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ELETRICIDADE
• CORRENTE ELÉTRICA :
Corrente alternada é aquela que varia com o tempo, geralmente de forma senoidal,
repetindo 60 ciclos/s ou 60 Hz (motores, geradores, transformadores, retificadores,
instalações elétricas industriais e prediais.
Pressão para elevar um líquido para um nível superior seria a tensão.O líquido em
escoamento seria a corrente.
Exemplo: Uma potência de 500 W significa que foi realizado um trabalho de 500 joules
em 1 segundo
1 hora = 3600 s
Substituindo:
Portanto:
1 Wh = 3600 J
Em corrente alternada tem-se também a potência aparente VA, a potência ativa, já vista,
o W e a potência reativa o Var.
P = V I (Watt)
Em corrente alternada é:
P = V I cos (Watt)
I = P / V = 40 / 127 = 0,315 A
Pode-se citar, como exemplo, a usina hidrelétrica de Itaipu, com uma potência instalada
de
Nela residem 6 pessoas que levam no banho, 10 minutos cada, isto é, 60 min
ou 1h por dia.
diário será de 5,4 x 0,297 , isto é R$ 1,60 / dia. Considerando um mês de 30 dias:
R$ 48,10/mês
Pode-se notar que 43% da conta de energia é devido ao uso do chuveiro elétrico!
Figura 3 - Gerador de
corrente alternada
Figura 4 Linha de montagem de geradores industriais
A instalação de capacitores tem sido alvo de muita atenção nas áreas de projeto, manutenção de
finanças de empresas interessadas em racionalizar seus equipamentos elétricos.
LEGISLAÇÃO ATUAL
A nova legislação pertinente, estabelecida pelo DNAEE, introduz uma nova forma de abordagem
do ajuste pelo baixo fator de potência, com os seguintes aspectos relevantes:
Com isso muda-se o objetivo do faturamento: em vez de ser cobrado um ajuste por baixo fator de
potência, como faziam até então, as concessionárias passam a faturar a quantidade de energia
ativa que poderia ser transportado no espaço ocupado por esse consumo de reativo. Este é o
motivo porque as tarifas aplicadas serem as de demanda e consumo de ativos, inclusive ponta e
fora de ponta para os consumidores enquadrados na tarifação horosazonal.
Além do novo limite e da nova forma de medição, outro ponto importante ficou definido:
• Das 06:00 às 24:00 o fator de potência deve ser no mínimo 0,92 para a energia e
demanda de potência reativa indutiva fornecida.
• Das 24:00 até às 06:00 no mínimo 0,92 para energia e demanda de potência reativa
capacitiva recebida.
FATOR DE POTÊNCIA
ESPANHA 0,92
CORÉIA 0,93
FRANÇA 0,93
PORTUGAL 0,93
BÉLGICA 0,95
ARGENTINA 0,95
ALEMANHA 0,96
SUIÇA 0,96 DEFINIÇÕES
CONCEITOS BÁSICOS
A maioria das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, como motores,
transformadores, lâmpadas, de descarga, fornos de indução, entre outros. As cargas indutivas
necessitam de campo eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois
tipos de potência:
• Potência ativa: Potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz,
movimento, etc. É medida em KW. (Ver figura a seguir).
Podemos definir o fator de potência como sendo a relação entre a potência ativa e a potência
aparente. Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma eficiência
alta e inversamente, um fator de potência baixo indica baixa eficiência. Um triângulo retângulo é
freqüentemente utilizado para representar as relações entre KW, KVAR, e KVA. (Ver figura a seguir
a seguir).
Define-se fator de potência como sendo a divisão de potência ativa (KW) pela potência aparente
(KVA).
Por exemplo: se uma máquina operatriz está trabalhando com 100 KW (potência ativa) e a
energia aparente consumida é 125 KVA, dividindo 100 por 125, você chegará a um fator de
potência de 0,80.
Define-se também como fator de potência a relação entre potência ativa e potência reativa. Ele
indica a eficiência com a qual a energia está sendo usada.
Nas contas de energia elétrica não são mencionados os KVA, mas sim o KVARh e os KWh, portanto
para se calcular o fator de potência em tarifações convencionais ou horosazonais mensais, deve-se
usar a fórmula abaixo:
Nota: o fator de potência em um sistema não-linear, não respeita as fórmulas citadas se não
forem instalados filtros ou indutores nos equipamentos que geram harmônicas.
PERDAS NA INSTALAÇÃO
As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da
corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa, estabelece-se uma
relação entre o incremento das perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do
aquecimento de condutores e equipamentos.
