O Legado do

Soberano
Errata e Material de Suporte para a Internet

George Bonfim

São Paulo, 2004

Edição Eletrônica

www.editoraviu.com.br
 “Terras do Sonho Eterno – O Legado do Soberano”
Errata e Material de Suporte para a Internet

Editor-chefe: Gabriela Viu

Editor de Arte: Cauê Freitas
Conceito e Regras: George Bonfim
Projeto Gráfico, Diagramação,
Revisão, Digitação e Layout: Equipe Editora Viu

Autor: George Bonfim

Ilustrações: Erica Girotto

Edição Eletrônica disponibilizada em Março/2004

O d20 System é copyright da Wizards of the Coast, e está sendo publicado sob os termos da d20 System
License (pág. 48)

“Enda, mundo de Sonhos” é copyright de Rogério Mendes e está sendo usado sob permissão. Mais
detalhes em www.editoraviu.com.br/tse

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5988 de 14/12/73

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios existentes ou que venham a ser
criados no futuro sem autorização prévia, por escrito, da editora. Todos os direitos reservados à
Editora Viu Ltda.

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 Apresentação
Gostaríamos de iniciar esta publicação com
um sincero e humilde pedido de desculpas.
Inicialmente, aos membros da lista de
discussão Enda-d20, que pela correria na
preparação do livro, não apareceram nos
créditos de “O Legado de Soberano” mesmo.
Em seguida, desculpas aos leitores pelos erros
que acabaram passando batido em nossa
revisão, sejam eles de gramática ou
concordância, sejam eles de regras ou
diagramação. Foi mal mesmo pessoal, isso não
deverá ocorrer no futuro.
Também queremos fazer uma honrosa
menção a todos que nos ajudaram neste longo
processo, antes, durante e após a Dragão Fest.
Gostaríamos de expressar o nosso
agradecimento aos membros da lista Enda
d20, cujo trabalho nos auxiliou muito no
desenvolvimento deste primeiro projeto, aos
editores de empresas já no mercado que nos
deram valiosas dicas e um grande auxílio neste
árduo início, aos amigos que nos visitaram no
estande, àqueles que nos deram um auxílio e
tanto com as demonstrações da aventura nas
mesas de jogo (um fantastico time de
mestres!), ao Takashi da Yamato pela
iniciativa na área de RPG, a editora Mantícora
pela revista d20 saga e pela menção de nosso
trabalho em sua revista número 1, aos nossos
pais e parentes que compareceram no evento,
aos leitores e público que compraram o livro
e nos deram um voto de confiança... e a Deus,
que desde o início ouviu o pedido de um
estressado autor e vestibulando, e permitiu
que o nosso livro pudesse ser lançado neste
evento. Muito obrigado tanto pelo livro,
quanto pela faculdade!
Nossa idéia inicial era fazer deste modulo
apenas uma correção de “O legado do
Soberano” mas os leitores nos empolgaram
tanto que fizemos um pouco mais junto com
a errata, uma sessão inteira de material e
ilustrações inéditas será disponibilizada a
vocês; um uma compensação por nossos
deslizes e um atrativo para aqueles que
pretendem desenvolver grandes aventuras em
Enda, em especial nos quatro reinos da
Península de Verith. Boas Aventuras a todos!
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 Errata
• Fichas de personagem corrigidas:

Lanyen Archill
• Nas páginas 07, 22, 23, 27 28, 29, 30, 31 e Perícias: Acrobacia +8
41, onde se lê a palavra “Yuan-Ti” deve-se subs- Habilidades Especiais: Acrescentar Pureza
tituí-la por “Homens Serpente” corporal e Deslocamento 15 metros

• Na página 17, no quadro cinza o final Principe Trevor Gyrion Vhant

do texto não apareceu. O texto correto, a partir CA : 17
da última sentença é o seguinte: Magias por dia: 4/4/4/4/3

