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MPI—Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente

3
– Boletim informativo
ANO 2, N.º 5 Novembro de 2005

Editorial

A água é um dos recur- Aterro Sanitário do Oeste


sos naturais essenciais à
vida na Terra. Infeliz-
mente, o Aterro Sanitário
Aspectos hidrogeológicos
do Oeste é um mau exem-
plo em termos da actua- O estudo que o MPI fez sobre a Quinta de S. Francisco,
ção das entidades compe- apoiado por dois pareceres do hidrogeólogo Prof. José Martins
tentes na defesa deste de Carvalho, evidenciaram a importância deste local em termos
recurso, pelas razões
expostas nesta edição.
de recursos hídricos, dos quais destacamos o facto de pertencer
à zona de recarga do principal lençol de água do Oeste, o
Contudo, consideramos Sistema Aquífero do Grés de Torres Vedras.
que os cidadãos conti-
nuam a ter um impor-
tante papel na defesa da
Principais caracterís- te da Lagoa de Óbidos. da Água (INAG) no
água, pelo que nunca são
demais os comportamen- ticas e condicionantes Trata-se de uma área estudo “Definição,
tos que levem à protecção da Quinta de S. côncava, onde se pre- caracterização e carto-
e poupança deste recurso. Francisco tende facilitar a máxi- grafia dos sistemas
Despeço-me esperando
1- Está condicionada, ma infiltração e evitar aquíferos de Portugal
encontrar-vos no Conví- na sua quase totali- a escorrência superfi- Continental” - Fev.
vio para sócios e não dade, pela Reserva cial e a consequente 1997, como um dos 60
sócios a realizar no sába- Ecológica Nacional, erosão do solo. grandes aquíferos,
do, dia 19 de Novembro, sob o critério da pro- pelo que possuí inte-
pelas 18.00, no Vilar
(cave do pavilhão)
tecção de cabeceiras 2- Situa-se na zona de resse regional e uma
de linhas de água, que recarga do sistema importância estratégi-
O Presidente da Direcção pertencem à bacia aquífero do Grés de ca para a política
Humberto Pereira Germa- hidrográfica do Rio Torres Vedras, consi- nacional de recursos
no Real, principal afluen- derado pelo Instituto hídricos.

Legenda:
Cinza claro (J5) –
Nesta edição: Camada geológica
do Portlandiano
(constituida prin-
ATERRO SANITÁRIO DO cipalmente por
OESTE—Aspectos hidro-
argilas)
geológicos 1a
4
Cinza (C1) —
Ambiente e Cidadania: Camada de grés de
Poupar água 5 Torres Vedras
Proteger e despoluir a
água 6 Cinza escuro—
Área de implanta-
CONVITE PARA CONVÍ- ção do aterro
VIO / MAGUSTO
última
PÁGINA 2 B O L E TI M I N F O R M A T I V O A N O 2 , N. º 5

