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PROCESSO TC N° 02525107 FI. 118

Administração Direta Municipal. Prefeitura Municipal de Araruna.


Prestação de Contas do Prefeito Avaíldo Luís de Alcântara
Azevedo, relativa ao exercício de 2006. Emissão de parecer
contrário à aprovação das contas, com recomendações. Emissão,
em separado, de Acórdão com declaração de atendimento
integral aos preceitos da LRF, imputação de débito, aplicação de
multa e representação junto à Procuradoria Geral de Justiça e à
Secretaria da Receita Federal do Brasil.

PARECER PPL TC l~3 12008


1. RELATÓRIO
Examina-se a prestação de contas do Prefeito de Araruna, Sr. Avaíldo Luís de Alcântara Azevedo, relativa
ao exercício financeiro de 2006.
A Unidade Técnica de Instrução desta Corte, após realização de inspeção in loco e análise da
documentação encaminhada, emitiu o relatório preliminar às fls. 1340/1351, evidenciando os seguintes aspectos
da gestão:
1. a prestação de contas foi encaminhada ao Tribunal no prazo legal, contendo os demonstrativos
exigidos pela Resolução RN TC 99/97;
2. o Orçamento, Lei nO 10/2005, de 25/10/2005, estimou a receita e fixou a despesa em R$
12.061.442,00 (doze milhões, sessenta e um mil, quatrocentos e quarenta e dois reais) e autorizou a
abertura de créditos adicionais suplementares até o limite de 40% (quarenta por cento) deste valor;
3. a receita orçamentária arrecadada, subtraindo-se a parcela para formação do FUNDEF, atingiu R$
11.966.610,15, correspondente a 99,21% da previsão;
4. a despesa orçamentária realizada, totalizando R$12.060.134,13, correspondeu a 99,99% da fixação,
distribuída nas categorias CORRENTE e CAPITAL nas respectivas proporções de 93,25% e 6,75%;
5. foram abertos e utilizados créditos adicionais especiais no valor de R$ 25.000,00, correspondente a
0,21% da despesa fixada no orçamento;
6. o Balanço Orçamentário apresenta deficit equivalente a 0,78% da receita orçamentária arrecadada;
7. o Balanço Patrimonial apresenta superavit financeiro no valor de R$ 36.040,87;
8. o Balanço Financeiro apresenta saldo para o exercício seguinte no montante de R$ 676.144,31,
distribuído entre Caixa e Bancos nas respectivas proporções de 0,17% e 99,83%;
9. a dívida municipal importou em R$ 640.103,44, correspondendo a 5,35% da receita orçamentária
arrecadada no exercício em análise, totalmente apropriada em dívida flutuante. Em relação ao
exercício anterior, observa-se um acréscimo de 30,67%;
10. os gastos com obras e serviços de engenharia somaram R$ 518.279,22, equivalentes a 4,46% da
despesa orçamentária, tendo sido paga a importância de R$ 451.418,64, sendo R$ 172.588,51 com
recursos provenientes do Governo Federal e R$ 278.830,13 com dotações do próprio município. A
análise deste item seguirá o disposto na Resolução RN TC 06/2003; , /l

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO Te N° 02525/07 FI. 218

12. as aplicações em manutenção e desenvolvimento do ensino e ações e serviços públicos de saúde