“Pode ser que o líder anão já conheça alguns Califa Mujahed Amir Sahadin
de seus feitos convoque os heróis para uma Nivel: 6
missão com o intuito de recuperar as relíquias PV´s: 46
perdidas, a fim de restaurar a paz na Inic: +6
península”. CA: 23
DES: 15 (+2)
• Na página 37, os ajustes de atributos de CAR: 13 (+1)
um Num’ah são: Reflexos: +12
Perícias: Equilíbrio +4, Esconder-se +4, Furtividade
+2 de Força, + 2 de Destreza, -2 de Carisma. +4, Saltar +6, Ouvir +4.
Ataque e dano: Ataque com garras +10/+5
• Na página 37, no final da descrição da
raça Num’ah, a descrição do ajuste de nível Eva Kant
não foi incluída. Os Num’ah possuem um ajuste BBA: +8/+3
de nível de +2. Isto significa que os Num’ah CA: 16
recebem níveis mais vagarosamente do que as Habilidades Especiais: Acrescentar: Tolerância,
outras raças. Eles são sempre considerados Olhos de Aguia e Liderança.
personagens dois níveis mais avançados do que
um personagem normal para propósitos de Brenhart Qual´Zeen
calculo e premiação em experiência, apesar de Inic: +9
não ganharem nenhuma habilidade extra CA: 17
referentes a estes dois níveis (isso visa BBA: +6/+1
balancear as habilidades especiais dos Num’ah Reflexos: +11
com as outras raças mais comuns). Por Vontade: + 6
exemplo, um Num’ah com 10.000 pontos de Ataque e dano: sabre +9
experiência estraria apenas no terceiro nível, CA: 13
ao invés do quinto, como um personagem Pericias: Escalar +8
normal. O Mestre é orientado a permitir quer
um personagem Num’ah inicie sua carreira de Wilkans Fonstad
aventuras com personagens que já possuam Inic: +6
pelo menos três níveis (por exemplo, um elfo Reflexos: +4
marujo e um halfling batedor, ambos de terceiro Pericias: Furtividade +4
nível; juntamente com um Num’ah ranger de Habilidades Especiais: 5 talentos adicionais de
primeiro nível). guerreiro

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 Material Extra
Ankara Vuori,
A Montanha Severa
Capital: Kronall
População: Anões de Titânio
Governo: Monarquia Teocrática
Comérico: Metais preciosos, gemas,
utensílios manufaturados,
armas (exportação); couro,
tecidos, grãos, madeira
(importação).
Este é o reino mais antigo da península de
Verith. Há muitos séculos, um grande grupo de
Anões de Titânio viajou vários e vários anos sob
a terra, na tentativa de encontrar um local para
construir um reino dominado pela casta de
sacerdotes de Eikki. Os primeiros colonos
chegaram em uma cadeia de montanhas rica em
diversos minérios. Entretanto, o ambiente do local
era muito severo, e os animais e feras selvagens
da região apresentaram um grande obstáculo para
a colonização dos anões. Com o tempo, eles
acabaram vencendo estes problemas, e
terminaram por encontrar o real soberano destas
terras até então inabitadas para eles. Eles estavam
errados apenas em pensar que a península não
era habitada por nenhuma raça inteligente. Um
grande e antigo Dragão, chamado Verus Erithax,
já vivia na península há muitas eras, e ele foi até
os anões de titânio questionar-los sobre a sua
permanência no local, e sobre quais seriam os
seus objetivos em seus domínios. Os anões
ficaram surpreendidos por tamanha majestade e
imponência, e disseram ao Dragão que não
desejavam nenhum conflito ou guerra, e
reconheceram a sua soberania sobre o reino.
Verus Erithax ficou muito curioso com este povo
que acabara ficando em seu reino, e lhes disse
que eles poderiam permanecer na montanha,
desde que eles lhe contassem mais sobre sua
cultura, sobre seus costumes, e sobre os
acontecimentos do mundo naquela época. O sumo
sacerdote anão prontamente aceitou os termos, e
em menos de 100 anos os anões construíram uma
magnífica metrópole sob a montanha. Com o
tempo, assumiu-se o regime de monarquia no
reino dos anões de titânio, e Ankara Vuori cresceu
e tornou-se o maior reino anão do sul do
continente de Brahanor.
Hoje o reino dos anões é centrado em uma
grande comunidade, existindo apenas alguns
outros entrepostos comerciais e fortalezas em
posições estratégicas para defender o reino. Com
o tempo, uma segunda cidadela fora construída
na fronteira leste do reino graças ao contato dos
anões com os humanos de Irenav, e ambos os
reinos possuem fortes laços comercias e
diplomáticos, sendo grandes aliados. Os dois
reinos são separados por uma grande depressão
entre as montanhas, mas anões e humanos
construíram uma grande ponte de duas vias que
liga uma nação a outra. Utilizando-se de avançados
conhecimentos de engenharia e de magia divina
de ambos os povos, foi erguida a Ponte de Granito,
uma construção colossal de mais de 500 metros
de extensão, cerca de 20 metros de largura. Esta é,
com certeza, uma das grandes maravilhas
arquitetônicas das Terras do Sonho Eterno.
5
 Irenav membros da classe mercante passaram a venerar
a entidade, logo o reino passou a ter uma classe
religiosa em sua pirâmide social. Liderados por
Capital: Hopennhall – Os Salões um sacerdote chamado Iren, esta classe logo
Prateados solicitou aos magos dominantes mais autonomia
População: Humanos Darvarianos, e direitos sociais, exigindo um poder equivalente
Anões de Titânio ao dos magos no reino. Obviamente , estas
Governo: Teocracia solicitações não foram atendidas, e muitos magos
Comércio: Lã, grãos, animais, algodão, nobres chegaram a cogitar remover este
minérios (exportação); “agitador” do reino, fazendo disso um aviso para
produtos manufaturados, todos os que almejassem tentar usurpar o poder
armas, metais, tecidos dos magos. O rei arquimago, contudo, não era
(importação). um assassino, e tampouco desejava uma guerra
civil. Ele prontamente negou as solicitações de
Com a criação de Galvimor, os magos do reino Iren, e lhes disse que somente em um novo Estado
logo tornaram-se a classe mais privilegiada da eles poderiam obter a soberania que desejavam.
sociedade. A maioria dos camponeses e aldeões, Iren formalmente exilados decidiu partir para o
entretanto, não possuía a instrução, ou mesmo norte, e convocando aqueles que seguiam
inteligência suficiente para iniciar os estudos na Mazhaud a seguirem os seus passos, em um
área das magias arcanas. Muitos deles acabaram grande êxodo.
encontrando na fé um pilar para sustentar as suas No início, muitos ficaram com receio de
crenças e o seu modo de viver. Com o tempo, um abandonarem os seus lares, e seguirem com suas
pequeno culto a Mazhaud, Deus da Luz começou famílias para terras desconhecidas e muitas vezes
a espalhar-se entre as classes menos favorecidas inóspitas, mas as palavras e a liderança de Iren
de Galvimor, e quando até mesmo alguns eram tamanhas que ele acabou por cativar e

