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Língua Portuguesa

Ficha de Leitura
2005/06

Maria Luísa Barreto

Realizado por:
Domingos Barreto, nº 6
Dados Biográficos:

Nome: Maria Luísa Barreto


Data de Nascimento: 24 de Outubro de 1951
Local de Nascimento: Lisboa
Entrevista:

1 - Qual a razão que a levou a escrever e publicar livros?


Embora o meu avô Álvaro, quando eu era adolescente, dissesse que eu
ainda havia de escrever um livro, nunca pensei em publicar nada, até um amigo
meu espreitar para dentro do meu diário, ver alguns desenhos e poemas, e
perguntar-me:
- ”Porque não publicas isso?”
Um outro amigo meu, muito ligado às sabedorias antigas, aos vedas, aos
devas, à agricultura ecológica, insistia para que eu escrevesse um livro sobre os
seres elementares, e fornecia-me muita literatura sobre isso. Eu pensei que só
meia embalada e cantarolando (isto é, em verso) conseguiria falar sobre fadas.
Depois, eu era professora, estava na biblioteca da minha escola, e via que o que
os alunos gostavam mais de ler eram textos em verso, histórias em verso, etc.
Então isso decidiu-me a publicar os poemas, as cantigas e os desenhos que tinha
feito enquanto andava passeando pelo campo, pelos bosques, ou então que
escrevia à noite, já na cama, lembrando-me do que vivera nesse dia.

2 – Pode dar-nos uma explicação para a escolha dos títulos dos seus livros, Em
tempos que já lá vão e Pelo caminho das Fadas?

O título “Pelo Caminho das Fadas”, escolhi-o porque nos lugares por
onde passeio, no campo, entre sebes e pinheiros e madressilvas, pareço estar
sempre a descobrir pequenos caminhos tão lindos que de certeza, que as fadas
por ali passam. E eu quero sempre seguir o mesmo caminho que as fadas
seguem. Mesmo que me esqueça muitas vezes.
O outro título, “Em tempos que já lá vão” é porque as histórias que estão
lá dentro são antigas, do tempo passado, embora, por outro lado, o tempo das
fadas, dos mitos, dos deuses, seja um tempo eternamente presente.

3 – As suas obras estão todas escritas em verso. Não escreve em prosa?


De “prosa” vem a palavra “prosaico “. Escrevo em prosa coisas mais
prosaicas, como cartas, por exemplo, (que até podem não ser nada prosaicas…).
Mas, quando nos sentimos envolvidos por algo muito forte que nos fala cá
dentro, queríamos descrevê-la em música, agradecer cantando, qualquer coisa
assim. Ultrapassa-nos sempre. É nessas alturas que escrevo em verso, mas
queria que fosse música, ou canto. Acho que antigamente a fala era canto. Num
tempo antes de…
4 – Pode falar-nos da sua experiência com o teatro de marionetas?
Primeiro eu contava histórias na biblioteca da minha escola, e contava-as
sozinha, sem marionetas a ajudar-me. Mas depois vi umas marionetas muito
bonitas numa escola ligada à pedagogia Waldorf , e ensinaram-me a fazê-las.
Fiquei contente, assim já podia “brincar aos teatros “, fazer os cenários que eu
quisesse, fazer as princesas, as bruxas, os magos como eu queria. Podia formar
um clube de marionetas, etc.

5 – Acredita mesmo em bruxas e fadas?


Essa pergunta é longa de responder. Quanto às bruxas… O que é uma
bruxa?... Difícil responder… Penso que desde sempre existiram mulheres mais
sábias, mais intuitivas que o normal das pessoas, e que terão utilizado bem ou
mal os seus poderes extra-sensoriais. Chamavam-lhes, muitas vezes, bruxas.
Muitas foram mal compreendidas, e foram queimadas pela Igreja Católica, na
Idade Média. O importante é não ficarmos ligados às imagens de bruxas
impingidas pelos “média”… Quanto às fadas, … quando se vai ao campo, se
respira, se vê uma flor, estamos vivendo nelas. As fadas, é “aquilo” que dá mais
força e alegria à minha vida.

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