho: “A Embalagem” Ficha de Trabalho 22

Em conclusão, a concepção de uma embalagem deve ter presente a


necessidade de provocar os seguintes efeitos psicológicos:

Figura 12: AIDA

Atenção Î Interesse Î Desejo Î Acção

AIDA Transparência 26

57
Capítulo 4: Marketing-Mix

A marca deve ser distinta, única e associada à própria personalidade do


produto.

Concretamente, deve:

• sugerir características e qualidades;

• sugerir benefícios;

• ser fácil de pronunciar, identificar e memorizar.


Ficha de Trabalho 23

Ficha de Trabalho: “A Marca”

Os serviços são um elemento extremamente importante na definição


de uma estratégia de marketing para o produto. Após a venda de um
determinado produto, a empresa não pode abandonar os seus esforços
de marketing.

Um empresário deve ter em atenção que certos serviços,


principalmente, os pós-venda, podem contribuir definitivamente para a
fidelização de um cliente, estabelecendo uma ponte entre um primeiro e
um segundo acto de compra.

Figura 13: Fidelização

1º acto de compra

Qualidade dos
serviços

2º acto de compra

Satisfação
Fidelização
Transparência 27

58
Capítulo 4: Marketing-Mix

Há empresas que prestam determinados serviços por uma questão de


imagem. Outras, fazem-no porque foi estabelecido um contrato nesse
sentido, muitas vezes, por exigência do cliente. Outras, eventualmente,
para se distinguirem da concorrência.

Neste sentido, é importante considerarmos quais os factores que


distinguem o produto e o serviço:

• PRODUTO:

• Design

• Durabilidade

• Fiabilidade

• Manutenção

• SERVIÇO:

• Instalação

• assistência técnica

• treino/preparação e prazos de entrega

Transparência 28

59
Capítulo 4: Marketing-Mix

Ciclo de Vida dos Produtos


Os produtos, tal como os seres vivos, nascem, crescem, amadurecem,
envelhecem e desaparecem/ morrem.

Figura 14: Ciclo de Vida do Produto

F
FAAS
SEES
SDDA
AVVIID
DAAD
DEEU
UMMP
PRRO
ODDU
UTTO
O

Lançamento

Desenvolvimento

Maturidade

Declínio

Graficamente, poderão ser apresentadas da seguinte forma:

Figura 15: Curva do Ciclo de Vida do Produto


Vendas

lançamento desenvolvimento maturidade declínio Tempo

Transparência 29

A fase de Lançamento, consiste na introdução do produto no mercado.

60
Capítulo 4: Marketing-Mix

A fase de Desenvolvimento (crescimento), inicia-se quando a procura


do novo produto cresce rapidamente.

Na fase de Maturidade (estabilidade), o número de consumidores e o


volume de vendas estabilizam. Pode desencorajar a concorrência,
principalmente daquelas empresas que apostaram num crescimento
rápido do mercado. Se as vendas baixam, os preços podem baixar, com
o objectivo de manter o mercado.

A fase de Declínio verifica-se quando há já sinais de que as vendas e os


lucros estão a baixar, como consequência de uma saturação.

Esta evolução negativa poderá estar associada às alterações das


preferências dos consumidores, optando por outros produtos, ao
aparecimento de novos produtos substitutos, alguns deles, com melhor
índice de satisfação, mais competitivos, etc..

No entanto, há consumidores que continuam a comprar os produtos,


porque a empresa tem stocks e continua a fazer promoções.

Estratégias a adoptar em cada fase

1 Lançamento

Quando os lucros são baixos, muitas empresas, nesta fase, adoptam:

• uma política de preço de penetração;

• se a empresa adoptar uma estratégia de penetração


selectiva, deve apostar em:

• preços elevados e investimentos promocionais fracos;

• se a empresa adoptar uma estratégia de penetração


massiva, deve apostar em:

• preços baixos e investimentos promocionais elevados.


Transparência 30

61
Capítulo 4: Marketing-Mix

2 Desenvolvimento

Se houver uma expansão rápida do mercado, há um estímulo ao


crescimento do número de concorrentes; a estratégia da empresa
poderá passar pela:

• política de preços baixos;

• introdução de melhorias na qualidade do produto.

O programa “Acorrentados” da SIC, em resposta ao Big-Brother da TVI

3 Maturidade

As estratégias a adoptar nesta fase, poderão passar pela introdução de:

• modificações no mercado, procurando novos mercados, novos


grupos de clientes;

• modificações no produto, acrescentando novas características e


qualidades;

• mudanças ao nível das variáveis preço, distribuição e


comunicação.

Empresas da área das comunicações que diversificaram os produtos e


serviços

4 Declínio

Se os lucros baixam consideravelmente e o investimento deixa de ser


atractivo, a estratégia da empresa pode passar pela:

• aposta no desenvolvimento de novos produtos;

• introdução de modificações profundas, com o objectivo de iniciar


um novo ciclo de vida do produto.

Editoras discográficas que passaram a usar o CD em vez de discos em


vinil

62
Capítulo 4: Marketing-Mix

Política do Preço
A importância de uma política de preço numa estratégia de marketing é
fundamental. Não esqueçamos que a variável preço é aquela que é
normalmente mexida pela maior parte das empresas quando as coisas
não estão a correr bem.

O volume de vendas que um produto atinge, depende, de certa forma,


do preço. É por isso que em certos casos a determinação do preço é o
elemento mais importante numa estratégia de marketing. Ao contrário
das outras variáveis, todas as tomadas de decisão sobre o preço são
muitas vezes aplicadas com efeitos imediatos.

Figura 16: Política de preço

No fundo, é o mercado que determina o preço. Ao contrário do


que possa parecer, o valor não se determina com base na
noção de preço justo, mas sim, com base naquilo que os
compradores estão dispostos a pagar pelo produto.

A determinação do preço

Objectivos

Ao longo de muitas épocas, o preço resultou da negociação entre os que


vendiam e aqueles que compravam. No final da negociação, calculavam
e definiam um valor médio.

Hoje, as decisões relativas a preços dependem, fundamentalmente, dos


seguintes objectivos:

• sobrevivência: para manter os postos de trabalho e reduzir os


stocks, a empresa pode baixar os preços, esperando que o
mercado reaja positivamente;

• maximização do lucro: o preço de venda deverá cobrir, pelo


menos, o custo total, ou seja, os custos fixos mais os custos
variáveis;

63
Capítulo 4: Marketing-Mix

• conquista de quota de mercado: uma empresa pode definir


um preço mais baixo com o objectivo de garantir uma maior
percentagem de mercado; é o chamado preço de penetração,
estimulando o crescimento do mercado; este investimento pode
ser recuperado posteriormente, caso a empresa domine e
controle o mercado;

• implementação da imagem: pode levar a uma estratégia de


preços sempre acima dos concorrentes, associado a distinção,
imagem, prestígio e qualidade.

Custos fixos: renda do estabelecimento, água,


seguros, salários...
Custos variáveis: comissões dos vendedores, mercadorias,
serviço de um advogado...

Factores a considerar para uma política de preço

Figura 17: Factores determinantes do preço

Custos

Factores a considerar
na determinação do
preço do produto

Concorrência
Procura

Transparência 31

64
Capítulo 4: Marketing-Mix

Os custos, a procura e a concorrência são os factores fundamentais a


considerar para a elaboração de uma política de preço.

Para a determinação do preço o marketing, hoje, introduziu uma


filosofia que é preciso ter em conta:

Figura 18: Determinação do preço

“é preciso partir da procura, para saber a que preço o


consumidor está pronto a comprar, e em que quantidades.
Conhecendo este preço, que se designa por preço psicológico
ou preço de aceitação, calcula-se a margem que ele deixa,
tendo em conta o preço de custo. Se esta margem é negativa
ou insuficiente, é preciso reduzir o preço de custo ou
renunciar à comercialização do produto.”

In: “Mercator”- 8ª Edição

No quadro seguinte, apresentam-se os principais factores associados


aos custos, procura e concorrência.

Factores Internos Factores Externos


CUSTOS condições internas em que a fornecedores, distribuidores e
empresa opera fisco

Subjectividade dos Importância do mercado


consumidores ao preço
dependendo dos produtos e previsão do mercado potencial
PROCURA altura de aquisição
para a definição de um
determinado nível de preços

Política dos Concorrentes


CONCORRÊNCIA
agressividade na política de preços

Tabela 17: Factores Preço Produto

Um dos métodos que regularmente se utiliza para a determinação


de um preço, é fazer um inquérito/ questionário junto de um grupo
representativo de potenciais compradores.

Exemplos de questões:

• comprava este produto/serviço independentemente do preço?

65
Capítulo 4: Marketing-Mix

• até quanto estaria disposto a pagar pelo produto/serviço?

• qual o preço abaixo do qual desconfiava da qualidade do


produto/serviço?

Devemos ter em conta, também, diferentes situações em que a


definição do preço é um problema, por exemplo:

• quando se estabelece o preço pela primeira vez;

• quando é conveniente e recomendável uma alteração do preço;

• quando a concorrência efectua uma alteração do preço;

• quando a empresa produz vários produtos com procura e custos


relacionados.

Ponto Crítico das Vendas


Muitos empresários desenvolvem esforços de marketing, apenas,
quando se atinge o ponto crítico das vendas, ou seja, quando a
empresa não tem lucro nem prejuízo.

Figura 19: Ponto critico

Ponto crítico: lucro zero!

Uma das mais importantes preocupações do empresário deverá ser a de


acompanhar a relação entre o valor das vendas dos produtos e o valor
dos custos totais dos mesmos, tendo presente que uma das funções
do preço é o lucro.

66
Capítulo 4: Marketing-Mix

Política de Distribuição

É através deste conjunto de actividades que a empresa chega


verdadeiramente ao contacto com o seu cliente ou consumidor.

Figura 20: Canais de distribuição

A empresa pode ter o melhor produto, ao melhor preço, mas


se ele não chega às mãos de quem dele necessita, o objectivo
de vender nunca é atingido.

Tipos de canais de distribuição

Distribuição intensiva:

Número máximo de pontos de venda.

Utilização de vários tipos de canal.

• Exemplo: pastilhas elásticas, tabacos, lenços de papel, etc.

Distribuição exclusiva:

Limitação de número de pontos de venda, em função de um


determinado critério (geográfico, por exemplo).

A distribuição torna-se exclusiva, por natural escolha da empresa, ou


por contrato.

Aqui o principal interessado é o canal que procura garantir que, dentro


de determinados limites geográficos, tem exclusivo.

67
Capítulo 4: Marketing-Mix

Por sua vez, assegurará perante o produtor determinado volume de


vendas e certo nível de serviço.

• Exemplo: determinados produtos de beleza exclusivamente


vendidos em farmácias.

Distribuição selectiva:

Tipo de distribuição intermédia caracterizada pela limitação voluntária


da distribuição a um determinado canal, tendo em vista, normalmente,
a colocação específica do produto ou da empresa, face ao mercado e ao
próprio canal de distribuição.

Por sua vez, o produtor cobre o seu mercado de forma mais adequada,
com maior controlo e menores custos.

• Exemplo: relógios de marcas de prestígio vendidos somente em


determinadas joalharias.

Tipos de distribuição

O Franchising

Figura 21: O Franchising

O franchising é uma forma de fazer negócio em “parceria”


onde uma empresa (franchisador ou franqueador) com
sucesso comprovado, concede a terceiros (franchisado ou
franqueado) o direito de explorar os seus produtos e
serviços, marca comercial e ainda usar os seus métodos de
gestão, recebendo em troca contrapartidas financeiras.

68
Capítulo 4: Marketing-Mix

O sucesso desta fórmula é associar a experiência de uma empresa


instalada no mercado com a motivação e o capital de pessoas
interessadas em ter o seu próprio negócio.

Para o franchisador permite uma exploração rápida com recursos


humanos e financeiros de terceiros.

Para o franchisado é a oportunidade de ter um negócio próprio com


menos risco em parceria com uma marca consagrada.

A política de marketing dos distribuidores

Os distribuidores estão diariamente em contacto com a sua clientela,


que conhecem, em alguns casos mesmo individualmente. Assim, a sua
actividade está, naturalmente, orientada para os clientes.

Ao contrário do que muitos pensam, os distribuidores também podem


recorrer às diversas ferramentas que o marketing põe à sua disposição.

Deste modo, o marketing-mix dos distribuidores (retailing-mix) pode


também ser dividido em seis variáveis principais, embora com
características próprias, de acordo com o contexto da distribuição.

Localização
Para que uma empresa de distribuição tenha êxito deve estar bem
localizada.

A escolha de uma boa localização implica o estudo da zona de atracção,


no que se refere ao seu potencial e concorrência. As empresas devem
igualmente ter em conta a circulação rodoviária e de pessoas e a
existência de pólos de atracção comercial.

Política de sortido
A política de sortido é definida em duas dimensões: a largura e a
profundidade do sortido.

A largura do sortido consiste no número de famílias que o constituem.


Há produtos que, para serem utilizados, necessitam de outros
(complementares).

• Exemplo: uma drogaria, em que as tintas, pincéis e outros


produtos são necessários para pintar.

69
Capítulo 4: Marketing-Mix

A profundidade corresponde ao número médio de referências por cada


família.

• Exemplo: uma drogaria com vários tipos de tintas

De acordo com os objectivos fixados deve ser escolhido o sortido que


melhor sirva os interesses de cada um.

A política de marcas dos distribuidores


Os distribuidores podem ter duas grandes políticas de marca:

monomarca ou várias marcas com um sortido exclusivo

• Exemplo: ZARA, Pré-Natal, etc.

multimarca, vendendo diversas marcas de produtos, e, eventualmente,


também marcas próprias

• Exemplo: Modelo, Aki, Singer

Ao venderem marcas de produtores, os distribuidores entram em


concorrência entre si, com produtos e marcas idênticas.

A venda sob marca de distribuidor é uma forma de evitar a concorrência


pelos preços e, simultaneamente, de poder fidelizar a clientela.

Para aumentar o lucro e fidelizar os clientes, os distribuidores utilizam


muitas vezes o desenvolvimento de marcas próprias. Distinguem-se
três tipos destas marcas:

produtos brancos – produtos que não têm marca, mas apenas um


símbolo (logotipo) de identificação.

• Exemplo: os computadores montados pela empresa vendedora

produtos de marca de insígnia (loja) – produtos que têm o nome da


empresa vendedora.

• Exemplo: bolachas Continente, óleo Feira Nova

produtos de marcas diversas – tratam-se de marcas exclusivas da


empresa vendedora, mas que não têm o seu nome.

• Exemplo: produtos das lojas LIDL.

70
Capítulo 4: Marketing-Mix

Política de preços
A variável preço é aquela que preocupa mais os distribuidores
multimarca de produtos em massa.

Para responder à política de preços baixos (discount), é possível utilizar


duas tácticas:

• “combate” directo aos preços, o que pode obrigar a mudar de


conceito de loja ou renunciar aos lucros.

• Exemplo: lojas alimentares de “discount”

• “combate” indirecto, apresentando produtos não comparáveis ou


oferecendo serviços diferentes.

• Exemplo: lojas dos 300

Política de serviços
Uma empresa pode diferenciar-se da concorrência através da política de
preços, podendo adoptar três estratégias diferentes:

1 estratégias de serviço completo (ou serviço incluído);

2 estratégias de serviço limitado;

3 estratégias de serviços opcionais (ou serviços pagos). Transparências

32/33/34/35

A política de comunicação
A comunicação de uma empresa vendedora está, habitualmente,
organizada em torno de três objectivos que se completam:

1 construir e promover a imagem da empresa;

2 criar tráfego, ou seja, aumentar o número de


clientes que vão à loja;

3 aumentar a compra média por cliente.

De acordo com o objectivo visado a empresa vai definir a política de


comunicação mais apropriada.

71
Capítulo 4: Marketing-Mix

Os conflitos entre produtores e distribuidores

Os produtores e distribuidores (empresas vendedoras) têm papéis


complementares e objectivos comuns, mas em simultâneo, existem
alguns conflitos que resultam de interesses divergentes.

Principais causas de conflitos


As principais causas de conflitos entre produtores e distribuidores
podem ser as seguintes:

• condições comerciais (descontos e prazos de pagamento);

• política de preços (preço abaixo do valor de compra em marcas


líderes, o que origina instabilidade com outros distribuidores);

• recusa de venda dos produtores em relação a certos distribuidores,


por uma questão de imagem;

• práticas discriminatórias, que resultam, geralmente, da pressão de


alguns fornecedores.

72
Capítulo 4: Marketing-Mix

Política de comunicação

Para dar a conhecer os produtos, para atrair clientes, para alterar


atitudes e comportamentos dos consumidores, para que o empresário
possa apreciar o resultado da sua acção, é importante que se estabeleça
uma comunicação entre a empresa e o público.

Numa empresa tudo comunica:

• os produtos (ex: o tipo de embalagem, a cor, o próprio produto);

• a própria empresa, através da arquitectura dos seus edifícios, da


decoração das suas lojas, do seu papel timbrado, da forma de
atendimento, da personalidade dos seus dirigentes, etc.;

Figura 22: Comunicação total

Foto gentilmente cedida por


“Tunnels” - Braga
• os consumidores que passam a palavra acerca dos bons e maus
produtos. Quando o emissor da mensagem é alguém com uma
imagem de poder, ou prestígio, ou simplesmente atraente,
estabelece-se uma relação de autoridade com o receptor (ex: um
sabonete apresentado por uma estrela de cinema).

73
Capítulo 4: Marketing-Mix

Técnicas de Comunicação

Figura 23: Técnicas de comunicação

Relações Públicas Promoção das


Vendas

Publicidade

Marketing
Técnicas de Directo
Comunicação
Força das Vendas
Ficha de Trabalho 24

Transparências 36/37

Publicidade

É um forte e influente meio de que dispõem os gestores e empresários


para promoverem os seus produtos e serviços. Permite alcançar muitos
públicos e pode ser utilizada para vários mercados. A publicidade
oferece mensagens simples e únicas, apelando ao essencial e
identificando a marca com o produto. Funciona segundo o princípio de
repetição.

Figura 24: Efeitos da publicidade

A publicidade de uma empresa visa alterar


a atitude dos clientes.

Informando, memorizando e persuadindo.

74
Capítulo 4: Marketing-Mix

Objectivos da publicidade
Nunca se deve anunciar sem um objectivo. Deverá haver sempre uma
determinada finalidade. Uma publicidade eficaz implica sempre ter-se
uma ideia clara daquilo que se pretende. A publicidade poderá ser
utilizada pelas seguintes razões:

• lançamento de um novo produto

• alterações de preços

• admissão de pessoal

• as vendas

• mudança ou expansão de instalações

• razões sociais, ligando o nome da empresa a uma boa causa

• anúncios contínuos e repetitivos para a empresa não ser


esquecida

• anúncio de resultados recordes ou celebração de um aniversário Ficha de Trabalho 25

Tipos de publicidade
São várias as formas para designar o termo publicidade, podendo
agrupá-las em duas categorias: segundo a natureza dos suportes ou
segundo o objecto das mensagens.

1 Os tipos de publicidade segundo a natureza dos suportes

1.1 A publicidade nos media, isto é, aquela que utiliza os


principais mass media: imprensa, televisão, publicidade
exterior, rádio e cinema.

1.2 A publicidade directa, que pode ter as seguintes formas: a


publicidade com cupão resposta e a publicidade directa
«endereçada» através de correio directo (direct mail) ou
telemarketing.

1.3 A publicidade no local de venda (P.L.V.), que agrupa todas


as formas de comunicação nos locais de venda.

75
Capítulo 4: Marketing-Mix

2 Os tipos de publicidade segundo o objecto da mensagem

2.1 A publicidade do produto


Visa dar a conhecer a existência SempreSeco
e as características de um
produto, promover uma
imagem e levar à compra.
O conforto do seu Bébé

2.2 A publicidade institucional ou de empresa. Visa promover


a imagem da própria empresa

2.3 A publicidade social: tenta


educar e/ou alterar os hábitos
e comportamentos sociais
Faça desporto!

Proteja o Coração!

3 Publicidade no local de venda (P.L.V.)

3.1 A P.L.V., além de animar o local de venda (comunica com o


consumidor), faz parte integrante das promoções.

3.2 Ao divulgar as promoções e ao guiar o consumidor dentro da


loja, está-se a criar um “clima de tentação”.

3.3 Informar e guiar o cliente é uma arte difícil, visto que o


cliente deve andar o mais possível para percorrer todo o
estabelecimento.

76
Capítulo 4: Marketing-Mix

Figura 25: Vantagens da PLV

Atracção

Vantagens Notoriedade
da
P.L.V. Informação

Imagem de marca

O objectivo de publicitar é criar motivações fortes e desejo de comprar.

Figura 26: Objectivos da PLV


Atrair o
Consumidor

Forçar a indecisão

Objectivos da
P.L.V.
junto do
consumidor
Recordar

Transparências 38/39

77
Capítulo 4: Marketing-Mix

4 Os principais meios

TIPO MEIOS

• jornais regionais e nacionais


Imprensa • revistas genéricas, especialistas e só de anúncios
• Rádio

• Internet
• Terminais de Multibanco
• Autocarros pintados
Audio-Visual • Os meios de transporte da empresa
• Caixotes de lixo
• Bancas de jornais
• Exposições

• anuários e guias
• páginas amarelas
• Correio directo (direct-mail)
Impresso
• Cartazes, «placards»
• «out-doors»
• folhetos, prospectos e brochuras

• Patrocínios de equipas desportivas


Outros • Patrocínios de eventos
• Ofertas (calendários, posters, etc.)

Tabela 18: Meios de Publicidade

Transparências
Exemplos
40/41/42/43

Figura 27: Formas de publicidade

Meio de transporte da empresa


(Foto gentilmente cedida por “SERNIS” Braga”

78
Capítulo 4: Marketing-Mix

As relações públicas

Conceito de relações públicas


Actividade desenvolvida por uma empresa ou qualquer outra
organização, com a finalidade de estabelecer e manter relações sãs e
produtivas com certos sectores da opinião pública como, por exemplo,
os clientes, os empregados, os accionistas ou o público em geral.

Objectivos das relações públicas


Os principais objectivos das Relações Públicas são:

• aumentar a credibilidade, quer da empresa, quer dos seus


produtos e serviços;

• manter os colaboradores da empresa bem informados sobre as


suas actividades, contribuindo para o seu envolvimento;

• criar um sentimento de pertença;

• gerar a partilha de valores comuns entre colaboradores;

• estimular a força de vendas e os distribuidores;

• melhorar a imagem da empresa e das suas marcas;

• criar ou aumentar o conhecimento da empresa e dos seus


produtos/serviços;

• criar um clima de boas relações com os órgãos de comunicação


social;

• prevenir e minimizar o impacto de eventuais crises;

• orientar a gestão da empresa em função da informação (feed-


back) recebida dos públicos;

• atrair investidores;

• criar boas relações de vizinhança com a comunidade local;

• realçar os contributos da empresa para o desenvolvimento da


comunidade.

79
Capítulo 4: Marketing-Mix

Figura 28: Relações públicas

Toda a actividade de relações públicas deverá ter um


objectivo planeado, pois deve-se pensar no público que se
deseja influenciar.

As relações públicas para a comunidade local podem tomar a forma de


patrocínio de actividades escolares, excursões para a terceira idade,
recipientes para o lixo com «mantenha a sua aldeia limpa», empréstimo
da viatura da empresa para transportar a equipa da terra e todo o
género de causas deste tipo.

Frequentemente, elas envolvem a demonstração de uma certa


responsabilidade social (ex: fornecer aquecedores às vítimas das cheias
ou papel para o jardim-escola local). Os custos implicados não precisam
de ser avultados, o que interessa é a intenção.

As colunas dedicadas à actividade das empresas nos jornais regionais


estão sempre prontas a publicar boas notícias que apresentem os seus
esforços sob um ponto de vista favorável. Em meios pequenos há tanta
monotonia, que um artigo animado poderá ter uma aceitação imediata.

Os meios
São inúmeros os meios de que uma empresa dispõe para transmitir a
sua imagem e influenciar os seus públicos. Estes podem agrupar-se nos
seguintes tipos:

• Contactos pessoais

• Eventos

• Publicações

• Patrocínios

• Mecenato

• Actividades de Serviço Público

• Diversos

Transparência 44

80
Capítulo 4: Marketing-Mix

Os factores
A imagem da empresa depende de diversos factores:

• Suportes físicos

• Pessoal em contacto

• Organização

• Factores de imagem visual

• Acções de comunicação

• Suportes de comunicação
Transparências 45 a 52

A promoção de vendas

É o conjunto de operações que se realizam num dado momento e


limitadas no tempo, destinadas a aumentar as vendas de um produto ou
serviço e a criar condições para aumentar a sua quota de mercado.

Distinção entre a promoção e a publicidade


A promoção distingue-se da publicidade na medida em que não é
repetitiva, levando à compra no momento.