6
convencer boa parte da classe mais humilde da
população a seguirem a sua trilha. Em um evento
chamado de “O Êxodo dos Fiéis”, praticamente
um terço da população mais humilde de Galvimor
partiu para o nordeste da península, almejando
ultrapassar a cadeia de montanhas que se
apresentava imponente e severa.
Com o tempo, os missionários humanos
encontraram não somente pedra e areia, terra e
rocha. Encontraram o povo que já habitava a parte
ocidental da montanha, e que viam estes viajantes
com curiosidade e suspeita. Iren encontrou-se com
um líder religioso representante dos anões de
titânio de Ankara Vuori, e logo um acordo de
estadia temporário foi firmado entre os dois povos.
Durante dez anos, seria permitido aos humanos a
permanência na parte oriental da cordilheira, que
em teoria pertencia aos anões. Conforme o decorrer
deste prazo, os humanos e os anões perceberam
que a entidade que ambos veneravam eram
meramente dois aspectos de um mesmo conceito,
e que apesar de Eikki apresentar-se para os anos
de uma forma, ele nada mais era do que o mesmo
Mazhaud que os humanos seguiam e que os levará
lá. Uma aliança mais duradoura foi então criada,
e os humanos que viviam em vilas sobre a
montanha auxiliaram a defender o reino dos anões
de titânio diversas vezes. Isso fez com que os anões
fizessem umtratado com os humanos, e logo o
quarto e último reino da península de Verith estava
formado. Surgira a Teocracia Livre de Irenav,
nome este derivado do primeiro missionário que
liderou os fiéis para o norte.
Galvimor
Capital: Tedria
População: Darvarianos, Elfos das
Planícies
Governo: Monarquia Magocrática
Comércio: Tecidos, itens mágicos,
livros, cavalos, alimentos
(exportação); minerais,
rochas, temperos,
especiarias, madeira
(importação).
“O Poder da Mágica”: Este é o nome da nação
de magos que surgiu em Verith após uma grande
guerra de independência, onde os
conquistadores hamirianos foram expulsos da
península, graças ao esforço dos darvarianos e
dos elfos, que ensinaram aos herdeiros do
Dragão Antigo as artes da magia arcana.
Dotados deste poder que era desconhecido aos
hamirianos até então, este próspero reino surgiu
para acolher os darvarianos que lutaram
bravamente para libertar o seu povo. Com a
criação de Galvimor, um aliança entre os elfos
das planícies e os humanos firmou-se, e em
menos de dois séculos, Galvimor tornou-se um
reino onde magos formariam a elite na sociedade
galvim, e ser um mago em Galvimor significaria
ter grande prestígio, renome e poder. Uma
academia foi instituída no reino (A Academia
Prae Magi), e duas grandes cidades destacam-
se na região: a capital Tedria, onde localizam-
se a Corte Real e a sede da Academia Prae
Magis; e a lotada Hendar, cidade onde existe o
chamado “último” grande porto do ocidente. O
porto de Hendar possui esta denominação
devido ao fato de que, mesmo existindo um
porto mais a oriente, antes do Abismo do Mundo
(um vestígio natural de um combate travado
entre duas divindades), este outro porto pertence
ao reino de Kafir, lar dos enigmáticos Elfos da
Areia, e em nada se assemelha com os reinos da
parte ocidental do mundo. Sendo assim, Hendar
é a ultima parada onde um marinheiro ocidental
reconhece rostos e costumes familiares.
Os magos de Galvimor, ao contrário dos
magos encontrados no resto do mundo, possuem
uma Hierarquia militar bem estruturada,
organizando-se em uma grande ordem de
cavaleiros, chamada de Cavaleiros Arcanos de
Galvimor. Eles treinam montaria, táticas de
guerra, magias em combate e estratégias
militares. Esta ordem foi formada pelo atual Rei
de Galvimor, Lionard Gyrion Vhant. Após o
incidente com as relíquias e a tentativa de golpe
de estado por descendentes dos hamirianos, o
grande arquimago e monarca de Galvimor
acredita ser importante a formação de um grupo
militar bem estruturado para a defesa do reino,
e por isso esta ordem foi criada.
7
 reclusos Elfos das Planícies, um povo que
Hynafol descende dos Elfos das Areias, detentores
milenares de um conhecimento há muito
enterrado no deserto de Kafir, sua terra natal.
Capital: Mênefor Não sabe-se o motivo, mas cerca de 500 anos
População: Elfos das Planícies atrás, eles chegaram na península de Verith
Governo: Democracia Senatorial em seus exóticos navios, trazendo consigo
Comércio: Grãos, alimentos, gado, sal, apenas o silêncio do que ocorrera em seu lar.
couro, peixes, madeira Com o tempo, eles também foram visitados
(exportação); especiarias, por Verus Erithax, e a eles foram cedidas as
seda, cavalos, minerais planícies do extremo leste. Os elfos
(importação). chamaram o seu reino de Hynafol (A
Planície, em seu idioma), e construíram a
Uma grande comunidade centrada em magnífica cidade-estado de Mênefor.
uma cidade-estado auto suficiente, uma Uma estrutura bastante peculiar forma
organização bem estruturada e uma cultura a sociedade de Hynafol. Um senado composto
quase esquecida. Estas são características dos por 36 membros controla os poderes executivo
e legislativo do local. O poder
judiciário é composto por uma elite
treinada por uma druida anciã, que
caminha por Enda desde os tempos
de Verus Erithax. A druida chamada
Q’enitkyn treina dois grupos de
elfos, um que representa os
guardiões do conhecimento oculto
dos seus ancestrais, e é chamado
de Guardiões da Tradição um outro
responsável pelo cumprimento das
penas e das punições por violações
na lei élfica,os Arautos da Lei. O
povo habita em grane parte a
fantástica metrópole de Mênefor,
mas pode ser encontrado em
pequenas vilas rurais espalhadas
pelos ricos planos do sudeste da
Península de Verith. Curiosamente,
a região costeira da grande planície
não possui condições de abrigar
um porto, pela imensa cadeia de
recifes e de corais que circundam
a área. Isto faz de Hendar, em
Galvimor, o principal ponto de
importação e exportação de Verith.
Os elfos das planícies possuem
uma duradoura aliança com os
magos de Galvimor, união esta que
trouxe muitos benefícios para
ambas as nações.

