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RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Inspeção de Obras realizadas pela Prefeitura Municipal de Arara, no exercício
de 2004, sendo avaliada uma amostragem de 87,5% das despesas realizadas, que somaram R$
647.856,95, nos termos da Resolução RN-TC-06/03.
Na sessão do dia 09/03/2006, os Membros da 18 Câmara desta Corte decidiram, cf. Acórdão AC 1- TC-N°
187/2006, publicado no DOE de 18103/06:
I. considerar regulares os gastos com obras públicas realizadas no exercício de 2004 pelo Município de
Arara;
11. anexar cópia da presente decisão à Prestação de Contas (...);
111.assinar o prazo de 60 (sessenta) dias ao Sr. José Ibiapina Soares do Nascimento, ex-Prefeito do
Município de Arara, para o envio a esta Corte dos Termos de Recebimento Definitivo das Obras
reclamados pela Auditoria, sob pena de aplicação da multa prevista no inciso VIII do art. 56 da
LOTCE/PB;
IV. recomendar ao atual gestor no sentido de empreender medidas administrativas para finalizar toda e
qualquer obra ou serviço de engenharia pendente de concreção;
V. desentranhar documentação (...);
VI. encaminhar o processo a DIAFI para acompanhamento do término das obras.
Apreciando o cumprimento do supracitado Acórdão, os membros da 18 Câmara, mediante AC1-TC-458/07
(publicado no DOE de 03/05/07), decidiram declarar o cumprimento parcial por parte do ex-Prefeito, Sr. José
Ibiapina Soares do Nascimento, da citada decisão, aplicando-lhe multa no valor de R$ 1.402,55, renovando
o prazo de 60 dias para encaminhamento da documentação referente aos Termos de Recebimento
Definitivo das Obras reclamadas pela Auditoria.
Inconformado com a decisão, em 18/05/2007, o Senhor José Ibiapina Soares do Nascimento, através de
seu representante legal, interpôs, intempestivamente, Recurso de Reconsideração (fls. 1197-1204), tendo os
membros da 18 Câmara do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba decidido, à unanimidade, conhecer o
recurso e, no mérito, negar-lhe provimento, mantendo-se, na íntegra, o AC1-TC-458/07, decisão
consubstanciada no Acórdão AC1-TC-052/08, publicado no DOE de 12/02/08.
Insatisfeito, ainda, com as decisões emanadas por esta Corte, o interessado, através de seu representante
legal, impetrou, conjuntamente, Recurso de Revisão e Pedido de Parcelamento, tendo o Relator recebido
nos autos e encaminhado ao Órgão de Instrução para análise dos argumentos do recorrente.
A Auditoria analisou, às fls. 196/199, a documentação apresentada pelo impetrante, afirmando, em suma,
que o recorrente limitou-se a argumentar sobre as irregularidades apresentadas no relatório preliminar,
remanescendo pendentes os documentos solicitados no Acórdão AC1- TC-458/07. Já quanto ao pedido de
parcelamento, entendeu a Unidade Técnica que a manítestação espontânea do recorrente em quitar a multa
imputada, nada obsta a concessão do parcelamento.
Ante os esclarecimentos feitos pela Auditoria, o Relator deixou para ouvir a manifestação do MPjTCE
apenas na presente sessão, que pugnou pelo não conhecimento do recurso e pela concessão do
parcelamento da multa.
O interessado foi notificado para a presente sessão.
VOTO DO RELATOR
O Recurso de Revisão configura-se na última instância pela qual o interessado pode pleitear junto a esta
Corte a revisão dos julgados como f~rma de garantir a amplitude que se reportam os direitos constitucionais
da ampla defesa e do contraditório. ~_~
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PROCESSO
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Diniz Filho
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Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira
rcício Relator
Art. 35 - De decisão definitiva caberá recurso de revisão ao Plenário, sem efeito suspensivo, interposto por escrito, uma só vez, pelo responsável, seus sucessores, ou pelo
Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, contados na forma prevista no inciso 11do art. 30 desta lei, e fundar-se-á: