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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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PROCESSO TC N° 01911/06
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Poder Legislativo Municipal. Câmara de Casserengue. Prestação de


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Contas Anual relativa ao exercício de 2005. RECURSO DE


RECONSIDERAÇAo contra decisão consubstanciada no Acórdão
APL-TC-296/2007. Conhecimento do recurso. Não provimento.

RELATÓRIO:
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em 02/05/2007, analisou a Prestação de Contas Anual
da Câmara Municipal de Casserengue, relativa ao exercício de 2005, de responsabilidade do Senhor
José Alves Pinto Filho, emitindo o Acórdão APL-TC-296/2007, publicado em 23/05/2007, com o
seguinte teor:
1) JULGAR IRREGULAR a Prestação de Contas Anual, relativa ao exercício de 2005, da
Câmara Municipal de Casserengue, sob a responsabilidade do Senhor José Alves Pinto
Filho, atuando como gestor do Poder Legislativo;

2) REPRESENTAR O INSS acerca do não reconhecimento das contribuições previdenciárias


devidas aos agentes políticos.

Em 11/06/07, inconformado com a decisão, o Sr. José Alves Pinto Filho, através de seu representante
legal, interpôs, tempestivamente, RECURSO DE RECONSIDERAÇAo contra a decisão
consubstanciada no Acórdão supracitado, sendo recebido nos autos pelo Relator que, em seguida,
exarou despacho encaminhando os autos ao Órgão Auditor (Fls. 214).
A Auditoria analisou em 10/10/2007, fls. 215-216, o recurso de reconsideração apresentado pelo
impetrante, desacompanhado de qualquer documentação comprobatória, concluindo por manter as
irregularidades anteriormente apontadas:
a) Emissão de cheque sem fundo no valor de R$ 343,00;
b) Não empenhamento e não recolhimento de obrigações patronais relativas aos salários dos
servidores (R$ 1.950,61);
c) Não retenção nem recolhimento da contribuição previdenciária dos agentes políticos durante
todo o exercício de 2005.
O Ministério Público junto ao Tribunal emitiu o Parecer nO576/2008, datado de 27/05/2008, da lavra da
ilustre Procuradora Geral Ana Teresa Nóbrega (fls. 217/218), mantendo seu posicionamento
manifesto anteriormente no Parecer Ministerial inicial (fI. 201), ou seja, com relação à emissão de
cheque sem fundo (item "a"), pela relevação e emissão de recomendação; com relação ao não
empenhamento e não recolhimento de obrigações patronais relativas aos salários dos servidores
(item "b"), pela relevação, uma vez que a defesa afirma que estes débitos ficaram para serem
saldados no exercício seguinte; manutenção da irregularidade referente à não retenção nem
recolhimento da contribuição previdenciária dos agentes políticos durante todo o exercício de 2005
(item "c").
Ao final, o Parquet concluiu ao afirmar que:
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Ante o exposto, este Órgão Ministerial opina pelo conhecimento do Recurso de Reconsideração e, no
mérito, pelo seu provimento parcial, a fim de retirar do rol das impropriedades apontadas no Acórdão
APL - TC - 296/2007 os itens 'a" e ''b'' supra, mantendo-se, todavia, a declaração de irregularidade
da Prestação de Contas da Mesa da Câmara Municipal de Casserengue, exercício 2005, em função da
subsistência da mácula consistente na ausência de recolhimento das contribuições previdenciárias
incidentes sobre as remunerações pagas aos Agentes Políticos. :~
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PROCESSO TC nO 01911/06 m •••••••••••••••••••••••••••••••••••• fls.•2.

VOTO DO RELATOR:
Após a instrução processual, mantém-se o posicionamento inicial tanto do Órgão Auditor como do
Órgão Ministerial, haja vista, inclusive, a falta de documentação acostada ao Recurso de
Reconsideração ora examinado.
A manutenção das irregularidades apontadas inicialmente faz-se necessária uma vez que, com
relação à emissão de cheque, mesmo de ínfimo valor, demonstra uma má gestão administrativo-
financeira e, com relação ao não empenhamento e não recolhimento de obrigações patronais relativas
aos salários dos servidores, ficou comprovado que a despesa deveria ter sido empenhada no
exercício de 2005 e não o foi, desobedecendo ao art. 35 da Lei 4.320/64.
Já com relação às obrigações previdenciárias dos agentes políticos não retidos e não recolhidos no
exercício de 2005, podemos verificar que a Lei n.o 9.506/97 confrontava o artigo art. 195, li, da CF, na
medida em que tornou, segurado obrigatório do regime geral de previdência social, o exercente de
mandato eletivo. Cabe também destacar que o art. 13 da citada lei criou fonte nova de custeio da
seguridade social, ferindo a norma constitucional disposta nos art. 195, li, e no art. 154, I, que
determinava a instituição de novas espécies contributivas apenas através de lei complementar.
Com advento da E.C 20/98, foi modificado o art. 195, li, da CF, permitido a instituição de contribuição
previdenciária para beneficiários da Previdência Social que não se enquadra na categoria
"trabalhadores". Sucedártearnente a edição da EC 20/98 foi publicada a Lei 10.887/04, possibilitando
juridicamente a obrigatoriedade de se instituir contribuição previdenciárias incidente sobre os
subsídios dos ocupantes de mandatos eletivos nas três esferas governamentais, desde que não
vinculados a regime próprio de previdência social. Assim, no exercício financeiro de 2005, os
Vereadores do município de Casserengue deveriam, nos termos constitucionais e legais, efetuar o
recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de pagamento dos edis daquela comuna.
Desta forma, mantenho meu posicionamento expresso no voto do Acórdão APL-TC-296/2007,
votando pelo conhecimento do presente recurso, por estarem configurados os pressupostos de
tempestividade e legitimidade, e, no mérito, pelo seu não provimento, tendo em vista que o recorrente
não apresentou documentos ou fatos novos que pudessem modificar a decisão inicialmente prolatada.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO:


Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC-01911/06, ACORDAM, à unanimidade, com
impedimento declarado do Conselheiro Presidente Arnóbio Alves Viana, os Membros do TRIBUNAL
DE CONTAS DO ESTADO DA PARAIBA (TCE/Pb), em tomar conhecimento do RECURSO DE
RECONSIDERAÇAo acima caracterizado, por atendidos os pressupostos da tempestividade e
legitimidade e, no mérito, pelo seu não provimento, mantendo-se, na íntegra, a decisão recorrida.
Publique-se, registre-se e cumpra-se.
TCE-Plenário Ministro João Agripino
,

oa,A-de .~ de 2008

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Conselheiro A.Pt6f,iO.·· Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira
Pr~ident~ Relator

Fui presente, 11
{~Teresa
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Nóbrega
5~
Procuradora Geral do Ministério Público junto ao TCE-

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