8

Mazhaud - Eikki
Entidade Maior
Outros nomes: A Estrela Eterna, O Sol
Inclemente, Lorde do Alvorecer (Mazhaud); O
Senhor da Montanha, O Forjador das Almas, O
Patrono da Chama Celeste (Eikki).
Símbolos: O sol, estrela prateada (Mazhaud);
bigorna de pedra com um machado, punho de
uma manopla com uma montanha atrás (Eikki).
Cores: Vermelho e Amarelo (humanos),
Branco e Azul (anões).
Tendência: Ordeiro e Bom (Mazhaud);
Ordeiro e Neutro (Eikki).
Portfolio: Estrelas, Sol, Amanhecer, Verão,
Vitalidade (Mazhaud); Proteção, Criatividade,
Anões, Fogo (Eikki).
Seguidores típicos: povo do deserto, anões,
monges, rangers, sacerdotes.
Domínios: Bondade, Cura, Sol, Proteção
(Mazhaud); Fogo, Bondade, Ordem, Força
(Eikki).
Arma Favorecida: Espada Longa (A Estrela
Eterna), Ugrosh Anão (A Chama Celeste).
Mazhaud é uma das entidades mais influentes
do panteão de Enda. Conforme as historias
contadas pelos bardos, há muito tempo ele
caminhou pelo espaço obscuro, e para marcar o
seu caminho, ele criou as estrelas que hoje
iluminam os céus de Enda, e quando os deuses
criaram o mundo a entidade do Sol Inclemente
logo percebeu que este necessitaria de iluminação
e calor para que a vida pudesse crescer e
multiplicar-se, de acordo com o anseio de sua
esposa, Nenya. Por isso ele criou uma estrela bem
próxima do mundo, que separaria o dia da noite,
a luz das trevas; e permitiria o desenvolvimento
das raças conhecidas no mundo.
Mazhaud é uma entidade bondosa e acolhedora,
sendo responsável por uma quantidade bem
grande de templos em Enda, em especial no
centro-sul do continente de Brahannor, o
principal do mundo conhecido. Tem muitos
aliados entre as entidades do panteão de Enda,
esposa Nenya (deusa da vida, da primavera e da
fertilidade), a mais influente delas. Seu eterno
inimigo e nêmesis é Urkes, deus da escuridão,
dos segredos, da mentira, da inveja e do inverno.
Conforme os mitos de criação do mundo, Urkes
odeia e teme ao mesmo tempo o seu rival, como
a escuridão cede à chegada da luz. Mazhaud por
sua vez, nutre uma mesma antipatia pelo seu rival,
mas mesmo assim conhece a importância do
equilíbrio, e por isso dividiu a passagem do tempo
entre dias e noites, mantendo a ordem e a balança
entre o bem e o mal.
Uma informação importante sobre esta entidade
é o fato de ela ser também a entidade responsável
pela criação dos anões. Curiosamente os mesmos
o veneram com outro nome (Eikki, que no idioma
anão significa O Poderoso), e chegam até mesmo
a receber poderes e magias de um modo diferente
dos humanos que veneram o Lorde do Alvorecer.
Existem correntes de pensamento entre clérigos,
sacerdotes e teólogos que especulam que
Mazhaud seja também Eikki, já que muitos
defendem ambos como sendo duas facetas de uma
mesma divindade. Outros defendem a tese que
as diferenças tanto de manifestação, como de
domínios e poderes concedidos são prova mais
do que suficiente para comprovar a diferença (e
existência) de duas entidades separadas
.
Nota Importante: O mestre tem total
liberdade para assumir qualquer uma das
sugestões oferecidas aqui, inclusive tendo
também a opção de deixar esta pergunta sem
resposta para os seus jogadores, criando
oportunidades para diversas interpretações.
Mazhaud é representado como imponente
homem maduro e forte, como cabelos de fogo e
uma ornamentada toga, sempre segurando uma
espada em sua mão esquerda. Já Eikki possui a
forma de um anão poderoso e ancião, portando
uma armadura ornamentada e um visível corte
cicatrizado em sua perna direita. As lendas dizem
que foi Eikki o primeiro que instruiu os anões a
utilizarem os seus ossos para forjarem armas, e
esta cicatriz mostra que ele oferecera parte de seu
próprio fêmur metálico para a formação de um
poderoso artefato da raça anã de Enda, um Ugrosh
anão.
9