A publicidade visa alterar o comportamento do consumidor; a promoção


actua ao nível do comportamento imediato das pessoas.

Figura 29: Promoção/Publicidade

Campanha do Brinquedo

Brincalândia

Apesar das diferenças, a promoção e a publicidade são frequentemente


utilizadas conjuntamente.

81
Capítulo 4: Marketing-Mix

Objectivos das promoções


As promoções devem responder às necessidades dos consumidores e
aos objectivos do ponto de venda.

Figura 30: Objectivos das promoções

Combater a
concorrência

Relançar
Escoar excessos produtos
de stock

Objectivos
das Aumentar a clientela
Promoções

Fidelizar
Aumentar as
vendas
Acelerar a rotação Transparência 53
de produtos Aproveitar as datas especiais
parados (Natal, Dia da Mãe, Aniversário
da Loja, etc.)

O cliente não deve ser habituado a esperar pelas promoções, pois passa
a comprar promoções e não o produto e a sua qualidade. O número de
promoções deve ser calculado de acordo com a avaliação dos resultados
de gestão do ponto de venda e as quantidades vendidas e a vender.

Quando se pretende decidir sobre o momento oportuno para efectuar as


promoções, é necessário ter em consideração os seguintes requisitos:

• as características do produto;

• a possível adesão do consumidor;

• o período e os custos da promoção;

• o local ideal para a promoção;

• os stocks existentes e a garantia de reposição;

• apoio do fornecedor;

• a imagem do ponto de venda;

• os objectivos da promoção.

82
Capítulo 4: Marketing-Mix

Técnicas de promoção
São inúmeras as técnicas de promoção, pelo que destacamos as mais
correntes e de maior facilidade de aplicação:

1 Experimentação gratuita

1.1 distribuição gratuita de amostras do produto ao domicílio


(embalagens de champô)

1.2 prova gratuita do produto no ponto de venda (queijos)

1.3 ensaio gratuito de um produto (um automóvel)

2 Redução directa do preço de venda ao consumidor

2.1 durante determinado período de tempo (exemplos:


promoções especiais em supermercados, feiras do livro, o uso
do telefone no horário nocturno, etc.)

2.2 uma táctica frequentemente usada consiste nas terminações


em nove. Se um preço de uma marca for 89$00 este valor é
considerado psicologicamente mais próximo de 80$00 do que
de 90$00

2.3 Este tipo de promoção, não é o mais adequado para todas as


marcas, especialmente para as marcas líder ou marcas de
prestígio, pois a sua imagem pode ser afectada.

3 Distribuição de bónus de redução (cupões) aos consumidores

3.1 que estes entregam ao passar na caixa de saída do ponto de


venda para desconto

3.2 estes bónus aparecem nas caixas do correio, na imprensa,


nas embalagens do produto, etc.

4 Descontos sobre a quantidade

4.1 devido à compra de uma maior


quantidade de um determinado
produto («leve 3 e pague 2»)

83
Capítulo 4: Marketing-Mix

5 Oferta de uma embalagem promocional

5.1 com uma quantidade superior de produto (+ 0,5 l no


refrigerante)

6 Prémios

6.1 na compra de certos produtos (algumas gasolineiras


oferecem pontos que acumulados dão direito a brindes)

7 Ofertas a acompanhar determinados produtos

7.1 a oferta (brinde) é previamente colocada no interior da


embalagem na fábrica ou entregue pessoalmente pela
promotora no momento da aquisição

7.2 a própria embalagem, quando resistente e durável, pode


servir de oferta ou motivar o consumidor a adquirir

7.3 a oferta transforma muitas vezes uma compra não planeada,


numa compra por impulso. Por exemplo, alguns comerciantes
oferecem o estacionamento num parque próximo do ponto de
venda, para incentivar e estimular uma compra

8 Concursos

8.1 para o cliente comprar determinada marca e aumentar o


volume e frequência de compra, motivado pelo desejo de
ganhar o prémio.

8.2 Este tipo de promoção exige a participação do consumidor,


pois este procura, compra, preenche o vale de concurso e
envia-o pelo correio.

9 Coleccionismo

9.1 consiste na acumulação de provas de compra, como condição


para ser premiado, não de um sorteio, mas de um prémio
certo.

9.2 O principal objectivo é criar lealdade (fidelidade) nos


consumidores, aumentando a frequência de compra.

10 Jogos e sorteios

11 Pôr em destaque o produto

84
Capítulo 4: Marketing-Mix

11.1 para incentivar a experimentação ou a compra de um


produto.

11.2 No espaço de vendas, a prioridade da competição entre as


marcas passa pela conquista da atenção dos consumidores.

11.3 Os topos de gôndola constituem uma solução para essas


marcas, através do destaque e distinção, proporcionado pela
posição no ponto de venda.

Os topos de gôndola ficam situados nas extremidades dos


expositores e sugerem, na mente do consumidor, produtos
mais baratos.

11.4 As ilhas consistem na colocação de expositores no meio dos


corredores.

Figura 31: Ilhas

Foto gentilmente cedida por:


Maconde -Braga

85
Capítulo 4: Marketing-Mix

Marketing directo

Figura 32: Marketing direct

O Marketing Directo abrange um conjunto de


técnicas de comunicação e de venda directas e
individuais (pessoais), cuja finalidade é provocar
nas pessoas contactadas uma acção imediata e
cujos resultados podem ser analisados.

As principais técnicas de marketing directo são as seguintes:

1 Correio directo

direct mail ou mailling – venda por catálogo

Exemplo: “La Redoute”

2 Telemarketing

marketing telefónico – vendas por telefone

Exemplo: TV por cabo

3 Direct response

encomendas feitas directamente por telefone, fax, e-mail, etc., a


partir de anúncios na rádio, televisão, imprensa ou out-door.

Força de vendas

A força de vendas de uma empresa é constituída pelo número de


indivíduos que têm como principal função vender ou fazer vender os
seus produtos através do contacto directo com os potenciais clientes e
distribuidores.

As empresas têm atribuído grande importância ao acto da


venda e a toda a sua preparação.

86
Capítulo 4: Marketing-Mix

Organização da força de vendas


Para a análise/estudo de força de vendas é importante conhecer as
funções da força de vendas:

1 As funções da força de vendas segundo os níveis de


desenvolvimento dos clientes:

• prospectos;

• “adormecidos”;

• ocasionais;

• bons clientes;

• clientes com interesse estratégico.

Obriga a diferentes actuações ou estratégias da força de vendas

Transparência 54/55/56

2 As funções da força de vendas segundo as tarefas específicas a


executar:

• venda;

• prospecção e recolha de informação do terreno;

• ter uma postura de conselheiro para com o cliente;

• formação dos distribuidores;

• ajuda à revenda;

• serviços pós-venda;

• recolha de informações sobre a situação financeira dos


clientes

87
Capítulo 4: Marketing-Mix

A dimensão da força de vendas


A dimensão da força de vendas é essencialmente determinada pelos
objectivos do volume de vendas a realizar e pela incidência do número
de visitas necessárias ao cumprimento desses objectivos.

O número de visitas é calculado em função de clientes em carteira e em


função da frequência das visitas a efectuar aos clientes, sabendo-se que
a frequência de visitas varia consoante o tipo de clientes.

O maior risco que se corre ao determinar de forma incorrecta a


dimensão da força de vendas é criar um desajustamento significativo
entre o potencial de vendas do território ou volume de negócio atribuído
a cada vendedor e a disponibilidade efectiva existente para atingir
esses objectivos.

Exemplo: ter um só vendedor para um número exagerado de clientes


ou ter vários vendedores para uma mesma área geográfica.

A estrutura da força de vendas


A estrutura da força de vendas pode ser organizada em função de três
parâmetros:

• por regiões;

• por produtos;

• por clientes.

A estrutura por regiões é provavelmente a mais comum por ser também


a mais simples e a mais económica. Segundo este critério, o vendedor é
responsável pela venda de todos os produtos a todos os tipos de clientes
num território determinado.

A divisão geográfica tem a vantagem de ser objectiva e de tornar


menores os custos de deslocação de cada membro da força de vendas.

A organização da força de vendas em função da estrutura dos


produtos revela-se mais apropriada no caso da gama de produtos ser
mais variada e exigir aos vendedores conhecimentos técnicos mais
específicos.

A estrutura por clientes é mais recomendada quando existem vários


tipos de clientes com necessidades muito diferentes.

88
Capítulo 5: Merchandising

Merchandising
Conceito

Os Pontos Fortes do Ponto de Venda

O Merchandising / Organização do Ponto de


Venda
Capítulo 5: Merchandising

Conceito
O aspecto geral de um ponto de venda (loja) é a primeira influência
exercida sobre o cliente na decisão de compra. A percepção dos
produtos, as marcas e sua respectiva disposição, bem como a
comunicação e informação prestada no acto da compra, constituem
factores que causam reacções positivas ou negativas no consumidor.

Pequena ou grande área de venda, uma loja deve ser atraente, sedutora
e concebida para satisfazer a clientela.

As expectativas do consumidor são diferentes quando se dirige a uma


grande área ou a um pequeno ponto de venda especializado.

O sucesso de uma loja está precisamente em saber captar o cliente


através da melhor forma de vender, usando os seus pontos fortes.

Figura 33: Conceito Merchandising

Foto gentilmente cedida por:

Maconde - Braga

Transparências

57/58/59/60

90
Capítulo 5: Merchandising

Os Pontos Fortes do Ponto de


Venda
O cliente procura num ponto de venda «pontos de atracção» que o
motivem a entrar, eventualmente a comprar e voltar a entrar e a
comprar de uma forma mais ou menos regular. A atracção do ponto de
venda, é conseguida através de elementos diferenciadores e
caracterizadores como a comunicação, a decoração, o espaço, a
localização, o serviço, o sortido, o atendimento, etc. Estes são alguns
dos «ingredientes» que fazem a diferença e que contribuem para a
fidelização dos clientes.

A localização
É uma das variáveis mais importantes para o sucesso do ponto de
venda. A escolha de uma boa localização implica o estudo de atracção,
no que se refere ao seu potencial e concorrência, para ajudar na tomada
de decisões quanto à estratégia comercial a seguir.

O território onde está implantado o ponto de venda contém um conjunto


de estabelecimentos do mesmo ramo, que são os concorrentes, e de
ramos diferentes. As lojas do mesmo ramo próximas umas das outras,
beneficiam todas da atracção que elas provocam. É necessário conhecê-
las, porque no contexto da zona comercial é bom saber caracterizar os
concorrentes (posicionamento, política de preço, de comunicação, etc.),
de forma a conseguir diferenciar-se e ter, assim, o seu lugar no
mercado.

É necessário também saber se existem lojas âncoras (lojas de grande


notoriedade como por exemplo Mac Donalds, ZARA, Benetton, Mango,
etc.), que são impulsionadoras da zona onde se encontram.

O gestor do ponto de venda deve tirar o máximo partido da rua, esquina


ou praça, bem como da sua vizinhança.

A localização é o primeiro factor de escolha do consumidor, quer em


relação à sua habitação quer ao seu local de trabalho. Quanto mais o
consumidor se distancia de um ponto de venda menos probabilidades
tem de ser potencial cliente, pelo efeito da distância, e mais
probabilidades tem de ser potencial cliente de uma outra loja com as
mesmas características mas mais próxima.
Transparências 61 a 65

91
Capítulo 5: Merchandising

• É importante saber quais são os acessos principais para os


consumidores pedestres, de carro, ou que utilizam os transportes
públicos, pois verifica-se que:

• certos eixos rodoviários têm sentido único e outros têm os


dois sentidos;

• as paragens de autocarro ou saídas de metro podem estar


próximas ou longe da loja;

• as rotundas e cruzamentos são elementos de acesso que


representam um ponto forte ou um ponto fraco segundo a
localização da loja.

Qualquer ponto de venda pode encontrar obstáculos no seu território, o


que impede o acesso fácil dos consumidores. Fazer o ponto da situação
dos obstáculos é reflectir sobre a forma como os ultrapassar.

• Os obstáculos correntes podem ser os seguintes:

• cruzamento ou rotunda, quando a loja se situa no ponto de


passagem mais desfavorecido;

• passadeiras longe da loja;

• paragens de autocarro e saídas de metro distantes;

• parque de estacionamento demasiado distante;

• concorrentes mais bem localizados;

• loja situada no lado do passeio menos frequentado.

Figura 34: A localização da loja

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

92
Capítulo 5: Merchandising

A montra
A montra é o “isco” que os comerciantes lançam para “pescar” clientes
para as sua lojas.

Encontrar um equilíbrio deve ser a preocupação de quem faz uma


montra, seja qual for o artigo que está a vender, porque a montra é o
primeiro vendedor da loja.

Esta regra aplica-se a tudo: ao número de artigos expostos, às cores, à


iluminação, aos materiais decorativos, seja qual for o tipo de loja. Tudo
para que consiga vender o que está à vista, mas também para que a
montra seja um cartão de visita a quem passa na rua, convidando a
entrar na loja.

A montra
é o melhor que o vendedor pode ter!

O SEGREDO
é aproveitar os espaços para pôr os artigos em destaque

Depois de terem sido um amontoado de produtos, as montras passaram


a ter menos artigos expostos. A montra serve para atrair e, se são
apresentados muitos artigos, as pessoas acabam por não olhar para
nada.

Figura 35: A montra


Foto gentilmente cedida pela
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

93
Capítulo 5: Merchandising

A montra deve comunicar fortemente o que a loja oferece


especificamente a uma potencial clientela, informar o público das
melhores ofertas do momento e convencê-lo do interesse que tem em
possuí-las. É também um instrumento de promoção pois deve intervir
no comportamento de quem passa, provocando a sua entrada.

Decoração de montras
Começando pela necessidade mais vulgar, a primeira limitação é o
espaço de que se dispõe. Se for num estabelecimento reconvertido ou
muito velho, é possível que a montra não tenha o tamanho ideal para a
exposição que deseja fazer. Se for demasiado grande, pode-se:

• tapar o cimo, fundo ou lados, usando painéis de cartão


prensado revestidos ou folhas plásticas autocolantes de várias
cores;

• criar um fundo falso na montra, colocando painéis-ilhas sobre


os quais os artigos são expostos, montados sobre suportes
ocultos. Pode-se montar uma série desses painéis na montra. É
uma forma de erguer pequenos artigos numa montra ao nível do
chão.

As montras pequenas são, naturalmente, mais limitativas. Em vez de


se colocar toda a mercadoria existente, é melhor mudar a decoração
com maior frequência e, ao longo de um mês, expor mais mercadoria.
Abrir o fundo da montra para a loja torna por vezes uma montra
pequena mais espaçosa.

Figura 36: Adaptação da montra

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

94
Capítulo 5: Merchandising

No caso de uma montra larga ou muito alta deve-se usar estores ou


cortinados e tratá-la como se fosse o palco de um teatro.

Se a moda dita as cores das roupas, o vitrinista deve ter em atenção a


forma como as combina e o ideal é não fazer grandes misturas. Os
materiais a utilizar devem estar de harmonia com as cores dos artigos e
dependem muito da época do ano. No Outono, aparecem as castanhas,
folhas, motivos alusivos às vindimas; na Primavera, nascem as flores
que no Verão são trocadas pela areia, pelo sol ou até por peixes.

A forma como os artigos são expostos depende apenas do gosto de cada


um e podem-se utilizar, no caso das roupas, manequins com ou sem
cabeça, bustos ou apenas simples cabides.

A montra concentra a sua energia e utiliza as seguintes regras de


comunicação:

• um único tema: construída em torno de um único tema de


cada vez.

Figura 37: Montra temática “A Praia”

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA
COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

• uma variação no tempo: se uma campanha de anúncio dura


quinze dias, uma montra deve ter a mesma duração. Deve-se
utilizar este ritmo para variar os elementos visuais e para
fugir a uma decoração habitual;

95
Capítulo 5: Merchandising

• um forte impacto: a presença de produtos, a oferta de


preços vantajosos, etc., contribuem para o sucesso da
montra. O objectivo é provocar interesse.

Figura 38: Impacto da montra

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

A iluminação
É outro dos aspectos a que um vitrinista deve dar especial atenção. A
montra deve estar bem iluminada, pois um espectáculo conta sempre
com a luz.

A montra não deve estar iluminada por igual. Aquilo que se quer vender
deve estar iluminado com focos.

Figura 39: Iluminação da montra

Foto gentilmente cedida por

Kalf/Braga

96
Capítulo 5: Merchandising

O vitrinista deve estar também atento à intensidade da luz da sua


própria montra e à qualidade da cor da iluminação, para não ferir o
olhar.

Existem luzes brancas e frias, e outras que são quentes e que acentuam
o relevo. A intensidade da luz deve ser conservada para evitar que os
olhares saltem de uma montra para uma outra mais longe.

A porta
A porta deve estar aberta o mais possível. As portas estreitas,
fechadas ou com movimento não convidam a entrar. Deve ser
transparente e não deve possuir, na medida do possível, nenhum
anúncio que constitua um obstáculo à boa visão do interior da loja.

Figura 40: A porta

Exemplo de porta que convida a entrar: larga, aberta, dando noção de


profundidade à loja.
Foto gentilmente cedida por “GABOR”

Entrando por uma porta central, o cliente dirige-se a maior parte das
vezes para a direita. O fundo do local de venda é uma zona de fraca
frequência.

Nas lojas pequenas, ou sobre o comprido, corrige-se este


comportamento do cliente criando, por exemplo, pólos de atracção no
fundo da loja, graças a produtos de forte rotação e à iluminação.

97
Capítulo 5: Merchandising

Figura 41: Polos de atracção no fundo da loja

Foto gentilmente cedida por Casa Flores/Braga

Também se podem tirar as portas e as montras de uma loja pequena


situada num centro comercial para ganhar espaço e dar ao mesmo
tempo livre acesso, sem que se tenha o sentimento de ultrapassar a
«fronteira» da porta; ao fim do dia, uma cortina protectora fecha a loja.

Entrada dos clientes

O chão
O chão não possui apenas características funcionais; a matéria utilizada
contribui bastante para o ambiente geral da loja e para o reforço da
imagem que se deseja transmitir.

O soalho em madeira, transporta uma imagem natural e calorosa; um


soalho em mármore, uma imagem clássica de alta gama; uma alcatifa,
um ambiente quente se as cores forem bem escolhidas.

98
Capítulo 5: Merchandising

Figura 42: O chão

Foto gentilmente cedida Foto gentilmente cedida por


por Maconde - Braga Girândola - Braga

O investimento no chão é mais importante que o do tecto, que se vê


menos.

O stop–passeio

Figura 43: Stop-passeio

É um cartaz (painel) com uma


estrutura de metal (ou outra) para ser
apoiado no chão, que se expõe no
exterior nas horas de abertura e se
retira nas horas de fecho do ponto de
venda.

O painel publicitário ou de promoção


situado em frente de um ponto de
venda convida o cliente a dirigir-se
para a loja.

A colocação do material necessita de


um espaço suficiente e de uma
autorização municipal. Esse painel
Foto gentilmente cedida por: também contribui para a comunicação
Salão Tulipa/Braga
da imagem da loja.

99
Capítulo 5: Merchandising

Os serviços
O limite das possibilidades de prestação de serviços para um ponto de
venda reside apenas na imaginação de alguns. Desde o crédito, ao
cartão de cliente, ao pagamento da electricidade, à venda de bilhetes de
autocarro, ao transporte dos produtos ao domicílio, à venda por
telefone, os exemplos são muitos, para marcar a diferença em relação à
concorrência.

A composição do sortido

Figura 44: O sortido

O sortido é o conjunto de referências oferecidas por um ponto


de venda para satisfazer o maior número de necessidades do
consumidor ou cliente.

(ver capítulo Marketing-Mix: Política de Marketing dos Distribuidores)

A escolha da composição do sortido de uma loja é uma decisão


estratégica. A loja deve dispor dos artigos que se vendem melhor para
garantir um movimento (tráfego) permanente e uma variedade de
produtos para cobrir as necessidades e os gostos de um maior número
de clientes

O aprovisionamento do sortido, depende do tipo de ponto de venda. A


quantidade a armazenar e a duração da posse do stock, dependem dos
cálculos a efectuar com os custos de abastecimento (frequência, tempo,
transporte e pessoal, etc.), prazos de pagamento, e juros do capital
“imobilizado” no armazém.

(Ver Módulo “Compras e Gestão de Stocks – Cap. 3: Gestão de Stocks”)

100
Capítulo 5: Merchandising

Apresentação exterior do ponto de venda


O exterior da loja, primeiro elemento de conhecimento ou de
reconhecimento, deve estar perfeitamente limpo. Um passeio sujo pode
não ser da responsabilidade da loja, mas se não for limpo, quem passa
tem de ver onde põe os pés e esquece-se de olhar para a montra.

Para abrigar do sol e da chuva, o toldo pode ser uma boa solução,
apesar de poder originar zonas de sombra na montra. Nos cafés e
restaurantes são utilizados os chapéus de sol com publicidade da
empresa que os fornece.

Figura 45: Toldos

Foto gentilmente cedida por:


Tunnels - Braga

Quando uma loja envelhece após a abertura e depois dela, necessita de


um rejuvenescimento, para voltar a seduzir.

Figura 46: Apresentação exterior

Sapataria Fernando Carneiro


Braga:
Casa fundada em 1955 e um bom
exemplo de renovação em 1999

101
Capítulo 5: Merchandising

Se a renovação do espaço exterior não se realizar, poderá ser pouco


encorajante a entrada na loja pelos potenciais clientes. Como se o
inconsciente dissesse a quem passa: «se calhar, está como o interior...»

Sinalização e informação
Todos os elementos sinalizados têm a função de ajudar o consumidor na
sua escolha ou orientação.

A sinalização deve ser de fácil leitura. A letra deve ser pré-fabricada e


nunca manual. O processo de sinalização deve ser sempre igual, mesmo
tratando-se de um ponto de venda com vários espaços ou andares.

A informação constitui um elo de ligação à prateleira, sendo


aconselhável uma correcta sinalização das secções e respectivos artigos
e preços.

O atendimento
Nenhum cliente se mantém fiel a um ponto de venda em que a
qualidade no atendimento desacredite a imagem da empresa.

A imagem que os clientes fazem de um ponto de venda depende da


maneira como são acolhidos e tratados pelo pessoal.

O atendimento deve ser personalizado e eficiente.

(Dada a sua importância, este tema é tratado no capítulo seguinte)

Lettering
Os elementos gráficos estão sempre
presentes num ponto de venda. Quer
estejam no interior ou exterior, devem ser
atractivos e corresponderem à imagem e
expectativa despertada pelo ponto de
venda. Foto gentilmente cedida por:
Pastelaria S.João/Braga

102
Capítulo 5: Merchandising

Figura 47: Lettering

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

Os símbolos gráficos e tudo o que possa identificar sonora ou


visualmente o ponto de venda, desde a escolha do nome à criação de
uma identificação gráfica (logotipo, código de cores, linha gráfica, livro
de normas a respeitar, etc.), devem ser absolutamente respeitadas.

Figura 48: Símbolos gráficos

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA
COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

Foto gentilmente cedida por:


Maconde - Braga
O nome do estabelecimento deve ser facilmente visível; não apenas
de frente, mas também deve ser notado e reconhecido através de um
sinal perpendicular, por quem passa distraído.

Figura 49: Sinalização

Fotos gentilmente cedidas por:


“KALF” Braga

103
Capítulo 5: Merchandising

Horário de funcionamento
Cada vez mais a vida ocupada das pessoas nos meios urbanos é
incompatível com o horário tradicional das lojas. Horários mais flexíveis
e mais de acordo com as disponibilidades dos clientes, são uma das
soluções. No entanto, nem sempre esta opção é possível, principalmente
quando o negócio é familiar (com duas ou três pessoas).

Figura 50: Loja no Hiper

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

104
Capítulo 5: Merchandising

O Merchandising/Organização do
Ponto de Venda

Definição e importância do merchandising

Chamamos merchandising ao conjunto dos métodos e das


técnicas que têm como fim a apresentação e a avaliação
dos produtos nos locais de venda.

Figura 51: Merchandising

Foto gentilmente cedida por:


Maconde/Braga

105
Capítulo 5: Merchandising

O merchandising de um produto cobre principalmente as seguintes


decisões:

• escolha do local onde será vendido o produto dentro da loja;

• a natureza do material de sinalização e de publicidade sobre os


locais de venda (P.L.V.);

• material de apresentação utilizado: prateleiras, armários, caixas,


paletes no solo, montras, etc;

• quantidade do produto que será apresentada nas prateleiras;

• modo de apresentação (ou disposição) dos produtos;

• importância da superfície de venda (ou linear) que lhe será atribuída.

