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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO


PROCESSO TC-2474/0S
Admlnístração Direta Municipal. Prefeitura de Arara.Inspeção de
Obras, exercício de 2004, nos termos da RN TC-06/03. RECURSO
DE REVISÃO contra Acórdão AC1-TC-458/07, que aplicou multa
ao ex-Prefeito pelo cumprimento parcial de decisão deste TCE.
Não conhecimento do recurso dado ao disposto no art. 35 da
LOTCE. PEDIDO DE PARCELAMENTO DE MULTA. Deferimento.

RELATÓRIO
Tratam os presentes autos de Inspeção de Obras realizadas pela Prefeitura Municipal de Arara, no exercício
de 2004, sendo avaliada uma amostragem de 87,5% das despesas realizadas, que somaram R$
647.856,95, nos termos da Resolução RN-TC-06/03.
Na sessão do dia 09/03/2006, os Membros da 18 Câmara desta Corte decidiram, cf. Acórdão AC 1- TC-N°
187/2006, publicado no DOE de 18103/06:
I. considerar regulares os gastos com obras públicas realizadas no exercício de 2004 pelo Município de
Arara;
11. anexar cópia da presente decisão à Prestação de Contas (...);
111.assinar o prazo de 60 (sessenta) dias ao Sr. José Ibiapina Soares do Nascimento, ex-Prefeito do
Município de Arara, para o envio a esta Corte dos Termos de Recebimento Definitivo das Obras
reclamados pela Auditoria, sob pena de aplicação da multa prevista no inciso VIII do art. 56 da
LOTCE/PB;
IV. recomendar ao atual gestor no sentido de empreender medidas administrativas para finalizar toda e
qualquer obra ou serviço de engenharia pendente de concreção;
V. desentranhar documentação (...);
VI. encaminhar o processo a DIAFI para acompanhamento do término das obras.
Apreciando o cumprimento do supracitado Acórdão, os membros da 18 Câmara, mediante AC1-TC-458/07
(publicado no DOE de 03/05/07), decidiram declarar o cumprimento parcial por parte do ex-Prefeito, Sr. José
Ibiapina Soares do Nascimento, da citada decisão, aplicando-lhe multa no valor de R$ 1.402,55, renovando
o prazo de 60 dias para encaminhamento da documentação referente aos Termos de Recebimento
Definitivo das Obras reclamadas pela Auditoria.
Inconformado com a decisão, em 18/05/2007, o Senhor José Ibiapina Soares do Nascimento, através de
seu representante legal, interpôs, intempestivamente, Recurso de Reconsideração (fls. 1197-1204), tendo os
membros da 18 Câmara do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba decidido, à unanimidade, conhecer o
recurso e, no mérito, negar-lhe provimento, mantendo-se, na íntegra, o AC1-TC-458/07, decisão
consubstanciada no Acórdão AC1-TC-052/08, publicado no DOE de 12/02/08.
Insatisfeito, ainda, com as decisões emanadas por esta Corte, o interessado, através de seu representante
legal, impetrou, conjuntamente, Recurso de Revisão e Pedido de Parcelamento, tendo o Relator recebido
nos autos e encaminhado ao Órgão de Instrução para análise dos argumentos do recorrente.
A Auditoria analisou, às fls. 196/199, a documentação apresentada pelo impetrante, afirmando, em suma,
que o recorrente limitou-se a argumentar sobre as irregularidades apresentadas no relatório preliminar,
remanescendo pendentes os documentos solicitados no Acórdão AC1- TC-458/07. Já quanto ao pedido de
parcelamento, entendeu a Unidade Técnica que a manítestação espontânea do recorrente em quitar a multa
imputada, nada obsta a concessão do parcelamento.
Ante os esclarecimentos feitos pela Auditoria, o Relator deixou para ouvir a manifestação do MPjTCE
apenas na presente sessão, que pugnou pelo não conhecimento do recurso e pela concessão do
parcelamento da multa.
O interessado foi notificado para a presente sessão.

