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Exposição virtual no ai5

Realidade, irrealidade, surrealidade-


é disso que o mundo é feito.
Fotos e texto Rafael Pessôa São Paio

A idéia da exposição, dessa primeira parte, partiu da experiência de realizar


fotos panorâmicas onde a maquina ‘molda’, ‘monta’, recorta as fotos, e eu
ao experimentar a maquina, vi surgir paisagens irreais, paisagens que não
representavam (ou só representavam), não eram fieis, nem tampouco iguais
ao que se apresentava na realidade (ou que poderia ser uma fotografia, a
fidelidade que a foto trazia, num tempo não tão remoto assim, foto- instante
-realidade).

Sempre trabalhei com fotos películas (35mm) e tive seria resistência em


ustilizar câmeras digitais, trabalhei anos com o laboratório fotofagia, que
mantinha junto com um amigo, ampliando e realizando experiências em
ampliações de fotos coloridas, P&B. As fotos, os registros em si sempre
tiveram um fundo documental, situações, paisagens, lugares, pessoas,
festas, celebração e cultura, muita cultura. Mas a possibilidade de montar,
recriar a realidade a nossa frente, a nossa maneira,... a maneira da
maquina.

Isso me interessou muito! Pois no passado, antes da reprodutibilidade


técnica, da possibilidade da maquina criadora, da produção em série. As
imagens eram produzidas processadas pelo artista, o olhar, seus rascunhos
e anotações seriam montadas num outro instante particular, ou
instantaneamente como buscou os impressionistas. Com a possibilidade do
registro fotográfico, de captura da realidade, do instante, a arte busca
outros caminhos de representação, não mais da realidade, mas da própria
arte. As cores (luz) no impressionismo, por exemplo, como contra ponto do
Black and White das fotos da época. Ou o surrealismo com a captura de
imagens mentais....

Ora pra mim a descoberta, a possibilidade dessas fotos, ‘panorâmicas’,


sugeriu essa idéia de que esse processo de criação da realidade passaria a
ser realizado/operado na maquina, ela que constrói a paisagem, a maquina
fotográfica digital transformando a realidade em outra realidade,
irrealidade, surrealidade.

Ela possibilitou, uma serie de coisas interessantes de construção de imagem


real, mas que numa colagem, bricolage, não representa a realidade vista,
mas sim a realidade construída. Uma lente ‘olho de peixe’? Mudança de
perspectiva, repetições, alguns efeitos (‘soluções’ da maquina) é o que
apresento aqui. Maneiras de construção, os registros ‘errados’ exemplificam
o que estou falando.
Será eu o artista, ou a maquina na possibilidade de sua construção?

A segunda parte, seqüência, ‘é disso que o mundo é feito’.

Poderia ser outra exposição (são fotos que fizeram parte do dia que realizei
as fotos ‘panorâmicas’, faz parte do mesmo ensaio)... São retratos, de
bichos, de pessoas no mundo urbano, surreais, do cotidiano. Pessoas
surreais, cenas surreais, dos lugares e cantos do Rio, de Niterói. De janeiros,
BBB, imagens criadas na maquina, nos meus caminhos,... Pessoas que
recriam realidades paralelas, diante do mundo atual, diante das maquinas.
Talvez por isso estejam aqui, como imagens recriadas pela maquina, e que
participam do caminho. Do frescor de fotos recentes, de um equipamento
recente. De um olhar renovado sobre ruas e cidades antigas.

Interessante pensar na exposição virtual, da não presença, não material


pictórico, não nenhum suporte, as não ser o virtual. Mas estranho e
diferente as questões aqui apresentadas. No passado, o artista ia pra
campo, pra rua, realizava uma serie de esboços, apreensões, e construía
uma realidade em seu quadro (que mais tarde com sorte, seria exposto em
uma exposição presencial/material). Nessa exposição, através da maquina,
com minha maquina e a possibilidade que a maquina cria, com as
‘panorâmicas’, de recortar a paisagem e colá-las, criando as imagens,
instantâneos, o artista, fotografo, sai às ruas, fotografando e fazendo com
que a própria maquina crie essa paisagem própria, numa leitura não minha,
mas com o meu olhar. Sendo os ajustes, a ‘colagem’ realizada pela
maquina.

Eis a questão de reprodutibilidade técnica, poder reproduzir. Difusão. A


criação e reprodução aqui é isso, reinventar a paisagem. Poder acessar o dia
de realização do ensaio/registro, a seleção, curadoria destes registros
fotográficos manteve esse critério: o frescor do ensaio/idéia, caminho.
Realidades.

A câmera constrói um discurso, um identidade, dita a moda, costumes. A


câmera, hoje, altera ou é alterada pelo nosso olhar? Penso nos
documentários, nos programas de televisão como formadores de opinião,
ate que ponto, ou qual a ‘intenção’ do seu realizador/criador? Quem ele
entrevista? Quem não tem espaço? Crônicas da realidade, ou inventores das
mesmas? Falar artisticamente sobre nos mesmos, humanos, redigir, pintar,
fotografar, pesquisar, criar outros olhares, perspectivas, a realidade de um
olhar mecanizado, irreal que o mundo é feito. Qual será a sua realidade?

Essa Exposição, reprodução virtual, criação, de uma maquina fotográfica,


um fotografo, agrafo artista, poderá ser ampliada, futuramente com mais
fotos, pois é uma pesquisa de linguagem artística institucional,
compreende?
Boa apreciação eletrônica.

Rafael Pessôa São Paio

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