O desenvolvimento do merchandising foi consequência directa do


aparecimento dos métodos de venda em livre-serviço: desde que não
haja vendedores para aconselhar os clientes e para os orientar na sua
escolha, são os próprios produtos que, pela sua disposição no
estabelecimento, devem ser capazes de chamar a atenção dos
potenciais clientes e de provocar o seu desejo de comprar.

Os tipos de merchandising
Tendo em conta a gestão do ponto de venda, pode-se considerar a
existência de três tipos de merchandising:

• merchandising de sedução (entusiasmar o cliente) – tem como


objectivo desenvolver no cliente a tendência para as compras
impulsivas;

• merchandising de optimização (melhorar a oferta) – tem como


objectivo a optimização dos produtos no linear (coerência do
sortido);

• merchandising de gestão (gerar o lucro) – tem como objectivo a


rentabilização máxima do espaço e do produto.

106
Capítulo 5: Merchandising

O merchandising do distribuidor e o
merchandising do produtor
O merchandising de um produto num ponto de venda faz intervir dois
actores: o produtor e o distribuidor. Estes, têm uma grande influência
sobre as vendas e a rentabilidade de um produto, mas não têm os
mesmos objectivos.

O objectivo visado por um produtor no merchandising dos seus próprios


produtos é, geralmente, maximizar o volume das suas vendas em
prejuízo das dos seus concorrentes.

O distribuidor tem objectivos mais vastos, pois interessa-se pelas


vendas do conjunto dos produtos apresentados no seu estabelecimento
e não por esta ou aquela «marca» particular. Depois, o que lhe interessa
em primeiro lugar é maximizar o rendimento dos seus investimentos.
Daí resulta que ele procure privilegiar a venda dos produtos que lhe
asseguram uma forte margem bruta ou que, por uma rotação rápida dos
stocks, lhe permitem reduzir os seus custos financeiros.

Por fim, o distribuidor preocupa-se em oferecer o máximo de satisfação


aos seus clientes e, assim, vê no merchandising um meio de facilitar a
escolha dos consumidores através de uma oferta clara, de reduzir a sua
fadiga diminuindo as suas deslocações e até de tornar a sua
permanência no estabelecimento mais agradável, graças a uma
disposição estética das filas de prateleiras e dos produtos.

A gestão do merchandising no retalho


Quando existem produtos para vender e uma área de exposição, como
se pode aproveitar o espaço para obter melhores vendas?

Como é que a exposição da mercadoria pode contribuir para melhorar a


imagem do ponto de venda?

Uma disposição (layout) eficaz é o que maximiza o espaço disponível


e que apresenta os produtos de forma atractiva, acessível e conveniente
para os consumidores.

Para uma gestão de espaço eficaz deve-se ter em conta o seguinte:

107
Capítulo 5: Merchandising

Características da mercadoria

A disposição mais eficaz e eficiente é a que apresenta os produtos de


forma lógica, dando ao consumidor a máxima liberdade.

Os produtos de pequena dimensão e elevado valor, tal como jóias ou


relógios, têm a segurança como um factor preponderante. Este tipo de
produtos deve estar fechado, mas bem visível para os consumidores.

Figura 52: Produtos acessíveis

Sempre que possível, os produtos


devem permitir que os consumidores
os toquem.

O livre serviço permite ao


consumidor efectuar a compra sem
que haja uma barreira que o separe
dos produtos.

Experimentando um cosmético,
na “L’Okura” BragaShoping

Ocupação do espaço

Todo o espaço da loja irá determinar a atracção e o acesso aos


produtos, o que influencia o volume de compras por parte dos
consumidores. A ocupação e a forma do espaço também determinará a
comodidade e rapidez que os clientes terão, e influenciará a sua decisão
de voltar ou não à loja.

Uma eficaz ocupação do espaço depende do tamanho do ponto de venda


e do tipo de produtos que se vendem.

Numa loja alimentar, por exemplo, o pão e o leite devem estar no fundo
da loja. Quando compram estes produtos, os consumidores terão
passado pelo maior número possível de produtos.

Numa loja de vestuário, os artigos mais baratos deverão estar junto à


entrada para atrair os consumidores, e os de maior valor no fundo da
loja.

108
Capítulo 5: Merchandising

Quando é feito o layout do ponto de venda, devem-se considerar os


seguintes factores:

• determinar o tipo de tráfego e garantir que os produtos


complementares estão próximos uns dos outros. Uma distribuição
das secções por complementaridade (peixaria e talho, frutas e
legumes) contribui de forma positiva para a imagem do
estabelecimento. A complementaridade pode ser também utilizada
entre produtos (leite e café, camisa e gravata);

Figura 53: Tráfego na loja

• tentar criar um tráfego circular


dentro da loja, de forma que
consumidores tomem contacto
com o maior sortido de
produtos possível;

• decidir as melhores
localizações para as várias
secções;

• assegurar que os corredores


são suficientemente largos Foto gentilmente cedida por:
Sapataria Fernando - Braga
para que os consumidores
tenham uma circulação cómoda;

• não colocar demasiados produtos nos corredores e topos de gôndola;

• não aproveitar apenas os topos de gôndola como espaços


publicitários/promocionais, ou seja, aproveitar toda a área de venda;

• Os consumidores devem passar pelos produtos que poderão comprar


por impulso, de forma a aumentar a compra média. Os produtos de
atracção não devem estar todos no mesmo local;

Figura 54: Expositor Rotativo

Foto gentilmente cedida por:


SOLNORTE-SUPERMERCADOS/Braga

109
Capítulo 5: Merchandising

• as caixas deverão localizar-se de forma a permitirem um fácil acesso


aos consumidores. A Caixa é um elemento «de atracção» para o
cliente;

Figura 55: Caixa

Foto gentilmente cedida por:


SOLNORTE-SUPERMERCADOS/Braga

• se o desejo é fazer o cliente «visitar» as secções antes de acabar


as suas compras, são normalmente utilizadas duas teorias:

• ou atrair o cliente para o fundo da loja, depois de se ter dado


uma volta por um dos lados (é uma solução para uma loja
sobre o comprido)

• ou então fazer com que o cliente descubra todos os produtos


da loja antes de chegar à caixa, que é então colocada à
esquerda da entrada (esta solução é boa quando a loja possui
uma forma quase quadrada)

• à saída da caixa podem-se colocar produtos que facilitam a compra


impulsiva (bombons, pastilhas elásticas, lâminas de barbear, etc.);

• numa loja de pronto-a-vestir podem-se colocar pares de meias em


cima do balcão; numa confeitaria/pastelaria podem-se colocar
chocolates, embalagens de rebuçados, etc.;

110
Capítulo 5: Merchandising

• os produtos que reflictam a imagem da loja ou a tendência do


momento deverão ter uma posição de destaque.

Figura 56: Balcão

Foto gentilmente cedida por:


Kalf-Braga

• as actividades administrativas e de serviços, assim como a recepção


e etiquetagem das mercadorias devem localizar-se fora da área de
venda. Tal situação poderá afectar negativamente a imagem e a
atmosfera da loja e dificultar o acesso dos consumidores aos
produtos.

A decoração e a cor

A decoração deve reflectir o tipo de estabelecimento, a categoria do


produto/serviço que apresenta, o que quer comunicar e o segmento da
população a que se dirige.

São elementos decorativos todos os que se colocam nos pontos de


venda, soltos ou anexados à arquitectura com carácter não permanente
e de renovação temporária.

111
Capítulo 5: Merchandising

Criam a imagem do estabelecimento, valorizam a mercadoria e


seleccionam a clientela.

Figura 57: A decoração

Foto gentilmente cedida por:


Miosótis - Braga

As cores ajudam a criar um ambiente de compra. Os tons suaves, por


exemplo, têm um efeito calmante para quem tem que passar muito
tempo num local. As cores fortes e agressivas devem ser evitadas.

Cada cor provoca um impacto psicológico, pois age de forma notável


sobre a distância, a temperatura, o gosto, o cheiro, o peso, e também
sobre o estado de espírito.

Transparências 66 a 69

A Iluminação

Um sistema de iluminação bem elaborado pode ter um impacto elevado


nas vendas. O ponto de venda, deve ter em conta uma especial atenção
ao jogo das luzes, devido às implicações psicológicas que provocam no
cliente.

112
Capítulo 5: Merchandising

A iluminação não pode incomodar o cliente e deve estar adequada à


imagem da loja e às características dos produtos expostos. Deve realçar
os artigos de modo a que melhor comuniquem com os clientes.

Os três elementos chave na montagem de um sistema de iluminação


são os seguintes:

• os níveis de claridade;

• a “cor" da luz;

• a capacidade da luz para dar às cores um tom natural.

Figura 58: Efeitos de luz

Na “Casa Flores”, em Braga, os efeitos de luz foram cuidadosamente


estudados, para se tirar o maior partido do layout da loja.

São três os sistemas de iluminação mais utilizados:

• Incandescente – as lâmpadas dão muito calor, menos luz e têm


um consumo elevado.

• Fluorescente – as lâmpadas são indicadas para a iluminação


geral e para serem aplicadas nos estabelecimentos comerciais.

113
Capítulo 5: Merchandising

As lâmpadas fluorescentes têm uma elevada eficácia luminosa e


vida útil, bom índice de restituição de cores e consumo reduzido.

• Halogéneo - as lâmpadas têm uma elevada eficácia luminosa e


vida útil e elevado índice de reprodução das cores.

Figura 59: Efeitos de luz nos produtos

Utilização da luz para fazer


sobressair os artigos, na “Kalf”
Braga

Para além dos sistemas de iluminação mencionados, existem ainda os


Néons, que são sistemas com luz suplementar e com uma função
essencialmente decorativa e a Iluminação de Emergência, que é um
tipo de sinalização, com luz obrigatória e que orienta e assinala os
percursos de saída.

A iluminação está relacionada com a cor.

As cores podem ficar com uma tonalidade diferente com a iluminação


artificial. Alguns artigos parecem ter uma determinada cor, mas quando
são vistos à luz do dia, a tonalidade da cor é diferente.

114
Capítulo 5: Merchandising

Expositores, odores e som

É importante encorajar os consumidores a permanecerem por mais


tempo no espaço de venda (podem comprar mais).

Para isso é importante ter expositores atractivos, aromas


seleccionados cuidadosamente e música de fundo adequada aos
consumidores criando um ambiente agradável e apelativo.

• Os expositores com movimento são usados em montras,


especialmente na época do natal. Se forem cuidadosamente
escolhidos podem ser utilizados em uma compra impulsiva;

• uma oferta-produto capaz de chamar a atenção da maioria dos


clientes (não selectiva);

• uma argumentação-produto que permite valorizar o vendedor e


criar um elo com o cliente.

Quanto à selecção dos aromas, foi importante o aparecimento do


marketing aromático, pois o aroma contribui para marcar a diferença
através da sedução.

O objectivo é fazer passar uma mensagem através do olfacto, capaz de


identificar de imediato uma série de produtos: café, flores, pão quente,
etc.. A reprodução dos cheiros é feita através de sistemas de difusão de
aromas no espaço, colocados em locais estratégicos de forma a envolver
a zona de exposição do produto no ponto de venda, desde o sumo de
fruta ao café, detergente, ou bronzeador.

A memorização aumenta significativamente na presença de um aroma


coerente ou novo.

Figura 60: Aromas

“Acção aromática num ponto de


venda para promover a marca.”.

Expositor aromático na “L’Okura”,


em Braga,

115
Capítulo 5: Merchandising

A existência de música ambiente adequada, pode contribuir para


aumentar a permanência do consumidor no interior da loja e assim ter
mais tempo para comprar, pois o consumidor deve sentir-se feliz e bem
ambientado dentro do ponto de venda.

Figura 61: A música

A música ambiente aplica-se


não apenas às áreas de
vendas, mas também aos
elevadores e “toilettes”.

A música ambiente deve ser


escolhida, não ao gosto
pessoal do lojista, mas sim
dos consumidores. A opinião
deles é importante. A opção
deve recair pela música
variada e deve-se ter em
Foto gentilmente cedida por “Tunnels” Braga atenção o volume do som,
pois muito alto, enerva.

Em alguns pequenos pontos de venda, e apesar do aspecto simpático da


dimensão regional, a rádio local tem o inconveniente de fazer
publicidade dos concorrentes e ter uma escolha musical que nem
sempre se adapta ao ponto de venda.

Se for feito esse investimento, deve ser aproveitado para, em ocasiões


especiais, com a ajuda de um microfone, fazer-se publicidade, concursos
e jogos. Este tipo de acções contribui para fidelizar a clientela.

116
Capítulo 5: Merchandising

O linear

A importância e definição do linear

O linear é toda a superfície que, no espaço de venda, promove a


exposição do produto, com o objectivo de obter o máximo de
rendimento por metro quadrado. Ao linear corresponde uma superfície,
formada pela parte da frente das gôndolas ou móveis de exposição.

É o cliente, a sua taxa de frequência da loja e o seu poder de compra


que determinam a extensão do linear.

Os lineares devem ser desenvolvidos, tomando em conta três valores:

1 Compras

2 Vendas

3 Capacidade de reposição

O linear é o substituto aparente do vendedor. Para manter as vendas, é


preciso cuidar do espaço de exposição. Muito embora o cliente dispense
a ajuda do vendedor, este, conjuntamente com os repositores, deve ter
a preocupação de manter o espaço atraente.

Quando se aproxima do linear, o cliente deve ter a visualização imediata


de produtos e marcas, que, expostos na quantidade ideal, contribuem
para a animação e provocam a vontade de compra.

Várias são as perguntas que se devem colocar ao responsável de uma


secção; no entanto, uma vez mais, a principal consiste na definição do
local ideal para expor os produtos mais rentáveis, distribuindo-os dentro
do linear por famílias (grupos de produtos).

O linear e o consumidor

O consumidor gosta de:

• exposição de acordo com o seu trajecto na loja;

• produtos ao alcance visual;

• não encontrar obstáculos que perturbem o ambiente de compra;

• produtos com formato de fácil utilização.

117
Capítulo 5: Merchandising

Figura 62: O linear e o consumidor

Foto gentilmente cedida por:


“L’Okura” - Braga

Pelas suas atitudes, são os consumidores que determinam os chamados


pontos quentes (fortes) e pontos frios (fracos). Conhecendo-os, o
retalhista pode aproveitar os pontos quentes, modificando os pontos
frios.

• Pontos quentes

• gôndolas do lado direito;

• topos de gôndola;

• zonas junto aos produtos de primeira necessidade;

• cruzamento de corredores;

• locais com pouco barulho;

• área das caixas de saída.

• Pontos frios

• gôndolas do lado esquerdo;

• corredores centrais;

• zona de entrada;

• cantos e esquinas;

• locais ruidosos;

• locais mal iluminados.

118
Capítulo 5: Merchandising

Valor dos diferentes níveis de exposição

Em função das diferentes alturas das gôndolas, os níveis das prateleiras


podem ir desde os pés até um pouco acima da cabeça.

Figura 63: Níveis de exposição

É claro que estes níveis não têm todos o mesmo «valor». Um produto
colocado à altura dos olhos ver-se-á bem, não se passando o mesmo se
ele estiver nos extremos ou ao nível do solo.

Nos cestos, vitrinas dos balcões frigoríficos e noutros móveis, o


problema é o mesmo, ainda que menos evidente, visto que o espaço de
apresentação é mais reduzido.

A exposição entre o nível de cintura (+ 1 metro) e o nível dos olhos (+


1,60 metros) é a área de exposição mais observada.
Transparências 70 a 74

Nos EUA e com o objectivo de procurar melhorar a rentabilização dos


produtos, foi desenvolvido um estudo que abordava a exposição em três
níveis:

• nível das mãos – nível intermédio de fácil acesso, basta


estendermos a mão;

• nível dos olhos – ponto de atracção, principalmente para a


colocação dos produtos impulsivos;

119
Capítulo 5: Merchandising

• nível do solo – difícil visibilidade, normalmente utilizado para


produtos de maior dimensão.

A exposição do produto ao nível dos olhos é aquela que vende mais,


sendo responsável por 50% das vendas, seguido do nível das mãos com
30%. Ao nível da cabeça e do solo, o cliente recorre por necessidade,
correspondendo apenas a 10% das vendas.

Figura 64: Estatística do linear

• O estudo considera que um produto que


esteja no nível do chão (1) e seja
mudado para o nível das mãos (2)
aumentará as vendas em 34% .
3
• Se mudar do nível das mãos (2) para o
nível dos olhos (3), aumentará as
2
vendas em 63%.

• Se mudar do nível do solo (1) para o


nível dos olhos (3), aumentará as
1
vendas em 78%.

Os dados referidos são demasiado importantes para não serem


considerados. A sua análise e o seu conhecimento podem contribuir para
rentabilizar o espaço de exposição.

Gestão do espaço de prateleira


Os hábitos de compra dos consumidores mudam e são frequentemente
influenciados pelos mais diversos motivos. A constante procura da
satisfação dos consumidores leva os agentes, produtores, distribuidores
e retalhistas a acompanharem a “evolução do mercado".

Com o aparecimento das grandes superfícies, o consumo passou a ser


influenciado pela exposição dos produtos, pelo espaço dedicado às
marcas, pela iluminação, pela forma de exposição e pela quantidade da
oferta, especialmente, porque mais de metade das decisões de compra
são tomadas no ponto de venda.

No entanto, a maior possibilidade de escolha contribuiu para o aumento


do tempo gasto a fazer compras, o que de certa forma é compensado
pelas lojas de proximidade, uma vez que oferecem:

• serviço (um atendimento personalizado);

120
Capítulo 5: Merchandising

• preços competitivos;

• facilidade de escolha;

• menos tempo gasto a fazer compras.

A gestão do espaço de prateleira é a melhor maneira de facilitar a


escolha e reduzir o tempo de compras dos consumidores.

Porquê gerir o espaço de prateleira?


• espaço de prateleira não é suficiente para manter em linha todos
os produtos do mercado;

• A existência de produto em stock significa maior capital


investido;

• Evitar a ruptura de stocks;

• Facilitar a escolha do consumidor (maior rapidez / facilidade de


compra).

Que risco apresentam as rupturas?


Num estudo efectuado a um grupo de consumidores, concluiu-se que
em 100 clientes que visitam uma loja e não encontram o seu produto:

• 16 mudam de tamanho;

• 20 mudam de marca;

• 22 esperam;

• 42 mudam de loja!

A solução é fazer uma gestão eficaz do espaço de prateleira.

Como funciona a gestão de espaço da prateleira?


1º Recorre-se ao sortido de produtos (definido pelo retalhista).

O retalhista deve ter em conta as necessidades dos seus


clientes/consumidores e também às quotas de mercado dos produtos.

121
Capítulo 5: Merchandising

2º Desenvolve-se a estrutura da prateleira (onde se colocam os


produtos) conforme a distribuição do mercado por grupos de
consumidores (segmentos de mercado).

No que respeita à estrutura, devem considerar-se as quotas de


mercado, reservando as melhores prateleiras para os produtos líderes e
para as marcas próprias, devendo ainda reservar-se as prateleiras mais
altas para os produtos de preço mais elevado e as prateleiras de baixo
para os produtos mais baratos.

Os principais benefícios de uma boa gestão de prateleira são, entre


outros:

• aumento dos lucros em virtude da maior rotação dos produtos


líderes;

• a garantia da satisfação das necessidades dos consumidores;

• a melhor utilização (optimização) dos stocks, sem rupturas e sem


stocks excessivos;

• aumento da rotação dos stocks.

Deverá ainda considerar-se o aparecimento de novas marcas, que


geram experimentação e curiosidade nos consumidores.

Para fazer uma correcta colocação de marcas na prateleira é necessário


perceber como actua e pensa o consumidor.

Por exemplo:

de acordo com os estudos elaborados e desenvolvidos por uma


multinacional que comercializa champôs, concluiu-se que o consumidor
atribui maior importância à função do produto, depois à marca, às
características específicas (sub-segmentos) do produto, à referência e
ao tamanho.

Assim, concluiu-se que, relativamente ao mercado dos champôs, há


cinco grandes grupos de clientes (segmentos-chave):

• saúde/tratamento;

• anti-caspa;

• cosmética;

• suavidade;

122
Capítulo 5: Merchandising

• familiar.

A separação dos segmentos é importante, mas deve ser também


definido o sub-segmento (2 em 1 ou 1 em 1), devendo este último estar
mais próximo dos amaciadores de cabelo.

Uma vez bem definida a estrutura da prateleira, resta ao consumidor


identificar a marca e a referência (normais, oleosos, secos, ...) que
pretende e o tamanho de acordo com o número de utilizadores ou a
frequência das lavagens.

Fica, desta forma, perfeitamente facilitada a escolha do consumidor e o


tempo gasto torna-se irrelevante.

Nas lojas onde o espaço dedicado a esta categoria é amplo, sugere-se


ainda uma colocação vertical, que produz o efeito "mancha", uma
divisão de marcas por prateleiras e o posicionamento dos
formatos/tamanhos. De salientar a crescente procura dos tamanhos
grandes por parte dos consumidores.

Pelas fotos 1 e 2 (antes e depois da colocação no espaço de


prateleira, respectivamente) é visível a atracção que uma correcta
disposição dos produtos proporciona ao consumidor.

Figura 65: Gestão da prateleira

Foto 1

Foto 2

123
Capítulo 5: Merchandising

Tipos de exposição

Verticalização
Consiste em colocar os produtos no linear, em pelo menos duas
prateleiras, no sentido vertical.

Figura 66: Verticalização

Foto gentilmente cedida por: Maconde/Braga

Vantagens:

• permite maior “mancha”;

• permite agrupar melhor, o mesmo produto, por tamanhos

Desvantagem:

• produtos expostos ao nível do solo com poucos facings


(parte da embalagem que identifica o produto, ou seja,
aquela que o consumidor deve ver), correm o risco de não
se verem.

124
Capítulo 5: Merchandising

Horizontalização
Consiste em expor o produto no linear, no sentido do andamento do
consumidor.

Figura 67: Horizontalização

Foto gentilmente cedida por:


SOLNORTE SUPERMERCADOS - Braga

Vantagens:

• em prateleiras, ao nível dos olhos, permite expor em


comprimento e assim ter o produto mais tempo em
contacto com o olhar do consumidor;

• aproveita a tendência do consumidor de olhar mais


facilmente da esquerda para a direita, do que, de cima
para baixo.

Desvantagem:

• produtos, ao nível do solo, têm linear fraco.

125
Capítulo 5: Merchandising

Animação no ponto de venda


Quando o consumidor não vai ao ponto de venda, o ponto de venda terá
que ir ao consumidor.

O consumidor procura animação e sedução nos locais que escolhe para


fazer as suas compras, bem como novas sugestões de espaços de
venda, que marcam a diferença pela forma como abastecem e
correspondem às necessidades e expectativas dos consumidores.

Se não houver animação no ponto de venda, o consumidor não terá


mais nada para observar na loja, a não ser os preços e os produtos; ao
fim de poucos minutos, está desejoso de comprar o que precisa e
abandonar o ponto de venda; assim acaba por comprar, pura e
simplesmente, o que leva na ideia.

Objectivos

Os objectivos da animação no ponto de venda são os seguintes:

• dinamizar o espaço;

• atrair o cliente;

• motivar o cliente para a compra;

• aproximar do cliente ao produto;

• descontrair o cliente;

• evidenciar um ponto específico.

Técnicas utilizadas para a animação no ponto de venda

Para animar um ponto de venda, o animador tem à sua disposição


várias técnicas:

• promoções;

• animações no local de venda;


Transparências 75/76/77
• publicidade no local de venda (PVL).

126
Capítulo 5: Merchandising

1 Promoções

Quando o retalhista prepara o seu plano de promoções deve estar a par


do que se passa no mercado, pois os fabricantes investem somas
elevadas na promoção e na publicidade dos seus produtos.

Para dar a conhecer as promoções realizam-se várias formas de


comunicação com o consumidor:

• Cartaz mensagem – serve para publicitar as referências


especificas do produto (ex.: o lançamento de um produto).

• Cartaz institucional – chama a atenção para os produtos ou


marcas.

• Cartaz promocional – é utilizado exclusivamente para


anunciar promoções (ex.: reduções de preços).

O material da promoção deve ser simples, mas original, dinâmico e


associado a outros meios de publicidade, aumentando e valorizando a
percepção que o cliente tem do produto.

É importante o papel da promotor ou animador no ponto de venda, pois


estabelece a ligação entre a força de vendas e as promoções de venda.
As tarefas mais comuns aos promotores são as seguintes:

• prospecção de clientes;

• demonstração, exemplificação ou degustação (prova);

• ofertas de brindes e amostras;

• fornece informações e esclarece dúvidas acerca dos artigos;

• facilita a venda.

O profissionalismo do promotor é muito importante, pois a imagem que


transmitir, poderá influenciar positivamente ou não a atitude dos
consumidores com o ponto de venda.