Figuras de Verith
Estas são as figuras mais influentes da
Península de Verith, cada uma delas
representantes de uma das quatro nações que hoje
coexistem na região. O mestre poderá adequá-
los a suas aventuras e como lhe for mais
conveniente, e eles inclusive podem ser utilizados
em seu próprio mundo de aventuras.
Venerável Q’eenitlyn
Ninguém sabe ao certo de onde surgiu ou como
foi a infância desta que é uma das mais
enigmáticas personagens da Península de Verith.
O que se sabe apenas é que ela é a responsável
pela chegada dos elfos nas planícies do sul dos
domínios do Dragão Verus Erithax. Alguns dizem
que ela já era antiga nesta época, outros afirmam
que ela foi uma das pequenas crianças que
chegaram em terras tão estranhas e diferentes das
de sua terra natal, Kafir. O que todos sabem é
que, com o tempo, os elfos estabeleceram-se em
cidades cuidadosamente planejadas e construídas
para viverem em harmonia com a natureza. E para
que esta harmonia pudesse ser respeitada, uma
casta de druidas ficaria responsável pela proteção
dos recursos naturais e pela tradição já muito
antiga dos elfos.
Q’eenitlyn é responsável por duas poderosas
organizações élficas em Hynafol: os Guardiões
da Tradição e os Arautos da Lei. O primeiro é
composto por estudiosos, sábios e historiadores
que registram e guardam os relatos históricos
dos Elfos das Planícies, e se mantém fiel a
cultura e herança de seus antecessores. Já o
segundo grupo é composto por um grande
número de guerreiros e batedores que
representam a lei e a ordem entre todos os elfos
de Verith. São eles os responsáveis pelo
cumprimento das sentenças e manutenção da
justiça em Hynafol. A hierofante é quem treina
e seleciona este pequeno, porém poderoso grupo
de elfos que deixam as cidades autônomas do
reino e partem para uma vida de serviços,
provações e de prestígio entre todos os elfos de
Hynafol.
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Cardeal Petrus Archill
Este é o mais recente representante da Sacra Ordem
da Estrela Iluminada, governante por excelência de
Irenav.
O cardeal Petrus nasceu em uma pequena,
porém próspera vila do reino, e desde cedo foi educado
sob os preceitos e doutrinas da igreja, tornando-se um
admirado líder da sua comunidade. Após a nomeação
de bispo, Petrus apaixonou-se por uma bela e singela
filha de um grande nobre comerciante. Como aos
membros da igreja de Mazhaud é permitido o
matrimônio, não tardou muito para que ele pedisse ao
velho mercante a mão de sua bela filha, e uma grande
cerimônia foi realizada. Com o tempo, a genialidade
deste religioso o permitiu não somente trazer uma era
de expansão religiosa ao reino, como também uma
expansão econômica e social, que trouxe prosperidade
e desenvolvimento para Irenav.
Sua maior paixão é também sua maior fonte
de preocupação. O cardeal possui dois filhos, Lanyen
e Justin. Apesar deste mais novo ter somente seis anos,
muitos no reino acreditam que será ele, e não Lanyen,
o sucessor de um dos maiores líderes da fé de Mazhaud
e do governo de Irenav que já existiam em Verith.
Rei Lionard Gyrion Vhant
O Rei Lionard é um monarca que divide-se entre
a sua paixão pela sua terra natal e o seu fascínio
pela magia. Desde que os escravos foram
libertados do julgo hamiriano por uma aliança feita
entre elfos e darvanianos, uma elite composta pelo
primeiros magos humanos foi responsável pelo
surgimento do reino que receberia o nome de “A
Força da Mágica”. Hoje um Estado independente