atingiram valores correspondentes a 30,34% e 19,83%, respectivamente, da receita de impostos,
cumprimento as disposições constitucionais;
13. os gastos com pessoal do município atingiram o valor equivalente a 43,7% da receita corrente líquida,
sendo 41,39% registrados no Poder Executivo e a diferença, no Legislativo, cumprindo as
disposições dos arts. 19 e 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal;
14. o repasse para o Poder Legislativo alcançou 8% da receita tributária e transferida no exercício
precedente, cumprindo as determinações do art. 29-A, § 2°, incisos I e 111, da Constituição Federal;
15. os relatórios de gestão fiscal e de execução orçamentária referentes a todo o exercício foram
devidamente publicados e encaminhados ao TCE/PB dentro do prazo estabelecido;
16. não há registro de denúncia envolvendo o exercício de 2006;
17. por fim, enumerou as seguintes irregularidades:
17.1. abertura de créditos adicionais sem autorização legislativa, no valor de R$ 584.873,54;
17.2. utilização de créditos adicionais sem autorização legisaltiva, no valor de R$ 98.988,26;
17.3. Balanço Financeiro incorretamente elaborado, em virtude da divergência entre o saldo nele
exibido e os correspondentes extratos bancários;
17.4. não contabilização da dívida fundada relativa ao parcelamento realizado junto ao INSS;
17.5. realização de despesas sem a obrigatória antecedência de licitação, totalizando R$
1.374.383,46, equivalente a 11,84% da despesa orçamentária realizada, referentes a obras de
construção de unidades de saúde (R$ 281.000,00) e unidades habitacionais (R$16.588,51), a
contratação de serviços odontológicos (R$ 20.600,00), jurídicos (R$ 27.360,00), farmacêuticos
(R$ 19.840,00), médicos (R$ 40.200,00), e fisioterapêuticos (R$ 18.000,00), bem assim a
aquisição de combustíveis (R$ 526.420,28), material de construção (R$ 156.418,43),
medicamento (R$ 115.131,70), carne bovina (R$ 51.668,50), peças automotivas (R$
29.004,00) e gêneros alimentícios (R$ 72.152,04);
17.6. falta de comprovação da publicação das licitações nO02 e 03/2006, na modalidade tomada de
preços;
17.7. aplicação de apenas 57,86% dos recursos provenientes do FUNDEF em remuneração dos
profissionais do magistério;
17.8. não retenção das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, incidentes sobre os
subsídios pagos ao Prefeito e ao Vice-prefeito;
17.9. não comprovação de despesas com contribuições ao INSS, no montante de R$ 633.814,50 (a
Auditoria somou R$ 629.745,52, apropriados em "Obrigações Patronais", ao valor de R$
416.629,10, registrado na despesa extra-orçamentária, elemento "Consignações INSS", ambos
os valores extraídos do SAGRES, e subtraiu R$ 412.560,12, referentes aos descontos
efetuados diretamente na conta corrente do FPM);
17.10. saldo financeiro a descoberto, no valor de R$ 77.534,40;
17.11.~ãO comprovação de disponibilidades ao final do exercício, na importância dr$ fl37.~15,32;

17.12. despesas a comprovar com combustiveis, no montante de R$ 131.565,88. ~ t

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N° 02525/07 FI. 3/8

Em virtude das irregularidades anotadas no item "17" e sub-itens, o interessado, regularmente notificado,
apresentou as justificativas e documentos de fls. 135711885.
A Auditoria, no relatório de análise de defesa às fls. 1894/1900, entendeu elididas as falhas relacionadas
à despesa a comprovar com combustíveis, não contabilização da dívida fundada do município e aplicação em
remuneração dos profissionais do magistério, que passou de 57,86% para 60,54% dos recursos provenientes do
FUNDEF. Quanto aos demais itens, manteve o entendimento inicial, conforme comentáríos abaixo resumidos,
com redução dos valores da despesa não comprovada com contribuição ao INSS de R$ 633.814,50 para R$
321.678,45 e do saldo a descoberto de R$ 77.534,40 para R$ 20.247,24, pelos quais o gestor deve ser
responsabilizado:
A) ABERTURA E UTILIZACÃO DE CRÉDITOS ADICIONAIS SEM AUTORIZACÃO LEGISLATIVA
DEFESA - apresentou a Lei nO15/2007, de 27/12/2006, que altera o limite para abertura de créditos
suplementares constante da Lei Orçamentária para 2006.
AUDITORIA - a Lei, que recebeu numeração seqüencial de 2007, não está contida na certidão
fornecida pela Câmara Municipal e a alteração no orçamento a apenas quatro dias do final do ano
(sancionada em 27/12/2006) demonstra descontrole na execução orçamentária. Quanto à publicação,
a Lei constante do Diário Oficial encaminhado não contém a assinatura do Prefeito.
B) BALANCO FINANCEIRO INCORRETAMENTE ELABORADO
DEFESA - decorreu do saldo a descoberto de R$ 77.534,40 e da não comprovação de
disponibilidade de R$ 237.715,32, cujas justificativas e comprovações estão anexas, juntamente com
novo balanço devidamente alterado.
AUDITORIA - o novo balanço não reflete a realidade contábil do ente, visto que o valor das
disponibilidades não foi esclarecido.
C) DESPESA NÃO LICITADA
DEFESA - anexou processos de licitação e informou que, no tocante aos combustíveis, apesar de
divulgada a necessidade de aquisição no jornal A UNIÃO, não surgiram interessados (art. 24, inciso
V, da Lei nO8666/93).
AUDITORIA - os processos licitatórios anexados dizem respeito a dispensas de licitação para
aquisição de gêneros alimentícios, fundamentando-se no art. 24, inciso XII1, da Lei nO8666/93, que
admite a adoção da dispensa até a realização da licitação. Quanto aos combustíveis, não foram
anexados documentos que comprovassem a realização de licitação.
D) NÃO PUBLlCACÃO DE L1CITACÃO
DEFESA - a publicação foi efetuada no Diário Oficial do Município para contratação de prestadores
de serviço de transporte escolar no âmbito do município, visto que, em exercício pretérito, apesar da
divulgação em jornal de grande circulação, apenas os proponentes locais se interessaram.
AUDITORIA - a dívulgação em jornal de grande circulação é de essencial importância para
ampliação da concorrência e obtenção da proposta mais vantajosa para o município
E) NÃO RETEN ÃO DE CONTRIBUI ÕES AO INSS INCIDENTES SOBRE OS
PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

