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Publicado D.O.E.

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Processo Te N° 02234/06
TRIBUNALDECONTASDOESTADO 1iCreta;~'('~.~
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Instituto de Previdência do Município de
Cuitegi - IPMC. Prestação de Contas do
exercício de 2005. Prestação de Contas
considerada irregular. Assinação de prazo.
Recomendações.

I ACÓRDÃO APL - TC .J J J /08


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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do Processo TC N° 02234/06, referente


à Prestação de Contas do Instituto de Previdência de Cuitegi, exercício de 2005, ACORDAM os
integrantes do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, à unanimidade, em sessão plenária, hoje
realizada, em: a) julgar irregulares, as contas do Instituto de Previdência do Município de Cuitegi,
exercício de 2005, sob a responsabilidade da Senhora Glaucineli de Oliveira Montenegro, Presidente;
b) aplicar a multa de R$ 1.000,00 ao gestor nos termos do que dispõe o inciso I e VI do art. 56 da
LOTCE; c) assinar ao mesmo o prazo de 60 (sessenta) dias para efetuar o seu recolhimento ao Tesouro
Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, cabendo ação a ser
impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, em caso do não recolhimento voluntário devendo-se dar
a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da
Constituição Estadual; d) assinar prazo de 60(sessenta) dias para que o atual gestor do IPMC remeta a
este Tribunal, documentos que comprovem a viabilidade da entidade ou sugiram ao Poder Executivo
Municipal a sua extinção; e) recomendar, ao gestor, a estrita observância das disposições legais e
normativas 1) recomendar ao Prefeito a adoção de medidas, visando a adequar as contribuições ao
Plano Atuarial, afim de que possa haver o equilíbrio, com vistas ao pagamento dos beneficios futuros
sem onerar os cofres municipais ou prejudicar os beneficiários contribuintes.

Assim decidem tendo em vista que, conforme demonstrado nos autos, a direção do Instituto
desobedeceu a diversas exigências contidas na legislação previdenciária federal, sendo alguns dos
critérios exigidos desde 2005'e nunca foram enviados os documentos ao MPAS.
O percentual de despesas administrativas superaram o limite em mais de 100%, afrontando a
legislação federal.
A ausência de informações técnico-operacionais e as irregularidades relativas aos
demonstrativos contábeis prejudicam a análise da Prestação de Contas, além de não demonstrar a real
situação do ente.
Outras irregularidades detectadas são de responsabilidade do Poder Executivo Municipal e não
do gestor do Instituto.

Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. João Agripj ~~ de200S.