e possuidor de uma das maiores cidades portuárias
do continente, Galvimor é governada por este
grande mestre arcano e poderoso monarca.
Lionard é filho de um grande mago de outrora,
o antigo Grão Mestre da Academia Arcana Lorde
Eric Vhant. Eric não era da família real, mas
pertencia a uma das famílias de nobres magos que
exerciam o controle da cidade. Ele era um grande
tutor na academia arcana, e acabou conhecendo a
fiha do então rei de Galvimor, Elmor Gyrion.
Ambos acabaram apaixonando-se, e como o rei
não possuía nenhum herdeiro do sexo masculino,
acabou adotando Eric como um herdeiro e “filho”.
Com o nascimento do jovem Lionard, ficara
registrada a passagem do poder real para a Casa
Vhant. Eric, entretanto, reuniu os nomes e as casas,
criando a Casa Real Gyrion Vhant.
Lionard teve uma educação brilhante, e desde
sua maioridade e sua coroação como rei de
Galvimor, ele tem se mostrado um formidável
monarca e chefe de Estado. Infelizmente há alguns
anos, Lionard perdeu a sua esposa, e bela Elaynne,
devido a complicações na sua segunda gravidez.
Lionard possui apenas um filho, Trevor, que ele
trata de modo muito rígido. Ele espera que o jovem
siga os seus passos, e aumente mais ainda a
influência de Galvimor em toda porção sul do
continente, fortalecendo ainda mais a aliança
recém formada entre todos os outros reinos da
Península de Verith.
Rei Yvaric Halv IV
Descendente dos primeiros anões que pisaram
as profundas e escuras cavernas sob as montanhas,
Yvaric é um anão muito devoto ao “Poderoso” ou
Eikki, como chamam os anões sua entidade
patrona. O rei anão teve uma infância muito difícil.
Trabalhando duro desde pequeno, ele teve de
passar pelas Três Provas de Sagração, um teste
que escolhe dentre os anões de titânio mais fiéis a
Eikki, o novo governante de toda a raça.
Yvaric desta forma não é o nome real deste que
fora o último vencedor das provas. Ele era
chamado Belnorn, mas quando um anão recebe o
manto da majestade, o cetro e a coroa real, ele
também assume o nome do primeiro rei anão
escolhido pelo próprio Forjador das Almas.
Belnorn vem de uma família de ferreiros e de
trabalhadores de metais. Seus pais eram grandes
metalúrgicos, mas não puderam viver para ver o
seu filho ser escolhido pelo Poderoso como novo
rei sob a Montanha Severa. O sumo sacerdote do
reino é quem auxilia ao rei na escolha dos “tocados”,
como são chamados aqueles que são escolhidos por
Eikki para tentarem as Três Provas de Sagração. E
Belnorn, agora Yvaric Halv IV, foi o último
escolhido do Poderoso para liderar o seu povo.
11
 Novos Personagens quando seu pai morreu, Tandh assumiu seu lugar, obri-
gando a jovem Num’ah a se tornar uma de suas vári-
Os personagens apresentados abaixopodem ser as esposas. Indignada e deprimida, Ralm’anin fugiu
usados na aventura “O Legado do Soberando” para tentar a sorte no ocidente, tornando-se uma des-
em substituição aos apresentados no livro. Eles garrada, uma Num’ah sem clã ou família.
também servem como uma opção extra para
novas sagas em Verith. Grunk Boldravan
Ralm‘anin Hurjarak Raça: Anão de Titânio Classe: Bárbaro
Nível: 8 Tendência: Neutro Bom
Raça: Num’ah Classe: Ranger
Nível: 7 Tendência: Neutra Boa valor mod
FOR 16 +3 PVs: 75
valor mod DES 16 +3 CA: 16
FOR 18 +4 CON 18 +4 Inic: +7
DES 16 +3 PVs: 54
INT 11 0 BBA: +8/+3
CON 14 +2 CA: 19
SAB 12 +1 Desloc: 9 metros
INT 11 0 Inic: +7
CAR 10 0
SAB 15 +2 BBA: +8/+3
CAR 10 0 Desloc: 9 metros
Fort:+10 Ref:+5 Vont: +3