didades: 9,10 metros (furo n.º ASO para uma melhor com-
3- A vulnerabilidade do aquí-
1), 7.35 metros (furo n.º 2) e preensão das implicações da
fero existente no local, o siste-
22,85 metros (furo n.º 5). construção do Aso na Quinta de
ma aquífero do Grés de Torres
s. Francisco sobre os recursos
Vedras, é de 160-179 (média a
5- Relativamente aos recursos hídricos, pedimos a colaboração
elevada) atribuído às fundações
hídricos superficiais, o nível do Eurgeol Prof. José Martins
Jurássicas, conforme consta no
freático varia dos 0,60 metros a de Carvalho, de que resultaram
Parecer do Prof. José Martins
3 metros, segundo o “Parecer dois pareceres.
de Carvalho “Nota técnica
sobre as Condições Geológicas
sobre as implicações nos recur-
e Geotécnicas do Terreno para Na opinião do especialista Eur-
sos hídricos subterrâneos da
a Instalação do Aterro de resí- geol Prof. José Martins de Car-
construção do Aterro Sanitário
duos Sólidos Urbanos”, GAO, valho “...não parece defensá-
do Oeste na Quinta de S. Fran-
1998, tendo sido detectada água vel, numa óptica global de
cisco”, na pág. 6 em que se
em 53% dos poços efectuados. ordenamento do território, e ao
reportou ao trabalho de Lobo
nível dos conhecimentos obti-
Ferreira e outros, de 1995, inti-
6- Segundo o mesmo parecer, a dos com os estudos realizados,
tulado “Desenvolvimento de
Quinta de S. Francisco apresen- instalar o Aterro Sanitário do
um inventário das águas subter-
ta variabilidade litológica, exis- Oeste sobre o único aquífero de
râneas de Portugal”, volumes 1
tindo: a) níveis gresoso, greso- importância regional reconhe-
e 2, LNEC.
calcáreos, que não apresentam cidamente existente.” Devido a
características de depuração e diversas falhas detectadas nos
4- Os recursos hídricos subter-
mostram elevada vulnerabilida- estudos consultados levaram-no
râneos existentes no local são
de à poluição; b) níveis predo- a sugerir a “...re-selecção de
evidenciados no “Relatório
minantemente arenosos; c) dois ou três locais considerados
geotécnico para Acoril –
níveis predominantemente argi- mais próprios para a instalação
Empreendimentos S.A., Aterro
losos. Assim, preconiza-se a “... do Aterro Sanitário...”. Pelo
Sanitário do Oeste”, Sopecate,
realização de uma campanha de que, “A selecção da Quinta de
Setembro de 2000, em que foi
prospecção geotécnica comple- S. Francisco para a instalação
detectada água em todos os
mentar...”. do Aterro Sanitário do Oeste
furos e por determinação do
não atendeu ao princípio da
cliente foram colocados tubos Para analisar cientificamente as precaução preconizado na
piezómetros em 3 furos, verifi- condições hidrogeológicas exis- Directiva – Quadro da água
cando-se que o nível da água tentes na área de localização do
estabilizou às seguintes profun-

O MPI denunciou o processo de escolha da Quinta de S. Francisco para a loca-


lização do ASO e alertou as diversas entidades competentes quanto às suas carate-
rísticas hidrogeológicas, mas infelizmente essas entidades tiveram, em nossa opi-
nião, uma actuação inaceitável num estado de direito.

As entidades envolvidas neste 1- Emissão de Declaração nem é adjacente a uma zona


processo assim como as autori- pela DRARNLVT sem funda- sensível do ponto de vista do
dades competentes, quer nacio- mento técnico ambiente e não terá efeitos
nais quer comunitárias, revela- A Direcção Regional do negativos significativos sobre
ram uma postura que nos parece Ambiente e Recursos Naturais as pessoas, a água,
incorrecta desvirtuando o seu de Lisboa e Vale do Tejo, emi- ...” (indispensável para a candi-
papel de promotores do interes- tiu em 4 de Junho de 1997 a datura ao Fundo de Coesão),
se comum e da legalidade. Declaração 9/97, atestando que sem ser apoiada em qualquer
Assim: o projecto “Solução Intermuni- estudo ou parecer técnico, sen-
cipal para os Resíduos Sólidos do que nessa data esta mesma
da Região Oeste não se situa Direcção Regional tinha apre-
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(U.E.) recentemente aprova- limitado pelo artigo 2º acima