1 Art. 24. É dispensável a licitação

xii - nas compras de horfifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos proc4ssos Iicitat6rios
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PROCESSO TC N° 02525107 FI. 418

DEFESA - encaminhou GFIP retificadora, incluindo o Prefeito e o Vice-prefeito, ao tempo em que


informou que o recolhimento ao INSS também teria sido efetuado.
AUDITORIA - foram anexadas as GFIP de 2006, sem a comprovação de que os valores foram
retidos e devidamente recolhidos.
F) NÃO COMPROVAÇÃO DE DESPESAS COM CONTRIBUiÇÕES AO INSS, NO MONTANTE DE R$
633.814,50
DEFESA - anexou os documentos de despesas.
AUDITORIA - dos documentos apresentados na defesa, afirmou que as importâncias retidas nas
cotas do FPM foram subtraídas na instrução inicial e que as guias de recolhimento (GPS)
apresentadas reduziram o valor não comprovado de R$ 633.814,50 para R$ 321.678,45, que deve
ser imputado ao gestor.
G) SALDO FINANCEIRO A DESCOBERTO, NO VALOR DE R$ 77.534,40
DEFESA - dessa importância, R$ 57.287,16 referem-se à aplicação financeira no Banco do Brasil
S/A, conforme extratos bancários anexados, e R$ 20.247,24 referem-se a saldo remanescente de
2004, sem comprovação nos extratos encartados, nunca utilizados pela atual administração, que
apenas efetuou o registro em "saldo transferido do exercício de 2004 a apurar".
AUDITORIA - os documentos encartados na defesa comprovam parcialmente o saldo existente,
restando sem comprovação R$ 20.247,24, referentes a saldo remanescente de 2004, contido no
termo de conferência de caixa de 2006, subscrito pelo atual gestor.
H) NÃO COMPROVAÇÃO DE DISPONIBILIDADE AO FINAL DO EXERCíCIO, NO MONTANTE DE R$
237.715,32
DEFESA - a importância igualmente se refere a saldo remanescente de 2004, sem movimentação
pela atual administração. Anexou extrato de uma das contas, informando tratar-se de importância
aplicada no mercado financeiro.
AUDITORIA - não há nos autos o extrato informado, e, igualmente ao saldo a descoberto, o gestor
subscreveu o termo de conferência das disponibilidades.