Fort:+7 Ref:+7 Vont:+4
Perícias: Empatia com animais +2, Equilíbrio +5, Es-
calar +8, Esconder-se +5, intimidar +4, Saltar +8, ou-
vir +4, Furtividade +9, Observar +5, Natação +8, Usar
cordas +5, sobrevivência +5, Falar idioma (Baradan)
Idioma: Num’ah, Baradan (Comum)
Talentos: Iniciativa Aprimorada, tiro certeiro, usar
arma exótica (espadas de duas lâminas).
Habilidades Especiais Visão na Penumbra, Rugi-
do Intimidador, Cólera Primal, Ataque com Garras.
Equipamento: Espada lamina dupla, Arco longo
comprido.
Ataque e dano: Ataque com Garras +10/+5
(1d4+4), Espada lamina dupla +14/+9 (1d8+6),
Arco longo comprido +13/+8 (1d8+1).
Esta num’ah nasceu nas longínquas terras de
Zanária, na savana do clã Hurjarak, e sempre se inte-
ressou pelas batalhas travadas pelos homens de sua
tribo. Ainda jovem, conheceu Tandh, um grande guer-
reiro Num’ah que passara boa parte da vida lutando
no ocidente, filho de Laniegh Hurjarak, líder do clã
homônimo. Tandh passou a treinar Ralm’anin como
se treinava os grandes guerreiros das terras ociden-
tais. Com o passar do tempo, o guerreiro se apaixo-
nou pela jovem, que não correspondia este amor, e
Perícias: Empatia com animais +5, Blefar +4, Es-
calar+8, diplomacia +2, cura +3, intimidar +5, co-
nhecimento (religião) +4, Ouvir +6, Cavalgar +7,
Sentir motivação +4, sobrevivência +7.
Idioma: Titaani Finkhan, Baradan (Comum)
Talentos: Iniciativa Aprimorada, Ataque Poderoso,
Foco em Arma (Machado).
Habilidades Especiais: Ataque poderoso, traspas-
sar, Foco em arma, Fúria 3v/dia, movimento rápi-
do(+3 m), esquiva sobrenatural
Equipamento Lança curta, Machado de combate,
Lança arremesso, corselete de couro batido
Ataque e dano: Machado de Combate +12/+7
(1d10+3), Lança +11/+5 (1d8+3), lança de arremes-
so +9/+4 (1d6)
Nascido entre os anões de titânio, este jovem nunca
se adaptou à cultura e cotidiano de seus irmãos.
Enquanto todos cavavam, mineravam e enriqueci-
am embaixo da grande montanha, Grunk saía para a
superfície para admirar a natureza. Pressionado por
sua família, porém, Grunk começou o treinamento
religioso, mas nunca o terminou: saiu de casa e foi
viver na floresta, onde aprendeu diferentes técnicas
de luta, observando os animais. Certa vez conheceu
por acaso a ranger Ralm‘anin, uma Num’ah que tam-
bém não havia se adaptado bem ao papel que lhe