2 As animações no local de venda

Uma loja, por muito que venda ou por muitos clientes que tenha, não
pode e nem deve, ser monótona. Devem existir em cada loja períodos
de animação que atraiam, renovem o interesse e curiosidade da
clientela.

127
Capítulo 5: Merchandising

Um conjunto de animações bem sucedidas dá uma boa imagem aos


comerciantes e significa um aumento de fluxo de consumidores
satisfeitos.

2.1 A animação permanente

A animação permanente diz respeito a tudo quanto possa tornar o


espaço de venda atractivo e entusiasmante, promovendo sucessivas
visitas dos clientes e gerando a fidelização pela distinção.

A animação permanente implica a existência de um conjunto de


condições das quais se destacam:

• iluminação;

• som;

• decoração;

• cartazes e painéis de sinalização.

2.2 A animação pontual ou temporária

A animação pontual ou temporária tem como objectivo activar as


vendas de um ou vários produtos, num determinado momento,
pretendendo-se o seu escoamento ou o desenvolvimento da sua
notoriedade.

O ponto de venda deve criar acontecimentos mesmo quando estes


não existem oficialmente no calendário.
Transparências 78/79

• Abertura e aniversário da loja:

• divulgar previamente, através da P.L.V.;

• escolher alguns produtos e promovê-los

• fazer sorteios, jogos e concursos;

• não deve durar mais de uma semana.

128
Capítulo 5: Merchandising

• Dias do pai e da mãe:

• Os produtos alusivos às datas devem ser


preparados com antecedência

• autocolantes alusivos à data, colados em


perfumes, garrafas e outros, para escoar produtos
que de outra forma ficariam na prateleira.

• Dia da criança:

• Os lojistas devem-se lembrar que as crianças têm


uma força incrível para "obrigar" os pais a
comprar. Durante a primeira semana de Junho,
deve-se dar uma atenção especial, por exemplo,
oferecendo um balão ou rebuçado.

• Ao mesmo tempo, deve assinalar-se a data com


cartazes. Crianças e pais gostarão.

• Natal:

• criar um ambiente propício à compra;

• criar zonas de atracção: brinquedos, perfumes,


confeitaria, têxtil, etc.;

• planificar com antecedência a decoração da loja, o


anúncio das promoções e a composição do sortido;

129
Capítulo 5: Merchandising

• Santos populares:

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA
COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

• existem zonas do país, onde a época é muito


importante e festejada, logo deve ser assinalada;

• fazer promoções de charcutaria e vinhos;

• oferecer manjericos (S. João).

• Dia de Reis:

• pode ser assinalado com uma exposição alargada


de vinho do porto e bolo rei;

• a acção deve ser divulgada logo após a passagem


do ano.

130
Capítulo 5: Merchandising

• Férias:

• expor com destaque os


produtos sazonais
(bronzeadores, calções de
banho, toalhas de praia, etc.)

• promover e destacar bebidas


refrescantes.

• decorar a loja com alegria


(dar-lhe um ar fresco)

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

• Regresso às aulas:

• aumentar o sortido de artigos de papelaria;

• expor as últimas novidades.

• Dia dos namorados: I

• sorteios de jantares, bolos e garrafas de


champanhe;

• sortido de artigos alusivos ao dia;

• cupões de desconto.

Uma ideia da ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE


BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E
SERVIÇOS, para o Dia dos Namorados

131
Capítulo 5: Merchandising

Existem outros acontecimentos que poderão ser assinalados com


animação na loja.

O Carnaval, a festa da cerveja, as vindimas, o dia da mulher, a Páscoa,


a feira dos queijos, S. António, etc., são alguns exemplos de como se
pode comemorar com o cliente.

Para criar os acontecimentos o animador deve ter à sua disposição


vários meios:

• os meios físicos – balcões, cestos, pequenos expositores


nos balcões, gôndolas, «ilhas», televisores, vitrinas,
escaparates, anúncios luminosos, expositores, mostruários,
cartazes, etc.;

• meios psicológicos – os preços de choque, as ofertas


agrupadas, apresentação do produto em vários locais
diferentes, etc.;

• meios de estímulo – criação de cenários (ambientes


especiais, personagens, etc.), mensagens e audiovisuais para
provocar a compra;

• os homens – animadores de jogos, passatempos, concursos


e de stands de demonstração, a presença de uma “estrela”,
etc.

3 A publicidade no local de venda (P.L.V.)

A publicidade no local de venda deve ser feita recorrendo a material


diverso, colocado quer no espaço exterior quer no espaço interior.

Os cartazes, por exemplo, devem criar ambiente e preparar o cliente,


informando-o e dando-lhe conta da redução do preço ou da condição
oferecida.

Na elaboração do cartaz é importante combinar várias cores. É


conveniente que as letras das mensagens e os números sejam escritos à
mão, de modo a dar uma ideia de espontaneidade e de alteração súbita.

O animador do ponto de venda deve ter os seguintes cuidados na


realização e afixação da P.L.V.:

• dimensões (mínimo 40 x 50);

132
Capítulo 5: Merchandising

• altura (+ 2,20 m);

• iluminação com impacto;

• estar junto ao produto;

• indicar claramente o que se pretende;

• provocar impacto.

Na elaboração de qualquer P.L.V., deve haver o cuidado de estudar


previamente o material a usar.

A maior parte das vezes o “barato sai caro”. Além de ser conveniente
utilizar o papel que tenha rigidez suficiente para não dobrar, deve existir
a preocupação com as cores a utilizar.

A criatividade é fundamental, mas o conhecimento do simbolismo das


cores ajuda a tornar a P.L.V. mais atraente e a aumentar o impacto.

O animador pode utilizar no ponto de venda o seguinte material


publicitário:

• cartazes;

• balões;

• anúncios publicitários;

• expositores;

• vídeos;

• stoppers ou raquetes de sinalização

• setas;

• folhetos;

• som;

• bandeirolas.

133
Capítulo 5: Merchandising

A animação de rua

O desenvolvimento de acções de promoção e animação do ponto de


venda é cada vez mais usado. Algumas empresas começam a apostar
noutras formas de animação que “façam parar”, atraiam e motivem o
cliente potencial, como sejam as animações de rua.

A animação de rua, pela sua naturalidade, permite dirigir e concentrar


acções sobre populações alvo devidamente seleccionadas.

A caracterização da iniciativa passa pela escolha do cenário, “artistas” e


dos promotores/animadores (devem ser praticantes da arte da
comunicação).

A mensagem deve passar de forma natural, com entusiasmo; a


localização no espaço e no tempo são importantes.

A música intercalada por spots publicitários ao próprio ponto de venda


no exterior da loja é apelativa e ao mesmo tempo cria um ambiente
relaxante a quem por ali passa.

Ponto de venda à medida das crianças

É fundamental para o merchandising saber como as crianças vêem o


ponto de venda. Para isso é necessário conhecer as cores, os espaços e
as técnicas a que dão atenção.

Figura 68: Montra Natal/Crianças

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

Para atrair crianças e pais a um ponto de venda, não basta ter os


produtos certos. É necessário que estejam colocados nos sítios certos:

134
Capítulo 5: Merchandising

as novidades ao alcance dos olhos e das mãos dos pequenos


consumidores, deixando junto das prateleiras com artigos para o público
adulto os produtos também para crianças, mas aos quais os pais dão
atenção.

Figura 69: Espaço à medida das crianças

Foto gentilmente cedida por:


Maconde - Braga

As crianças preferem as lojas que lhes dedicam especial atenção e as


fazem sentir-se bem, seja pela simpatia dos empregados ou pelo
ambiente da loja, ou aquelas que têm uma grande variedade de todos
os produtos de que tanto gostam.

As crianças não compram, mas influenciam os pais a comprar. O ideal é


oferecer-lhes presentes, como rebuçados, chupa-chupas ou balões, e
organizar o espaço da loja de forma a facilitar a visita, com carrinhos de
compras pequenos e chamar- lhes a atenção.

Os pais que têm de fazer compras com os filhos preferem as lojas com
corredores largos e portas automáticas (para que possam circular com
os carrinhos de bebé) e com zonas onde os possam deixar enquanto
estão na loja.

135
Capítulo 5: Merchandising

A MacModa (Maconde) é um dos exemplos de como criar um espaço


para agradar às crianças, com a criação de um ambiente divertido
graças às playlands; a MacDonalds é outro exemplo, que acrescenta às
playlands o Happy Meal e a oferta de brindes que apelam ao
coleccionismo e a visitas posteriores ao restaurante.

A melhor forma de dispor os produtos no linear é colocar todas as


novidades dirigidas aos mais pequenos ao nível dos seus olhos e das
mãos, deixando tudo o que é educativo para as prateleiras mais altas,
uma vez que são os pais que escolhem esse tipo de produtos. Por
exemplo, uma livraria deve colocar as aventuras mais recentes dos
heróis da televisão nas prateleiras mais baixas, deixando os clássicos
para os níveis mais altos. No caso dos brinquedos, embora os pais
façam uma pré-selecção e sejam eles a comprar, quem tem a última
palavra são as crianças. Por isso, devem estar fora das caixas para que
os possam experimentar.

Figura 70: Imaginarium

Foto gentilmente cedida por:


Imaginarium - Braga

Neste ponto de venda os


brinquedos estão fora das caixas
para serem experimentados.
Imaginarium - BragaParque
Ficha de Trabalho 26

As crianças olham para tudo o que está ao nível dos olhos, mas também
prestam atenção ao chão, o que dá aos marketeers um vasto espaço de
acção para explorar. A maior parte percepciona o ponto de venda com
cores alegres, sendo o encarnado a cor predominante, seguindo-se o
verde, azul e laranja.

136
Capítulo 5: Merchandising

Erros correntes no ponto de venda

Montras descuidadas e sem impacto

A montra é o cartão de visita do comerciante. As montras descuidadas e


sem impacto contribuem para uma má imagem do ponto de venda e não
convidam a conhecer o interior. Se o consumidor não entrar, não
compra.

Figura 71: Montras descuidadas

As montras descuidadas e sem impacto «não vendem».

Entrada confusa, cheia de caixas vazias, lixo, etc.

Como o espaço é precioso, a entrada deve ser ampla e dar a sensação


de cuidada. Portas apertadas não convidam a entrar.

O exterior e o interior da loja devem estar sempre limpos. O lixo e as


caixas, devem ser postos à porta ou num local apropriado, depois da
hora do fecho.

Os degraus podem ser um obstáculo para alguns clientes (idosos,


deficientes, etc.), que pretendem entrar no ponto de venda. Se o
cliente não se pode deslocar, não vai, logo, não compra.

137
Capítulo 5: Merchandising

Promoções com preços que não correspondem à realidade

O cliente actual não costuma perdoar este tipo de atitudes, pois sente-
se “traído”. Recuperar um cliente é muito mais difícil do que conseguir
um novo.

Reposição feita no horário de maior tráfego

Como todas as lojas têm os seus pontos de maior concentração de


consumidores, deve haver muito cuidado com a reposição e o seu
horário.

Repor com clientes na loja, dá uma péssima imagem e cria confusão.

Preços promocionais que se mantém após a promoção

Quando as promoções acabam, o preço do produto tem de ser alterado


porque:

• se o preço permanece para além da promoção anunciada, afecta


a credibilidade das próximas promoções;

• se o preço promocional permanecer durante muito tempo, o


cliente habitua-se e não vai aceitar o seu aumento.

Uma promoção deve fazer sentir ao consumidor uma vantagem em ter


ido à loja em determinado momento.

Presença de produtos sem rotação no linear durante muito


tempo

As vendas dos produtos com fraca rotação devem ser dinamizadas, para
evitar que o consumidor descubra a presença dos “monos” no linear e os
rejeite.

138
Capítulo 5: Merchandising

Prateleiras com espaços vazios

Os espaços vazios das prateleiras devem ser rapidamente ocupados.

Os clientes consideram que os espaços vazios são originados pelo


desleixo e má organização do ponto de venda.

Figura 72: Gestão da prateleira

Os espaços sem produtos devem ser preenchidos

Mudar os produtos constantemente de lugar

O consumidor quando não encontra o produto no seu lugar habitual,


pensa que houve uma ruptura no stock. Se não encontrar um produto
semelhante, pode abandonar o ponto de venda insatisfeito.

Qualquer mudança deve ser previamente estudada e assinalada.

Produtos amolgados e com rótulos rasgados

O consumidor não vai comprar produtos que lhe deixem dúvidas em


relação ao seu interior, pois se o exterior está assim, o interior pode
estar pior. Além de não comprar, vai achar que há desleixo.

139
Capítulo 5: Merchandising

Música ambiente irritante e alta de mais

O volume do som da música ambiente não deve incomodar o cliente,


pois tal tira-lhe a vontade de permanecer na loja. Quanto menos tempo
estiver na loja, menos compra!

Não deixar colocar expositores na loja

Os expositores contribuem para aumentar as vendas, pelo que pode ser


um erro no deixar colocá-los.

Devem ser encarados como vendedores invisíveis para tirar partido


do investimento que o fabricante realizou.

Ficha de Trabalho 27

140
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Atendimento e Venda
Atendimento

Venda
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Atendimento

A importância do Atendimento
Muitos vendedores terão falhado, ao longo da sua actividade
profissional, na concretização de variadas vendas. Se fizeram uma auto-
avaliação da sua conduta em todo o processo de negociação, terão
verificado, certamente, que muitas dessas vendas não se concretizaram
porque alguma coisa falhou ao nível do atendimento.

Não poderá separar-se, nunca, o atendimento de todo o processo de


negociação. O que o vendedor deve fazer é interrogar-se, sempre, sobre
o momento em que a negociação terá falhado e se tal se deveu ou não a
deficiente atendimento.

Cada vez mais, o atendimento é sinónimo de qualidade, proporcionando,


um maior volume de vendas. Transparência 80

Figura 73: Atendimento V’s Vendas

Atendimento

Qualidade

Vendas

142
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Considerando que:

• o atendimento pode funcionar como imagem de marca

• um deficiente atendimento pode contribuir para degradar a imagem


da empresa, deitando por terra todos os esforços comerciais
anteriores

o vendedor e a empresa, tudo devem fazer para que, através de um


bom atendimento, os visitantes sejam transformados em clientes. É
este, no fundo, o seu objectivo fundamental.

Podemos falar de um bom ou mau atendimento, entre muitas outras


situações que marcam a actividade comercial de uma qualquer empresa,
aquando por exemplo:

• do acolhimento de um cliente

• da recepção de um visitante na empresa

• de um contacto telefónico

Transparência 81

143
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Princípios básicos para um bom Atendimento do


Público

Figura 74: Atender

“Atender é mostrar imediatamente que se


está disposto a atender.”

In “Saber Acolher os Clientes”

Quem pretende vender um produto ou serviço, não deve esquecer-se


que a relação que vai estabelecer com o cliente vai depender das
técnicas ou regras utilizadas nesse processo de relacionamento.

Se o objectivo de um bom atendimento é transformar o visitante e o


curioso em cliente, em comprador, importa ter presente um conjunto de
princípios básicos:

1 Preocupe-se com a sua aparência pessoal

2 Preocupe-se com o espaço onde vai receber o cliente

3 Receba o cliente com um sorriso e cumprimente-o

4 Identifique-se imediatamente

5 Se for conveniente, solicite o nome ao Cliente e trate-o como tal

6 Mantenha-se imediatamente disponível para o cliente, mas respeite


a sua liberdade de acções e movimentos - mostre ao cliente que
está ali para o ajudar e não para o incomodar

7 Utilize a técnica de perguntas para identificar e melhor compreender


as necessidades e os desejos dos clientes

8 Informe o cliente das solução que se adaptam às suas necessidades

9 Se não puder responder eficazmente ao cliente, empenhe-se


pessoalmente no encaminhamento e contactos necessários

10 Mantenha uma atitude positiva na despedida, mesmo que o cliente


não tenha comprado nada, demonstrando total disponibilidade.

144
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Figura 75: Princípios Básicos do atendimento

educação

eficácia

postura

optimismo

clareza

competência

disponibilidade

conhecimento

Transparência 82

O Atendimento dos Visitantes na empresa


Normalmente, as áreas de atendimento na empresa estão facilmente
identificadas, nomeadamente, através de uma recepção; contudo, nem
sempre cuidada.

No entanto, por vezes, pode haver necessidade de receber um visitante


na empresa numa outra área que não a recepção. É importante dar
atenção a este aspecto, porque pode transformar um visitante num
cliente.

Deve reforçar-se a ideia de que o atendimento do visitante deve ser o


mais cuidado possível, independentemente do lugar onde ocorra.

145
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Aspectos a ter em conta:

• Antes da visita, encontro ou reunião

• se vai atender um cliente na empresa, disponibilize-se


imediatamente para o informar e esclarecer de quaisquer
dúvidas que possa ter no percurso a fazer;

• para evitar problemas na sua chegada, facilite-lhe o


estacionamento do automóvel; caso venha de transportes
públicos, disponibilize-se para o seu transporte até à empresa.

• O atendimento na recepção

• quem está responsável pelo atendimento, deverá


disponibilizar-se imediatamente para o visitante, colocando de
parte outras actividades secundárias;

• a pessoa que o vai receber deve ser avisada logo que


possível;

• o espaço onde visitante vai aguardar deve ser acolhedor e


confortável;

• sugira ao cliente a disponibilidade para um café ou outra


bebida;

• deverá possibilitar ao visitante revistas e jornais recentes e


em bom estado;

146
Capítulo 6: Atendimento e Venda

• informe o cliente da eventualidade de esperar um pouco; é


preferível, do que avisá-lo constantemente, de cinco em cinco
minutos.

Quando atender o visitante no seu escritório:

• preocupe-se com o conforto da cadeira e mesa ou secretária;

• evite que esta tenha um aspecto desagradável, o que


transmite a imagem de uma pessoa desleixada,
desorganizada;

• disponibilize papel e canetas para tomar notas ou registar


informações;

• comunique internamente da sua indisponibilidade para


atender telefonemas ou outras situações e não se esqueça de
desligar o telemóvel.

O Atendimento telefónico
Sempre que um telefone toca, é preciso atendê-lo de imediato. Nem
sempre é possível, é o que dirá a maioria dos responsáveis pelas
pequenas e micro-empresas. No entanto, é absolutamente necessário
ter presente que a imagem da sua empresa passará, também, pela
qualidade e eficiência do seu atendimento telefónico.

Quem está do outro lado da linha não vê

que estamos ocupados!

Frequentemente, depois de muitos toques do outro lado da linha,


imaginamos que a empresa está encerrada ou acabou por fechar. Na
maior parte das vezes, não é o caso. Poderá ser o resultado de uma
falta de formação do pessoal.

Para um bom atendimento telefónico, é fundamental considerar os


seguintes procedimentos:

147
Capítulo 6: Atendimento e Venda

• identificar o contacto o mais rapidamente possível;

• compreender o objectivo do contacto telefónico e encaminhá-lo


para a pessoa e/ou departamento certo, caso seja possível ou
justificável;

• abreviar o mais possível o contacto, sem que o ponha em causa,


com o objectivo de descongestionar a linha – neste caso, deve
marcar um novo contacto, sob consentimento da pessoa com
quem está a falar (interlocutor), registando o seu nome e nº de
telefone; dar-lhe-á algum tempo para recolher a informação
necessária;

• evitar o ping-pong da chamada – é extremamente desagradável,


para o interlocutor, que a sua ligação passe de pessoa para
pessoa, sem respostas concretas;

• identifique-se sempre pelo nome e apelido – ex. “Boa tarde, fala


Mariana Tomás”;

• sorria ao telefone – apesar de não ver o seu interlocutor, este


apercebe-se da sua atitude e postura;

• use frases curtas e positivas

• não utilize expressões com carga negativa – ex. “qual é o seu


problema?”;

• não corte a palavra ao seu interlocutor – se este fugir do assunto,


oriente-o para o objectivo do contacto;

• nunca responda, quando receber um telefonema para um


funcionário que está ausente: “está a almoçar”, “ainda por cá não
passou”, mesmo que seja o caso; é preferível perguntar se pode
dar-lhe a informação que pretende – ex. “em que posso ser-lhe
útil?”; pode propor-lhe um novo contacto, inclusivamente,
quando se prevê algum tempo de espera ou quando surge uma
outra chamada – caso se justifique, antecipe-se, telefonando-lhe;

• não se esqueça de agradecer ao seu interlocutor por ter


telefonado

Transparência 83

148
Capítulo 6: Atendimento e Venda

O tratamento de reclamações

Figura 76: Tratamento de reclamações

“Um cliente descontente que lhe escreve ou lhe telefona é


um cliente salvo.”

in “Saber Acolher os Clientes”


François Coindreau, Presidente da Findus

Talvez esta afirmação queira dizer, objectivamente, que dar a devida


atenção ao tratamento de uma reclamação poderá traduzir-se numa
opinião menos negativa relativamente ao vendedor ou à empresa.
Poderá afirmar-se, inclusivamente, que em certos casos o cliente acaba
por preferir o produto X ou a empresa Y porque o tratamento da sua
reclamação correspondeu às suas necessidades.

Não dar a devida atenção a uma reclamação, poderá ter consequências


desagradáveis, tais como:

• apresentação de acções judiciais;

• má fama, através dos media e publicidade boca a boca;

• perda de clientes, traduzindo-se em menor volume de vendas.

Quando se tratam reclamações, devem ter-se em conta as seguintes


regras:

• dar oportunidade ao cliente de expor a reclamação, dando-lhe a


devida atenção

• tentar resolver o problema do cliente imediatamente;

• ter em conta que uma reclamação pode ter implicações legais;

• nunca tirar conclusões apressadas e sem fundamento, nem discutir


com o cliente;

• tomar nota de todos os detalhes da reclamação para que o cliente se


aperceba de que o problema está a ter a devida atenção, por um

149
Capítulo 6: Atendimento e Venda

lado, e que um bom procedimento do tratamento de reclamações


pode evitar situações futuras menos agradáveis;

• investigar totalmente todas as reclamações;

• oferecer soluções alternativas ao cliente;

• identificar a solução que melhor agrada ao cliente, no sentido de dar


resposta aos seus desejos e necessidades;

• verificar se todos os funcionários da empresa procedem de forma


semelhante e adequada no tratamento de reclamações.
Transparências 84/85

Exemplo:

Numa quente tarde de Julho, num determinado estabelecimento


comercial registava-se uma temperatura ambiente elevadíssima, já que
o mesmo não possuía ar condicionado. Determinado cliente, fortemente
incomodado pelo desagradável ambiente, desistiu de efectuar a compra
pretendida, abandonando o estabelecimento.

Resolveu, contudo reclamar, até por achar desumanas


as condições ambientais dos funcionários do referido
estabelecimento.

A gerência da empresa em causa respondeu ao cliente, por escrito:

“Acusamos a vossa reclamação, a qual desde já muito


agradecemos.

Muitas vezes, por motivos alheios à nossa vontade, surgem-nos


situações que são do desagrado dos nossos Clientes.

Deste modo, pedimos imensa desculpa pelas condições ambientais


encontradas. Estamos a desenvolver esforços no sentido de muito
rapidamente resolvermos a situação que, como refere, pode
tornar-se menos agradável para os Clientes, bem como para os
nossos colaboradores.

Conscientes da necessidade de apostar cada vez mais num serviço


de qualidade, tudo faremos para darmos resposta eficaz às
necessidades dos nossos Clientes, registando as suas sugestões,
como é o caso da apresentada por V.Exa.”

150
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Esta poderá ser uma solução de tratamento da reclamação acima


referida. Contudo, cada caso justifica um tratamento específico, sendo
necessário medir bem as implicações que uma reclamação e o seu
tratamento podem envolver.

Ficha de Trabalho 28

151
Capítulo 6: Atendimento e Venda

A venda
Para ter sucesso, o vendedor deve conhecer o produto, o mercado e a
sua própria empresa.

Por outro lado, deve ser delicado, atencioso, prestável e organizado,


principalmente, ao nível da gestão do tempo e dos meios e recursos
disponíveis.

A preparação da venda
A venda falha, em muitos dos casos, porque não foi suficiente e/ ou
cuidadosamente preparada.

Figura 77: Preparação da venda

a preparação da venda

é a chave para o sucesso

Transparência 86

Nesta perspectiva, o vendedor – aquando da preparação de uma visita


ao cliente, por exemplo, deve reflectir num conjunto de questões:

• Quem é o cliente? Quem vai comprar?

• Quem tem o poder de decisão? A quem cabe, no fundo, a decisão


de compra?

152
Capítulo 6: Atendimento e Venda

• Que opinião e imagem tem o cliente da minha empresa? É


favorável, negativa ou indiferente?

• O que lhe interessa verdadeiramente?

• Quais são os aspectos que ele mais valoriza?

