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Universidade Lusíada de Lisboa

Faculdade de Arquitectura e Artes

Sociologia Urbana
1º Semestre – 4º Ano Turma V

Exercício Prático Individual


Aplicação de conhecimentos adquiridos
Analise crítica de um texto

Aluno n.º 11087208


André Roldão Salvador Tribolet

13 de Novembro de 2008
Universidade Lusíada de Lisboa – Faculdade de Arquitectura e Artes – Sociologia Urbana

4º Ano – Turma V – Aluno n.º 11087208

“Os serviços avançados de telecomunicações e o


desenvolvimento das cidades e das regiões: que novo paradigma?”

1- Enquadramento:
No âmbito da unidade curricular de Sociologia Urbana é objectivo deste ensaio compreender “Os Serviços
Avançados de Telecomunicações (SAT) e o desenvolvimento das cidades e das regiões: que novo paradigma?”
constituem, a partir do texto de José Jacinto, entregue pela docente.
Com vista esse mesmo objectivo foi desenvolvida pesquisa fazendo uso exactamente de serviços avançados de
telecomunicações, nomeadamente da internet, e-mail, sig (sistemas de informação geográfica), etc. Assim foi
testado de que maneira influencia efectivamente as novas formas de comunicação, tendo em conta que há já
grande conhecimento dos mecanismos de investigação físicos (em bibliotecas, hemerotecas, etc.).

2- Temas:
No seu texto José Jacinto aborda as novas tecnologias de comunicação, os Serviços Avançados de
Telecomunicações, e o tema da urbanidade e como esta última está a ser fortemente influenciada pelos SAT.
Este assunto tem vindo a ser tratado por diversos entendidos em temas sociais, urbanísticos, ecológicos,
arquitectónicos, informáticos, entre outros. Noutro texto entregue pela docente, “Novos media: inauguração de
novas formas de sociabilidade” de Ana Sofia Marcelo, aborda-se também o tema das novas tecnologias.
Ao analisarmos o texto de Beatriz de Oliveira Xavier: “Cidades e Globalização: Geminar urbanidades, solidarizar
os espaços” (também disponibilizado pela docente) compreendemos que no âmago do fenómeno da globalização
estão os SAT.
O professor João Ferrão, no seu texto “Visão Humanista da Cidade” começa a analisar como a mobilidade física
versus mobilidade virtual têm papeis cada vez mais importante para nós.
Será o surgir de SAT que faz alterar a sociedade residente em determinada cidade, ou pelo contrário, será a
sociedade residente que exige SAT? Que papel têm os SAT no alargar da área de influencia de uma cidade?
3- Notas:
A aplicação directa do modelo clássico de reger a nossa Cidade, tanto a nível da arquitectura, como da
organização territorial, não é já aplicável, especialmente desde a revolução industrial, mas, pode considerar-se
que, desde o fim da idade média que se procura um novo modelo organizacional, que defenda o Homem de si
mesmo. No entanto sem grande sucesso no criar de novos modelos, apesar de várias tentativas (por exemplo a
Carta de Atenas), os aglomerados urbanos foram crescendo através dos século, os problemas agravando-se,
atingindo uma nova escala durante o séc. XX em que a maior parte da população mundial reside dentro de
aglomerados urbanos densos, nas cidades e em redor delas. Uma teia de cidade, aglomerados, de diferentes
urbanidades que vivem em simbiose.
Surge por este factores aquele que poderá ser o maior problema do séc. XXI: a sustentabilidade. O balanço do
impacto global de uma sociedade densificada, completamente despreocupada com o impacto ambiental,
consumista e produtor de enormes quantidades de dióxido de carbono é negativo para todos. Já todos sabemos
que o rumo tido até agora só no leva para a destruição do equilíbrio planetar e o suicídio do Homem.
O que nos faz dizer “vivo em...” determinada cidade e não noutra, são as relações pessoais, de identidade, de
história e territorialidade. Essas relações vão ficando cada vez mais estreitas tradicionalmente pelo crescimento do
tecido urbano e, actualmente, também pelas novas tecnologias de informação, de comunicação e de transporte. É
assim importantíssimo a maneira como a informação chega até nós (filtrada ou não) mas também e
principalmente, como é interpretada essa informação por nós (se temos capacidade cultural para interpretar
correctamente a informação), por último, mas não menos importante, o termos acesso, ou não, à informação.
Estes elementos são definidos pela economia, pelo ambiente em que estamos integrados (profissional, etc.), e
também pela sociedade ou grupos em que estamos. O que controla tudo isto é o sistema politico em que nos
integramos, mais liberal, conservador, democrático, comunista ou comunitário, feudal, monárquico, etc. influência
directamente, da mesma maneira que é influenciado.

