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CURSO DE ELETRÔNICA DIGITAL

LIÇÃO 8
OS MULTIVIBRADORES
ASTÁVEIS E MONOESTÁVEIS

Na lição anterior aprendemos também são muito importantes em RC. Dizemos que este tipo de osci-
como funcionam os principais tipos de aplicações relacionadas com a Ele- lador é do tipo RC. Analisemos me-
flip-flops, verificando que dependen- trônica Digital. lhor como funciona a configuração
do dos recursos de cada um, eles mostrada na figura 1.
podem ser empregados de diversas Quando a alimentação é
formas. Também vimos as entradas 8.1 - MULVIBRADORES ASTÁVEIS estabelecida, um dos transistores
que estes dispositivos podem conter conduz mais do que outro e inicial-
para melhorar seu desempenho em Os circuitos digitais trabalham sin- mente podemos ter, por exemplo, Q1
determinadas aplicações, como por cronizados, em sua maioria, por sinais saturado, e Q 2 cortado. Com Q 1
exemplo, nos computadores. Vimos retangulares que precisam ser produ- saturado o capacitor C1 carrega-se via
também que os flip-flops são usados zidos por algum tipo de oscilador. O R1 de modo que a tensão no capacitor
como divisores de frequência ou cé- oscilador, que produz o sinal de sobe gradualmente até o ponto em
lulas de memória. Tudo isso nos leva “CLOCK” ou “relógio” deve ter carac- que, estando carregado, o transistor
à necessidade de contar com esta terísticas especiais e para isso podem Q2 é polarizado no sentido de condu-
função na forma de circuitos integra- ser usadas diversas configurações. zir. Quando isso ocorre, Q2 tem um
dos. De fato, existem muitos circuitos Uma das configurações mais in- dos seus terminais aterrado e descar-
integrados TTL e CMOS contendo flip- teressantes é justamente aquela que rega-se. Nestas condições Q1 vai ao
flops dos tipos estudados e será jus- parte de um circuito bastante seme- corte e Q2 satura. Agora é a vez de C2
tamente deles que falaremos nesta lhante aos flip-flops que estudamos carregar-se até que ocorra novamen-
lição. Também enfocaremos algumas na lição anterior. te uma comutação dos transistores e
configurações que em lugar de dois Este circuito recebe o nome de um novo ciclo de funcionamento.
estados estáveis possuem apenas multivibrador astável e se caracteriza As formas de onda geradas neste
um, além das configurações que não por não ter dois, nem um estado es- circuito são mostradas na figura 2,
possuem nenhum estado estável. tável. Este circuito muda constante- observando-se o ciclo de carga e des-
Estes circuitos denominados multivi- mente de estado, numa velocidade carga dos capacitores.
bradores astáveis e monoestáveis que depende dos valores dos com-
ponentes usados e que, portanto gera
um sinal retangular.
Da mesma forma que estudamos
os flip-flops partindo da configuração
básica com transistores, vamos estu-
dar o multivibrador astável.
Assim, caso tenhamos a configu-
ração mostrada na figura 1, usando
transistores, os capacitores propor-
cionam uma realimentação que leva
o circuito à oscilação.
O multivibrador astável é um cir-
cuito em que a frequência é determi-
Figura 1 - Multivibrador astável nada por um capacitor e um resistor,
usando dois transistores. ou seja, por uma constante de tempo Figura 2 - Formas de onda no circuito da
figura 1.
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Figura 4 - Melhorando o circuito da figura 3.