E tem de definir:

• Objectivos da Visita

• Estratégia

• Instrumentos

As diferentes fases da venda


A venda concretiza-se desde que sejam cumpridas, com sucesso, todo
um conjunto de etapas ao longo do processo de negociação:

1 Contacto

2 Identificação

3 Demonstração

4 Concretização

5 Consolidação Transparências 87/88

Todas elas são necessárias e desenvolvem-se de forma sequencial.


Poderá ser arriscado não dar a devida atenção a algumas delas, no
sentido de avançar rapidamente no processo de negociação. É
fundamental que se avance com segurança.

Um vendedor demasiado ansioso, pode ser tentado a avançar


rapidamente, sem que tenha atingido algumas das etapas básicas do
processo.

Todas são importantes, dado que a concretização de cada uma delas


tem determinados objectivos específicos que importa atingir.

153
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Contacto

A primeira etapa é extremamente importante. A primeira abordagem se


não for devidamente cuidada, pode comprometer todo o processo de
negociação. Trata-se do momento em que é preciso estabelecer um
clima de confiança entre o vendedor/empresário e o cliente.

Ao nível da comunicação não-verbal, deverá preocupar-se, por


exemplo, com o seguinte:

EVITE ADOPTE

não olhar para o cliente olhar directamente para a outra


pessoa

desviar o olhar sorrir suavemente

cruzar as mãos manter as mãos abertas

cruzar os braços não cruzar os braços

esfregar muitas vezes o nariz, a evitar os “tiques”


orelha ou os olhos

cruzar as pernas não cruzar as pernas

apontar o dedo para o cliente evitar os gestos em excesso

pestanejar com frequência não pestanejar

distanciar-se do cliente aproximar-se do cliente


encostar-se para trás na cadeira inclinar-se suavemente para a
frente

levantar-se enquanto o cliente esperar que o cliente se levante


está sentado

Tabela 19: Atendimento/Comunicação não-verbal

154
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Ao nível da comunicação verbal

EVITE DIGA ANTES

utilizar expressões com carga “posso ajudá-lo?”


negativa

ex. “algum problema?”

utilizar expressões no pessoal “qual a sua opinião?”

ex. “na minha opinião”

Tabela 20: Atendimento/Comunicação verbal

Quando se trata de uma visita ou entrevista, é importante considerar-se


nesta fase, entre outros, os seguintes aspectos:

• saudação;

• apresentação, identificação – nome próprio, apelido, cargo,


empresa;

• agradecimento – agradecer ao cliente pela sua disponibilidade e


aceitação da entrevista ou da visita;

• definição da razão da entrevista ou da visita;

• estabelecimento da respectiva duração.

155
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Identificação

É imprescindível que o vendedor conheça verdadeiramente o cliente, as


suas motivações e desejos, as suas necessidades. Só assim, poderá
responder eficazmente.

Só pode garantir-se a qualidade do serviço ao cliente se forem


identificadas as suas necessidades. Como descobri-las?

• Recolhendo informação, por exemplo, nas diferentes visitas ao


cliente;

• Observando e questionando o seu meio envolvente;

• Incitando-o a falar.

Como? Fazendo-lhe perguntas adequadas.

Tipos de perguntas:

• Pergunta abertas – quando se pretende saber algo mais e o máximo


de informação. Normalmente, começam por – o quê, o que, quem,
como, onde, quanto, etc..

• O que acha desta possibilidade?

• Como é que deseja pagar?

• Pergunta fechada – quando se pretendem respostas curtas do tipo


sim, não ou talvez.

• Quer dez embalagens?

• Pergunta alternativa – pode ser mais eficaz, porque orienta o


cliente para a resposta.

• Prefere pagar a pronto ou a crédito?

156
Capítulo 6: Atendimento e Venda

• Pergunta devolvida – às vezes, não é conveniente responder ao


cliente, sendo preferível devolver-lhe a pergunta.

• Pergunta do cliente: qual a sua opinião sobre aquela


marca?

• Resposta (pergunta) do vendedor: tem alguma ideia


formada sobre essa marca?

• Perguntas de insatisfação – permitem descobrir se os problemas


potenciais são problemas reais para o cliente, levando-o a
manifestar a sua insatisfação.

• Como é que age quando avaria um electrodoméstico?

• Perguntas de reformulação – são necessárias quando é preciso, por


exemplo, provar que uma solicitação do cliente foi compreendida ou
confirmar uma informação.

• Se bem entendi, o que o Sr. deseja é...?

• Perguntas de clarificação – são fundamentais quando o cliente faz


algumas afirmações que importa esclarecer.

• Afirmação do cliente: a vossa empresa está a funcionar


muito mal!

• Pergunta do vendedor: a que aspecto está a referir-se?

Não deve esquecer-se que há clientes interessados, outros, pouco ou


nada interessados, uns práticos, outros mais económicos e sensíveis ao
preço. Por outro lado, há clientes que são agressivos, há clientes mais
tímidos, introvertidos, outros extrovertidos, mais faladores e outros
mais ingénuos, pouco conhecedores. Neste último caso, o vendedor
nunca deve aproveitar-se dessa situação.

Pretende-se realçar o facto de que cada situação, cada cliente, deve


justificar uma estratégia e acção concretas ao nível da identificação,
descoberta, conhecimento e compreensão das suas necessidades,
desejos e motivações, possibilitando, assim, respostas mais eficazes.

157
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Demonstração

É nesta etapa que surge a importância da argumentação – o vendedor


deve argumentar em função das argumentações do cliente. É
fundamental que o vendedor baseie a sua argumentação, sempre que
possível, em números e factos, e avalie as reacções do cliente através
de perguntas de reformulação, entre outras regras que importa ter em
conta.

Figura 78: Demonstração da Venda

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

É nesta fase que surge a importância da argumentação.

Figura 79: Argumentação

O seu principal objectivo consiste em mostrar os


benefícios e as vantagens respeitantes a
determinado produto. A argumentação mais eficaz é
aquela que é feita em função da argumentação do
próprio cliente

A argumentação desenvolve-se em três tempos:

• definição das características do serviço ou do produto – “O


que é isto?”

• apresentação da vantagem geral – “para que serve?”

158
Capítulo 6: Atendimento e Venda

• apresentação da vantagem específica – “que contributo traz?”


– deve ser apresentada à medida do cliente, ou seja, em
função do seu argumento.

Exemplo:
Transparência 89
Vantagem Específica
“que contributo traz?”

Ficha de Trabalho 29
“...uma das formas de prestar
um serviço mais personalizado,
como pretende,
automaticamente”

Vantagem Geral
“para que serve?”

“...é ter a possibilidade de agrupar as


fotocópias dos seus clientes sem
perder tempo”

Característica do Produto/Serviço
“quais são as suas características”

“Para tal, é necessária uma fotocopiadora


que tenha separador de fotocópias
automático. É o caso desta MXT 970”.

Ao argumentar com o cliente, é muito importante tratar adequadamente


as suas objecções, como por exemplo:

Objecções do cliente: Possíveis soluções:

“Não me parece que este produto Fazer referência a casos


solucione o meu problema” anteriores, de clientes com as
mesmas reacções, que
acreditaram e estão satisfeitos

“Ainda não é bem isto que eu Reformular, utilizando expressões


pretendo” e palavras que minimizem a
objecção e valorizem as
potencialidades do produto

159
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Concretização

É nesta fase que o vendedor deve perceber os sinais de compra


manifestados pelo cliente, tendo em conta as suas perguntas, reacções,
verbais e não verbais, etc., demonstrando que está pronto para decidir.

Figura 80: Concretização da Venda

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

No entanto, a ansiedade que o vendedor põe, muitas vezes, na


concretização da venda, pode levá-lo a precipitar-se. Por outro lado, é
preciso ter presente que há clientes que demoram demasiado tempo a
concluir, podendo correr-se o risco de fracassar o fecho da venda.

Alguns sinais de compra são manifestados pelos clientes quando


colocam determinadas questões e pronunciam certas afirmações.

Por exemplo:

• “este frigorífico é bonito, mas acho que não cabe lá em casa.”

• “oferecem-me os programas?”

• “aceitam o pagamento em duas prestações?”

• “há produtos próprios para fazer a limpeza da máquina?”

• “a vossa empresa trata da instalação?”

160
Capítulo 6: Atendimento e Venda

Quando o cliente se posiciona desta forma, o vendedor deve utilizar


algumas técnicas de conclusão.

Por exemplo:

• colocando perguntas alternativas: “leva o azul ou o branco?”;


“deseja pagar a pronto ou a prestações?”

• desenvolvendo uma acção concreta e objectiva – “permite-me


que telefone para os serviços técnicos para saber quando podem
ir lá a casa?”

Consolidação

O vendedor deve manifestar total disponibilidade ao cliente. Deve


transmitir-lhe, assim, a confiança necessária com o objectivo de o
fidelizar. Deve ter em conta que não pode falhar ao nível das reacções
que venha a tomar, caso a venda não se concretize – deve reagir,
sempre, positivamente.

É fundamental que o vendedor transmita total segurança ao cliente,


reforçando a sua acção comercial através da demonstração de
disponibilidade e da felicitação pela decisão que tomou.

Transparência 90

161
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Fichas de Trabalho
Ficha 1

Ficha 2

Ficha 3

Ficha 4

Ficha 5

Ficha 6

Ficha 7

Ficha 8

Ficha 9

Ficha 10
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 11

Ficha 12

Ficha 13

Ficha 14

Ficha 15

Ficha 16

Ficha 17

Ficha 18

Ficha 19

Ficha 20

Ficha 21

Ficha 22

163
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 23

Ficha 24

Ficha 25

Ficha 26

Ficha 27

Ficha 28

Ficha 29

164
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 1

Introdução ao Marketing
Assinale com uma “x”, no quadrado respectivo, a afirmação verdadeira,
relativamente a cada um dos pontos:

1 – O Marketing
- são vendas

- é a mesma coisa que publicidade

- é uma filosofia de gestão

2 – No Marketing, o funcionamento da empresa é orientado para:


- a satisfação das necessidades dos seus gerentes

- a satisfação das necessidades dos empregados

- a satisfação das necessidades do consumidor

3 – Quem recorre aos instrumentos de Marketing:


- são apenas as empresas

- são apenas as empresas e os partidos políticos

- são todas as empresas e organizações, públicas e privadas

4 – Antigamente, a empresa apenas recorria ao Marketing:


- depois da produção

- quando o produto ainda não estava produzido

- depois do produto ter sido consumido (adquirido)

165
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

5 – Hoje, a empresa recorre ao Marketing:


- apenas quando o produto já esta à venda (no mercado)

- apenas durante a comercialização do produto

- antes da produção, depois da produção e após o consumo

166
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Introdução ao Marketing
Resolução

1 – O Marketing
- são vendas

- é a mesma coisa que publicidade

- é uma filosofia de gestão X

2 – No Marketing, o funcionamento da empresa é orientado para:


- a satisfação das necessidades dos seus gerentes

- a satisfação das necessidades dos empregados

- a satisfação das necessidades do consumidor X

3 – Quem recorre aos instrumentos de Marketing:


- são apenas as empresas

- são apenas as empresas e os partidos políticos

- são todas as empresas e organizações, públicas e privadas X

4 – Antigamente, a empresa apenas recorria ao Marketing:


- depois da produção X

- quando o produto ainda não estava produzido

- depois do produto ter sido consumido (adquirido)

5 – Hoje, a empresa recorre ao Marketing:


- apenas quando o produto já esta à venda (no mercado)

- apenas durante a comercialização do produto

- antes da produção, depois da produção e após o consumo X

167
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 2

Empresa Nova Época, Lda.

Dados de trabalho

A empresa Nova Época, Lda, tem um departamento de Marketing, que


possui as seguintes subsecções: vendas, publicidade e assistência
pós-venda.

A área Marketing/Vendas está permanentemente em contacto com o


responsável pela Produção e pelas Compras de matérias-primas e
matérias subsidiárias, para que os vendedores não vendam produtos
que não possam ser produzidos e entregues de imediato.

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação na empresa


com incidência na Estrutura Pontos Fortes Pontos Fracos
Organigrama da área
Marketing/Vendas
Relações entre a área
Marketing/Vendas e as outras áreas
da empresa

2 Conclusões: .............................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

168
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Nova Época, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação na empresa


com incidência na Estrutura Pontos Fortes Pontos Fracos
Organigrama da área
Está definido.
Marketing/Vendas
Relações entre a área Existem com
Marketing/Vendas e as outras áreas as compras e
da empresa produção.

2 Conclusões:

No exemplo mencionado, verifica-se que a empresa possui uma


estrutura definida no Marketing, para que a área possa funcionar
melhor, com o objectivo de obter bons resultados nas vendas.

Sem a colaboração definida com as outras áreas e sem definir a função,


a autoridade e a responsabilidade de cada membro da área de
Marketing, dificilmente se conseguirão obter bons resultados.

169
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 3

Empresa Sócomputadores, Lda.

Dados de trabalho

A empresa Sócomputadores, Lda. tem tido problemas devido aos


últimos fornecimentos dos produtos da vasta gama que possui no seu
estabelecimento. Os seus clientes têm reclamado da falta de qualidade
do material que compõe os computadores, da curta durabilidade das
disquetes e do repetitivo design apresentado pelas impressoras.

A empresa além das várias reclamações recebidas, perdeu alguns


clientes que não ficaram contentes com a qualidade dos produtos
vendidos, apesar destes possuírem instruções, que poderão ser
facilmente entendidas por qualquer tipo de consumidor.

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no Produto Pontos Fortes Pontos Fracos
Design do produto
Qualidade do produto
Durabilidade do produto
Diversificação da gama de produtos
Ciclos de vida dos diferentes
produtos
Instruções para o consumidor
Qualidade da embalagem

170
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões: .............................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

171
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Sócomputadores, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no Produto Pontos Fortes Pontos Fracos
Tem um design
Design do produto
ultrapassado
Fraca
Qualidade do produto
qualidade.
O material é
Durabilidade do produto
frágil.
Bastante
Diversificação da gama de produtos
diversificada.
Ciclos de vida dos diferentes
Duração longa.
produtos
Instruções para o consumidor Tem todas.
Qualidade da embalagem Má qualidade.

2 Conclusões:

Após a leitura do preenchimento do quadro, constata-se que a empresa


Sócomputadores, Lda. terá que mudar de fornecedores, pois com o
actual stock não conseguirá satisfazer e fidelizar os clientes.

O empresário não se pode esquecer que o cliente tem uma elevada


oferta de produtos. Aquele que conseguir mais facilmente seduzir o
cliente, será o escolhido.

172
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 4

Empresa Sómenus, Lda.

Dados de trabalho

A empresa Sómenus, Lda. dedica-se à actividade do “Take Away” de


todo o tipo de ementas.

Para conseguir uma maior percentagem de mercado na sua cidade, os


responsáveis pensaram que a estratégia mais acertada consistia em
praticar preços bastante mais baixos do que a concorrência (preço de
penetração), uma vez que a concorrência no Take Away é elevada.

Com os preços praticados a empresa Sómenus, Lda. tem uma margem


de lucro bastante pequena e tem a ameaça da reacção das empresas
concorrentes, que possuem uma estrutura financeira mais sólida. Se a
concorrência reagir com uma redução de preços, a Sómenus não poderá
acompanhar a reacção, pois não está preparada financeiramente para
reduzir as margens praticadas.

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no Preço Pontos Fortes Pontos Fracos
Preço em relação à concorrência
Aceitação dos preços pelos clientes
Capacidade de reacção a nível dos
preços
Margens praticadas

173
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões: .............................................................................

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174
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Sómenus, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no Preço Pontos Fortes Pontos Fracos
Preço de
Preço em relação à concorrência
penetração.
Aceitação dos preços pelos clientes Boa aceitação.
Capacidade de reacção a nível dos
Baixa.
preços
Margens praticadas Pequena.

2 Conclusões:

Apesar de haver um empate entre os pontos fortes e os pontos fracos,


os segundos podem pôr em causa a política de preços seguida pela
empresa Sómenus. Esta não consegue responder a uma reacção a nível
dos preços e tem pequenas margens de lucro.

Quem entra no mercado com um estratégia de penetração, tem de estar


à espera de uma resposta da concorrência. Se a empresa que entrar no
mercado não tiver disponibilidade financeira para aguentar uma “guerra
de preços”, não deve entrar nela e nem deve provocá-la.

175
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 5

Empresa Matias & Matias, Lda.

Dados de trabalho

A empresa Matias & Matias, Lda, comercializa material escolar e de


escritório em todo o território nacional.

Relativamente ao material escolar, para conseguir penetrar em todo o


país, a empresa decidiu contratar vários distribuidores, pagando
elevadas comissões pelas vendas efectuadas. Os distribuidores
pertenciam a empresas concorrentes e tinham uma boa carteira de
clientes.

Depois de ter conquistado o comércio tradicional, a Matias & Matias,


Lda, pretendeu sem sucesso conquistar os hipermercados (não
consegue suportar as exigências financeiras pretendidas).

Quanto ao material de escritório, a empresa decidiu apostar bastante na


venda por catálogo.

Em relação à ligação contratual com os canais de distribuição, a


empresa não estabelece nenhum contrato de fornecimento com os seus
clientes.

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas com Análise da situação da empresa


incidência na Distribuição Pontos Fortes Pontos Fracos
Peso negocial nos diferentes canais
Relações contratuais com os canais de
distribuição
Imagem dos distribuidores
Estrutura de vendas por canal

176
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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177
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Matias & Matias, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Factores da área Marketing/Vendas com Análise da situação da empresa


incidência na Distribuição Pontos Fortes Pontos Fracos
Não entra nos
Peso negocial nos diferentes canais
hipermercados.
Relações contratuais com os canais de
Não tem.
distribuição
Boa, para
Imagem dos distribuidores
material escolar.
Estrutura de vendas por canal Deficiente.

2 Conclusões:

A empresa Matias & Matias, Lda, não atinge os objectivos pretendidos,


devido ao facto de não conseguir distribuir os seus produtos por todos
os canais de distribuição pretendidos.

A empresa também devia aproveitar melhor os seus distribuidores, pois


estes também deviam vender o material de escritório.

A empresa deverá fazer uma permanente investigação de mercado,


devido à inexistência de qualquer vínculo contratual com os canais de
distribuição.

178
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 6

Empresa O Cachopo

Dados de trabalho

A loja de brinquedos “O Cachopo”, dos 0 aos 8 anos, dedica bastante


atenção à imagem do estabelecimento e dos produtos que vende.

O seu proprietário, ao elaborar o seu orçamento anual, disponibilizou um


montante para a comunicação da empresa com o seu público-alvo.

Após ter ponderado sobre as vantagens e as desvantagens de utilizar os


meios publicitários e promocionais existentes, optou por patrocinar um
programa infantil de uma rádio local e de distribuir panfletos nas escolas
primárias, nas creches e nos infantários que oferecem descontos na
compra de artigos.

Quanto à política de relações públicas, a empresa decidiu organizar uma


festa de Natal para as crianças com idades compreendidas entre os 0
aos 8 anos.

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência na Comunicação Pontos Fortes Pontos Fracos
Imagem da empresa
Imagem dos produtos
Meios de publicidade utilizados
Meios de promoção utilizados
Orçamento de comunicação
Política de relações públicas

179
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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180
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa O Cachopo

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência na Comunicação Pontos Fortes Pontos Fracos
Imagem da empresa Cuidada.
Imagem dos produtos Cuidada.
Meios de publicidade utilizados Adequados.
Meios de promoção utilizados Adequados.
Orçamento de comunicação Razoável.
Política de relações públicas Existente.

2 Conclusões:

Apesar da situação estudada no quadro acima possuir apenas pontos


fortes, o empresário terá de constatar que o investimento efectuado na
comunicação da empresa e dos produtos provocou um aumento nas
vendas e nos resultados da empresa.

É importante investir na comunicação, mas é necessário apurar se o


aumento dos proveitos resultantes do aumento das vendas é superior
aos custos do investimento efectuado na comunicação.

181
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 7

Empresa SóMóveis, Lda.

Dados de trabalho

A empresa SóMóveis, Lda, dedica-se à fabricação e comercialização de


todo o tipo de mobiliário.

Para conseguir atingir um maior número de potenciais clientes,


preocupa-se em possuir um número de vendedores suficiente, de forma
a cobrir as áreas pretendidas.

A empresa não costuma contratar vendedores das empresas


concorrentes, pois prefere formar a pessoa que contrata num vendedor
à “SóMóveis”.

Existe uma excelente coordenação no sector das vendas, para evitar que
haja viagens desnecessárias aos potenciais clientes e que se vendam
produtos que não podem ser entregues nas datas acordadas.

Os vendedores da SóMóveis estão permanentemente motivados para a


optimização das vendas, pois a empresa possui uma estratégia de
vendas adequada (discutida e planeada com os vendedores), auferem
um bom salário fixo e um salário variável (de acordo com o montante
das vendas), possuem viatura para uso total e têm bom material de
apoio às vendas.

Devido às excelentes condições financeiras proporcionadas e ao bom


ambiente entre os membros da empresa, existe uma reduzida rotação
dos vendedores.

182
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência nas Vendas Pontos Fortes Pontos Fracos
Estratégias de venda
Número de vendedores
Grau de formação dos vendedores
Grau de motivação dos vendedores
Remuneração dos vendedores
Rotação dos vendedores
Material de apoio às vendas
Cobertura geográfica das vendas
Organização da área das vendas

2 Conclusões:

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183
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa SóMóveis, Lda.

Resolução

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência nas Vendas Pontos Fortes Pontos Fracos
Estratégias de venda Existente.
Número de vendedores Adequado.
Grau de formação dos vendedores Bom.
Grau de motivação dos vendedores Elevada.
De acordo com
Remuneração dos vendedores
as vendas.
Rotação dos vendedores Baixa.
Material de apoio às vendas Óptimo.
Cobertura geográfica das vendas Adequada.
Organização da área das vendas Existente.

2 Conclusões:

Como se pode constatar pela leitura do quadro, a empresa “SóMóveis,


Lda.”, possui uma equipa de vendedores suficiente e motivada para
atingir os objectivos fixados.

A organização da força de vendas desta empresa permite-lhe cobrir


todas as áreas, levando o produto a um vasto número de clientes, o
que contribui para o aumento dos seus lucros.

184
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 8

Empresa Pacotes & Pacotes, Lda.

Dados de trabalho

O Sr. Gaspar é o gestor de clientes da empresa Pacotes & Pacotes, Lda.

No final do ano passado, decidiu analisar a situação da empresa


relativamente aos clientes, no período dos dois últimos anos. Após a
consulta aos ficheiros, concluiu o seguinte:

• Os clientes passaram de 350 para 395;

• A empresa possui 250 clientes há mais de um ano;

• A empresa perdeu 10 clientes desde há um ano;

• Existe um vendedor para cada dez clientes;

• 80% dos clientes não têm dado problemas à empresa com


devoluções e dificuldades no pagamento.

1 Preencha o quadro:

Análise da situação da
Factores da área Marketing/Vendas empresa
com incidência na Clientela
Pontos Fortes Pontos Fracos
Número de clientes
Número de clientes há mais de 1 ano
Número de clientes perdidos desde
há 1 ano
Estrutura de vendas por clientes
Qualidade dos clientes

185
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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186
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Pacotes & Pacotes, Lda.

Resolução

1 Preencha o quadro:

Análise da situação da
Factores da área Marketing/Vendas empresa
com incidência na Clientela
Pontos Fortes Pontos Fracos
Número de clientes Aumentaram.
Aumentaram
Número de clientes há mais de 1 ano
cerca de 13%.
Número de clientes perdidos desde É reduzido
há 1 ano (cerca de 3%)
Estrutura de vendas por clientes Existe.
Qualidade dos clientes Boa.

2 Conclusões:

Para a empresa Pacotes & Pacotes, Lda, o período de destes dois anos
foi positivo, pois além de aumentar o número de clientes, fidelizou os
existentes. Esta situação foi suficiente para minorar os prejuízos da
perda de 3% dos clientes.

A empresa possui uma boa estrutura de vendas por clientes (permite


um bom atendimento) e tem clientes que não provocam problemas
relacionados com o pagamento e a devolução dos produtos.

187
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 9

Empresa Fotografias Novo Milénio, Lda.

Dados de trabalho

A empresa Fotografias Novo Milénio, Lda., fez um enorme investimento


para ganhar dinheiro com as reclamações, dado que considera que as
queixas devem ser encaradas e incentivadas como uma forma de
melhorar o rendimento. Além de criar uma secção de atendimento pós-
venda imediato(um técnico para reparar as máquinas fotográficas),
disponibiliza material de substituição enquanto o do cliente não estiver
reparado.

A empresa forneceu também formação aos seus empregados no sentido


de verem os clientes que reclamam como alguém que os pode ajudar a
melhorar.

Quanto às garantias e trocas de produtos com defeito, a empresa só


negoceia com fornecedores que ofereçam garantias de 1 a 3 anos (em
alguns produtos o prazo é superior ao da concorrência).

