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Senhoras e senhores,
Meus prezados colegas advogados,
Advogados que tenham um ideal, como de Helen Keller, que era cega,
surda e muda, mas superou todas as suas dificuldades, e mesmo não
ouvindo a própria voz, nem os aplausos, foi aplaudida no mundo
inteiro pela defesa dos direitos de milhões de deficientes.
Certa vez, por volta do ano de 1860, Lincoln teve um sonho em que
viu sua imagem num espelho refletida duas vezes, uma das quais era
bem nítida, já o outro rosto era esmaecido, apagado. Então sua esposa
interpretou que ele seria presidente por dois mandatos, mas não
terminaria o segundo. Lincoln ficou impressionado com isso. Mas não
tomou nenhuma providência para evitar um atentado. Seus biógrafos
dizem que ia com freqüência ao teatro e descuidava da segurança
pessoal. Parece que Lincoln achava inevitável a consumação do sonho
e nada fez para mudar. Posteriormente, no segundo mandato, teve um
outro sonho: estava na casa branca e desceu as escadas quando
encontrou muitas pessoas chorando, dirigindo-se para o salão leste
deparou-se com um velório. Perguntou para um soldado da guarda
presidencial: “quem morreu?” “o presidente – respondeu o soldado –
foi assassinado”. Alguns dias após Lincoln foi assassinado no teatro.
No primeiro sonho o destino de Lincoln ainda era incerto, apenas um
rascunho do que poderia acontecer, ainda havia tempo de alterar, mas
ele permaneceu inerte, e foi sendo atraído para o destino trágico como
o sapo hipnotizado pela cobra. No segundo sonho, o destino já estava
consumado no mundo mental, já não havia tempo para mudar.
Portanto, pergunto aos prezados colegas: vocês já tem suas metas para
os próximos 10, 20 ou 30 anos? São metas mensuráveis, com tempo
razoável, atingíveis?
Além de ideal, e metas, é necessário decisão de não retroceder. Conta-
se que Júlio César, quando desembarcou na costa britânica, mandou
queimar todos os seus navios, que haviam transportado o exército.
Seus generais protestaram: “imperador, os navios serão necessários
para uma eventualidade de bater em retirada”. Mas o imperador
colocou-se a si próprio e todo seu exército numa situação que não
havia como voltar atrás. Somente seguir em frente e vencer. Creio que
daí surgiu o ditado inglês: “queime a ponte que você acabou de
atravessar”.
Você já queimou sua ponte ou deixou preparado um caminho de fuga?
A propósito, pode se dizer que certa ocasião Jesus advogou para uma
mulher. Acusada de adultério seria apedrejada até a morte. A sentença
já havia transitada em julgado e estava na fase de execução. A
execução estava em andamento. Os líderes religiosos da época
queriam apanhar Jesus em contradição com a lei da época que previa
aquela pena. Entao disseram a ele, “que dizes tú?” Jesus fica agachado
por um momento e parece rabiscar algo no chão. Provavelmente
naquele momento orava a deus-pai para acalmar a mente da multidão
enfurecida, para que fosse feita a vontade de deus naquele local. Então
ele diz as famosas palavras: “aquele que não tiver nenhum pecado
atire a primeira pedra.” E as pessoas foram se retirando uma a uma até
ficar só a condenada.
Que defesa extraordinária! Sempre há uma saída.
Mas, cuidado ao dizer: “se Deus quiser”. Muitos que disseram “se
Deus quiser”, viveram naquele limbo cinzento dos que não conhecem
vitória nem derrota e depois disseram resignados: “Deus quis assim”.
Ora, quem tem que fazer somos nós. Não podemos transferir a
responsabilidade para deus, até porque deus realiza através de nós.
Mesmo que deus queira, se eu não fizer, nem deus pode me ajudar.
Está correto o ditado: “deus se manifesta dentro do esforço.”