Instado a se manifestar, o Ministério Público junto ao TCE/PB emitiu o Parecer nO 1008/08, com o
entendimento a seguir resumido:
1. ABERTURA E UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS ADICIONAIS SEM AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA -
"constitui ato ilícito, porque realizado contrariamente ao disposto na lei de normas gerais de finanças
públicas (Lei n° 4320/642), passível de multa e causadora de gravame à aprovação das contas;

2 AIt. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abeltos por decreto executivo.
AIt. 43. A abeltura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de
exposição justificativa. (Veto rejeitado no 0.0.05/05/1964)
§ 1° Consideram-se recursos para o fim deste altigo, desde que não comprometidos: (Veto rejeitado no 0.0. 05/05/1964)
1- o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (Veto rejeitado no 0.0. 05/05/1964)
1/- os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto rejeitado no 0.0. 05/05/1964)
11I- os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei; (Veto rejeitado no O.O.
05/05/1964)
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-Ias. (Veto rejeitado no O.O..

05/05/1964) ~ ~ ) fI"/ .)
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PROCESSO TC N° 02525/07 FI. 5/8

2. FALHAS NO SETOR DE CONTABILIDADE (BALANÇO FINANCEIRO INCORRETAMENTE


ELABORADO) - "a contabilidade deve refletir, pela sua própria natureza, os fatos reais ocorridos no
âmbito da entidade, cabendo recomendações para o aperfeiçoamento de tal conduta";
3. DESPESAS SEM LICITAÇÃO E NÃO PUBLICAÇÃO DE TOMADAS DE PREÇO - constitui
descumprimento do disposto no art. 373, inciso XXI, da Carta Federal, e na Lei nO 8666/93,
representando grave irregularidade na gestão pública, além de sujeitar o administrador infrator à
multa legal prevista na Lei Complementar nO18/93, art. 56, inciso 11;
4. NÃO RETENÇÃO E NEM RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUiÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - tal
descumprimento, além de violar direito subjetivo do servidor, constitui motivo para emissão de
parecer contrário à aprovação das contas, nos termos do Parecer Normativo PN TC 52/2004;
5. NÃO COMPROVAÇÃO DE DESPESAS COM CONTRIBUiÇÕES AO INSS NO VALOR DE R$
321.678,45, SALDO FINANCEIRO A DESCOBERTO NO MONTANTE DE R$ 20.247,24 E NÃO
COMPROVAÇÃO DE DISPONIBILIDADES AO FINAL DO EXERCíCIO NA IMPORTÂNCIA DE R$
237.715,32 - tais procedimentos constituem inobservância dos ditames da Constituição Federal, art.
74, inciso 114d, a Lei nO4320/1964, art. 635, concluindo-se que "se recursos públicos são manuseados
e não se faz prova da regularidade das despesas realizadas com os correspondentes documentos
exigidos legalmente, os respectivos gestores atraem para si a conseqüente responsabilidade de
ressarcir os gastos irregulares que executaram ou concorreram, inclusive por temerária gerência,
além de sujeição à multa decorrente de prejuízos causados ao erário, nos termos do art. 55, da LCE
n° 18193";
6. POR FIM, pugnou pelo(a):
6.1. DECLARAÇÃO DE ATENDIMENTO INTEGRAL aos preceitos da Lei de Responsabilidade
Fiscal;
6.2. EMISSÃO DE PARECER CONTRÁRIO À APROVAÇÃO DAS CONTAS, em razão da abertura
e utilização de créditos adicionais sem autorização legislativa, despesa não licitada, não
retenção de contribuições ao INSS sobre os subsídios do Prefeito e Vice-prefeito, não
comprovação de despesas com contribuições ao INSS (R$ 321.678,45), saldo financeiro a
descoberto (R$ 20.247,24) e não comprovação da disponibilidade ao final do exercício (R$
237.715,32);

3 Art. 37. A administraçâo pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniâo, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios obedecerá aos
principios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redaçâo dada pela Emenda Constitucional nO19,
de 1998)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislaçâo, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitaçoo
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificaçâo técnica e econõmica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
4 Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
li - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades
da administraçâo federal, bem como da aplicaçâo de recursos públicos por entidades de direito privado;
5 Art. 63. A liquidaçâo da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os titulos e documeucomprObatóriOS do
respectivo crédito.
§ 1o Essa verificaçâo tem por fim apurar: .
I - a origem e o objeto do que se deve pagar; ,
11- a importãncia exata a pagar;
/11-a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigaçâo. /1'
§ 2° A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acõrdo respectivo;
li - a nota de empenho;

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PROCESSO TC N° 02525/07 FI. 6/8

