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UNIVERSIDADE FEDERAL

DA BAHIA
ESCOLA DE NUTRIÇÃO
NÚCLEO DE NUTRIÇÃO E
POLÍTICAS PÚBLICAS

SUBSÍDIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS


DESCENTRALIZADOS DE SAN EM REGIÕES
METROPOLITANAS: ESTUDO EM SALVADOR, BAHIA

Relatório Analítico Local

SALVADOR - BAHIA

Elevador Lacerda - Salvador, BA.


Fonte: Divulgação Prefeitura Municipal (internet)

JUNHO - 2007
SUBSÍDIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS
DESCENTRALIZADOS DE SAN EM REGIÕES
METROPOLITANAS: ESTUDO EM SALVADOR, BAHIA

Relatório Analítico Local

Equipe da pesquisa
Sandra Maria Chaves dos Santos, coordenadora.
Maria Albanita Paiva de Andrade, pesquisadora.
Poliana Araújo de Almeida, pesquisadora.
Diana Ulhôa, bolsista de iniciação científica.
Elisa Pinheiro, bolsista de iniciação científica.
Ariadna Mendes, bolsista programa Permanecer/ UFBa.
Ana Paula, bolsista programa Permanecer/ UFBa.
Sumário

1 INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------6

2 A PESQUISA ------------------------------------------------------------------------------8

2.1 CENÁRIO: A CIDADE DE SALVADOR ------------------------------------------------------- 8

2.2 Referencial teórico -------------------------------------------------------------------------------- 10

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ------------------------------------------------ 12

4 PROGRAMAS INVESTIGADOS ------------------------------------------------ 15

4.1 Caracterização --------------------------------------------------------------------------------------- 15

4.2 Complementariedade, Integração ou Sobreposição entre programas


e entre esferas de governo ----------------------------------------------------------------------------- 17

4.3 Níveis e graus de formalização ------------------------------------------------------------ 18

4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS INVESTIGADOS --------------------------- 20

5 ATUAÇÃO E PODER DE DELIBERAÇÃO DAS INSTÂNCIAS DE


REPRESENTAÇÃO SOCIAL ------------------------------------------------------------ 21

5.1 O Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional ------------ 21

5.2 A Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional -------- 23

6 POLÍTICA PÚBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E


NUTRICIONAL EM SALVADOR ----------------------------------------------------- 24

6.1 Avaliações e perspectivas -------------------------------------------------------------------- 24

6.2 Proposições ------------------------------------------------------------------------------------------- 25

7 REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------- 26

8 APÊNDICES ----------------------------------------------------------------------------- 27

8.1 Programas caracterizados como de SAN pelo COMSEA-SSA e


Secretarias Municipais do município de Salvador, 2007 ------------------------------- 27

8.2 Programação da Oficina Local -------------------------------------------------------------- 28

8.3 Fichas dos Programas --------------------------------------------------------------------------- 29


8.3.1 Programa Economia Solidária ------------------------------------------------------------ 29
8.3.2 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A --------------------- 30
8.3.3 Programa Nacional de Suplementação de Ferro ------------------------------ 31
8.3.4 Programa “Prato Amigo”-------------------------------------------------------------------- 32
8.3.5 Restaurante Prato Popular ----------------------------------------------------------------- 33

8.4 Matriz de programas investigados – aspecto institucional –


dimensão da gestão ----------------------------------------------------------------------------------------- 34

8.5 Matriz programas investigados – aspecto institucional II – dimensão


orçamentária e financeira ------------------------------------------------------------------------------- 35

8.6 Matriz programas investigados – aspecto técnico e social –


objetivos, população alvo-------------------------------------------------------------------------------- 36

8.7 Matriz programas investigados – aspecto técnico e social II –


implementação------------------------------------------------------------------------------------------------- 38

8.8 Matriz programas investigados – aspecto técnico e social III –


recursos humanos, acompanhamento e avaliação ---------------------------------------- 41

8.9 Participação e Mobilização Social - SanPólis--------------------------------------- 43


8.9.1 Conselho Municipal de SAN ---------------------------------------------------------------- 43
8.9.2 III Conferência Municipal de SAN - 1 a 2 e março de 2007 - Síntese
em torno das temáticas apresentadas.------------------------------------------------------- 45