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era esperado em sua sociedade. Talvez por isso te- Idiomas: Baradan (Comum), Elfico, Darvariano
nham se tornado grandes amigos. Juntos, hoje ga- Talentos: Esquiva, Tiro Certeiro, Tiro rápido, Ini-
nham a vida como mercenários em Verith. ciativa Aprimorada
Habilidades Especiais: Espada Curta, Movimen-
Abramil Lejoy to Ampliado(+6m),Ataque Furtivo +2d6, Evasão,
rastrear, memorização, esquiva natural (bônus ar-
Raça: Humano Classe: Batedor madura).
Nível: 8 Tendência: Leal Neutro Equipamento: Espada curta, Adaga, Arco curto
magico (+2), Camisão de Cota de Malha, Manto
valor mod Deslocamento.
FOR 12 +1 Ataque e dano: Espada Curta +9/+4 (1d6 +2),
DES 17 +3 Adaga +9/+4 (1d4 +3), Arco Curto +9/+4 (1d6 +2).
PVs: 55
CON 13 +1 CA: 19
INT 14 +2 Alguns anos atrás, numa guerra regional travada
Inic: +7
SAB 13 +1 entre elfos e humanos ao norte de Enda, Gildebran
BBA: +6/+1
CAR 12 +1 Lejoy, um poderoso guerreiro humano líder de um
Desloc: 15 metros
dos maiores feudos da região, se apaixonou por
Fort: + 3 Ref:+ 9 Vont: + 7 Saleena Westpath, uma elfa. Com o amor
correspondido, pegou seu filho pequeno e partiu com
Perícias: Equilibrio +10, blefar +6, Escalar+8, seu amor, que também levava seu filho menor. Inter-
Concentração +3, diplomacia+3, Disfarçe+8, Arte ceptados pelos elfos, o casal foi atacado, e Gildebran
da Fuga+7, Saltar +6, ouvir +4, Furtividade +10, morto. As crianças, um elfo e um humano, foram le-
Espionar +9, Procurar +6, Observar +11, Usar vados para a cidade élfica de Nahimil, onde foram
cordas +11, sobrevivência +3. criados como irmãos, enquanto Saleena cumpria uma

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 pena por traição. Ao descobrir a verdade sobre sua Perícias: Empatia com animais+6, Equilibrio +8, Es-
origem, anos depois, Abramil Lejoy, filho de Gildebran, calar +8, Arte da fuga+9, Adestrar animais +3, senso
agora treinado como um batedor entre os elfos, partiu de direção +7, Saltar +6, Ouvir +3, Procurar +4, Obser-
para reencontrar sua família de sangue, mas encontrou var+7, natação +9, usar cordas +9, sobrevivência +3.
o feudo destruído pela guerra. Seguindo as pistas da- Idiomas: Baradan (Comum), Elfico e Darvariano
das pelos anciões élficos, e com a ajuda de seu irmão Talentos: Iniciativa aprimorada, Foco em arma (espa-
de criação, partiu num barco rumo a península de Verith, da), ataque poderoso
no extremo sul de Enda, onde teoricamente sua família Habilidades Especiais natação aprimorada, discernir
teria se reerguido, entre os galvins. clima, mascote animal, olhos de águia, liderança.
Equipamento: Espada longa, Besta Leve, Chicote.
Valiel Westpath Ataque e dano: Espada longa +11/+6 (1d8+2), chi-
cote +10/+5 (1d2+2), besta leve +11/+6 (1d8)
Raça: Elfo Classe: Marujo
Nível: 8 Tendência: Neutro e Bom O filho de Saleena é irmão de criação deAbramil Lejoy,
e desde pequeno se interessou pela vida marítima. De-
valor mod pois que sua mãe foi punida, passou a trabalhar como
FOR 15 +2 PVs: 63 estivador no cais de Nahimil e foi apadrinhado por Nael
DES 16 +3 CA: Foringith, capitão do “Vento Desbravador”, o maior
CON 13 +1 Inic: +7 navio da região. Lavou o convés, carregou mercadoria e
INT 14 +2 BBA: +8 / +3 descascou batatas até se tornar um bom marujo.Ao sa-
SAB 12 +1 Desloc: 9 metros ber dos planos do irmão, o convidou para, em troca de
CAR 12 +1 trabalhos a bordo, viajar com a tripulação de Nael para a
Península de Verith, grande potência portuária do sul,
Fort: + 3 Ref:+ 9 Vont:+ 3 para onde o navio rumava.

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