6.3. JULGAMENTO IRREGULAR das despesas não licitadas, sem imputação de débito, em razão
da falta de indicação de danos materiais ao erário, ressalvado o item a seguir;
6.4. JULGAMENTO IRREGULAR da guarda, administração e uso de recursos sem comprovação e
de forma danosa ao erário, com imputação do débito, na importância de R$ 579.641,01,
referente à não comprovação de despesas com contribuições ao INSS (R$ 321.678,45), saldo
financeiro a descoberto (R$ 20.247,24) e não comprovação da disponibilidade ao final do
exercício (R$ 237.715,32);
6.5. REPRESENTAÇÃO ao órgão previdenciário do fato relacionado às contribuições
previdenciárias;
6.6. APLICAÇÃO DE MULTA ao Prefeito, por ilegalidade e danos ao erário, com fulcro na
Constituição Federal, art. 71, VIII, e LCE nO18/93, arts. 55 e 56,11;
6.7. REPRESENTAÇÃO à Procuradoria Geral de Justiça para as providências a seu cargo; e
6.8. RECOMENDAÇÃO de diligências no sentido de prevenir a repetição das falhas acusadas no
exercício de 2006.

Foi protocolizado, às 13:23h, pedido, formulado pelo advogado Thiago Leite Ferreira, de habilitação nos
autos e adiamento da apreciação do processo, no sentido de possibilitar vista aos mesmos e promover
sustentação oral de defesa, fls. 1920/1923.
Diante das circunstâncias em que ocorreu o pedido, ou seja, quando a sessão já havia sido iniciada,
sendo apenas suspensa para o período da tarde, em decorrência do almoço, e tendo, ainda, sido substabelecido
poderes, ao requerente, de advogado não habilitado nos autos, e considerando o que dispõe o art. 210 do
RITCE-PB clc o art. 45 do Código de Processo Civil, o Relator propôs que o requerimento não fosse aceito, o
que foi acolhido pela maioria de votos dos Conselheiros.

2. PROPOSTA DE DECISÃO DO RELATOR


No que se refere à despesa não licitada, o Relator discorda da inclusão dos gastos com profissionais da
área de saúde, no valor de R$ 98.640,00, e com Advogado, na importância de R$ 27.360,00. Na primeira
situação, por não se tratar de despesa licitável e sim de admissões que podem decorrer de contratações por
tempo determinado ou mediante a realização de concurso público. Na segunda situação, pela possibilidade da
adoção de inexigibilidade de licitação, conforme tem admitido esta Corte de Contas. Dessa forma, o valor da
despesa não licitada fica alterado de R$ 1.374.383,46 para R$ 1.248.383,46.
Quanto à não comprovação da contribuição previdenciária ao INSS, a Auditoria somou a despesa
orçamentária apropriada em "Obrigações Patronais" (R$ 629.745,52) à despesa extra-orçamentária registrada
no elemento "Consignações INSS" (R$ 416.629,10), perfazendo R$1.046.374,62. Dessa importância, subtraiu o
valor de R$ 412.560,12, descontado diretamente nas cotas do FPM, e a importância de R$ 312.136,05, referente
às guias de recolhimento (GPS) apresentadas na ocasião da defesa. Assim, subsistiu sem comprovação o
montante de R$ 321.678,45, pelo qual o gestor deve ser responsabilizado.
No que concerne ao saldo a descoberto de R$ 77.534,40, o interessado encaminhou extratos bancários
de aplicações financeiras, cujos saldos totalizam R$ 57.287,16, e afirmou que a diferença, R$ 20.247,24, diz
respeito a valores remanescentes da gestão anterior (exercício de 2004), nunca movimentados pela atual
administração, razão pela qual os apropriou na conta "Sa/do transferido do exercício de 2004, a apurar". Ao
analisar a defesa, a Auditoria manteve o entendimento inicial, reduzindo apenas o saldo a descoberto para R$
20.247,24. O Relator, após compulsar os autos, constatou que alguns dos extratos que deram subsídios à
instrução inicial não apresentam saldo~indo o status de conta encerrada,Am datas anteriores a ;9?A
(C/C.:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N° 02525/07 FI. 7/8

