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Processo Te n° 01975/06

Prefeitura Municipal de Gurjão. Prestação de


Contas do Prefeito Municipal referente ao
exercício de 2005. Emissão de Parecer
Contrário à aprovação das contas.
Recomendações. Comunicação ao Ministério
Público Comum.

o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, no uso de suas atribuições que lhe confere a
Constituição Estadual, em apreciação aos presentes autos do Processo TC n" 01975/06, que trata da
prestação de contas do Sr. José Carlos Vidal, Prefeito Municipal de Gurjão, exercício de 2005, e

CONSIDERANDO que a Auditoria, após análise do que contém os autos, constatou o seguinte:
a) a Prestação de Contas foi encaminhada a este Tribunal no prazo, instruída com todos os documentos
exigidos; b) o orçamento para o exercício, Lei Municipal n" 129, de 31 de dezembro de 2004, estimou a
receita e fixou a despesa em R$ 3.761.310,00, autorizou, ainda, a abertura de créditos adicionais
suplementares até o limite de 80% da despesa fixada; c) os créditos adicionais suplementares foram
abertos e utilizados dentro do limite autorizado; d) a receita arrecadada foi superior em 13,99% à sua
previsão e teve um crescimento nominal de 38,85% quando comparada com a do exercício anterior; e) a
despesa orçamentária foi superior em 31,89% à realizada no exercício anterior; f) a dívida municipal, no
final do exercício analisado, importou em R$ 1.462.407,44 correspondendo a 34,11 % da receita
orçamentária total arrecadada, dividindo-se nas proporções de 83,92% e 16,08% entre Dívida Flutuante
e Dívida Fundada, respectivamente; g) Os recursos oriundos de convênios escriturados no exercício
totalizaram R$ 728.300,00, sendo R$ 667.500,00 de recursos federais e R$ 60.800,00 de recursos
estaduais; h) os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 456.358,10, correspondendo a
10,81% da Despesa Orçamentária Total; i) não houve pagamento de subsídios em excesso ao Prefeito e
ao Vice-Prefeito; j) o percentual aplicado em ações e serviços públicos de saúde correspondeu a 15,93%
da receita de impostos, inclusive os transferidos; k) as despesas com pessoal do Poder Executivo
corresponderam a 35,99% da RCL; I) os recursos repassados ao Poder Legislativo atingiram 7,92% da
receita tributária mais as transferências realizadas no exercício anterior; m) os REOs e RGFs foram
apresentados dentro do prazo, com todos os demonstrativos legalmente exigidos e com sua publicação
devidamente comprovada;

CONSIDERANDO que, após a análise de defesa pela Auditoria e as observações do relator,


remanesceram as seguintes irregularidades: a) despesas com encargos sociais, no valor de R$ 44.004,48,
contabilizadas fora do mês de competência; b) despesas não licitadas no valor de R$ 473.865,95,
equivalente a 11,22% da despesa orçamentária; c) falta de fiscalização e recolhimento das contribuições
previdenciárias das empresas contratadas para a realização de obras públicas, com potencial prejuízo ao
município; d) aplicação de apenas 59,17% dos recursos do FUNDEF, na remuneração dos profissionais
do magistério; e) desvio de finalidade de recursos do FUNDEF no valor de R$ 20.410,06, devendo esse
valor ser reposto ao fundo com recursos do próprio município; f) aplicação de apenas 24,36% das
receitas de impostos, inclusive os transferidos, em manutenção e desenvolvimento do ensino; g) indícios
de apropriação indébita da contribuição previdenciária, por ausência de repasse ao INSS, e falta de
retenção dessa contribuição em alguns casos; h) inexistência de um sistema de controle dos bens do
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te n° 01975/06

escolar, contrariando legislação federal em vigor; j) descumprimento da RN TC 04/04 no que trata da


obrigatoriedade dos inventários de estoques de materiais e de bens;

CONSIDERANDO que as irregularidades relacionadas a despesas não licitadas, aplicação em


remuneração do magistério com recursos do FUNDEF e aplicação em MDE em percentuais inferiores ao
mínimo, não encaminhamento dos balancetes e documentação de despesas à Câmara Municipal - apesar
de advertência expressa deste Tribunal - justificam a emissão de parecer contrário à aprovação das
contas;

CONSIDERANDO que a concessão de prazo para devolução de recursos à conta do FUNDEB e


a multa a ser aplicada ao gestor serão formalizados em Acórdão de competência exclusiva deste
Tribunal;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer da representante do Ministério Público, a


proposta de decisão do Auditor Relator e o mais que dos autos consta,

DECIDE, por deliberação unânime de seus membros, em sessão plenária hoje realizada:
a) Emitir PARECER CONTRÁRIO à aprovação das contas do Prefeito Municipal de Gurjão, Sr. José
Carlos Vidal, relativas ao exercício de 2005, encaminhando-o à consideração da Egrégia Câmara de
Vereadores do Município, com a ressalva do Parágrafo Único do art. 124 do Regimento Interno deste
Tribunal;
b) Recomendar a adoção de medidas no sentido de evitar a repetição das irregularidades constatadas;
c) Encaminhar cópia da decisão à Procuradoria Geral de Justiça para as medidas que entender
pertinentes.

Presente ao j lgamento a Exm", Sra. Procuradora Geral.


Publique-se e um ra-se.
TC - Plenário i. ão Agripino, em 02 de abril de 2008.

CONS BIO ALVES VIANA REIRA


ESIDENTE
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CONsAosÉ MARQUES MARIZ

Z:~_.~/--_
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CONS. FÁBIO T . S NOGUEIRA

~r.f,BB1~-pmmooncfME~VIEIRA FILHO

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/ ANA TERESA NÓBREGA


PROCURADORA GERAL

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