VES VIANA

~~~~iko·FERNANDES

D ....
~NA ÊSA~
Pro uradora Geral
Processo Te N° 02234/06

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos do Processo TC N° 02234/06, referente à Prestação de Contas do


Instituto de Previdência do Município de Cuitegi, exercício de 2005, de responsabilidade da Senhora
Glaucineli de Oliveira Montenegro.
A Auditoria deste Tribunal, ao analisar a matéria, destacou as seguintes irregularidades de
responsabilidade da gestora do Instituto:

1. omissão às imposições da Legislação Federal no tocante às alíquotas de contribuições


previdenciárias, beneficios concedidos, cobertura exclusiva a servidores efetivos e as
recomendações atuariais;
2. divergências quanto aos valores das receitas de contribuição informadas na PCA e o total dos
depósitos bancários relativos às contribuições;
3. despesas Administrativas correspondendo a 6,27% da remuneração percebida pelos servidores
efetivos do Município, descumprindo o Artigo 17, Inciso IX, § 3° da Portaria MPAS n°
4.992/99;
4. Instituto em situação irregular junto ao MPS;
5. registro incorreto da dívida da Prefeitura para com o Instituto no balanço patrimonial;

O órgão técnico também destacou algumas irregularidades de responsabilidade do Prefeito


Municipal, Senhor Ednaldo Paulo Lino a seguir citadas:

1. falta de adequação da Lei n° 143/97 à Legislação Federal (Lei n° 9717/98 e Portaria n°


4992/99), no tocante à concessão de benefícios, cobertura exclusiva a servidores efetivos e
alíquotas de contribuição. (item 2).
2. não adequação da Lei Previdenciária Municipal às recomendações do plano atuarial no tocante
às alíquotas de contribuição.
3. informações inconsistentes ao SAGRES, com relação aos repasses para o Instituto de
Previdência Próprio.

Devidamente notificados os interessados, apresentou defesa somente a gestora do Instituto,


embora se manifestando também sobre as irregularidades atribuídas ao Prefeito.
Ao examinar a defesa o órgão de instrução analisou apenas as falhas relativas à Senhora
Glaucineli de Oliveira Montenegro, considerando sanada a irregularidade sobre a divergência quanto
aos valores de contribuições e mantendo o entendimento quanto às demais falhas. Por considerar que a
gestora não poderia se pronunciar sobre as ocorrências de responsabilidade do Prefeito, a Auditoria não
se manifestou sobre a defesa apresentada.
Instado a se pronunciar, o Ministério Público Especial, em parecer da lavra da Procuradora
Sheyla Barreto Braga de Queiroz, opina pela irregularidade das contas com aplicação de multa à
gestora do Instituto, assinação de prazo ao Poder Executivo de Cuitegí e à gestão do IPC, para que, sob
pena de multa, comprovem o cumprimento dos requisitos constitucionais e legais do regular
funcionamento do Instituto ou aconselhem sua extinção, representação ao CRC acerca dos atos de
responsabilidade dos profissionais de contabilidade, representação à Procuradoria Geral de Justiça,
comunicação ao Ministério da Previdência Social e recomendações à atual administração do Instituto.
Após o parecer da Procuradoria, a Assessoria Técnica junto ao gabinete, em consulta ao "site"
da Previdência Social, verificou que o Instituto ainda se encontra em situação irregular em diversos
aspectos de avaliação perante o Ministério.

É o Relatório.
T~BUNALDECONTASDOESTADO
Processo Te N° 02234/06

VOTO

Como se vê, a direção do Instituto desobedeceu a diversas exigências contidas na legislação


previdenciária federal, sendo alguns dos critérios exigidos desde 2003 e nunca foram enviados os
documentos ao MPAS.
O percentual de despesas administrativas superaram o limite em mais de 100%, afrontando a
legislação federal.
A ausência de informações técnico-operacionais e as irregularidades relativas aos
demonstrativos contábeis prejudicam a análise da Prestação de Contas, além de não demonstrar a real
situação do ente.
Outras irregularidades detectadas são de responsabilidade do Poder Executivo Municipal e não
do gestor do Instituto, cabendo recomendações ao Prefeito no sentido de adotar providências para
adequar as contribuições ao Plano atuarial, afim de que possa haver o equilíbrio, visando ao pagamento
dos benefícios futuros sem onerar os cofres municipais ou prejudicar os beneficiários contribuintes.
Assim, VOTO no sentido que o Tribunal: a) julgue irregulares as contas do Instituto de
Previdência do Município de Cuitegi, exercício de 2005, sob a responsabilidade da Senhora Glaucineli
de Oliveira Montenegro, Presidente; b) aplique a multa de R$ 1.000,00 ao gestor nos termos do que
dispõem os incisos I e VI do art. 56 da LOTCE; c) assine ao mesmo o prazo de 60 (sessenta) dias para
efetuar o seu recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e
Financeira Municipal, cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, em caso do
não recolhimento voluntário devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de
omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual; d) assine prazo de 60
(sessenta) dias para que o atual gestor do IPMC remeta a este Tribunal, documentos que comprovem a
viabilidade da entidade ou sugiram ao Poder Executivo Municipal a sua extinção; e) recomende, ao
gestor, a estrita observância das disposições legais e normativas; f) recomende ao Prefeito a adoção de
medidas, visando a adequar as contribuições ao Plano Atuarial, afim de que possa haver o equilíbrio,
com vistas ao pagamento dos benefícios futuros sem onerar os cofres municipais ou prejudicar os
beneficiários contribuintes.

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