Oeste em 2000 (“Estudo de
da”. transcrito.
localização do Aterro Sanitário
Ministros uma proposta de deli- do Oeste, IPA, Jan. 2000), devi-
Para contornar esta disposição
mitação da REN (que integra a do à pressão da opinião pública
legal, o Estado Português
quase totalidade do local para a regional e após a aquisição do
começou por negar às autorida-
construção do aterro) que foi terreno (a escritura de permuta
des europeias a existência do
aprovada pela Resolução do e compra e venda é datada de
aquífero de importância estraté-
Conselho de Ministros n.º 27 de Janeiro de 1999). Vindo a
gica, alegando que todo o Oeste
189/97, de 29 de Outubro de confirmar-se a suspeita de que
possui aquíferos o que dificulta
1997 e tinham já sido caracteri- as suas conclusões não seriam
a escolha de um local para o
zados os principais sistemas fiáveis.
aterro. Contudo, a Comissária
aquíferos de Portugal Continen- Europeia do Ambiente admitiu,
tal pelo INAG. 4- Não realização de uma
quando interpelada no Parla-
Avaliação de Impacte
mento Europeu, que “Se, uma
2- Emissão de Parecer pela Ambiental
vez analisados todos os esclare-
DRARNLVT quanto à afecta- Não foi realizada uma Avalia-
cimentos apresentados pelas
ção dos recursos hídricos sem ção de Impacte Ambiental, que
autoridades portuguesas, a
referência ao aquífero do considerámos obrigatória devi-
Comissão confirmar que, ape-
“Grés de Torres Vedras” do, entre outras razões, ao pos-
sar de tais esclarecimentos, o
Em 11 Abril de 2000, a Direc- sível impacte negativo signifi-
local escolhido para o projecto
ção Regional do Ambiente e cativo sobre o Sistema Aquífero
possui, designadamente, aquífe-
Recursos Naturais de Lisboa e do “Grés de Torres Vedras”,
ros considerados como reser-
Vale do Tejo, emite um parecer uma vez que, nos termos do
vas estratégicas para a região,
favorável à localização do Ater- artigo 2º a Directiva 85/337/
e que, consequentemente, o
ro Sanitário do Oeste na Quinta CEE, de 27 de Junho de 1985,
projecto é susceptível de exer-
de S. Francisco, quanto à afec- relativa à avaliação dos efeitos
cer impactos significativos no
tação dos recursos hídricos, de determinados projectos
ambiente, a Comissão ver-se-á
sem que seja feita qualquer públicos e privados no ambien-
obrigada a recorrer a todos os
referência ao aquífero do “Grés te, “Os estados-membros toma-
instrumentos jurídicos previstos
de Torres Vedras” e às medidas rão as disposições necessárias
no Tratado CE para assegurar
minimizadoras dos impactes da para que, antes da concessão da
a correcta aplicação do direito
instalação do aterro na sua área aprovação, os projectos que
comunitário.”.
de recarga. possam ter um impacto signifi-
Tal omissão é incompreensível, cativo no ambiente, nomeada-
Perante a prova inequívoca da
dado que se trata da autoridade mente pela sua natureza,
existência do aquífero de
nacional com competência para dimensões ou localização, seja
importância regional, o Estado
se pronunciar sobre a afectação submetidos à avaliação dos seus
Português alegou, que dos estu-
dos recursos hídricos ! efeitos”.
dos efectuados (Estudo de Inci-
dência Ambiental – IPA 1998,
3- Selecção do local do ASO Os projectos de aterro para resí-
Estudo de Localização do ASO
com base em critérios políti- duos urbanos não perigosos
– IPA 2000) é possível concluir
cos estão incluídos no Anexo II da
que o projecto não produzirá
O critério de selecção do local directiva, com as alterações
impactes significativos sobre o
para o ASO foi meramente introduzidas pela Directiva
aquífero.
político, a confluência dos 97/11/CE de 3 de Março, pelo
municípios de Cadaval, Torres que a sua sujeição a uma avalia-
No entanto, no Estudo de Inci-
Vedras e Alenquer. ção de impacto ambiental nos
dência Ambiental – IPA 1998
termos da directiva é deixada à
pode ler-se na página 103, por
Foi realizado um estudo de apreciação dos estados-
exemplo, o seguinte:
macrolocalização, em que se membros. No entanto, este
“Os elementos disponí-
compararam 10 locais da região poder discricionário pode ser
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ve is
domínio da hidrogeologia.” sã gico nunca foi realizado! o que “... decorre dos estudos
Dada a falta de informa- r e analisados, que o aquífero de
ção, no domínio hidrogeológi- Mesmo na fase adianta- Torres Vedras parece
co, sobre o terreno do aterro e da do projecto, o estudo hidro- (sublinhado nosso) já não ser
área circundante, os autores geológico da PROCESL 2000, utilizado no abastecimento
recomendam a realização de na opinião do especialista Prof. humano dos aglomerados
estudos complementares por José Martins de Carvalho, que urbanos da região ...”, que a
forma a permitir: elaborou a nosso pedido um “... vulnerabilidade (do aquí-
“- a caracterização e funciona- parecer sobre o referido estudo, fero) é baixa, que o local “...
mento dos sistemas aquíferos; refere que “Os documentos não apresenta características
- a localização da posição do analisados não constituem desfavoráveis, nomeadamente
nível freático; estudo hidrogeológico do local em relação ... à vulnerabilida-
- a definição das fronteiras dos do Aterro Sanitário do Oeste”, de dos aquíferos, ao nível
referidos aquíferos; que “Claramente não foi, ava- freático e à permeabilidade da
- a localização de áreas de liado no local do Aterro Sani- fundação, situando-se sobre
recarga e de descarga dos tário do Oeste na Quinta de S. terrenos argilosos ...”, etc..
aquíferos; Francisco, o impacte local e
- a direcção e sentido do fluxo regional a actividades huma- Mas, o aquífero é usado para
das águas subterrâneas; nas associadas.” consumo humano, em explora-
- a qualidade físico-química e ções agrícolas e pecuárias,
bacteriológica das águas sub- Nem mesmo perante as provas embora a maior parte do abas-
terrâneas.” documentais que atestam que, tecimento público de água
com base nos estudos não é esteja a ser efectuada pela
“O esclarecimento des- possível afirmar que o aterro EPAL a partir da barragem de
tes temas revela-se essencial não é susceptível de exercer Castelo de Bode, mas mesmo
para a definição dos seguintes impactos significativos no que o não fosse não era justifi-
aspectos fundamentais à avalia- ambiente, assim como as evi- cação para se desvalorizar a
ção dos impactes, em especial, dências de incongruências, sua eventual contaminação,
à análise de risco associada à dualidade de critérios, impreci- pois tratando-se de uma reser-
instalação do empreendimento sões, etc. no Estudo de Locali- va estratégica, interessa pre-
no local: zação do ASO (IPA, 2000) servar com vista ao seu uso no
- risco de contamina- estranhamente a posição das futuro. Conforme exposto
ção dos aquíferos; autoridades Europeias aceita- atrás, a sua vulnerabilidade é
- grau de vulnerabili- ram as alegações arbitrárias das média a elevada, o nível freáti-
dade dos aquíferos.” autoridades portuguesas! co é muito superficial e o ter-
Mais ... as autoridades portu- reno da fundação do aterro
Mas, o estudo mais aprofun- guesas alegaram ainda, e a possui variabilidade litológica.
dado dos aspectos hidrogeoló- Comissão Europeia aceitou,