QUEDAS DE TENSÃO
O aumento da corrente devido ao excesso de energia reativa leva a quedas de tensão acentuadas,
podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga em certos
elementos da rede. Esse risco é, sobretudo acentuado durante os períodos nos quais a rede é
fortemente solicitada. As quedas de tensão podem provocar ainda, a diminuição da intensidade
luminosa das lâmpadas e aumento da corrente nos motores. SUB UTILIZAÇÃO DA
CAPACIDADE INSTALADA
A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação elétrica, inviabiliza sua plena utilização,
condicionando a instalação de novas cargas e investimentos que seriam evitados se o fator de
potência apresentasse valores bem mais altos. O "espaço" ocupado pela energia reativa poderia
ser então utilizado para o atendimento de novas cargas.
PRINCIPAIS CONSEQÜÊNCIAS
• Acréscimo na conta de energia elétrica por estar operando com baixo fator de potência;
• Limitação da capacidade dos transformadores de alimentação;
• Quedas e flutuações de tensão nos circuitos der distribuição;
• Sobrecarga nos equipamentos de manobra limitando sua vida útil;
• Aumento das perdas elétricas na linha de distribuição pelo efeito Joule;
• Necessidade de aumento do diâmetro dos condutores;
• Necessidade de aumento da capacidade dos equipamentos de manobra e proteção.
Uma forma econômica e racional de se obter a energia reativa necessária para a operação
adequada dos equipamentos é a instalação dos capacitores próximos desses equipamentos. A
instalação de capacitores, porém, deve ser precedida de medidas operacionais que levem à
diminuição da necessidade de energia reativa, como o desligamento de motores e outras cargas
indutivas ociosas ou superdimensionadas.
MELHORIA DA TENSÃO
A melhoria da tensão deve ser considerada como um benefício adicional dos capacitores. A tensão
em qualquer ponto de um circuito elétrico é igual a da fonte de tensão até aquele ponto. Assim, se
a tensão da fonte for geradora e as diversas quedas de tensão forem conhecidas, a tensão em
qualquer ponto pode ser facilmente determinada.Como a tensão na fonte é conhecida, o problema
consiste apenas na determinação das quedas de tensão.
A fim de simplificar o cálculo das quedas de tensão, a seguinte fórmula é geralmente usada:
REDUÇÃO DAS PERDAS
As perdas são proporcionais ao quadrado da corrente e como a corrente é reduzida na razão direta
da melhoria do fator de potência, as perdas são inversamente proporcionais ao quadrado do fator
de potência.
A figura a seguir está baseada na consideração de que a potência original da carga permanece
constante. Se o fator de potência for melhorado para liberar capacidade do sistema e, em vista
disso, for ligada a carga máxima permissível, a corrente total é a mesma, de modo que as perdas
serão também as mesmas. Entretanto a carga total em kW será maior, portanto a perda
percentual no sistema será menor.
Algumas vezes torna-se útil conhecer o percentual das perdas em função da potência aparente (S)
e potência reativa (Q) da carga e da potência reativa do capacitor (Qc). Assim:
VANTAGENS DA EMPRESA
• Redução significativa do custo de energia elétrica;
• Aumento da eficiência energética da empresa;
• Melhoria da tensão;
• Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;
• Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;
• Redução do efeito Joule;
• Redução da corrente reativa na rede elétrica.
VANTAGENS DA CONCESSIONÁRIA
A correção pode ser feita instalando os capacitores de quatro maneiras diferentes, tendo como
objetivo a conservação de energia e a relação custo/beneficio:
a) Correção na entrada da energia de alta tensão: corrige o fator de potência visto pela
concessionária, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados pelo baixo fator de
potência.
b) Correção na entrada de energia de baixa tensão: Permite uma correção bastante significativa,
normalmente com bancos automáticos de capacitores. Utiliza-se este tipo de correção em
instalações elétricas com elevado numero de cargas com potências diferentes e regimes de
utilização pouco uniformes. A principal desvantagem consiste em não haver alívio sensível dos
alimentadores de cada equipamento.
Uma carga de 930 KW, 380V e FP=0,65 (deseja-se corrigir o fator de potência para 0,92):
• Sem Correção do fator de potência: Potência Aparente Inicial = 1431 KVA Corrente
Inicial= 2174 A.
• Com Correção de fator de potência: Potência Aparente Final = 1010 KVA Corrente
Final = 1536 A.
Neste caso poderá aumentar 41% de carga na instalação. (Ver o diagrama dos tipos de
Instalações).
Desvantagens:
Até bem pouco tempo atrás, todas as cargas eram lineares com a corrente acompanhando a curva
senoidal de tensão. Ultimamente, o número de cargas não lineares que utilizam pulsos de corrente
numa freqüência diferente de 60 HZ, tem aumentado significativamente. Exemplos de
equipamentos lineares e não-lineares:
Uma discussão sobre Acionamentos de Freqüência Variável (AFV) poderá ajudar a explicar o
problema das harmônicas. Um AFV utiliza uma fonte chaveada para controlar a saída de potência.