A empresa Fotografias Novo Milénio, Lda., obtém informações sobre o


contentamento ou descontentamento dos clientes através do
preenchimento dos questionários existentes. Após a sua análise, os seus
responsáveis têm aproveitado algumas boas ideias.

188
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

1 Preencha o quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no pós-venda Pontos Fortes Pontos Fracos
Garantias
Trocas de produtos
Tratamento das reclamações
Respeito dos prazos
Qualidade do serviço
Imagem do serviço pós-venda
Material de substituição

2 Conclusões

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189
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Fotografias Novo Milénio, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Factores da área Marketing/Vendas Análise da situação da empresa


com incidência no pós-venda Pontos Fortes Pontos Fracos
Garantias De 1 a 3 anos.
Trocas de produtos Possível.
Tratamento das reclamações Eficiente.
Respeito dos prazos Positivo.
Qualidade do serviço Bom.
Imagem do serviço pós-venda Positiva.
Material de substituição Existente.

2 Conclusões:

Após visualizar o quadro preenchido, podemos afirmar que a empresa


Fotografias Novo Milénio, Lda., possui um serviço pós-venda profissional
e eficiente, contribuindo para uma boa imagem da empresa e para o
aumento das vendas.

É importante para esta empresa preocupar-se com o tratamento das


reclamações, pois os responsáveis não se podem esquecer que as
reclamações são informações grátis, que podem ajudar as empresas a
melhorar os seus produtos e serviços.

Os pontos fortes evidenciados na análise da situação da empresa,


permitem concluir que o seu serviço pós-venda constitui uma
mais-valia.

190
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 10

Empresa Despertar, Lda.

Dados de trabalho

A empresa “Despertar, Lda.”, produz e comercializa despertadores.

Os seus clientes estão satisfeitos com a qualidade da variedade de


despertadores que são produzidos e pelos prazos acordados.

Apesar de não ter o certificado de qualidade, tem um técnico


responsável pelo seu controlo, contribuindo para a melhoria da
qualidade dos produtos vendidos.

A produção da “Despertar, Lda.” é flexível, pois, permite aceitar


qualquer encomenda de qualquer tipo de despertador.

Quanto aos serviços pós-venda, a empresa está preparada para


qualquer tipo de reclamação e de auxilio ao cliente.

Os despertadores que são produzidos em série, têm um preço de venda


bastante competitivo. A empresa preocupa-se em oferecer aos clientes
produtos de qualidade ao melhor preço, não esquecendo a rendibilidade
da empresa.

191
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

1 Preencha o quadro:

Análise da situação na
Factores da área de Consequências na área empresa
Produção de Marketing/Vendas Pontos
Pontos Fortes
Fracos
Qualidade dos
Controlo de qualidade
produtos
Flexibilidade da Adaptação aos ciclos
produção de produção
Ausência de roturas na
Prazos de fabrico
distribuição
Produção de peças
para o serviços pós- Satisfação dos clientes
venda
Custos de produção Preço dos produtos

2 Conclusões:

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192
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Despertar, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Análise da situação na
Factores da área de Consequências na área empresa
Produção de Marketing/Vendas Pontos
Pontos Fortes
Fracos
Qualidade dos Boa
Controlo de qualidade
produtos qualidade.
Flexibilidade da Adaptação aos ciclos Boa
produção de produção flexibilidade.
Ausência de roturas na Os prazos são
Prazos de fabrico
distribuição cumpridos.
Produção de peças
Bom serviço
para o serviços pós- Satisfação dos clientes
pós-venda.
venda
Preços
Custos de produção Preço dos produtos
competitivos.

2 Conclusões:

A análise da relação da área da Produção com a área de Marketing,


permite afirmar que a “Despertar, Lda.”, não terá dificuldade em vender
o seu produto e fidelizar a clientela, pois que, além de possuir produtos
de qualidade, cumpre com os prazos de entrega e possui preços
competitivos e um bom serviço pós-venda.

A empresa possui também uma boa flexibilidade dos meios de produção,


dado que tem a capacidade de se adaptar rapidamente à produção de
novos produtos, devido à sua curta vida e à consequente necessidade de
constantes alterações com vista a satisfazer as necessidades da
clientela.

193
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 11

Empresa Formação Séc. XXI

Dados de trabalho

A empresa “Formação Séc. XXII”, dedica-se à prestação de serviços na


área da formação profissional.

Para a constituição da sua força de vendas, recrutou e seleccionou os


colaboradores com capacidades para satisfazer os clientes.

Para motivar a sua força de vendas, a empresa paga um salário fixo e


um bom salário variável, que depende da produtividade de cada
membro.

1 Preencha o quadro:

Análise da situação na
Factores da área de Consequências na área empresa
Recursos Humanos de Marketing
Pontos Fortes Pontos Fracos
Recrutamento e Equipa de
formação marketing/vendas
Política de
Equipa de
remuneração e
marketing/vendas
incentivos
Produtividade de todos
Preço do produtos
os colaboradores
Espírito de todos os
Satisfação do cliente
colaboradores

194
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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195
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Formação Séc. XXI

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Análise da situação na
Factores da área de Consequências na área empresa
Recursos Humanos de Marketing
Pontos Fortes Pontos Fracos
Recrutamento e Equipa de Boa força de
formação marketing/vendas vendas.
Política de Política
Equipa de
remuneração e salarial
marketing/vendas
incentivos adequada.
Produtividade de todos Preços
Preço do produtos
os colaboradores competitivos.
Espírito de todos os Bom
Satisfação do cliente
colaboradores atendimento.

2 Conclusões:

Depois de analisar a situação da empresa mencionada, pode-se afirmar


que a empresa ao possuir colaboradores com capacidades na área do
Marketing/Vendas e ao motivá-los com uma boa remuneração, um bom
ambiente de trabalho e a realização de acções de formação, proporciona
um bom atendimento aos clientes e a realização dos objectivos
propostos.

Neste exemplo, os colaboradores podem apresentar aos clientes preços


competitivos, que são importantes para conseguirem obter um elevado
volume de vendas.

Em conclusão, podemos afirmar que se a empresa conseguir constituir e


manter uma boa força de vendas, poderá obter bons resultados na
política de Marketing/Vendas definida.

196
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 12

Empresa Sapataria Pé Rápido, Lda.

Dados de trabalho

A sapataria “Pé Rápido, Lda.” possui apenas um fornecedor, que nem


sempre cumpre com a entrega das encomendas nos prazos acordados.

Apesar de a empresa ter algumas reclamações dos clientes, devido a


problemas com alguns sapatos, continua a ter um bom volume de
vendas, pois é a única existente na aldeia onde tem o seu
estabelecimento.

Pelo facto de não ter mais fornecedores, não consegue ter capacidade
para negociar com o seu fornecedor melhores preços de compra para os
sapatos.

Apesar de a situação existente não ser favorável à obtenção de maiores


lucros, a empresa não faz prospecção para conseguir novos
fornecedores, pois o seu responsável não tem tempo para isso e tem
muita confiança no seu fornecedor.

1 Preencha o quadro:

Consequências na Análise da situação na empresa


Factores da área de
área de
Compras Pontos Fortes Pontos Fracos
Marketing/Vendas
Capacidade negocial
junto dos Preço dos produtos
fornecedores
Pesquisa de novos Qualidade e preço
fornecedores dos produtos
Cumprimento dos
Ausência de roturas
prazos de entrega
de stocks
das compras
Custos fixos da área
Preço dos produtos
de compras

197
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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198
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Sapataria Pé Rápido, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Consequências na Análise da situação na empresa


Factores da área de
área de
Compras Pontos Fortes Pontos Fracos
Marketing/Vendas
Capacidade negocial Um só fornecedor;
junto dos Preço dos produtos não consegue bons
fornecedores preços
Pesquisa de novos Qualidade e preço
Há reclamações.
fornecedores dos produtos
Cumprimento dos
Ausência de roturas Dificuldade em
prazos de entrega
de stocks cumprir prazos
das compras
Alto preço de custo
Custos fixos da área
Preço dos produtos = alto preço de
de compras
venda

2 Conclusões:

A leitura do preenchimento do quadro acima, permite concluir que a


empresa possui pontos fracos, que prejudicam a sua rentabilidade.

A opção de não ter mais fornecedores impede a empresa de conseguir


uma competição entre vários fornecedores, para conseguir melhores
preços de compra, melhores condições de pagamento e produtos com
melhor qualidade.

Se aparecer outra sapataria na aldeia, os clientes da “Sapataria Pé


Rápido” não vão perdoar a menor qualidade dos seus sapatos, os piores
preços, os atrasos em alguns pedidos dos clientes e a ruptura de stocks.

Apesar de não ter concorrência, a empresa tem de conseguir arranjar


outros fornecedores, para conseguir produtos com mais qualidade, com
melhores preços e que respeite os prazos acordados, para vender mais
e ter maiores lucros.

199
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 13

Empresa Tem Tudo, Lda.

Dados de trabalho

A empresa “Tem Tudo, Lda,” comercializa para a construção civil e


possui um elemento na área administrativa que faz o tratamento
estatístico das vendas, sendo responsável pelo tratamento dos
documentos respeitantes às relações com os clientes. Para a
contabilidade recorre a um gabinete, pois é mais barato do que
contratar um contabilista.

Os custos fixos suportados com a área Administrativa/Contabilidade não


contribuem muito para o custo final do produto. Assim, o preço de
venda do produto não é afectado por esta secção.

Os clientes gostam da rapidez da empresa em efectuar o tratamento de


toda a documentação comercial e a correspondente entrega dos
produtos.

1 Preencha o quadro:

Análise da situação na
Factores da área Consequências na área empresa
Administ./Contabil. de Marketing/Vendas Pontos
Pontos Fortes
Fracos
Tratamento das notas
Entrega dos produtos
de encomenda
Relacionamento com os
Satisfação do cliente
clientes (documentação)
Informação sobre os Melhor análise das
clientes vendas
Análise dos custos dos Preço de venda dos
produtos produtos
Custos fixos da área Preços de venda dos
administr/ contabil. produtos

200
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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201
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Tem Tudo, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Análise da situação na
Factores da área Consequências na área empresa
Administ./Contabil. de Marketing/Vendas Pontos
Pontos Fortes
Fracos
Tratamento das notas Entrega imediata
Entrega dos produtos
de encomenda do produto
Relacionamento com
os clientes Satisfação do cliente Cliente satisfeito
(documentação)
Fornecem boa
Informação sobre os Melhor análise das
informação
clientes vendas
sobre as vendas
Análise dos custos dos Preço de venda dos
Boa análise
produtos produtos
Custos fixos da área Preços de venda dos Os custos são
administr/ contabil. produtos baixos.

2 Conclusões:

A área de Marketing/Vendas da empresa “Tem Tudo, Lda”, beneficia


com os pontos fortes da sua área Administrativa/Contabilidade, pois é
feita a análise estatística das vendas realizadas, os clientes estão
satisfeitos com o rápido tratamento da documentação e a respectiva
entrega dos produtos e o seu custo não tem um grande peso no custo
final do produto.

A informação obtida acerca das vendas efectuadas é importante para o


conhecimento da rentabilidade da empresa.

Ao ter cuidado com a contratação de pessoal para área administrativa,


beneficia o custo final do produto, pois o custo da área referida não é
significativo.

202
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 14

Empresa Consegue Ver, Lda.

Dados de Trabalho

A empresa “Consegue Ver, Lda.”, que comercializa candeeiros, iniciou a


sua actividade com alguma dificuldade, pois não consegue satisfazer os
pedidos dos vários tipos de clientes que possui, devido à existência de
pequenos stocks.

A empresa tem problemas com o serviço pós-venda, pois não possui


assistência técnica. Quando surgem problemas posteriormente à
compra, a reparação demora duas a três semanas.

Como a “Consegue Ver, Lda.” tem uma fraca liquidez e uma fraca
solvabilidade, tem tido bastantes problemas em conseguir negociar com
os fornecedores os preços de custo dos produtos e as quantidades
pretendidas.

A comunicação do ponto de venda também tem sido prejudicada devido


à fraca disponibilidade financeira não permitir investir na imagem do
estabelecimento. O recrutamento e a selecção dos elementos
constituintes da força de vendas também ficou aquém do que é
recomendável, pelo que, devido ao reduzido orçamento, se contrataram
elementos sem experiência na área de vendas.

1 Preencha o quadro

Análise da situação na
Factores da área Consequências na área empresa
Financeira de Marketing/Vendas
Pontos Fortes Pontos Fracos
Disponibilidade para
Gestão da tesouraria satisfazer
compromissos
stocks de produtos
Aquisição de stocks
para venda
Existência de peças
para o serviços Política de vendas
pós-venda
Custos dos produtos Preço dos produtos

203
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões

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204
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Consegue Ver, Lda.

Resolução

1 Preencha o quadro

Factores da área Consequências na área Análise da situação na empresa


Financeira de Marketing/Vendas Pontos Fortes Pontos Fracos
Disponibilidade para
satisfazer
Gestão da
compromissos com Fraca liquidez.
tesouraria
prestadores de
serviços de marketing
Dificuldades por
stocks de produtos
Aquisição de stocks problemas nas
para venda
compras.
Existência de peças Dificuldade em
para o serviços Política de vendas possuir um stock
pós-venda suficiente.
Preços de custo
Custos dos
Preço dos produtos altos = preços de
produtos
venda altos

2 Conclusões

Os pontos fracos mencionados no exemplo da “Consegue Ver, Lda”,


mostram que as dificuldades financeiras evidenciadas contribuem para
que a área de Marketing/Vendas tenha dificuldades em actuar de forma
a que a empresa tenha um volume de vendas que permita a obtenção
de lucros.

O atendimento de público e o tratamento das reclamações também


sofrem com as dificuldades de tesouraria, pois a empresa não consegue
ter stocks suficientes, um serviço pós-venda eficaz e pessoal qualificado
para efectuar um atendimento personalizado eficiente.

O empreendedor ao iniciar um negócio com fraca liquidez e fraca


solvabilidade, pode pôr em causa a sobrevivência do seu projecto
empresarial.

205
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 15

Empresa Marisqueira Quero Mais

Dados de Trabalho

O Sr. Rui Soeiro, proprietário da “Marisqueira Quero Mais”, está


preocupado com o futuro do seu projecto empresarial, pois o governo
decidiu aumentar o I.R.S. em todos os escalões e as taxas de juro do
crédito à habitação foram aumentadas pelas entidades bancárias.

Relativamente ao menu, foi obrigado a aumentar o preço de venda das


refeições, devido ao aumento do preço de custo dos produtos nos
mercados internacionais, provocado pela valorização do dólar.

Quanto aos recursos humanos, o empresário está com bastante rotação


de pessoal, pois tem tido dificuldades em contratar pessoal qualificado
que pretenda trabalhar aos sábados, domingos e feriados. A taxa de
desemprego no sector é reduzida, mas é constituída por pessoas com
fraca capacidade de trabalho.

Apesar da publicidade realizada em alguns jornais e rádios, da criação


de alguns acontecimentos e de um investimento na sinalética da
marisqueira, a ocupação e o montante gasto por mesa tem sido menor.

206
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

3 Preencha o quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Económicos
Ameaça Oportunidade
Política de crédito
Taxas de juro
Fontes de financiamento
Política cambial
Custo de aquisição de equipamento,
materiais e outros bens e serviços.
Competitividade do preço de venda dos
produtos da empresa nos mercados
externos.
Inflação
Competitividade do preço de vendas dos
produtos da empresa
Impacto no volume de vendas da
empresa.
Tributação das empresas
Tributação dos lucros e outros
rendimentos
Tributação dos produtos nas respectivas
vendas.
Tributação dos clientes
Alterações fiscais no IRS e IRC.
Incentivos fiscais
Incentivos disponíveis ao investimento
ou reconversão.
Política de emprego e formação
profissional
Regulamentação laboral
Qualificação dos recursos disponíveis.

4 Conclusões:

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207
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Marisqueira Quero Mais

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Económicos
Ameaça Oportunidade
Política de crédito As taxas de juro do
Taxas de juro crédito à habitação
Fontes de financiamento aumentaram

Política cambial
Custo de aquisição de equipamento, O preço de aquisição
materiais e outros bens e serviços. dos produtos
Competitividade do preço de venda dos aumentou devido à
produtos da empresa nos mercados valorização do dólar.
externos.
Inflação
Competitividade do preço de vendas dos
produtos da empresa As vendas baixaram.
Impacto no volume de vendas da
empresa.
Tributação das empresas
Tributação dos lucros e outros
rendimentos
Tributação dos produtos nas respectivas
vendas.
Tributação dos clientes
O I.R.S. aumentou.
Alterações fiscais no IRS e IRC.
Incentivos fiscais
Incentivos disponíveis ao investimento
ou reconversão.
Política de emprego e formação
profissional É difícil contratar
Regulamentação laboral pessoal qualificado.
Qualificação dos recursos disponíveis.

208
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

Como se pode constatar no quadro anterior, o empresário detectou


várias ameaças ao seu negócio, pois a situação económica agravou-se
para os consumidores, diminuindo o seu poder de compra.

O preço de custo dos produtos provocou o aumento das ementas e a


falta de pessoal qualificado prejudica o bom atendimento aos clientes.

Perante a situação descrita, as vendas da empresa vão ser afectadas,


pois, mesmo que tenha uma boa estratégia de Marketing planeada, as
ameaças referidas vão prejudicar o desenvolvimento do negócio.

209
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 16

Empresa Na Hora, Lda.

Dados de Trabalho

A loja de conveniência “Na Hora, Lda”, está localizada num bairro


habitado por estudantes, existindo a 500 metros uma Universidade com
cerca de 5 000 estudantes.

O seu proprietário está muito preocupado com a decisão do governo de


encerrar as lojas de conveniência às 24 horas. Para vender bebidas
alcoólicas, as lojas têm de as servir aos consumidores em copos de
plástico, para não haver problemas nas redondezas com a utilização
indevida das garrafas. Esta decisão torna o custo do produto mais caro.
Há, ainda, a possibilidade da entrada no país de duas multinacionais que
podem abrir lojas na cidade onde tem o seu estabelecimento aberto.

3 Preencha o quadro

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Político-Legais
Ameaça Oportunidade
Política Internacional do Governo
Acordos internacionais no
desenvolvimento do mercado
Legislação comercial
Restrições ou impedimentos à exploração
do negócio
Regulamento do preço de venda dos
produtos e Condições de acesso aos
circuitos de distribuição.
Legislação Técnica
Regulamentação e normas técnicas de
concepção dos produtos.
Regulamentação e normas técnicas de
comercialização dos produtos.
Regulamentação e normas técnicas de
qualidade

210
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

4 Conclusões:

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211
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Na Hora, Lda.

Resolução

1 Preenchimento do quadro

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Político-Legais
Ameaça Oportunidade
Política Internacional do Governo Prevista a
Acordos internacionais no entrada das
desenvolvimento do mercado multinacionais.
Legislação comercial
Restrições ou impedimentos à exploração
Restrições no
do negócio
horário nocturno
Regulamento do preço de venda dos
produtos e Condições de acesso aos
circuitos de distribuição.
Legislação Técnica
Regulamentação e normas técnicas de
concepção dos produtos.
Custos com os
Regulamentação e normas técnicas de
copos.
comercialização dos produtos.
Regulamentação e normas técnicas de
qualidade

2 Conclusões

A loja de conveniência “Na Hora, Lda.”, está ameaçada por decisões que
o empresário não previu quando planeou criar o seu projecto
empresarial.

A ameaça de encerrar o estabelecimento às 24 horas poderá “matar” o


seu negócio, pois é a partir dessa hora que o seu público-alvo (os
estudantes) faz mais compras.

A decisão de vender as bebidas alcoólicas em copos de plástico vai ser


bastante contestada pelos clientes, pois muitas vezes compram para
consumir em casa.

212
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

A entrada de novas empresas do sector vai prejudicar os pequenos


negócios existentes, pois as multinacionais anunciadas são muito
poderosas e experientes no negócio.

Todas as decisões mencionas vão originar uma diminuição das vendas.


Todas as acções promocionais previstas para serem feitas de
madrugada nos próximos meses no estabelecimento, não poderão ser
realizadas devido a factores externos à decisão do empresário.

213
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 17

Empresa Constrói Tudo

Dados

Um empresário pretende abrir a “Constrói Tudo”, que será


representante de uma marca estrangeira a qual é especialista no
desenvolvimento dos materiais de construção civil.

Os materiais que pretende vender respondem às novas necessidades


dos consumidores e às novas exigências de segurança para a construção
de prédios.

1 Preencha o quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Tecnológicos
Ameaça Oportunidade
Produção
Aparecimento de novos materiais.
Novas técnicas de gestão da produção.
Aparecimento de novos equipamentos.
Mercado
Alteração das necessidades dos clientes.
Desenvolvimento do produto actual.
Comercialização
Desempenho da embalagem.
Regulamentação e normas.
Processos de armazenagem.
Meios e custos de transporte.

214
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

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215
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Constrói Tudo

Dados

1 Preenchimento do quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Tecnológicos
Ameaça Oportunidade
Produção
Aparecimento de novos materiais. A marca aposta na
Novas técnicas de gestão da produção. inovação
Aparecimento de novos equipamentos.
Mercado A marca
acompanha as
Alteração das necessidades dos clientes.
necessidades dos
Desenvolvimento do produto actual. clientes
Comercialização
Desempenho da embalagem.
Regulamentação e normas. Cumpre com as
Processos de armazenagem. normas exigidas
Meios e custos de transporte.

2 Conclusões:

A “Constrói Tudo” tem todas as condições para ter sucesso no mercado


que pretende entrar, pois tem a possibilidade de vender materiais
modernos que podem satisfazer as necessidades dos clientes e as
normas para a construção civil.

A empresa tem de aproveitar a oportunidade de poder vender uma


marca que aposta na inovação tecnológica para poder satisfazer as
novas necessidades dos consumidores.

216
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 18

Empresa Infantário Os Amiguinhos

Dados

Um determinado empreendedor pretende abrir o “Infantário Os


Amiguinhos”, numa localidade com uma população envelhecida e com
uma taxa de natalidade muito baixa. O rendimento da população é
reduzido e os habitantes estão habituados a deixar os seus filhos com os
avós.

O padre da localidade defende que as crianças devem ficar com a


família, pois não devem ser educadas pelas educadoras.

1 Preencha o quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Socioculturais
Ameaça Oportunidade
Fenómenos de opinião/moda
Convicções religiosas.
Convicções de natureza política.
Influencia dos líderes de opinião.
Fenómenos de moda.
Factores demográficos
Taxa de natalidade.
Taxa de mortalidade.
Distribuição da população por regiões.
Distribuição da população por sexos.
Estrutura etária da população.
Taxa de crescimento da população.
Factores sociais
Composição das famílias.
Evolução dos casamentos.
Evolução dos divórcios.
Repartição da riqueza por regiões.

217
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Factores Culturais
Habilitações da população.
Hábitos de Consumo
Motivações de Compra.
Adesão do consumidor ao
produto/serviço.
Propensão à poupança.
Hábitos de Compra
Quantidades de Compra.
Frequência de Compra.

2 Conclusões:

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218
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Infantário Os Amiguinhos

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Factores Socioculturais
Ameaça Oportunidade
Fenómenos de opinião/moda O padre
Convicções religiosas. defende que as
Convicções de natureza política. crianças sejam
Influencia dos líderes de opinião. educadas pela
Fenómenos de moda. família
Factores demográficos
Natalidade
Taxa de natalidade.
baixa
Taxa de mortalidade.
População
Distribuição da população por regiões. envelhecida
Distribuição da população por sexos.
Estrutura etária da população.
Taxa de crescimento da população.
Factores sociais
Composição das famílias.
Baixo
Evolução dos casamentos.
rendimento
Evolução dos divórcios.
Repartição da riqueza por regiões.
Factores Culturais
Habilitações da população.
Hábitos de Consumo
Motivações de Compra.
Adesão do consumidor ao
Fraca
produto/serviço.
Propensão à poupança.
Hábitos de Compra
Quantidades de Compra.
Frequência de Compra.

219
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Conclusões:

Após a leitura do quadro referente aos factores socioculturais, podemos


afirmar que o “Infantário Amiguinhos” não poderá ter sucesso devido à
existência de várias ameaças que são um obstáculo ao desenvolvimento
do negócio.

É impossível o negócio ter êxito, pois a população tem um rendimento


baixo, segue os conselhos do seu líder (o padre) e não está habituada a
deixar o seus filhos com pessoas que não sejam familiares.

Mesmo que não existissem as ameaças anteriores, o “Infantário


Amiguinhos” está condenado ao fracasso, pois tem prevista a sua
localização numa zona onde há uma fraca taxa de natalidade. Sem
mercado não há nenhum negócio que tenha sucesso.

220
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 19

Empresa Móveis Lar

Dados

A loja “Móveis Lar” é um projecto de um empreendedor que pretende


criar num determinado bairro novo de uma cidade com bastante
população.