No meio de todo este “embróglio” não podemos deixar de destacar o facto da


Comissária Europeia ter admitido recorrer a todos os instrumentos jurídicos previstos
no Tratado CE para assegurar a correcta aplicação do direito comunitário, se a Comis-
são confirmar que, apesar dos esclarecimentos autoridades portuguesas, o local esco-
lhido para o projecto possui, designadamente, aquíferos considerados como reservas
estratégicas para a região, e que, consequentemente, o projecto é susceptível de exer-
cer impactos significativos no ambiente, a Comissão ver-se-á obrigada a .”
Ou seja, admite que um aterro sanitário é susceptível de causar dano na qualida-
de da água subterrânea, pelo que é inaceitável a Comissão não ter accionado os instru-
mentos jurídicos perante a prova da existência e das características do aquífero do
“Grés de Torres Vedras” apresentadas pelo MPI.
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Ambiente e Cidadania
Não apenas porque estamos a viver das secas mais severas dos últimos anos,
mas porque a água deve merecer sempre a nossa atenção, esperamos que estes
conselhos ajudem a fazermos o máximo ao nosso alcance por este importante recurso
natural.
sumo de água será de apenas 2
clismo são responsáveis por cer-
a 3 litros de água.
ca de 40% do consumo de água
Poupar água 4- Usar a máquina de
potável em casa.
lavar loiça e de lavar roupa com
Neste artigo são aborda- - A máquina de lavar loi-
a carga máxima.
dos aspectos relacionados com ça gasta cerca de 60 litros por
5- Regar de manhã cedo
o consumo e medidas para pou- lavagem e a de lavar roupa con-
ou à noite. Fazer regas lentas e
par água e no seguinte, aspec- some 150 litros.
prolongadas em vez de regas
tos relacionados com as fontes - Uma torneira aberta,
mais curtas e mais frequentes.
de poluição e formas de proteger consoante a pressão da água e
6- Reparar o mais
e despoluir a água. o tipo de torneira, deita 8 a 30
depressa possível qualquer ava-
Assim, seguem-se algu- litros de água por minuto.
ria numa torneira, ou cano
mas informações relativamente a - Na produção de papel a
rebentado.
consumos e disponibilidades de partir de papel usado há uma
7- Reutilizar a água que
água, que nos permitem com- redução de 70% no consumo
for possível.
preender a necessidade de pou- de água.
8- Poupar papel e usar
par água: - As plantas nacionais
papel reciclado.
- 97% da água existente precisam de menos água do que
9- Usar espécies resis-
na Terra está nos oceanos e 2% as espécies importadas.
tentes à seca nos jardins,
está congelada. Apenas 3% é - Cerca de dois biliões de
exemplos: agapantos, jasmim,
água doce (existente à superfí- pessoas, distribuídas por 80 paí-
bunganvília, glicínia, narciso,
cie: rios e lagos; ou subterrânea: ses, vivem em áreas com carên-
escalónia, alecrim, carvalhos,
lençóis freáticos). cias crónicas de água.
sobreiros, medronheiro, loendro,
- Mais de 90% das reser- - Em Portugal, da Estre-
etc.
vas de água potável está no sub- madura para sul, as necessida-
Convém contudo reter
solo, isto é, nos lençóis freáticos. des e os consumos são superio-
que não são necessárias muitas
- Os desperdícios de res às disponibilidades.
medidas drásticas, basta que,
água rondam actualmente os - O consumo excessivo
por exemplo, façamos um uso
40%. de águas subterrâneas na região
racional da água, eliminando o
- Para meio hectare de sul de Portugal levou à saliniza-
desperdício, que a situação
relvado são precisos mais de ção dos lençóis de água.
actual poderia melhorar bastan-
100 000 litros de água por sema-
te!
na. Mas, por sistema, regamos Sendo a água um recur-
A dura realidade é que:
20 a 40% mais do que é neces- so natural que não é inesgotável,
“Quando o poço está seco é
sário. deve por isso ser usado de for-
que percebemos o valor da
- A água dos aspersores ma racional. Exemplos para pou-
água” (Almanaque Poor
evapora-se 4 a 8 vezes mais par água:
Richard). Oxalá saibamos evi-
depressa, à hora do calor. 1- Colocar dispositivos
tar o pior.
- A rega na agricultura é que se encontram no mercado