VOTO DO RELATOR
O Recurso de Revisão configura-se na última instância pela qual o interessado pode pleitear junto a esta
Corte a revisão dos julgados como f~rma de garantir a amplitude que se reportam os direitos constitucionais
da ampla defesa e do contraditório. ~_~

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PROCESSO
....._ _ -TC-2474/DS .

o recurso aqui debatido preserva os requisitos da tempestividade e da legitimidade do impetrante, no


entanto, não pode ser conhecido, ante sua atipicidade tendo em vista os condicionantes do art. 351 da Lei
Orgânica desta Corte de Contas que estabelece, de maneira taxativa, os casos em que será admitido o
recurso de revisão. Porquanto, não há insurgência contra a correção dos cálculos ou a veracidade e
insuficiência de documentos, bem como inexiste documento novo com eficácia sobre a prova produzida que
possa modificar a decisão recorrida
Ao se analisar detidamente as alegações ventiladas no recurso, pode-se concluir o caráter protelatório do
recorrente, pois os argumentos utilizados foram os mesmos, tanto no transcorrer da instrução processual,
como no Recurso de Reconsideração.
Quanto ao parcelamento da multa em 10 meses, tendo em vista a tempestividade do pedido de
parcelamento e a intenção manifesta do gestor em quitar a multa aplicada, é prudente que lhe seja
concedido o pleito.
Por todo o exposto, voto pelo (o)
1. não conhecimento do recurso de revisão, tendo em vista a inadequação da peça recursal aos
pressupostos da Lei Complementar Estadual n° 18/93, mantendo-se, integralmente a decisão
consubstanciada no AC1-TC nO458/2007;
2. concessão do parcelamento da multa imputada através do Acórdão APL-TC-458/2007 em 10 (dez)
parcelas mensais e sucessivas, sendo que a 18 parcela deverá ser recolhida ao final do mês
imediato àquele em que este Acórdão for publicado no DOE, alertando o interessado que o não
recolhimento de uma das parcelas no prazo, implicará, automaticamente, vencimento antecipado
das demais parcelas e obrigação de execução imediata do total da multa pela autoridade
competente, observado o disposto nos §§ 3° e 4° do art. 71 da Constituição do Estado;
3. encaminhamento dos autos à Corregedoria deste Tribunal para as providências com relação à
multa.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO


Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO-TC-044749/05, ACORDAM os Membros do
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAIBA, à unanimidade, com impedimento declarado do
Presidente, Conselheiro Arnóbio Alves Viana, na sessão plenária realizada nesta data, em:
I. não conhecer o RECURSO DE REVISÃO impetrado, ante a inadequação aos pressupostos do art.
35 da LC 18/93, mantendo-se, integralmente a decisão consubstanciada no AC1-TC nO458/2007;
11. conceder PARCELAMENTO DA MULTA imputada através do Acórdão APL-TC-458/2007 em 10
(dez) parcelas mensais e sucessivas, sendo que a 18 parcela deverá ser recolhida ao final do mês
imediato àquele em que este Acórdão for publicado no DOE, alertando o interessado que o não
recolhimento de uma das parcelas no prazo, implicará, automaticamente, vencimento antecipado
das demais parcelas e obrigação de execução imediata do total da multa pela autoridade
competente, observado o disposto nos §§ 3° e 4° do art. 71 da Constituição do Estado;
11I.encaminhar os autos à Corregedoria deste Tribunal para as providências com relação à multa.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TCE-Plenário Ministro João Agripino

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Diniz Filho
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Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira
rcício Relator

Fui presente, , C\~ t:


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Ana Terêsa Nóbrega r::---'
Procuradora Geral do Ministério Público junto ao TCE-Pb

Art. 35 - De decisão definitiva caberá recurso de revisão ao Plenário, sem efeito suspensivo, interposto por escrito, uma só vez, pelo responsável, seus sucessores, ou pelo
Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, contados na forma prevista no inciso 11do art. 30 desta lei, e fundar-se-á:

I - em erro de cálculo nas contas;


11• em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a decisão recorrida;
111- na superveniência de documentos novos com etcácia sobre a prova produzida.

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