A rua escolhida poderá sofrer alterações relativamente ao


estacionamento e aos actuais dois sentidos, pois existem rumores sobre
a construção de um parque subterrâneo pago (só os moradores é que
passam a estacionar na rua sem pagar) e a rua passar a ter só um
sentido.

Está também prevista a entrada de uma grande superfície comercial


especializada na venda de todo o tipo de mobiliário, pois já está
instalada praticamente em todas as cidades mais habitadas do país.

Como o bairro está a ser construído, existem algumas zonas bastante


escuras (beneficiam os assaltantes) e de difícil acesso para a rua, pois
os buracos existentes e as poeiras prejudicam a condução dos
automobilistas.

1 Preencha o quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Outros Factores
Ameaça Oportunidade
Influência do clima
Aparecimento da concorrência
directa e indirecta
A rua do estabelecimento ficar só
com um sentido
Parque de estacionamento na zona

221
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Infra-estruturas
(rede de transportes, electricidade,
etc.)
Tumultos sociais
Insegurança no local do
estabelecimento

2 Conclusões:

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222
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Empresa Móveis Lar

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Análise da situação na empresa
Outros Factores
Ameaça Oportunidade
Influência do clima

A possível
Aparecimento daconcorrência abertura de
directa e indirecta uma superfície
comercial
especializada.
A rua do estabelecimento ficar só
A rua pode ter
com um sentido
só um sentido

Parque de estacionamento na zona Parque pago


Infra-estruturas
(rede de transportes, electricidade,
etc.)

Tumultos sociais

Local sujeito a
Insegurança no local do
roubos e a
estabelecimento
estragos nas
viaturas.

2 Conclusões:

O empreendedor deverá considerar as ameaças previstas para o seu


negócio, pois não é aconselhável a abertura da “Móveis Lar” na zona
pretendida.

223
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Relativamente aos rumores, deverá obter informações na Câmara


Municipal acerca da construção do parque subterrâneo e da redução dos
sentidos de circulação da rua.

A insegurança no local de estabelecimento poderá tornar-se num


obstáculo aos potenciais clientes para visitarem o estabelecimento.

Além das ameaças referidas, há que considerar que a abertura da


“Móveis Lar” ao coincidir com a da superfície comercial especializada no
mobiliário, pode ser prejudicial para o arranque e desenvolvimento do
negócio.

224
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 20

Conhecimento do valor pretendido pelos clientes,


por segmento

Dados

Determinado empresário pretende abrir uma loja dos trezentos num


bairro constituído por habitantes com um baixo poder de compra, pois
pretende atingir apenas um segmento de mercado.

Ao efectuar um determinado estudo de mercado, conclui o seguinte:

• As pessoas pretendem ir ao estabelecimento devido aos


previsíveis baixos preços e descontos e às prováveis promoções

• A embalagem e o design não são factores decisivos para a


realização da compra

• Não é exigida uma grande qualidade dos produtos, atendendo


aos seus prováveis preços de venda

• Não atribuem uma importância aos possíveis serviços pós-venda

3 Preencha o quadro:

Segmento 1 Segmento 2
Factores relacionados com o preço
Preço de venda
Promoções
Descontos
Crédito
Factores relacionados com o
produto
Qualidade
Sabor
Design
Composição
Embalagem
Serviços de apoio pós-venda

225
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

4 Conclusões:

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226
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Conhecimento das características dos clientes por


segmento

Resolução

5 Preenchimento do quadro:

Segmento 1 Segmento 2

Factores relacionados com o preço


Preço de venda
Querem baixos preços,
Promoções descontos e promoções
Descontos
Crédito

Factores relacionados com o produto


Qualidade
Sabor Não há interesse pela
embalagem, qualidade e
Design serviço pós-venda, mas por
uma qualidade de acordo
Composição com o preço do produto
Embalagem
Serviços de apoio pós-venda

6 Conclusões:

Ao escolher um segmento de mercado com reduzido poder de compra, o


empreendedor deve apresentar os produtos com preços de acordo com
os rendimentos dos consumidores, pois estes apesar de pretenderem
comprar produtos com alguma qualidade, gostariam de adquirir
produtos com baixos preços e descontos e que sejam efectuadas
promoções.

227
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 21

Avaliação do grau de satisfação dos clientes, por


segmento

Dados

A “Vestuário para Todos”, dedica-se à venda de artigos de vestuário


para homem e senhora.

O seu responsável decidiu avaliar o grau de satisfação dos seus clientes


relativamente a vários factores que influenciam o consumidor a
permanecer fiel ao estabelecimento.

Após ter recolhido a informação fornecida pelos clientes, concluiu o


seguinte:

• O segmento 1 (homem) está muito satisfeito com o


estabelecimento enquanto o segmento 2 (senhora) está
razoavelmente satisfeito.

• A não abertura do estabelecimento ao sábado de tarde constitui


um factor de insatisfação para o segmento 1 e 2 , enquanto o
reduzido stock de artigos, a qualidade do produto e o falta de
conhecimento das funcionárias sobre o produto, constituem
factores de insatisfação para o segmento 2.

• O segmento 1 queixa-se que os constantes pedidos para o


estabelecimento abrir ao sábado de tarde não têm sido atendidos.

• O segmento 2 está disposto a mudar de produtos se a qualidade


dos existentes no estabelecimento não melhorar

• O segmento 1 pretende continuar a consumir, enquanto o


segmento 2 prevê diminuir o consumo dos produtos da “Vestuário
para Todos”

228
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

1 Preencha o quadro:

Segmento 1 Segmento 2
Avaliação da satisfação geral
Elevada
Média
Baixa
Descrição dos principais factores
geradores de insatisfação

Descrição das necessidades detectadas


e não satisfeitas

Descrição das condições em que os


clientes estão dispostos a mudar de
produto ou marca

Descrição da evolução previsível no


comportamento de consumo

2 Conclusões:

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229
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Avaliação do grau de satisfação dos clientes, por


segmento

Resolução

1 Preenchimento do quadro:

Segmento 1 Segmento 2
Avaliação da satisfação geral
Elevada
Elevada Média
Média
Baixa
Reduzido stock,
Descrição dos principais factores qualidade do
geradores de insatisfação A não abertura ao produto e
sábado de tarde conhecimentos das
funcionárias sobre o
produto
Descrição das necessidades detectadas
e não satisfeitas A não abertura ao
sábado de tarde

Descrição das condições em que os


clientes estão dispostos a mudar de Se a qualidade do
produto ou marca produto não
melhorar

Descrição da evolução previsível no


comportamento de consumo Manter Diminuir

2 Conclusões:

Para não perder a confiança do segmento 2, o empreendedor deverá


melhorar a qualidade do artigo, aumentar o stock dos produtos e dar
formação às funcionárias para oferecer um melhor atendimento.

Para aumentar o consumo do segmento 1, poderá abrir ao sábado de


tarde, de maneira a responder ao interesse demonstrado pelos clientes.

230
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 22

Política do Produto/Funções da Embalagem


A embalagem é um dos componentes do mix do produto que pode
compreender um grande número de funções e características. Não é por
acaso que a criação de uma embalagem, hoje, é um dos aspectos mais
importantes numa estratégia de marketing.

Propõe-se que o formando identifique na coluna 2 produtos reais, nos


quais se possam reconhecer as características/funções descritas na
coluna 1:

Coluna 1 Coluna 2

• Protecção do produto
.........................................................

• Facilidade de arrumação,
manuseamento e utilização
.........................................................
• Necessidade de dar mais e
melhor visibilidade ao
produto e à marca .........................................................

• Necessidade de distinguir o
produto da concorrência
.........................................................

• Ao cumprimento de normas
legais
.........................................................

• Transmissão de informação
.........................................................
• Necessidade de uma
utilização mais racional e
económica .........................................................

231
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 23

Política do Produto/A Marca


A marca deve ser distinta, única e estar associada à própria
personalidade do produto/empresa.

Deve:

• sugerir características e qualidades

• sugerir benefícios

• ser fácil de pronunciar, identificar e memorizar

1 Propõe-se que o formando identifique na coluna 2 marcas de


produtos que os dados da coluna 1 lhe sugiram; por exemplo:
“fast-food – MacDonald’s”

Coluna 1 Coluna 2

• Amaciador de roupa
.........................................................

• Peixe congelado
.........................................................

• Queijo tipo flamengo


.........................................................

• Calças de ganga
.........................................................

• Pizzas ao domicílio
.........................................................

232
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

2 Pretende-se comercializar uma nova marca de água mineral, cujas


propriedades fundamentais são a leveza e o efeito digestivo que
provocam

Esta água é de nascente da Serra da Misarela e o seu proprietário –


Napumoceno Fagundes – lançou um concurso para a escolha da
marca com que pretende lançá-la no mercado.

Deu como indicação a vontade de que o nome escolhido possa


evidenciar ou a origem, ou o nome do proprietário, mas,
fundamentalmente, as particulares características da água.

Sugira um nome para a marca: ..................................................

233
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 24

Comunicação

Antes da abertura do seu estabelecimento, é importante pensar em


comunicar com os seus potenciais consumidores.

Refira como pretende comunicar com êxito com todos os consumidores


antes e depois da abertura da loja, referindo as principais decisões a
tomar quanto à escolha dos meios publicitários, a duração da
publicidade e os montantes disponíveis para o investimento na
comunicação.

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234
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 25

Publicidade / Natureza dos suportes

Diga na sua opinião, justificando, qual o tipo de publicidade segundo a


natureza dos suportes, mais adequada para divulgar:

• a abertura de uma novo estabelecimento comercial

• ...........................................................................................

• uma nova prancha de surf

• ...........................................................................................

• o aniversário da loja

• ...........................................................................................

• um novo queijo

• ...........................................................................................

• uma nova enciclopédia com 20 volumes

• ...........................................................................................

• o encerramento do estabelecimento para obras durante um mês

• ...........................................................................................

• a redução dos preços num determinado dia

• ...........................................................................................

235
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 26

Merchandising

Questões de escolha múltipla

Responda às questões seguintes indicando para cada uma qual a alínea


que corresponde à resposta mais correcta.

1 O cliente procura num ponto de venda «pontos de atracção» que o


motivem:

1.1 a entrar, eventualmente a comprar e voltar a entrar e a


comprar de uma forma mais ou menos regular;

1.2 a olhar permanentemente para o espaço interior;

1.3 a olhar para a montra.

2 O sortido é o conjunto de:

2.1 produtos vendidos num supermercado;

2.2 referências oferecidas por um ponto de venda para satisfazer


o maior número de necessidades do consumidor ou cliente;

2.3 expositores para mostrarem vários produtos.

3 A montra é o cartão de visita do comerciante, pois, deve:

3.1 estar cheia de produtos para os consumidores observarem;

3.2 comunicar fortemente o que a loja oferece;

3.3 ser constituída por vários temas.

236
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

4 Chamamos merchandising:

4.1 ao conjunto dos métodos e das técnicas que têm como fim a
apresentação e a avaliação dos produtos nos locais de venda;

4.2 aos tipos de exposição dos produtos;

4.3 ao conjunto de prateleiras que vendem os produtos sem


intervenção do vendedor.

5 O livre serviço permite:

5.1 fazer as compras mais rapidamente;

5.2 ao consumidor efectuar a compra sem que haja uma barreira


que o separe dos produtos;

5.3 aos consumidores mexer nos produtos apenas com


autorização do vendedor.

6 O linear é:

6.1 toda a superfície que, no espaço com o objectivo de venda,


promove a exposição do produto, com o objectivo de obter o
máximo de rendimento por metro quadrado;

6.2 constituído pelo conjunto de prateleiras;

6.3 a criação de pontos de atracção para incitar os fluxos de


circulação.

7 Como erros correntes no ponto de venda temos:

7.1 a criação de acontecimentos;

7.2 uma entrada confusa e montras descuidadas e sem impacto;

7.3 a existência de musica ambiente.

8 Para animar um ponto de venda, o animador tem à sua disposição


as seguintes técnicas:

8.1 promoções e animações no local de venda;

8.2 acontecimentos, expositores e musica;

8.3 publicidade no local de venda, promoções e animações no


local de venda.

237
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

9 O aniversário da loja é:

9.1 para aumentar o tráfego de potenciais clientes;

9.2 um acontecimento criado para comemorar mais um


aniversário;

9.3 uma data para introduzir novos produtos.

10 O balcão-expositor é particularmente eficaz logo que permita:

10.1 mostrar só as novidades;

10.2 evitar que os clientes demorem muito no interior da loja;

10.3 uma compra impulsiva.

238
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 27

Merchandising

Apresente a concepção prevista para o seu espaço de venda (layout)


referente ao seu projecto, referindo os seguintes requisitos:

• estética;

• o mobiliário/equipamento existente no ponto de venda;

• a existência de expositores;

• a área de armazenamento/área de venda;

• a instalação de equipamento sonoro;

• a rentabilização de cada m2 da área de venda, fazendo passar


por elas o maior número possível de clientes;

• o controlo dos clientes;

• a implantação das várias secções;

• a localização de pontos quentes e pontos frios;

• a decoração, iluminação e a cor;

• a localização da caixa.

239
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 28

Tratamento de Reclamações

Dados

Suponha que é o proprietário de uma drogaria de bairro, na qual um


determinado cliente adquiriu um produto de decapagem de soalhos.

Depois de ter procedido à sua aplicação, o cliente apercebe-se que o


mesmo provocou efeitos secundários nos locais onde o aplicou, lá em
casa.

Tenha em atenção o seguinte:

• O cliente verifica que o prazo de validade do produto tinha


terminado, há já alguns meses.

• O cliente dirige-se ao estabelecimento e reclama dos prejuízos


causados.

• Depois de ouvir atentamente o cliente, o gerente entra em


contacto telefónico com a marca (do produto), uma vez que
esta o havia fornecido recentemente.

• Numa primeira abordagem, o serviço de apoio a clientes


dessa empresa não confirma a relação de causa e efeito
apresentada, solicitando ao retalhista que proceda, o mais
rapidamente possível, ao envio desse produto para
verificação.

• Passados poucos dias, a marca entra em contacto com o


retalhista e informa-o de que o produto estava em boas
condições, apesar do prazo de validade ter terminado,
devendo a situação ter sido causada por uma aplicação
defeituosa. Tratando-se de uma marca de prestígio, esta
informa o retalhista que, mesmo assim, este poderá assumir a

240
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

responsabilidade pelos prejuízos causados, devendo o cliente,


contudo, ser “chamado à atenção” para a correcta aplicação
do produto.

• Uma vez que o cliente deixou o seu contacto, em virtude de


não residir nas proximidades, o retalhista decide informá-lo
por escrito.

Pedido:

Desenvolva uma simulação de conteúdos, a constar na informação


escrita (carta, fax, ...) a enviar ao cliente:

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

.....................................................................................................

241
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Ficha 29

Fases da Venda: Demonstração/Argumentação

Contexto

É na fase da demonstração que o vendedor deve argumentar. O seu


principal objectivo consiste em mostrar os benefícios e as vantagens
relativas a determinado produto ou serviço. E deve fazê-lo em função
das argumentações do cliente.

A argumentação deve desenvolver-se em três tempos:

• apresentação da vantagem específica – deve partir do interesse


manifestado pelo cliente - “que contributo específico traz para o
cliente?”

• apresentação da vantagem geral – “para que serve?”

• características – descrição do produto – de que é feito? – que


qualidades apresenta?

Dados

Propõe-se o desenvolvimento de um exemplo, uma simulação de uma


argumentação, tendo em conta a sequência acima apresentada.

O formador construirá com o formando um caso concreto que possa


ocorrer no contexto de uma qualquer actividade com a qual o formando
mais se identifica, a partir do qual este preencherá os quadros abaixo:

242
Capítulo 7: Fichas de Trabalho

Vantagem
específica

Vantagem geral

Características

243
Capítulo 8: Conclusão

Conclusão
Bibliografia

Agradecimentos

Participantes
Capítulo 8: Conclusão

Bibliografia

• Mercator – Teoria e Prática do Marketing (6ª edição) - Lindon,


Denis e outros - Publicações D. Quixote – Lisboa, 1996

• Mercator – Teoria e Prática do Marketing (8ª edição) - Lindon,


Denis e outros - Publicações D. Quixote – Lisboa, 1999

• Como Comunicar com Clareza - Heller, Robert - Editora


Civilização - Porto, 1999

• Merchandising – A Nova Técnica do Marketing (3ª edição) -


Beirolas, Mário e Almeida, Rui - Texto Editora – Lisboa, 1998

• O Merchandising - Dayan, Armand; Troadec, Anne; Troadec Loic -


Publicações Europa-América – Mem Martins, 1994

• As Decisões em Marketing - Jones, Gary - Editorial Presença –


Lisboa, 1994

• Marketing - Stapleton, John - Editorial Presença – Lisboa, 1994

• Marketing Turístico- Ruschman, Doris - Papirus Editora – S. Paulo,


1991

• Sebenta Marketing
Disponível na internet www.terravista.pt/guincho/1172

• Prontuário Turístico (2ª edição) - Domingues, Celestino M. -


Instituto Nacional de Formação Turística – Lisboa, 1997

• Marketing estratégico – Lambin, Jean-Jacques – 4ª Edição –


Editora MACGRAW-HILL de Portugal – Março, 2000

• Comerciator - Teoria e Práticas da Via da Qualidade nos


Sistemas de Vendas – Machuret, Jean-Jacques e outros - 2ª edição
- publicações Dom Quixote - Lisboa, 1999

• Enciclopédia internacional de marketing – Porto Editora – Porto,


1998

245
Capítulo 8: Conclusão

• Marketing – conceitos, técnicas e problemas de gestão –


Pires, Aníbal – 1ª edição – editorial Verbo, 1995

• Como vender com sucesso - HELLER, Robert - Editora Civilização


- Porto, 1999

• Como vender pelo telefone – Winter, Chris de – Edições Cetop –


Mem Martins, 1996

• 200 maneiras de vender mais e melhor – Geofroy, Edgar F. -


Edições Cetop – Mem Martins, 1996

• Como negociar e vender com sucesso – Ebeling, Peter – Edições


Lyon – Mem Martins, 1997

• Saber acolher os clientes – Fauque, Jean-Charles – Publicações


Europa-América – Mem Martins, 1994

• Atenda melhor venda mais – Rozès, Gilbert – Editorial Inquérito –


Edição nº815005/0095

• Medir a qualidade e satisfação do cliente – Gerson, Richard F. –


Edições Monitor – Lisboa, 1998

• Merchandising da Loja - Livre Serviço Alimentar - Catalão, José


Alberto, , 1994, CECOA

• Trabalhos de Aplicação 12º Ano, Curso Tecnológico de


Serviços Comerciais - Coelho, Calisto; Coelho, Maria Fernanda,
Texto Editora, 1995

• Técnicas de Organização Empresarial - Lousã, Aires; Pereira,


Paula Aires; Lambert, Raul, Bloco I, Porto Editora.

• O que é o Merchandising? - Masson, J.E.; Welloff, A., Edições


Cetop , 1985

• Textos soltos de livros e revistas não identificados

246
Capítulo 8: Conclusão

Agradecimentos
Para a elaboração deste trabalho os autores contaram com a inestimável
colaboração das entidades a seguir mencionadas, às quais manifestam o
seu mais sentido apreço:

Associação Comercial de Braga – Comércio, Turismo e Serviços

Casa Flores – Braga

Centro de Formação Profissional de Braga (IEFP)

Florista Miosótis - Braga

Gabor – Calçados – Nine

Girândola – Braga

Kalf - Braga

L’Okura - Braga

Maconde – Confecções, Lda.

Salão Tulipa – Braga

Sapataria Fernando – Braga

Sernis - Braga

Solnorte Supermercados – Braga

Tunnels - Braga

247
Capítulo 8: Conclusão

Participantes
Participaram neste trabalho os formadores abaixo referidos que cederam
os respectivos direitos de propriedade e autoria:

Emanuel Augusto da Silva Magalhães

Nuno Manuel da Costa Soares Varajão Barbosa

248
Definiç
Definição de Marketing Definiç
Definição de Marketing

John Stapleton - in Marketing


Definição oficial do conceito
American Marketing Association
MARKETING é:
MARKETING é:
MARKETING éé oo processo
MARKETING processo de
de
••uma
uma forma
forma de
de gestão
gestão
planeamento ee execução:
execução:
planeamento
••uma
uma atitude
atitude de
de espírito
espírito

•• da concepção
da concepção
que precisa
que precisa do
do envolvimento
envolvimento
•• da determinação
da determinação do
do preço
preço
de todos
de todos (empresário
(empresário ee
•• da comunicação
da comunicação ee
empregados)
empregados)
•• da distribuição
da distribuição

ee através
através da
da qual
qual todo
todo oo
de ideias,
ideias, bens
bens ee serviços,
serviços, para
para
de
funcionamento da
funcionamento da empresa
empresa
criar trocas
criar trocas que
que satisfaçam
satisfaçam
éé orientado
orientado para
para aa
objectivos individuais
individuais ouou
objectivos
satisfação das
satisfação das necessidades
necessidades
colectivos.
colectivos.
do consumidor.
do consumidor.

1 2

Definiç
Definição de Marketing Evoluç
Evolução do Marketing

In: “Prontuário Turístico”

MARKETING éé um
MARKETING um conjunto
conjunto de
de
técnicas dede venda
venda ee 1ª Fase Orientação da gestão para
técnicas
comercialização, que que consiste
consiste até 1929 a produção
comercialização,
em conjugar
em conjugar aa produção
produção com
com
aa procura,
procura, mediante
mediante oo
conhecimento profundo
conhecimento profundo das
das
• Procura superior à oferta
condições de
condições de mercado,
mercado, nono • ganhos de produtividade
que se
que se refere
refere às
às suas
suas • preços mais baixos

necessidades, sensibilidade
necessidades, sensibilidade ee
anseios do
anseios do consumidor,
consumidor,
capacidade aquisitiva,
capacidade aquisitiva,
comportamento ee
comportamento
desempenho da
desempenho da concorrência.
concorrência. Potencialização da capacidade de produção

3 4

Evoluç
Evolução do Marketing Evoluç
Evolução do Marketing

2ª Fase 3ª Fase
Orientação da gestão para Orientação da gestão para
até à 2ª as vendas após 2ª o mercado
Guerra Guerra

• Transformação dum mercado da procura num


mercado de oferta • Conhecimento do consumidor e suas necessidades
• Gestão baseada no produto e não no consumidor

Preocupação em escoar os produtos adaptação a uma nova economia

5 6

1
Importância do Marketing Importância do Marketing

Marketing

Marketing Marketing Marketing

publicidade
ANTES DURANTE DEPOIS
venda
distribuição
produç
produção »»»» consumo

produç
produção »»»»»»»»»»» consumo

7 8

Estudos de Mercado Estudos de Mercado

• MERCADO são as pessoas, os O Estudo do Mercado implica a


clientes, os consumidores. análise de diversos factores
que influenciam a actividade da
• Do seu conhecimento pode empresa.
depender o êxito da empresa.
Factores Factores
• Será que ao tomar uma Sócio-culturais Económicos
decisão o empresário está a
correr riscos?

Para responder a questões


deste tipo, o marketing
preocupa-se em investigar e
estudar o MERCADO Factores Factores
Político-Legais Tecnológicos

9 10

Estudos de Mercado Aná


Análise Interna

• Conheço os clientes:
Para que servem? os seus gostos
as suas tendências
as suas necessidades

• Conhecerei também a minha


Ö identificar as capacidades da empresa empresa?

• Saberei quais são as minhas


Ö identificar as fraquezas da empresa
forças e as minhas
fraquezas?
Ö conhecer os clientes

Ö identificar e conhecer os concorrentes Como obter resposta a estas questões?

Ö ajudar na determinação dos preços

Ö ajudar na tomada de decisões

11 12

2
Aná
Análise Interna Aná
Análise Interna

Factores: Análise da Situação da Empresa


Pontos Fortes Pontos Fracos

Após conclusão da Análise


Interna, quem avalia está em
condições de conhecer os pontos
fortes e os pontos fracos da
empresa.

