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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


-- Pág. 01/03 --

PROCESSO TC- 01.921/05


Administração indireta municipal. FUNDO
MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPINA
GRANDE. Prestação de contas, exercício de
2004. Irregularidade, aplicação de multa,
imputação de débito e recomendações.
Recurso de Reconsideração. Conhecimento e
provimento parcial.

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RELATÓRIO
1. Cuidam os presentes autos da Prestação de Contas Anual do Fundo Municipal de
Saúde de Campina Grande, relativa ao exercício de 2.004, de responsabilidade do
Sr. André Luís Bonifácio de Carvalho.
2. Na sessão de 11.04.07, este Tribunal Pleno decidiu, por meio do Acórdão APL TC
206/2007:
2.01. Julgar irregulares as contas prestadas;
2.02. Imputar ao Sr. André Luís Bonifácio de Carvalho débito de R$ 1.048.283,78,
em face de recursos bancários de destinação injustificada;
2.03. Aplicar ao Sr. André Luís Bonifácio de Carvalho multa de R$ 2.805,10, com
fundamento no art. 56, II da LOTCE;
2.04. Encaminhar cópia da decisão aos autos da PCA da Prefeitura Municipal de
Campina Grande;
2.05. Encaminhar cópia dos autos ao Ministério Público Comum.
3. A decisão foi publicada no DOE de 20.04.07 e, em 14.05.07, a autoridade responsável
interpôs Recurso de Reconsideração, que foi recebido em caráter excepcional pelo
Relator, apesar de extemporâneo.
4. A Auditoria analisou as razões recursais e concluiu:
4.01. O recorrente conseguiu demonstrar a destinação de apenas R$ 116.100,00,
permanecendo sem identificação recursos da ordem de R$ 983.183,78;
4.02. O déficit na execução orçamentária foi devidamente justificado;
4.03. As demais falhas foram ratificadas.
5. O MPjTC opinou, preliminarmente, pelo não conhecimento do recurso, dada sua
intempestividade, e, no mérito, caso ultrapassado o questionamento preliminar, pela
procedência parcial do Recurso, para reduzir o valor da imputação para R$
983.183,78, bem como da exclusão da irregularidade relativa à insuficiência de
recursos bancários, mantendo-se os demais termos da decisão atacada.
6. Os autos foram incluídos na presente sessão, ordenadas as notificações de praxe.

VOTO DO RELATOR
Inicialmente, convém esclarecer que o Recurso de Reconsideração foi recebido após o
transcurso do prazo recursal, em atenção ao fato de que a autoridade responsável não
houvera tomado ciência das irregularidades constantes dos autos, por ter exercido função
junto ao Ministério da Saúde em Brasília, o que dificultou o acesso às notificações efetuadas ~
por meio de editais. ')
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OUSO descordar da Auditoria quanto à manutenção da imputação de débito. A


imputação ocorreu pela ausência de esclarecimentos do gestor em sede de defesa, o que
impossibilitou a identificação do destino dos valores transferidos pela Prefeitura Municipal de
Campina Grande para o FMS.
Na petição recursal, o interessado esclarece em que contas bancárias foram
depositados os valores ao longo do exercício. Com efeito, cinco foram as contas bancárias
movimentadas pelo Fundo Municipal de Saúde, que receberam os seguintes depósitos:
CONTA CORRENTE DATA VALOR
11743-9 - FMS RECURSOSPROPRIOS 06.01.04 21.600,00
16.01.04 30.000,00
16.01.04 39.500,00
21.01.04 46.000,00
10.02.04 10.000,00
09.06.01 13.000,00
15.06.04 36.313,75
58.043-0 - PM CAMPINA GRANDE 05.01.04 25.000,00
08.01.05 10.000,00
27.12.04 918,75
13.035-4 - CAMPINA GRANDEFNS 18.11.04 356.451,28
11.748-X FNS AIDS - FNS CAMPINA GRANDE 18.11.04 79.500,00
58.042-2 - PM CAMPINA GRANDE 30.12.04 380.000,00
TOTAL -7 1.048.283,78
As contas bancárias foram efetivamente administradas pelo FMS, de acordo com as
informações constantes da própria PCA (fls. 47/51). O balanço financeiro, por sua vez, registra
a quantia de R$ 1.850.601,95 a título de transferências financeiras recebidas - Portaria STN1
(Receita Extra-Orçamentária), valor em muito superior ao imputado, não havendo
fundamentos sólidos para se afirmar que a quantia não foi registrada no Balanço Financeiro.
Por outro lado, a Auditoria aceitou como comprovado o valor de R$ 116.100,00, que
ingressou nas contas bancárias, mas rejeitou o restante dos argumentos do recorrente,
unicamente pela descrição contida no histórico das guias de receitas, desprezando os demais
depósitos nas contas correntes indicadas pelo gestor, por não informarem no histórico a
devolução de recursos pela Prefeitura Municipal (fls. 443/444).
A soma de todos os depósitos indicados totaliza o exato valor apontado pela Auditoria.
É inegável que a identificação dos depósitos ficou prejudicada pelos históricos oferecidos, mas
essa falha não autoriza, em absoluto, a manutenção de imputação de quantia tão elevada.
-- Conclui à Pág. 03/03 --

1 Refere-se a regulamentação da Secretaria do Tesouro Nacional que disciplina o registro de recursos


transferidos da Adrninistração Direta para a Adrninístração Indireta a t1tU'p\e receíta extra-orçamentária. para
evitar duplicidades. j

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Assim, voto pelo conhecimento do recurso, no mérito, pelo provimento parcial para:
1. Suprimir do acórdão recorrido a imputação de débito ao gestor responsável;
2. Excluir a irregularidade referente ao déficit financeiro da fundamentação do
Acórdão recorrido;
3. Manter os demais termos da decisão atacada.

DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO
TC-1.921/05, os MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA
(TCE-Pb), com a declaração de suspeição suscitada pelo Conselheiro Fábio Túlio
Filgueiras Nogueira, à unanimidade, na sessão realizada nesta data, ACORDAM em
conhecer do presente Recurso de Reconsideração e, no mérito, dar-lhe provimento
parcial para:
1. Suprimir do Acórdão APL TC 206/07 a imputação de débito ao Sr. André
Luís Bonifácio de Carvalho;
2. Excluir a irregularidade referente ao déficit financeiro da fundamentação
do Acórdão recorrido;
3. Manter os demais ter. os da decisão atacada.
Publique e, intime-se, registre-se e cumpra-se.
Sala das Sessõ s d CE-Pb lenário Ministro João Agripino
oão ssoa. 6 e abril de 2008.

Ana Terêsa Nóbrega


Procuradora Geral do Ministério Público junt

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