responsável por 70% do consu- nas torneiras, duches e autoclis-
mo total de água em Portugal. mos que reduzem o caudal ou Bibliografia:
1- “50 coisas simples que você
- Num banho de imersão controlam a quantidade de água pode fazer para salvar a Terra”, The Earth
são gastos cerca de 260 litros de a gastar, ou adquirir modelos Works Group, Círculo de Leitores, 1993.
água, num duche são gastos 25 economizadoras. 2- “Poupe hoje para ter amanhã”,
Desdobrável da CM do Bombarral, Setem-
litros de água, se demorar ape- 2- Tomar duche rápido bro 1995
nas 3 minutos. Os duches repre- (fechando o duche enquanto se 3- “Água”, revista Fórum Ambien-
sentam cerca de 30% no consu- põe o shampoo ou o sabão) em te, Fevereiro 1995, p.19-21
mo de água doméstico. vez de banho de imersão. 4- “Anarquia nas águas”, ABC
Ambiente, Agosto 1996, p.9
- Cada descarga do 3- Fechar a torneira 5- “Lençóis freáticos em risco”,
autoclismo gasta 10 a 15 litros enquanto se escova os dentes, ABC Ambiente, Novembro/Dezembro
de água. As descargas do auto- ou se barbeia. Neste caso o con- 2000, p.12
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Ambiente e Cidadania
Proteger e despoluir a fatos existentes nos lagos e rios oficinas onde haja a sua recolha
água vêm dos detergentes. Os fosfatos adequada.
funcionam como fertilizante provo- 5- Evitar sobras de tin-
A água é um recurso natu- cando o excesso de desenvolvi- tas. A tinta de óleo é um resíduo
ral limitado que enfrenta muitas mento, principalmente de algas, o perigoso deve por isso ter um des-
agressões, nomeadamente devido que impede a sobrevivência de tino apropriado, assim como as
à poluição do ambiente em geral e outras plantas e animais aquáti- suas embalagens. As sobras de
à destruição progressiva das flo- cos. tinta de esmalte devem ser evapo-
restas. - Dos vinte produtos tóxi- radas ao ar (pode demorar 1 ano!)
Como exemplos de fontes cos cuja produção origina mais e depois pode-se colocar as latas
de poluição da água temos: resíduos perigosos, cinco de entre no lixo. Usar “tintas ecológicas”
poluentes libertados para a atmos- os seis primeiros são vulgarmente em alternativa.
fera por algumas fábricas, centrais usados na indústria dos plásticos. 6- Nunca colocar as
eléctricas e automóveis, que origi- - A chuva ácida destrói a pilhas gastas no lixo, mas sim
nam chuva ou neve ácidas; falta fauna e flora dos rios, danifica as nos pilhómetros. Usar sempre
de tratamento ou tratamento ina- florestas e até os edifícios. Cerca que possível, pilhas recarregáveis
dequado de efluentes domésticos, de ¼ das florestas europeias (são quase eternas!) ou aparelhos
de pecuárias e indústrias e de lixi- estão danificadas pela chuva áci- a energia solar directa (exemplo:
viados de aterros sanitários e lixei- da. A destruição das florestas, por calculadoras), que dispensam
ras; pesticidas e adubos químicos sua vez, diminui a infiltração da pilhas!
usados na agricultura e nos jar- água para recarga dos aquíferos. 7- Evitar os plásticos,
dins; deposição ilegal de resíduos preferindo produtos em embala-
sólidos e deposição aleatória e/ou Seguem-se alguns exem- gens de vidro, reutilizando os
lançamento nos esgotos de produ- plos para proteger e despoluir a sacos de plástico, etc.
tos tóxicos como pilhas, baterias, água: 8- Adoptar boas práticas
tintas, solventes, óleos queimados 1- Poupar energia agrícolas e nos relvados, evitan-
de motores, resíduos fotográficos, (exemplos: usar lâmpadas econo- do o uso excessivo de adubos e
etc.. mizadoras, isolar tectos, utilizar pesticidas, por exemplo.
Convém exemplificar transportes públicos, poupar água) 9- Fazer compostagem
melhor o impacto que algumas e/ou usar formas de energias mais no quintal.
destas ameaças representam, limpas para o Ambiente 10- Tratar os efluentes,
assim: (exemplos: adaptar os automóveis mesmo que haja saneamento
- Uma única pilha contami- a GPL, usar energia solar, eólica) público podemos sempre que pos-
na o solo durante 50 anos. As 2- Usar detergentes sível fazer o tratamento doméstico