Uma rigorosa Análise Interna pode:


evitar que uma estratégia de
marketing não seja um êxito devido
às fragilidades internas
ao máximo os pontos fortes
explorar
da empresa

13 14

Aná
Análise Externa Aná
Análise Externa

Identificação de Ameaças e Oportunidades


Factores: Situação Actual da Empresa
Ameaça Oportunidade

Consiste na descrição e análise


dos factores do meio envolvente
da empresa e que não dependem
do seu controlo directo

Identificam-se:
AMEAÇAS: factores externos que
influenciam de forma negativa a
actividade da empresa
OPORTUNIDADES: factores externos,
que influenciam de forma positiva a
actividade da empresa

15 16

Aná
Análise Clientes Aná
Análise Clientes

CONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DOS CLIENTES CONHECIMENTO DO VALOR PRETENDIDO PELOS CLIENTES

Total do Mercado Segmento 1 Segmento 2


Segmento 1 Segmento 2
Total dos Clientes (%)
Factores Relacionados com o Preço
Total do Consumo (%)
•Preço de Venda
Critérios Geográficos •Promoções
•Regiões •Descontos
•Dimensão das localidades •Crédito
•Local de habitação

Critérios Demográficos Factores relacionados com o Produto


•Sexo
•Idade •Qualidade
•Dimensão da Família •Sabor
•Design
Critérios sócio-económicos •Composição
•Rendimento •Embalagem
•Categoria sócio-profissional •Serviços de apoio pós-venda
•Zona residencial
•Habilitações académicas

Critérios psicográficos
•Atitudes face à inovação
•Convicções religiosas/políticas

Critérios de hábitos de compra e


consumo
•Frequência de compra
•Benefícios procurados
•Níveis de fidelidade
•Tipos de necessidades
•Tipos de produtos/marcas
•Tipo de compras (rotina, impulso...)
•...

17 18

3
Aná
Análise Clientes Aná
Análise de Fornecedores

AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES A análise dos fornecedores é fundamental para
a selecção dos que melhor se adequam às
Segmento 1 Segmento 2 necessidades da empresa
Avaliação da situação geral

•Elevada
•Média
•Baixa
Crité
Critérios de selecç
selecção:
ão
Descrição dos principais factores
geradores de insatisfação
Ö Preço
Descrição das necessidades
detectadas e não satisfeitas
Ö Prazos de entrega
Ö Qualidade
Descrição das condições em que o
cliente está disposto a mudar
de produto ou marca
Ö Serviços de apoio

Descrição da evolução previsível


Ö Distância
no comportamento do consumo
Ö Peso nas compras da empresa
Ö Número de fornecedores simultâneos
Ö Percentagem de produção absorvida
pela empresa
Ö Tipo

19 20

Aná
Análise Externa Marketing-
Marketing-Mix

• Que produto ou serviço irá ser


Produto oferecido aos consumidores?
• Quais as suas características?

• Quanto irá pagar o consumidor


pelo produto X?
• Qual poderá ser a provável Preço
• até quanto estará o consumidor
evolução espontânea do mercado disposto a pagar?

• Quais são para a empresa os • Onde estará o produto à venda?


principais riscos relacionados Distribuição • Como é que o consumidor terá
com a evolução do mercado acesso ao produto?

• Quais as oportunidades que a • Como é que o consumidor terá


evolução espontânea pode Comunicação conhecimento do produto?
oferecer à empresa • Que poderei fazer para o
convencer a comprar?

21 22

Marketing-
Marketing-Mix Mix do Produto

MARKETING-MIX
Produto

Embalagem
4 áreas de decisão
Marca

Serviços

Política de produto

Política de preço

Política de distribuição

Política de comunicação

23 24

4
Classificaç
Classificação dos Produtos de Consumo Efeitos Psicoló
Psicológicos da Embalagem

(Segundo Copeland)

Atenção
Produtos de Conveniência:

• O consumidor não está disposto a


deslocar-se para realizar a compra

Produtos de Compra Comparada:

• O consumidor realiza pesquisas


Interesse
Desejo
para comparar os preços do
mesmo produto em lojas diferentes

Acção
Produtos de Especialidade:

• O consumidor está disposto a


procurar até encontrar determinado
produto

25 26

Fidelizaç
Fidelização Produto/Serviç
Produto/Serviço

Factores diferenciadores do PRODUTO


1º Acto de Compra
• design
• durabilidade
Qualidade dos • fiabilidade
Serviços
• manutenção

Factores diferenciadores do SERVIÇO

2º Acto
de Compra • instalação
• assistência técnica
• treino/preparação

Satisfação • prazos de entrega


Fidelização

27 28

Ciclo de Vida do Produto Ciclo de Vida dos Produtos

FASES
FASES DA
DA VIDA
VIDA DE
DE UM
UM PRODUTO
PRODUTO Estratégias da Fase de Lançamento

Lançamento
Desenvolvimento
Penetração selectiva
Maturidade
Declínio
•Preços “elevados”
•Publicidade “fraca”

vendas
Penetração massiva

• Preços “baixos”
•Publicidade “forte”
tempo

lançamento desenvolvimento maturidade declínio

29 30

5
O Preç
Preço Marketing dos Distribuidores

Factores a considerar
POLÍTICA DE SERVIÇOS
na determinação do preço

• CUSTOS

• PROCURA
Serviço Serviços
incluído Serviços limitados
• CONCORRÊNCIA opcionais

31 32

Marketing dos Distribuidores Marketing dos Distribuidores

Serviço Incluído Serviços Opcionais

Ö Vantagens: Ö Vantagens:

• Cria boa imagem e estilo • Consumidor decide a escolha


• Evita a concorrência directa pelos • Serviço é pago por quem o utiliza
preços • O serviço pode tornar-se num
• Satisfaz uma parte da clientela centro de lucro

Ö Desvantagens: Ö Desvantagens:

• Faz suportar aos não utilizadores o • A concorrência exerce-se ao


custo do serviço mesmo tempo sobre os produtos e
• Há tendência para um mau controlo serviços
e uma inflação dos custos • Os serviços deixam de poder
desculpar margens elevadas

33 34

Marketing dos Distribuidores Técnicas de Comunicaç


Comunicação

z PUBLICIDADE
Serviços Limitados

Ö Vantagens:

• Cria boa imagem e estilo


• Os preços são mais baixos devido
z RELAÇ
RELAÇÕES PÚ
PÚBLICAS
a custos mais reduzidos
• Satisfaz uma parte da clientela

Ö Desvantagens:

• Só satisfaz os clientes que se


interessam pelo preço z PROMOÇ
PROMOÇÃO DAS VENDAS

Pague 2
e Leve 4

35 36

6
Técnicas de Comunicaç
Comunicação Publicidade no Local de Venda

Atracção
z MARKETING DIRECTO

Notoriedade
Vantagens
da
Informação
P.L.V.
z FORÇ
FORÇA DE VENDAS
Imagem de
marca

37 38

Publicidade no Local de Venda Meios de Publicidade

Imprensa
Objectivos
da
P.L.V.  Jornais regionais e
nacionais

ATRAÍR O
CONSUMIDOR  Revistas genéricas ou de
especialidade

FORÇAR A
INDECISÃO  Rádio

RECORDAR

39 40

Meios de Publicidade Meios de Publicidade

Impresso Audio-Visual
 Exposições
 Anuários e guias
 Bancas de Jornais

 Páginas amarelas  Caixotes de Lixo

 Viaturas da empresa
 Correio directo
 Pinturas em transportes
públicos
 Cartazes e placards
 Terminais Multibanco

 Folhetos, brochuras  Internet

41 42

7
Meios de Publicidade Relaç
Relações Pú
Públicas

MEIOS PARA INFLUENCIAR OS


Outros PÚBLICOS

 Publicações
 Patrocínios de equipas
desportivas  Patrocínios

 Mecenato
 Patrocínios de eventos
 Contactos pessoais

 Brindes (calendários,  Eventos


“posters”, esferográficas,
porta-chaves, etc.)  Actividades de serviço
público

 ...

43 44

Relaç
Relações Pú
Públicas Relaç
Relações Pú
Públicas

FACTORES QUE CONTRIBUEM ORGANIZAÇÃO


PARA A IMAGEM DA EMPRESA

 Organização  Estrutura e organização

 Serviços em contacto  Missão da empresa

 Pessoal em contacto  Sentido de eficácia

 Imagem visual  Responsabilidade perante


o mercado
 Acções de comunicação
 ...
 Suportes de comunicação

 Suportes físicos

45 46

Relaç
Relações Pú
Públicas Relaç
Relações Pú
Públicas

SERVIÇOS EM CONTACTO PESSOAL EM CONTACTO

 Atendimento  Dirigentes

 Serviço de Reclamações  Quadros

 Telefone  Vendedores

 Serviço pós-venda  Recepcionistas

 ...  Porteiros

 ...

47 48

8
Relaç
Relações Pú
Públicas Relaç
Relações Pú
Públicas

IMAGEM VISUAL ACÇÕES DE COMUNICAÇÃO

 Nome
 Publicidade
 Marca
 Força de Vendas
 Logotipo
 Promoção
 Slogan
 Marketing directo
 Sinalética
 ...
 Papel timbrado

 ...

49 50

Relaç
Relações Pú
Públicas Relaç
Relações Pú
Públicas

SUPORTES DE COMUNICAÇÃO SUPORTES FÍSICOS

 Anúncios  Fábrica

 Brochuras  Escritório

 Catálogos  Ponto de venda

 Fardamentos  Equipamentos de apoio no


ponto de venda
 Brindes
 ...
 ...

51 52

Promoç
Promoções Forç
Força de Vendas

É muito importante não só o acto da


venda, como a sua preparação

Objectivos
das
Promoções

• Escoamento de excedentes
• Combate à concorrência
• Relançamento de produtos
• Aumento de clientela
• Aumento de Vendas Conjunto de indivíduos que têm na
• Aproveitamento de datas especiais empresa como principal função vender ou
fazer vender os seus produtos
• Aceleração da rotação de stocks
• Fidelização de clientela

53 54

9
Forç
Força de Vendas Forç
Força de Vendas

 Organização  Estrutura

 Segundo os níveis de  Por regiões


desenvolvimento dos
clientes
 Por produtos

 Segundo as tarefas
específicas a executar
 Por clientes

55 56

Desenvolvimento do Merchandising Desenvolvimento do Merchandising

NO PASSADO O VENDEDOR
QUANDO O VENDEDOR PÔS ALGUNS
SEPARAVA-SE DO CONSUMIDOR
PRODUTOS DO LADO DE FORA DO BALCÃO, AS
COM UM BALCÃO.
VENDAS AUMENTARAM.

O CLIENTE NÃO PODIA


MEXER NOS PRODUTOS!

57 58

Desenvolvimento do Merchandising Desenvolvimento do Merchandising

HOJE O MERCHANDISING SALIENTA:


SALIENTA:

SURGE O LIVRE-SERVIÇO E

A NECESSIDADE z OS ASPECTOS POSITIVOS DOS


PRODUTOS OU SERVIÇOS
DO
z CRIA UMA IMAGEM
MERCHANDISING
z ALTERA A DECISÃO DE COMPRA
DE UM CLIENTE.

59 60

10
Pontos de Atracç
Atracção Pontos de Atracç
Atracção

A PORTA
A LOCALIZAÇ
LOCALIZAÇÃO

61 62

Pontos de Atracç
Atracção Pontos de Atracç
Atracção

A MONTRA
O STOP-
STOP-PASSEIO

63 64

Pontos de Atracç
Atracção Efeitos das Cores

EFEITO PSICOLÓ
PSICOLÓGICO
O CHÃO

ENCARNADO MUITO ESTIMULANTE

AZUL CALMANTE

VERDE MUITO CALMANTE

AMARELO EXCITANTE

65 66

11
Efeitos das Cores Efeitos das Cores

EFEITO PSICOLÓ
PSICOLÓGICO EFEITO TEMPERATURA/DISTÂNCIA

ENCARNADO QUENTE / PERTO


LARANJA EXCITANTE

AZUL FRIO / MAIS ALÉM


CASTANHO EXCITANTE

VERDE F. NEUTRO / MAIS ALÉM


LILÁS AGRESSIVO/CANSATIVO

AMARELO MTO. QUENTE / PERTO

67 68

Efeitos das Cores Níveis de Exposiç


Exposição

EFEITO TEMPERATURA/DISTÂNCIA

3
LARANJA MTO.QUENTE / MTO.PERTO
Nível dos olhos

CASTANHO NEUTRO / CLAUSTROFÓBICO 2


Nível das mãos

LILÁS FRIO / MUITO PERTO 1

Nível dos pés

69 70

Níveis de Exposiç
Exposição Níveis de Exposiç
Exposição

3 3
Nível dos olhos Nível dos olhos
+ 63%
2 2
Nível das mãos Nível das mãos
+ 34%
1 1

Nível dos pés Nível dos pés

71 72

12
Níveis de Exposiç
Exposição Níveis de Exposiç
Exposição

3 3
Nível dos olhos Este dados
+ 78% são
2 2
demasiado
Nível das mãos importantes
para
1 1 não se terem
em atenção!
Nível dos pés

73 74

Técnicas de Animaç
Animação da Loja Técnicas de Animaç
Animação da Loja

z PROMOÇ
PROMOÇÕES z ANIMAÇ
ANIMAÇÃO NO
LOCAL DE VENDA

Super Promoção”
2 Euros

Leve 3
Pague 2

75 76

Técnicas de Animaç
Animação da Loja ANIMAÇ
ANIMAÇÃO PERMANENTE

z PUBLICIDADE NO LOCAL z ILUMINAÇ


ILUMINAÇÃO
DE VENDA

zDECORAÇ
DECORAÇÃO

VISITE A NOSSA EXPOSIÇ


EXPOSIÇÃO DE
BRINQUEDOS zSOM

z CARTAZES E PAINÉ
PAINÉIS

77 78

13
ANIMAÇ
ANIMAÇÃO PONTUAL Importância do Atendimento

ATENDIMENTO

QUALIDADE

z SESSÕES DE AUTÓ
AUTÓGRAFOS

z DEMONSTRAÇ
DEMONSTRAÇÕES DE
PRODUTOS

z CONSULTAS DE ESTÉ
ESTÉTICA

79 80

Importância do Atendimento Princí


Princípios Bá
Básicos do Atendimento

“Atender é mostrar imediatamente


que se está disposto a atender” educação

eficácia
in: “Saber Acolher Clientes”
postura

optimismo

no acolhimento de clientes clareza

competência
na recepção de visitantes
disponibilidade

conhecimento

nos contactos telefónicos

81 82

1/2
Atendimento Telefó
Telefónico Tratamento de Reclamaç
Reclamações

Um cliente desconte que lhe


Quem está do outro lado da linha escreve ou telefona a
não vê que estamos ocupados! reclamar é um cliente salvo!
In “Saber Acolher os Clientes”

• Dê oportunidade ao cliente
de expor a reclamação

• identifique a empresa ao atender • tente resolver o problema


imediatamente
• identifique-se sempre pelo nome e apelido

• sorria ao telefone • tenha em conta que uma


reclamação pode ter
• use frases curtas e positivas implicações legais

• não corte a palavra ao seu interlocutor • nunca tire conclusões


• agradeça o contacto apressadas e sem
fundamento

83 84

14
2/2
Tratamento de Reclamaç
Reclamações As Vendas

Preparação da venda

• nunca discuta com o cliente


para o sucesso
• tome nota de todos os detalhes
e garanta que vai tomar
medidas adequadas à resolução
do problema

• ofereça soluções alternativas e


identifique a que mais se ajusta
ao cliente
Quem é o cliente ?
?
• verifique que todos na empresa Quem decide ?
procedem de forma semelhante
e adequada Quem vai comprar ?

85 86

As Fases da Venda As Fases da Venda

clima • Clima
• Confiança mútua
identificar
compreender • Conhecer o cliente
demonstrar

• Argumentar
Antes
• Convencer o cliente

concretização do negócio • Acordo


• Concretizar o
negócio

depois
• Reforçar a
relação com o
CONSOLIDAR cliente

87 88

As Fases da Venda As Fases da Venda

ARGUMENTAÇÃO
CONSOLIDAÇÃO
Mostrar os benefícios e vantagens do
produto ou serviço: É fundamental que quem vende
transmita total segurança ao
cliente, reforçando a sua acção
através de:

Foto gentilmente cedida pela


ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA – COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS

Ü demonstração de disponibilidade
 Que contributo traz?
Ü felicitação pela decisão tomada
 Para que serve?

 Quais são as suas características?

89 90

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Sub-Projecto de Gestão: Formação de Formadores de Gestão de Micro e Pequenas Empresas

MÓDULO TEMÁTICO MARKETING DURAÇÃO 60 HORAS


OBJECTIVOS GERAIS RECURSOS TÉCNICO PEDAGÓGICOS
Identificar a importância do Marketing como filosofia de gestão aplicável ao desenvolvimento da
empresa
Fornecer instrumentos de Marketing com vista ao diagnóstico global do negócio, à organização
FICHAS DE TRABALHO
do ponto de venda e ao atendimento e venda TEXTOS DE APOIO DIÁLOGO
FORMANDO/FORMADOR
TRABALHO
DE EQUIPA
DISCUSSÃO
DE TURMA
TRANSPARÊNCIAS

OBJECTIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METODOLOGIA R. Técnico-Pedagógicos

Introdução ao Marketing

z Definir o conceito de Marketing e compreender a sua 1.1. Definição z Análise critica do material de
evolução apoio
1.2. Evolução histórica do Marketing
z Compreender o Marketing, perspectivando o seu z Exploração pedagógica de
papel na empresa 1.3. A importância do Marketing na empresa material audiovisual

Diagnóstico Global do Negócio

z Identificar estratégias, métodos e meios para 2.1. Estudos de mercado z Exploração das diversas
investigação do mercado estratégias, métodos e meios,
2.1.1. Mercado em função dos diferentes
2.1.2. Objectivos dos estudos de mercado tipos de actividade comercial
2.1.3. Plano para um estudo de mercado
z Método expositivo
z Identificar as forças e fraquezas internas da empresa 2.2. Análise interna
z Exploração de casos
2.2.1. Análise da área Marketing/Vendas
2.2.2. Factores da área de Produção com incidência na
área de Marketing/vendas
2.2.3. Factores da área de Recursos Humanos com
incidência na área de Marketing/Vendas
2.2.4. Factores da área de Compras com incidência na
área de Marketing/Vendas
2.2.5. Análise da área Administrativa/Contabilidade com
incidência na área de Marketing/Vendas

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Sub-Projecto de Gestão: Formação de Formadores de Gestão de Micro e Pequenas Empresas

OBJECTIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METODOLOGIA R. Técnico-Pedagógicos

2.2.6. Análise da área Financeira com incidência na


área de Marketing/Vendas
2.2.7. Conclusões da análise interna: pontos fortes e
pontos fracos

z Posicionar a empresa relativamente às ameaças e 2.3. Análise externa z Exploração das diversas
oportunidades envolventes estratégias, métodos e meios,
2.3.1. Como detectar ameaças e oportunidades em função dos diferentes
2.3.2. Conhecer os clientes tipos de actividade comercial
2.3.2.1. Como conhecer os clientes
z Método expositivo
2.3.3. Conhecer os fornecedores
2.3.3.1. Avaliação e selecção de fornecedores z Exploração de casos

2.3.4. Conhecer os fornecedores


2.3.4.1. Introdução
2.3.4.2. Avaliação e selecção de fornecedores

2.3.5. Conhecer a concorrência


2.3.5.1. Identificação dos concorrentes
2.3.5.2. Descrição dos concorrentes
2.3.5.3. Outros factores que influenciam a concorrência
2.3.5.4. Obtenção de informação sobre o mercado

2.3.6. Conclusões da análise externa- oportunidades e


oportunidades

z Desenvolver o produto/serviço em função das Marketing-Mix z Identificação, análise e


diferentes variáveis discussão das variáveis do
3.1. Conceito Marketing-Mix, aplicadas aos
projectos dos formandos
3.2. Política do produto
z Exploração pedagógica de
3.2.1. O mix do Produto material audio-visual
3.2.2. Ciclo de vida dos Produtos
3.2.2.1. Estratégias a adoptar em cada fase

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Sub-Projecto de Gestão: Formação de Formadores de Gestão de Micro e Pequenas Empresas

OBJECTIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METODOLOGIA R. Técnico-Pedagógicos

3.3. Política do Preço z Identificação, análise e


discussão das variáveis do
3.3.1. A determinação do Preço Marketing-Mix, aplicadas aos
3.3.1.1. Objectivos projectos dos formandos
3.3.1.2. Factores a considerar para uma política de preço
z Exploração pedagógica de
3.4.Política de Distribuição material audio-visual

3.4.1. Tipos de canais de Distribuição


3.4.2. Tipos de distribuição
3.4.2.1. O franchising
3.4.2.2. O merchandising
3.4.3. A política de Marketing dos distribuidores
3.4.4. Conflitos entre produtores e distribuidores

3.5.Política de comunicação

3.5.1. Técnicas de comunicação


3.5.1.1. Publicidade
z Objectivos da publicidade
z Tipos de publicidade
z Os tipos de publicidade segundo a natureza dos
suportes
z Os tipos de publicidade segundo o objecto da
mensagem
z Publicidade no local de venda (P.L.V.)
z Os principais meios

3.5.1.2. As relações públicas


z Conceito de relações públicas
z Objectivos das relações públicas
z Os meios
z Os factores

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Sub-Projecto de Gestão: Formação de Formadores de Gestão de Micro e Pequenas Empresas

OBJECTIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METODOLOGIA R. Técnico-Pedagógicos

3.5.1.3. Promoção de vendas


z Distinção entre promoção e a publicidade
z Objectivos das promoções
z Técnicas de promoção
z Experimentação gratuita
z Redução directa do preço de venda ao consumidor
z Distribuição de bónus de redução aos
consumidores
z Descontos sobre a quantidade
z Oferta de uma embalagem promocional
z Prémios
z Ofertas a acompanhar determinados produtos
z Concursos
z Coleccionismo
z Jogos e sorteios
z Pôr em destaque o produto

3.5.1.4. Marketing directo


z Correio directo
z Telemarketing
z Direct-response

3.5.1.5. A força de vendas


z Organização da força de vendas
z As funções da força de vendas
z A dimensão da força de vendas
z A estrutura da força de vendas

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OBJECTIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METODOLOGIA R. Técnico-Pedagógicos

Merchandising/Organização do Ponto de Venda

z Caracterizar o conceito de 4.1. Conceito z Apresentação e discussão do


merchandising/organização do ponto de venda tema
4.2. Os pontos fortes do ponto de venda
z Identificar as técnicas do merchandising no ponto de 4.2.1. A localização
venda, aplicando os diversos tipos de exposição, em 4.2.2. A montra z Visita de estudo a uma
função da rentabilização do espaço 4.2.2.1. Decoração de montras superfície comercial

4.2.3. A porta
4.2.4. O chão z Exploração pedagógica de
4.2.5. O stop-passeio material audio-visual
4.2.6. Os serviços
4.2.7. A composição do sortido
4.2.8. Apresentação exterior da loja z Estudo de casos
4.2.9. Sinalização e informação
4.2.10. O atendimento
4.2.11. Lettering
4.2.12. Horário de funcionamento

4.3. O Merchandising/Organização do ponto de venda

4.3.1. Definição e importância do Merchandising


4.3.2. Os três tipos de Merchandising
4.3.3. O Merchandising do distribuidor e e o
Merchandising do produtor
4.3.4. Gestão do Merchandising no retalho
4.3.4.1. Características da mercadoria
4.3.4.2. Ocupação do espaço
4.3.4.3. A decoração e a cor
4.3.4.4. A iluminação
4.3.4.5. Expositores, odores e som
4.3.5. O linear
4.3.5.1. A importância e definição do Linear
4.3.5.2. O linear e o consumidor
4.3.5.3. Valor dos diferentes níveis de exposição

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OBJECTIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METODOLOGIA R. Técnico-Pedagógicos

4.3.6. Gestão do espaço da prateleira


4.3.6.1. Tipos de exposição
z Verticalização
z Horizontalização
4.3.7. Animação no ponto de venda
4.3.7.1. Objectivos
4.3.7.2. Técnicas utilizadas para a animação no ponto de
venda
z Promoções
z As animações no local de venda
z A animação permanente
z A animação pontual ou temporária
z A P.L.V.
4.3.7.3. A animação de rua
z Identificar as vantagens da organização do ponto de 4.3.7.4. Ponto de venda à medida das crianças
venda em função das crianças
4.3.8. Erros correntes no ponto de venda
z Diagnosticar situações prejudiciais à organização do
ponto de venda

Atendimento e Venda z Apresentação e discussão do


z Caracterizar os conceitos de atendimento e venda tema
5.1. A importância do atendimento
z Caracterizar o atendimento como factor de sucesso 5.2. Princípios básicos para um bom atendimento do z Simulação e discussão de
na venda público casos
5.3. Atendimento dos visitantes na empresa
z Reconhecer a importância da fidelização do cliente 5.4. O atendimento telefónico z Exploração pedagógica de
5.5. O tratamento de reclamações material audiovisual
5.6. A venda
z Caracterizar as diferentes etapas da negociação 5.6.1. A preparação da venda z Simulação e discussão de
como factores de sucesso na venda 5.6.2. As diferentes fases da venda casos
5.6.2.1. Contacto
5.6.2.2. Identificação z Roleplay
5.6.2.3. Demonstração
5.6.2.4. Concretização z Exploração pedagógica de
5.6.2.5. Consolidação material

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