1121-5, 1122-3, 1123-1, 1124-X, 1177-0 e 6597-8, fls. 688/691, 693 e 709), e outros apresentam saldo com
datas também anteriores a 2005, porém, com a observação liA CONTA NÃO FOI MOVIMENTADA" (C/C 7577-9,
25108-9 e 25127-5, fls. 711, 717 e 718). Constata-se, dessa forma, que procedem as alegações do gestor de
que não efetuou qualquer movimentação nas contas mencionadas durante os exercícíos de 2005 e 2006, cujos
saldos são os mesmos constantes do SAGRES ao final de 2004, conforme documentos de fls. 1911/1919.
Já no tocante à falta de comprovação de disponibilidades ao final do exercício, no valor de R$
237.715,32, o gestor apresentou as mesmas alegações citadas no parágrafo anterior, entretanto, não anexou
qualquer documento bancário comprovando os termos da defesa, cabendo, nesse caso, a imputação da
importância.
No mais, diante da falta de justificativas convincentes por parte do defendente, o Relator acompanha o
entendimento da Auditoria, ratificado pelo Ministério Público junto ao TCE/PB.
Feitas essas observações, o Relator propõe aos Conselheiros do TCE/PB que:
1. DECLAREM INTEGRALMENTE ATENDIDOS os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal;
2. EMITAM PARECER CONTRÁRIO À APROVAÇÃO das presentes contas, em virtude da abertura e
utilização de créditos adicionais sem autorização legislativa, despesa não licitada, não retenção de
contribuições ao INSS sobre os subsídios do Prefeito e Vice-prefeito, não comprovação de despesas
com contribuições ao INSS (R$ 321.678,45) e não comprovação da disponibilidade ao final do
exercício (R$ 237.715,32);
3. IMPUTEM DÉBITO ao gestor, na importância de R$ 559.393,77, referente à não comprovação de
despesas com contribuições ao INSS (R$ 321.678,45) e não comprovação da disponibilidade
financeira ao final do exercício (R$ 237.715,32);
4. COMUNIQUEM à Secretaria da Receita Federal do Brasil, em João Pessoa, o não recolhimento das
obrigações previdenciárias incidentes sobre os subsídios pagos ao Prefeito e ao Vice-prefeito;
5. APLIQUEM A MULTA de R$ 2.805,10 ao gestor, com fulcro na Lei Orgânica do TCE/PB, em virtude
das irregularidades anotadas pela Auditoria;
6. REPRESENTEM junto à Procuradoria de Justiça do Estado acerca das irregularidades nestes autos
abordadas, para as providências a seu cargo; e
7. RECOMENDEM ao gestor maior observância dos mandamentos legais norteadores da Administração
Pública, contidos na Constituição Federal e nas Leis nO101/00, 4320/64 e 8666/93, bem como dos
normativos emanados do Conselho Federal de Contabilidade.

3. DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO


Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC n° 02525/07; e
CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, a proposta de decisão do Relator e o mais que
consta;
CONSIDERANDO que a declaração de atendimento integral aos preceitos da LRF, a imputação
débito, a aplicação de multa e a representação junto à Procuradoria Geral de Justiça e à Secretaria da Receita
Federal do Brasil constituem objetos de Acórdão a ser emitido em separado;
Os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAíBA (TCE-PB), por unanimidade, na
sessão plenária realizada nesta data, decidem:
EMITIR PARECER CONTRÁRIO À APROVAÇAO DA PRESTAÇAO DE CONTAS ANUAIS DO

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MUNiCípIO DE ARAR UNA, relativa ao exercício de 2006, de responsabilidade do Prefeito Avaíldo Luís de '
Alcântara Azevedo, recomendando-se "ao gestor maior observância dos comandos legais norteadores da'

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PROCESSO TC N° 02525107

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

FI. 818

Administração Pública, notadamente dos princípios constitucionais e das Leis n° 4320/1964, 101/2000 e
8666/93, bem como dos normativos emanados do Conselho Federal de Contabilidade.

Publique-se.
Sala das Sessões do TCE-PB - Pie 'io Ministro João Agripino.
João Pessoa, 1° d
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tu o de 2008.

do Diniz Filho
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I André Carlo Tórres Pontes

I /Procurador Geral em exercício do


Ministério Públicojunto ao TCE/PB

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