pilhas mais perigosas são as menos agressivos para o dos nossos efluentes, por exemplo
pilhas-botão e as alcalinas. Uma ambiente, sem fosfatos. Em através de fossas biológicas.
pilha-botão liberta em média 1 gr. alternativa na lavagem da roupa
de mercúrio que é suficiente para na máquina pode usar-se sabão
Bibliografia:
contaminar 20.000 litros de águas em pó, e no caso das águas cal- 1- “50 coisas simples que você
residuais ou 200.000 litros de cáreas adicionar 1 colher de sopa pode fazer para salvar a Terra”, The Earth
de bicarbonato de sódio e duas Works Group, Círculo de Leitores, 1993.
águas continentais ou marítimas. 2- “Pilhas esgotadas são poluen-
Uma única pilha alcalina é sufi- colheres de sopa de vinagre por tes”, Publicação informativa do núcleo de
ciente para contaminar 175.000 lavagem. O vinagre tem as parti- Lisboa da Quercus, 1993, p.13.
litros de água, mais do que uma cularidades de amaciar a roupa e 3- “Tintas ecológicas”, revista
fixar as cores da roupa escura. Fórum Ambiente, Novembro 1994, p.64
pessoa bebe em toda a vida. 4- “Água”, revista Fórum Ambien-
- Um litro de óleo para 3- Poupar papel e usar te, Fevereiro 1995, p.19-21
automóvel pode poluir 950 000 papel reciclado, uma vez que na 5- “Óleos usados”, revista Fórum
litros de água potável. Meio litro produção de papel a partir de Ambiente, Fevereiro 1995, p.72-73
papel usado há uma redução para 6- “Tóxicos sem lei”, revista
de óleo usado pode originar uma Fórum Ambiente, Agosto 1996, p.60
mancha venenosa com cerca de metade no consumo de energia, 7- “Estado da Poluição”, ABC
meio hectare. uma redução de 95% da poluição Ambiente, Agosto 1996, p.7
- Três litros de solvente atmosférica. 8- “Anarquia nas águas”, ABC
4- Entregar os óleos usa- Ambiente, Agosto 1996, p.9
(para tintas, por exemplo) podem 9- “Lagos e rios canadianos com
contaminar 60 milhões de litros de dos nos recolhedores autorizados morte anunciada”, ABC Ambiente, Agosto
água subterrânea. pela Direcção Geral de Energia, 1996, p.9
- Mais de metade dos fos- ou fazer as mudanças de óleo nas
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Breves
Nova secretária da Direcção tou na Comissão Europeia, mas Talha (Loures) gerida pela
Alegando motivos pes- segundo notícia divulgada em empresa VALORSUL.
soais a secretária da Direcção vários jornais, nomeadamente A solução da RESIOES-
eleita, Elisabete Rodrigues “Badaladas” e “Frente Oeste”, é TE tem de passar por aquilo
Nobre Faria, residente no Vilar, referido que na sequência da que o MPI sempre defendeu, ou
apresentou a sua demissão do nossa queixa o estado português seja, o reforço da recolha selec-
cargo. é obrigado a que o Aterro Sani- tiva e o tratamento adequado do
De acordo com os esta- tário do Oeste receba apenas lixo, o que permitirá desviar da
tutos, neste tipo de situações 140.000 toneladas, conforme deposição em aterro materiais
deve a Direcção convidar um constava no projecto de execu- que podem, e devem, ser reci-
sócio para a substituição do ele- ção, e não as 175.000 toneladas clados, principalmente matéria
mento em falta, assim a Direc- que tem recebido anualmente orgânica, permitindo ainda a
ção convidou a sócia, Maria nestes primeiros anos de explo- poupança de recursos naturais,
Salomé Azevedo de Oliveira ração, senão terá de pagar uma de energia e ainda a diminuição
Rodrigues, residente no Vilar, multa. dos efeitos do aterro no
tendo esta aceite o convite. Com esta situação a ambiente e na qualidade de vida
RESIOESTE já avançou que das populações que habitam na
Aterro sanitário vai ter de vai ter de aumentar a tarifa do vizinhança do aterro.
depositar no máximo 140.000 lixo de 30,25 para 35 euros a Continuaremos atentos e
toneladas de lixo por ano tonelada, porque a solução iremos continuar a exigir uma
O MPI ainda não teve apontada é o envio das 35.000 solução adequada para os
qualquer informação oficial toneladas a mais, para a central “lixos” da nossa região, evitan-
sobre a 2ª queixa que apresen- de incineração em S. João da do o aumento das tarifas. *

