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1. INTRODUÇÃO
Direito Ambiental é um ramo do direito público que tem como objeto o desenvolvimento
sustentável, a utilização dos recursos naturais de forma ordenada, satisfazendo as necessidades
do presente sem por em risco o futuro das próximas gerações.
O meio ambiente é amparado por lei específica, qual seja a Lei nº 6.938/81 (Lei da Política do
meio ambiente), que o define em seu art. 3º., I, como "o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas.". Entretanto, a defesa do meio ambiente também encontra respaldo na Constituição
Federal, que dispõe em seu artigo 225 que "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.". Observa-se então que o direito ao meio ambiente equilibrado constitui um bem de uso
comum do povo, pertencente à classe dos direitos fundamentais de 3ª geração, não podendo ser
personalizado como um complemento ao direito individual, uma vez que constitui um bem jurídico
autônomo.
Os princípios de direito ambiental são o alicerce fundamental dos Estados civilizados e são
adotados internacionalmente como fruto da necessidade de uma ecologia equilibrada. São
normas de papel fundamental no ordenamento jurídico e devem servir como orientadores
preferenciais da interpretação , da aplicação e da integração normativa, com o conseqüente
afastamento de uma postura mais legalista.
O Princípio da Precaução dispõe que não se pode invocar o desconhecimento de uma possível
ocorrência de dano ao meio ambiente para se evitar medidas preventivas ao possível dano
ambiental. A omissão dessas medidas preventivas dá à Administração Pública o direito de tomar
certas atitudes decorrentes do poder de polícia, como a de embargar obras ou atividades, por
exemplo.
Em decorrência desse princípio, o empreendedor deve apresentar ao poder público estudo prévio
de impacto ambiental, referente a qualquer atividade que implique a utilização ou transformação
de recursos naturais. Tal princípio desonera o cidadão ou associação de comprovar o dano real
ao meio ambiente, sendo suficiente a caracterização do dano potencial.
Aquele que poluir terá que arcar com os custos da reparação do dano causado. Este princípio
não tem por escopo tolerar a poluição mediante um preço. Seu objetivo é evitar danos ao meio
ambiente. Deriva da teoria econômica, segundo a qual, se devem internalizar os custos externos.
O custo da poluição está incluído no custo de produção. O valor a ser pago vai para um fundo de
proteção ao meio ambiente. Ressalta-se que a reparação do dano não é só em dinheiro. o
poluidor também paga com a reparação específica.
A resolução dos problemas ambientais deve ser buscada através da participação dos diferentes
grupos sociais na formulação e execução da política do meio ambiente.
O Princípio do Limite expõe que a Administração Pública tem o dever de estabelecer os padrões
de emissão de partículas, ruídos e a presença de corpos estranhos no ambiente, tendo em vista a
necessidade de proteção da vida e do próprio ambiente.
O Princípio do Ambiente Sadio como Direito Fundamental do Ser Humano diz que o direito ao
ambiente há de ser compreendido como um direito fundamental para assegurar a sadia qualidade
de vida.
Considerando-se que os recursos naturais são escassos, deve-se assegurar que as melhores
decisões sejam tomadas com intuito do interesse da coletividade e do meio ambiente. Sendo
assim, o planejamento racional é fundamental para alcançar a sustentabilidade.
2.11.Princípio da UBIQÜIDADE
Tudo o que se pretende fazer, criar ou desenvolver deve antes passar por uma consulta
ambiental,para saber se há ou não a possibilidade de que o meio ambiente seja degradado.Ou
seja, o Princípio da Ubiqüidade visa demonstrar qual é o objeto de proteção do meio ambiente,
quando tratamos dos direitos humanos, pois toda atividade, legiferante ou política, sobre qualquer
tema ou obra deve levar em conta a preservação da vida e, principalmente, da sua qualidade.
2.12.Princípio da INFORMAÇÃO
O Princípio da Informação dispõe que é dever do Poder Público promover a educação ambiental
em todos os níveis de ensino e a conscientização para a preservação do meio ambiente.
É o direito conferido à coletividade para obter informações sobre o meio ambiente. Este direito
confere acesso às informações oficiais, assim como às notícias apresentadas através dos meios
de comunicação de massa.
3. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
O art. 225 § 3º, CF previu a tríplice responsabilidade, tanto para a pessoa física, quanto para a
jurídica, do meio ambiente: a sanção penal; a sanção administrativa e a civil, vinculada à
obrigação de reparar danos causados ao meio ambiente: "As condutas e atividades consideradas
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados."
No direito ambiental, a responsabilidade civil é do tipo objetiva, não se exigindo nenhum elemento
subjetivo, como culpa ou dolo. Vale ressaltar que o artigo 14, § 1º, da Lei nº 6.938/81 foi
recepcionado pela CF/88 e prevê a responsabilidade objetiva pelos danos causados ao meio
ambiente e também a terceiros.
A responsabilidade penal não é objetiva, pois no Brasil a teoria adotada foi a Finalista da Ação,
que não admite a responsabilidade objetiva em aspectos penais.
Para que haja o direito de se fazer a transação penal (art. 76, Lei nº 9.099/95), é preciso que
tenha havido a prévia composição do dano ambiental, ou seja, tem que ter tido PREVIAMENTE, o
ressarcimento material do dano(pagamento em dinheiro).
Os únicos casos em que se pode validamente afastar ou excluir a responsabilidade pelo dano
ambiental são o caso fortuito e a força maior, mas ainda assim, só nos casos concretos é que se
analisará tal possibilidade.
4. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Lei nº 9.795/99 estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental (art. 6º) e definiu
educação ambiental como os processos pelos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade, sendo um componente essencial e permanente da educação nacional que
deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades de processo
educativo, em caráter formal e não formal (informal), conforme art. 1º e 2º da referida Lei.
Segundo o art. 4º, Lei nº 6.938/81, são objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente:
São Princípios do Programa Nacional do Meio Ambiente, segundo o art. 2º, Lei nº 6.938/81:
O SISNAMA, responsável pela gestão ambiental do Brasil, é constituído pelos órgãos e entes
responsáveis pela "proteção e melhoria da qualidade ambiental" da União, dos Estados, do DF e
dos Municípios.
Suas principais funções são: implementar a Política Nacional do Meio Ambiente; estabelecer um
conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas responsáveis pela proteção e pela
melhoria da qualidade ambiental; e garantir a descentralização da gestão ambiental, através do
compartilhamento entre os entes federados (União, Estados e Municípios).
5.3.1 CONAMA
5.3.2. IBAMA
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveisé uma autarquia federal
vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, criada pela Lei nº 7.735/89, sendo o órgão executor do
CONAMA. Tem por função institucional executar e fazer executara política ambiental no âmbito
federal.
CONCLUSÃO
A partir dos elementos expostos ao longo deste trabalho, é possível perceber que a questão da
proteção ao meio ambiente é um dever não só do governo, mas de todos os cidadãos. E para
tanto, é dever de cada um conhecer, mesmo que superficialmente, a legislação que regula o meio
ambiente.
BIBLIOGRAFIA
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de direito constitucional. Brasília: Saraiva/IDP, 2007.
LEITE, José Rubens Morato. CANOTILHO, José Joaquim Gomes (org.). Direito Constitucional
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de direito constitucional. São Paulo: Saraiva/IDP, 2007.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 31.ed. São Paulo: Saraiva,
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PINTO FERREIRA, Luiz. Princípios gerais do direito constitucional moderno. Volume I. 6.ed. São
Paulo: Saraiva, 1983.
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