Figura 3 - Multivibrador usando


dois inversores.
O leitor pode perceber então que seguinte forma: quando o inversor F- Este resistor Rx deve ser pelo
o tempo de carga e descarga dos 2 está com a saída no nível alto, a menos 10 vezes maior que R. Valo-
capacitores e portanto, das oscilações saída de F-1 estará no nível baixo, o res da ordem de 1 MΩ são os mais
geradas por este circuito, dependem que faz com que o capacitor carregue usados na prática de modo a não afe-
tanto dos valores dos capacitores via R. Quando a tensão em C atinge tar a frequência de operação deter-
como dos resistores de base através o valor que provoca a comutação de minada pela fórmula que vimos.
dos quais ocorrem as descargas. F-2, ele troca de estado e sua saída Podemos controlar a frequência
Também podemos observar que vai ao nível baixo. Nestas condições deste tipo de oscilador colocando um
os sinais gerados são retangulares, a saída de F-1 vai ao nível alto, o resistor variável no circuito de reali-
pois ocorre uma comutação rápida capacitor é “invertido” começando sua mentação, verifique a figura 5.
dos transistores de tal forma que a carga, mas com polaridade oposta até Como o resistor variável é 10 ve-
tensão em seus coletores sobe e des- que novamente tenhamos o reconhe- zes maior do que o resistor que está
ce muito rapidamente. cimento do nível de comutação e um em série, a faixa de frequências obti-
Da mesma forma que no caso dos novo ciclo se inicie. da variará numa razão de 10 para 1.
flip-flops, podemos elaborar multivi- A frequência de operação deste Assim, se a frequência mínima for de
bradores astáveis, tanto usando vál- circuito é dada com aproximação pela 100 Hz, a máxima será de 1000 Hz.
vulas como transistores de efeito de fórmula: Veja que não é recomendável que o
campo. resistor em série seja muito peque-
Podemos também ter osciladores f = 1/(2 x 3,14 x R x C) no, menor que 10 kΩ, dadas as ca-
RC que geram sinais com boa esta- racterísticas do circuito.
bilidade com menos componentes. 3,14 é o famoso “PI” que é cons- Como o tempo de carga e descar-
Estes osciladores podem ser elabo- tante. ga do capacitor é o mesmo, o sinal
rados com funções lógicas e para isso C deve ser expresso em farads, produzido é retangular com um ciclo
temos diversas possibilidades. R em ohms para que tenhamos a ativo de 50%, ou seja, o tempo em
frequência em hertz. que ele permanece no nível alto é o
Nos circuitos integrados CMOS mesmo do nível baixo, figura 6.
7.4 - ASTÁVEIS COM costuma-se agregar nas entradas Na maioria das aplicações que
FUNÇÕES LÓGICAS diodos de proteção com a finalidade envolvem o uso de circuitos digitais
de protegê-los contra descargas es- são necessários circuitos de clock que
a) Astável usando inversores táticas. Estes diodos afetam o funcio- tenham ciclos ativos de 50%, no en-
Um primeiro tipo de oscilador RC namento dos osciladores, podendo tanto, existem aplicações especiais
ou astável pode ser elaborado com dificultar sua operação. Uma maneira em que um ciclo ativo diferente pode
base em dois inversores, utilizando a de contornar o problema causado ser necessário.
configuração mostrada na figura 3. pela presença dos diodos consiste em Para modificar o ciclo ativo, o re-
Neste circuito, R e C determinam modificar o circuito da figura 3, agre- curso mais comum consiste em ter
a frequência de operação. Resumi- gando um resistor adicional da forma percursos diferentes para as corren-
mos o princípio de funcionamento da indicada na figura 4. tes de carga e descarga do capacitor,

Figura 5 - Oscilador de 2,0 a 20 kHz usando dois inversores.

(*) Valores típicos


para inversores
CMOS
Figura 6 - Ciclo ativo de 50%.

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o que pode ser conseguido com o uso


Figura 7 - Alterando o ciclo ativo. de diodos.
Assim, para o circuito que toma-
mos como exemplo é possível modi-
ficar o ciclo ativo da maneira indicada
na figura 7.
O capacitor vai carregar-se via R1
e descarregar via D2, o que significa
tempos diferentes para a saída no ní-
vel alto e baixo.
Estes tempos dependem dos
capacitores e são dados pelas fórmu-
las junto ao diagrama.
Figura 8 - Oscilador com ciclo ativo controlável. Para um ajuste do ciclo ativo po-
demos agregar um potenciômetro ou
trimpot ao circuito que vai determinar
os percursos para as correntes de
carga e descarga do capacitor, con-
forme figura 8.
A posição do cursor determina o
ciclo ativo, observando-se que na po-
sição central este ciclo será de 50%.
Observamos finalmente que inver-
sores podem ser obtidos com a liga-
ção de portas NOR com as entradas
em paralelo, confira na figura 9.
Ou ainda, a configuração indicada
pode ser elaborada com por tas
Figura 9 - Astável com portas NOR ligadas com inversores.
NAND, ficando com a disposição da
figura 10.

b) Oscilador com disparador


Uma característica não muito de-
sejada quando se pretende usar uma
função como osciladora, é o tempo de
comutação quando o nível lógico é
reconhecido na entrada.
Um tipo de função lógica impor-
Figura10 - Astável com portas NAND CMOS ligadas como inversores. tante, que possui tempos reduzidos
de comutação, é a formada por cir-
cuitos disparadores ou “triggers”,
como por exemplo, do circuito integra-
do 4093, ver na figura 11.
Estas portas possuem uma carac-
terística de histerese que é mostrada
na figura 12.
Esta característica mostra que,
quando o circuito reconhece o nível
lógico necessário à comutação, a
saída passa de um nível a outro numa
velocidade muito grande, ou seja, há
uma comutação muito rápida.
Figura 11 - Porta NAND
Por outro lado, o nível lógico de
disparadora (Schimitt trigger).
entrada que faz novamente a comu-
tação para que a saída volte ao esta-
Um tipo de função lógica importan- do anterior não ocorre com a mesma
te, que possui tempos reduzidos de tensão “de ida”.
comutação, é a formada por circui- Figura 12 - Característica de
Em outras palavras, o sinal de
histerese do 4093.
tos disparadores ou “triggers”, saída oscila do nível alto para o baixo