A preencher pelo MPI


MPI - Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente N.º de sócio
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bro, n.º 2, 2550-069 VILAR CDV Data
___/___/___
Tel./fax: 262 771 060 e.mail: mpi.cidadania.ambiente@clix.pt

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B.I. N.º ______________________, data de nascimento ___/___/___ , estado civil ___________________
N.º de contribuinte: _____________________ , profissão _______________________________________

Data ____/____/____ Assinatura do candidato a sócio __________________________________________


Quota mínima anual: € 2 , quantia paga _______________________________________,
PRECISA-SE
M P I — M O V I M E N T O P R Ó - I N F O R M AÇ Ã O P AR A A
C I D AD AN I A E AM B I E N T E

Morada: Edifício da Junta de Freguesia


do Vilar, Largo 16 de Dezembro, n.º 2
2550-069 VILAR CDV Voluntário(a) para colaborar
Tel./fax: (+351) 262 771 060 na edição do boletim infor-
e.mail: mpi.cidadania.ambiente@clix.pt mativo.

Denúncias - Ambiente
Sempre que testemunhe uma agressão
ambiental deve denunciá-la do seguinte
modo:
• Telefonar para a linha SOS Ambiente
808 200 520
A linha funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e enca-
Pela Defesa do AMBIENTE e da
minha as denuncias para a IGA (Inspecção Geral do
QUALIDADE DE VIDA!! Ambiente) e para o SEPNA (Serviço de Protecção da Nature-
za e do Ambiente) da GNR.
ou
Papel 100% reciclado • Aceder ao site:

CONVITE
CONVIDAMOS TODOS OS SÓCIOS, ACOMPANHAMANTES
E POPULAÇÃO EM GERAL PARA PARTICIPAR NUM CON-
VÍVIO / MAGUSTO QUE SE REALIZARÁ NA CAVE DO
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO DO VILAR, DIA 19 DE
NOVEMBRO, SÁBADO, PELAS 18.00 HORAS.

Pede-se aos participantes que tragam alguns “comes e bebes” típicos do


magusto (castanhas, frutos secos, pão, chouriço, etc.). Nota : As castanhas
serão assadas no local.

OBJECTIVOS:
• Dar informações sobre a actividade do
MPI
• Convívio entre os participantes.

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