André Roldão Salvador Tribolet


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4º Ano – Turma V – Aluno n.º 11087208

Numa grande Cidade Global os eventos mais ou menos localizados influenciam-nos a todos, um “efeito borboleta”
inevitável, pelo que podemos começar a analisar uma cidade (tradicional) pela sua área de influência, como se
relaciona com outras cidade e aglomerados urbanos, que está directamente relacionado com a demografia, a
complexidade social, o nível de fragmentação e pelo grau de comunicabilidade (dentro dessa cidade e com
outras).
O Homem continua extremamente preso a uma realidade profissional física. São raros, mas felizmente em número
crescente, empresas em que o trabalhador não necessita de se deslocar ao escritório para fazer o seu trabalho,
fazendo uso de ferramentas como internet-móvel e telemóvel, retirando das cidades cada vez mais automóveis, e
transporta estas pessoas para realidades menos urbanas ao procurarem zonas mais saudáveis onde viver.
Neste momento decorre uma guerra no médio-oriente, o mercado económico-financeiro das democracias
capitalistas está falido (grande parte do hemisfério Norte) a Ásia, apesar de mostrar alguma abertura, continua
extremamente fechada ao ocidente, os continentes Sul-Americano e Africano continuam a ser espaços sem
liberdade em que a “a lei da bala” é a que se aplica, a Austrália/Oceania e Nova-Zelândia estão à parte do resto do
mundo. Como será possível então que as SAT transformem positivamente as sociedades por forma a serem
criadas cidades sustentaveis (tanto a nível ecológico como económico e artístico)?

4- Análise:
A comunicabilidade tem um papel importantíssimo na nossa sociedade, mais do que em qualquer época histórica.
Vivemos numa era de informação. De acordo com o texto em análise «O transporte da informação com rapidez e
qualidade é, nos nossos dias, a "chave" para o progresso das nações e consequente melhoria da qualidade de
vida das populações. Tem-se, aliás, medido o nível de desenvolvimento de um país, a sua produtividade e a
qualidade de vida também pelo desenvolvimento das telecomunicações.»
Nas periferias das cidades a comunicabilidade tem um papel claro de reduzir a distância, tornando desnecessárias
deslocações. Além do disso as politicas urbanas de uma cidade têm obrigatoriamente de ser vistas e encaradas
não só no ponto de vista local, mas regional, do país ou mesmo global.
É um facto que «(...) as cidades são cada vez menos "ilhas", passaram a "arquipélagos" e constituíram redes que,
nalguns casos, são mesmo apelidadas de "cidades-região"», como mencionado pelo prof. João Ferrão. Muitos
opõem-se à dependência das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, considerando que as NTIC
conduzem a maiores desigualdades sociais. Outros referem como é possível, fazendo aplicação das NTIC a nível
global, obtermos maior equilíbrio entre sociedades, independentemente do local onde se situam.
Contudo, nas periferias, menos ricas e por vezes formando guetos, a tecnologia chegará sempre mais tarde numa
sociedade de mercado, em que as decisões são tomadas de acordo com a capacidade de retorno após
investimento em determinada zona. A desigualdade no desenvolvimento é a nível das SAT e NTIC mas não só, as
próprias infraestruturas básicas de habitabilidade e mobilidade exigíveis no séc. XXI são normalmente precárias
nestas zonas.
Consegue-se verificar que são criadas, com mais ou menos equilíbrio entre o físico e o virtual, sociedades-rede,
que nos permitem tirar vantagem do físico e do virtual (Asher, 1998), cada vez mais para um projecto a ser
desenvolvido em determinado lugar, os donos do terreno a construir são de um país, os projectistas de outro, o
empreiteiro é de outro país, que usam equipa(s) de desenhadores com 8/12 fusos horários de diferença
(permitindo que enquanto a obra está parada, de noite, os desenhadores estão a preparar os desenhos para o dia
seguinte), no final de contas localmente só há representantes e os serventes de construção civil, porque até as
reuniões são online.
Sem dúvida que o Homem irá sempre necessitar de cidades, aglomerados onde centralizar funções, estilos,
identidades, etc., mas a forma da cidade está mais do que alguma vez esteve em profunda transformação. O
fenómeno da globalização da cidade, criação das sociedades-rede, do criar de duas realidades, uma física e outra
virtual, tendencialmente acontece através das relações simbióticas das cidades, a capacidade de integração da
cidade na rede global. Também se verifica que é nas cidades que as empresas, com maior poder económico,
criam sede, exactamente no centro da cidade (Ferrão, 1992), contribuindo em muito para a existência continua da
cidade, em muito pela exigência das tais infraestruturas e de SAT e NTIC, e também pela relação de centralidade.
Mesmo assim, é exactamente através do sector terciário, ao procurarem entre outras coisas, mão-de-obra mais
barata, que se encontra também a descentralização.
Começa-se assim a entender que em cima do espaço geográfico, que faz conjunto com o espaço topológico,

André Roldão Salvador Tribolet


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4º Ano – Turma V – Aluno n.º 11087208

existe cada vez mais um espaço virtual e um espaço tecnológico em que nos integramos e interligamos, na
crescente interdependência de fluxos (Mela, 1999).