Num AFV de seis pulsos, o controle liga seis vezes por ciclo tentando simular uma onda senoidal. À
medida que o tempo entre pulsos muda, o motor recebe uma freqüência aparente variável e muda
sua velocidade.
Essas mudanças na freqüência aparente levam a dois problemas: grandes picos de tensão, e
formas de onda de corrente distorcidas. Os picos de tensão são geralmente muito rápidos e não
afetam equipamentos que não utilizam a passagem por zero da tensão para sincronismo. A onda
senoidal distorcida é a "geradora de harmônicas".
As harmônicas causam um ruído adicional na linha, e esse ruído gera calor. O aumento de
temperatura pode provocar falhas em disjuntores. Os capacitores de potência sofrem o mesmo
problema. A sobrecarga térmica faz queimar os fusíveis dos capacitores. As harmônicas tornam-se
um risco para a instalação após a 7ª ordem.
Sua empresa consome ou paga energia elétrica excedente? É porque você ainda não conhecia a
M.F. Capacitores!
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EDUCAÇÃO
/ Eletrônica
14/04/2008 14:40:13
Uma preocupação atual dos projetistas de equipamentos elétricos e eletrônicos é a relacionada com o
fator de potência. O melhor aproveitamento da energia e menor consumo é algo que preocupa, não
apenas em vista do impacto que isso possa ter nas contas de energia como até mesmo em relação ao
meio ambiente e à possibilidade de um apagão. A questão do “fator de potência” será analisada neste
artigo.
Newton C. Braga
Quando alimentamos uma carga ideal com uma corrente alternada, a corrente e a tensão variam da
mesma forma, ou seja, estão em fase, confome mostra a figura 1.
Quando em um ciclo a tensão aumenta, a corrente também aumenta, na mesma proporção, e quando a
tensão diminui, a corrente diminui na mesma proporção.
Sempre que isso ocorre temos a condição ideal em que toda a energia gerada é transferida para a carga
que pode (ou não) aproveitá-la, dependendo apenas da maneira como ela foi projetada. Dizemos que,
nesse caso, a carga recebe a potência real.
No entanto, no mundo real as cargas não se comportam dessa forma, pois não são resistivas puras. As
cargas podem ter componentes capacitivos ou indutivos, que afetam seu comportamento.
Uma carga que tenha uma componente denominada reativa (indutiva ou capacitiva) faz com que a
corrente se defase em relação à tensão. Conforme seu comportamento seja indutivo ou capacitivo, a
corrente pode adiantar-se ou atrasar-se em relação à tensão, veja a figura 2.
O resultado disso é que a potência nesse circuito se altera, pois apresenta uma componente reativa, de
acordo com a figura 3.
O circuito passa a consumir uma potência aparente que é maior do que a potência real que ele usa. Tanto
maior seja a componente reativa, maior será a potência aparente em relação à potência real.
Veja pela figura que, ao colocar num gráfico a potência real e a potência aparente, obtém-se um ângulo,
denominado j (fi).
Se levarmos em conta o cosseno desse ângulo, conforme ilustra a figura 4, tanto mais próxima da
potência real será a potência aparente quanto maior for o cosseno do ângulo, pois tendendo a zero, seu
cosseno tende a 1.
Assim, na condição ideal de melhor aproveitamento da energia, o cosseno de j deve estar o mais próximo
de 1 quanto seja possível, ou seja, o fator de potência deve se aproximar de 1.
As empresas de energia elétrica exigem que os equipamentos sejam fabricados com um fator de potência
elevado. A antiga legislação exigia um mínimo de 0,92 e, agora, esse fator deve passar para 0,98.
Com esse valores, a energia gerada e levada até o aparelho tem seu aproveitamento próximo do ideal e
um mínimo de energia reativa é desperdiçada.
Veja que um fator de potência baixo significa que energia reativa está sendo gerada e não é aproveitada.
Se somarmos toda a energia que é desperdiçada dessa forma, por equipamentos que não tenham fatores
de potência, de acordo com o exigido, o valor obtido poderá significar justamente uma possibilidade de
apagão, pois estamos no limite.
Por esse motivo, preocupar-se com o fator de potência é algo importante quando se projeta qualquer
equipamento.
Nas indústrias e em muitas instalações que podem utilizar equipamentos cujos fatores de potência
tendam a ser inerentemente baixos devido às suas características (como motores que são altamente
indutivos) são usados bancos de capacitores para corrigir o fator de potência, conforme a figura 5.
O uso desses capacitores é obrigatório por lei, e as empresas que tiverem altos consumos de energia
reativa (os quais aparecem nas contas) são obrigadas a pagar valores elevados, ou ainda investir na sua
redução com procedimentos como o emprego dos bancos de capacitores.
Para o usuário comum, cabe ao fabricante dos equipamentos elétricos e eletrônicos garantir que o fator
de potência de seu produto esteja dentro das especificações exigidas por lei. Assim, eles não
desperdiçarão energia que pode fazer falta!