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e vice-versa com tensões diferentes tes componentes determinam então


de entrada. Estas diferentes tensões o tempo de saída alto.
determinam uma faixa denominada Quando o circuito comuta e a saí-
“histerese” e que é mostrada na cur- da do disparador vai ao nível baixo, o
va da figura 12. capacitor descarrega-se via D2 e R2,
Esta característica é muito impor- sendo estes os componentes respon-
tante pois garante que o circuito co- sáveis pelo tempo baixo do sinal de
Figura 13 - Oscilador
mute com segurança, tanto “na ida” saída.
usando uma porta
como “na volta” dos sinais, e que além Também podemos controlar o ci-
disparadora do circuito
disso, possam ser usados em clo ativo deste circuito colocando um
integrado 4093.
osciladores de bom desempenho. potenciômetro ou trimpot, conforme a
Para termos um oscilador com figura 16.
uma porta NAND disparadora como A posição do cursor determina a
a do circuito integrado CMOS 4093, resistência do circuito nos percursos
precisamos de apenas dois compo- de carga e descarga do capacitor.
nentes externos na configuração mos- O 4093, na verdade, corresponde
trada na figura 13. a um grupo de circuitos denominados Figura 14 - Formas de onda
Neste circuito, o capacitor se car- “disparadores de Schmitt” que será num oscilador com o 4093.
rega através do resistor quando a sa- estudado nas próximas lições na sua
ída da porta (ligada como inversor) real função, que é a de modificar for- d) Oscilador com cristal
está no nível alto e descarrega-se mas de onda de um circuito. O cristal é um elemento importan-
quando está no nível baixo, produzin- O disparador pode transformar um te no controle de frequência de um
do um sinal com ciclo ativo de 50%. sinal de qualquer forma de onda num circuito. Os cristais oscilam em
A entrada do circuito, ligada entre sinal retangular, conforme veremos frequências determinadas pelo seu
o capacitor e o resistor, não drena mais adiante. corte. Assim, eles podem ser usados
nem fornece corrente, já que é de alta para manter a frequência fixa dentro
impedância, apenas sensoriando o c) Oscilador TTL com Inversores de estreitos limites.
nível de tensão neste ponto para fa- com saída de coletor aberto Seu uso mais comum é justamen-
zer a comutação. Um outro tipo de circuito astável, te em circuitos em que a precisão da
As formas de onda obtidas neste que pode ser usado para gerar sinais frequência seja importante, tais como
circuito são mostradas na figura 14. retangulares num equipamento digi- relógios, cronômetros e em
Da mesma forma que nos circui- tal, é o que faz uso de três dos seis
tos anteriores também podemos mo- inversores disponíveis num circuito
dificar o ciclo ativo do sinal gerados integrado 7406. Este circuito é mos-
modificando o percurso das corren- trado na figura 17.
tes de carga e descarga do capacitor, O sinal é realimentado da saída
o que pode ser conseguido através do último inversor para a entrada do
de diodos. primeiro e pelo resistor variável temos
Temos então na figura 15 um cir- o ajuste da frequência e do ponto de
cuito com ciclo ativo diferente de 50% funcionamento.
usando diodos. Este oscilador pode gerar sinais na
Neste circuito, quando a saída do faixa de 1 MHz a 10 MHz para TTLs
disparador está no nível alto, o normais e frequências mais elevadas Figura 15 - Oscilador com ciclo ativo
capacitor carrega-se via D1 e R1. Es- com TTL LS. determinado pela relação entre R1 e R2.

Figura 16 - Oscilador com


ciclo ativo controlado or P1. Figura 17 - Oscilador com inversores com saída em coletor aberto.

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instrumentação. Existem diversas for- QUESTIONÁRIO


mas de obter um oscilador com cris-
tal para aplicações em circuitos digi- 1. Quantos estados estáveis têm um
tais. Um primeiro circuito que pode ser multivibrador monoestável?
dado como exemplo é apresentado na a) 1 b) 2 c) nenhum
figura 18 e faz uso de duas das qua- d) todos os estados são estáveis
tro portas NOR disponíveis num cir-
cuito integrado CMOS 4001. 2. Qual dos circuitos abaixo indicados
O cristal serve de elemento de re- não pode ser usado como astável ou
alimentação devendo haver um monoestável?
capacitor ajustável que permite vari- a) 7474 b) 555
ar a frequência levemente em torno c) 74122 d) 4011
do valor estabelecido pelas caracte-
rísticas do circuito. 3. O tempo de carga de um capacitor
Uma porta serve como elemento é diferente do tempo de descarga
ativo do circuito (amplificador), en- quando usado num astável. Podemos
quanto a outra serve de “buffer”, ou dizer que o ciclo ativo do sinal gerado
seja, isola a saída do circuito é: a) 50%
oscilador. b) maior que 50%
Os buffers são importantes em c) menor que 50%
muitas aplicações, pois impedem que d) diferente de 50%
variações ocorridas no circuito que
recebe o sinal afetem a frequência do
oscilador.
Um outro oscilador a cristal com
inversores CMOS é o da figura 19.
A saída do último inversor fornece
o sinal de realimentação do circuito
através do cristal que então determi-
na a sua frequência.
Versão equivalente com inverso-
res e circuitos integrados TTL para
osciladores controlados a cristal é
mostrada na figura 20. Figura 18 - Oscilador CMOS a cristal.

Figura 19 - Oscilador CMOS a cristal com inversores CMOS.

Figura 20 - Oscilador controlado a cristal com inversores TTL.

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