5- Critica:
Claro que as SAT e as NTIC vieram permitir novas abordagens do tema da cidade, mas também do conceito de
cidadania. Estas tecnologias permitem a cada cidadão ter mais acesso a informação e melhorar os níveis de
cultura, bem como transformar-se num cidadão mais participativo, transformando as velhas democracias eleitorais
e representativas em obsoletas.
Os cidadãos portugueses do séc. XXI não se identificam com as cidades onde vivem, não dão valor às cidades
onde habitam. Uma economia desfeita, a poluição, uma sociedade (local) envelhecida, ou então de diferentes
origens, entre outras razões contribuem para o não funcionar da democracia portuguesa, dando assim origem a
cidades insustentaveis. As cidades portuguesas surgem e crescem das regras de mercado livre, em que nada é
feito a pensar no todo, mas sim nas partes (empresas individuais).
O Prof. João Ferrão refere inclusive que “não precisamos de mais cidades, precisamos de mais cidade”, no
entanto as suas considerações levam-nos para temas da paisagem global. Porém é verdade, no sentido em que é
necessário melhorar-se a qualidade da nossa democracia e a partir daí transformarmos as nossas cidades em
espaços que queremos e não só precisamos.

6- Síntese:
A partir da segunda metade do séc. XX as SAT e as NTIC foram progressivamente passando a ter um papel mais
importante.
As relações, os fluxos gerem-se agora, no início do séc. XXI, quase a nível global. Porém as decisões tomadas
localmente são em muitos casos (demasiados até) tomadas por uma só entidade, não sendo tidas em
consideração as decisões globais (desconsiderando até repercussões dessa acção) e muito menos da população.
Irão sempre existir aglomerados urbanos mais ou menos extensos, zonas de centralidade física.
Está a surgir um novo tipo de espaço, com um novo tipo de sociedade, o espaço tecnológico e uma sociedade
virtual, que se relacionam com o espaço físico e a sua sociedade.

7- Conclusões:
A nível profissional continua a ser exigidas deslocações, a descentralização é para fora de Portugal, intensificando
o êxodo rural. A falta de confiança faz com que seja necessário a fiscalidade que as SAT e as NTIC permitiriam
não existir. Parece que começamos a ter infraestruturas e tecnologia para sermos mais Humanos, para nos
relacionarmos mais e melhor, para aprendermos mais uns com os outros, porém parece que estamos mais
esquizofrénicos que antes.
Verifica-se que em Portugal as SAT e NTIC surgem da mesma forma que a própria cidade, pelas regras e
necessidades de mercado, não por ser uma maior valia, o resultado é que a área de influência de uma cidade está
directamente ligada ao número de empresas sediadas nessa cidade.
Uma entidade internacional reguladora é imprescindível para começar a acabar com a desconfiança, mas também
o aumento da qualidade de ensino, que não passa obrigatoriamente pelo aumento da escolaridade obrigatória.
Tendo em conta a desertificação e degelo polar o que significa menos espaço terrestre habitável. Por outras
razões, durante a nossa idade média, o império Chinês viu crescer verdadeiras cidade flutuantes, criadas pelo
número crescente de Juncos e Sampanas que aportavam junto às grandes cidades (Cantão, Formosa, etc.).
Poderá ser essa uma maneira saudável de habitar para os próximos séculos ou milénios, desde se preveja as
exigências das várias formas de sustentabilidade (ecológica e tecnológica).

André Roldão Salvador Tribolet


7 de Outubro de 2008

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8- Webliografia:

Consulta a 11 de Novembro de 2008


• http://www.bocc.ubi.pt/pag/marcelo-ana-sofia-internet-sociabilidade.pdf
• http://www.cult.ufba.br/enecul2006/renata_francisco_baldanza.pdf
• http://www.obercom.pt/ojs/index.php/obs/article/viewFile/161/162
• http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_34/rbcs34_03.htm
• http://www.megabaitche.hpg.ig.com.br/orkut.htm

Consulta a 12 de Novembro de 2008


• http://www.odebatedouro.org/figueiredo76.html
• http://www.rnp.br/newsgen/0211/giga.html
• http://www.eg.fjp.mg.gov.br/gestaourbana/arquivos/modulo10/mod10arq10.html
• http://www.eca.usp.br/alaic/material%20congresso%202002/congBolivia2002/trabalhos
%20completos%20Bolivia%202002/GT%20%202%20%20cesar%20bolano/Hans-Juergen
%20Michalski.doc
• http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/index.php?
option=com_docman&task=doc_download&gid=258
• http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/index.php?
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• http://citadino.blogspot.com/2007/12/o-novo-paradigma-do-faa-voc-mesmo-numa.html
• http://www4.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/FAU/Publicacoes/PDF_IIIForum_a/MACK_III_FORU
M_CARLOS_LEITE.pdf
• http://www.anpur.org.br/publicacoes/Revistas/ANPUR_v1n2.pdf#page=89
• http://www.rep.org.br/pdf/64-5.pdf
• http://www.cibergeo.org/artigos/CYBERCITY2003.pdf
• http://www2.eeg.uminho.pt/economia/nipe/docs/Publicacoes_Actas_conferencias/2005/Cadima_Frei
tas_2005_APDR.pdf
• http://www.fundaj.gov.br/rtec/not/not-047.doc
• http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-170-59.htm
• http://piano.dsi.uminho.pt/~ebeira/wps/wp24_2002.pdf
• http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/view/1995/2376

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