4
Lista de quadros

Quadro 1. Programas voltados a SAN no município de Salvador segundo


eixos e setores da SAN. Salvador, 2007. 16

Lista de Apêndices

1. Tabela 1. Programas caracterizados como de SAN pelo COMSEA-SSA e


secretarias municipais do município de Salvador, 2007.
2. Programação da oficina de validação. Salvador, 2007.
3. Pesquisa Sistema SAN – Fichas dos programas estudados. Salvador,
2007.
4. Matriz programas investigados – Aspecto institucional I – dimensão da
gestão
5. Matriz programas investigados – Aspecto institucional II – dimensão
orçamentária e financeira
6. Matriz programas investigados – Aspecto técnico e social I – objetivos,
população, alvo, eixo e setores
7. Matriz programas investigados – Aspecto técnico e social II –
implementação
8. Matriz programas investigados – Aspecto técnico e social III – recursos
humanos, acompanhamento e avaliação
9. Instâncias de representação e controle social
10. Relatório III Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
11. Pontos fortes e fracos da experiência de Salvador na promoção e
garantia da SAN

5
1 INTRODUÇÃO

Este relatório sistematiza e analisa dados e informações da pesquisa sobre


Subsídios para implantação de sistemas descentralizados de segurança alimentar e
nutricional em Salvador, capital do estado da Bahia, realizada por demanda do
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, sob coordenação geral do
Instituto Polis.
Em setembro de 2006, por meio da Lei N° 11.346 foi criado no Brasil o
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN. No escopo da Lei,
a Segurança Alimentar e Nutricional foi definida como: A realização do direito de
todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade
suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo
como base práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade
cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis,
abrangendo assim:

 A ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção;


 A conservação da biodiversidade e utilização sustentável dos recursos;
 A promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população;
 A garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos
alimentos;
 A produção de conhecimento e o acesso à informação; e
 A implementação de políticas públicas e estratégias sustentáveis e
participativas de produção, comercialização e consumo de alimentos.~

A LOSAN representa um marco na história do Brasil na medida em que


assume a garantia, proteção, fiscalização e avaliação da realização do Direito
Humano à Alimentação por meio de políticas de promoção da SAN como dever do
Estado, instituindo o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional no qual as três
esferas de governo e a sociedade civil deverão formular e programar políticas,
programas e ações para garantia do Direito Humano à Alimentação.
A LOSAN cria ainda condições para que o combate à fome e para que a
promoção da alimentação saudável tornem-se compromissos permanentes do
Estado brasileiro com a participação da sociedade civil, ao passo em que garante
orçamento para suas ações e institui o CONSEA como órgão permanente com
representação da sociedade civil e do governo. Desta forma, pressupõe-se que as
ações para a garantia da SAN não dependam mais da agenda política do governo e

6
sim façam parte da política do Estado brasileiro, evitando a descontinuidade
administrativa como observada e em muito responsável pelos 20 anos decorridos
entre o início das discussões acerca da Segurança Alimentar e a proposição do
Sistema de Segurança Alimentar e a sua efetivação legal (Panelli-Martins e Santos,
2007).
Dessa forma tornou-se relevante conhecer mais de perto as experiências em
curso no país na direção da promoção da SAN. Este é o objetivo da pesquisa
Subsídios para implantação de Sistemas Descentralizados de Segurança Alimentar
e Nutricional em Municípios Sede de Região Metropolitana, oriunda de um acordo
de Cooperação Técnica do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
– MDS e da Fundação Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação – FAO.
O projeto de pesquisa acima referido foi desenvolvido em quinze capitais
1
brasileiras . Em cada capital uma equipe local foi constituída para levantar e
analisar os dados pertinentes em sua área de abrangência. No caso de Salvador,
equipe de pesquisadores do Núcleo de Nutrição e Políticas Públicas assumiu a
responsabilidade.
A montagem da equipe da pesquisa iniciou-se logo após os primeiros
contatos entre o Instituto Polis e a coordenação do Núcleo, e o trabalho de campo
teve seu marco zero durante a realização da III Conferência Estadual de Segurança
Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia, entre 23 e 28 de abril de 2007. Após o
tratamento preliminar dos dados e informações realizou-se, em 26 de junho, a
oficina de validação integrante da metodologia da pesquisa, momento em que se
fez uma discussão conceitual sobre princípios e diretrizes para um sistema
descentralizado de segurança alimentar e nutricional, a apresentação e o debate
dos resultados obtidos, assim como o levantamento de propostas para a
configuração do sistema em Salvador.
Como será observado neste documento a cidade de Salvador não tem ainda
uma importante experiência autóctone na implantação e implementação de
programas e serviços voltados à SAN. O que existe, em grande parte, deve-se aos
programas federais e estaduais. No entanto o acúmulo social e político que vem
sendo formado nos espaços sociais do Conselho Municipal e nas Conferências
Municipais de SAN, assim como a sensibilidade e a disposição de vários atores para
o problema decerto estão somando para que esta situação venha a ser corrigida em
favor da população do município.

1
Além de Salvador, no estado da Bahia, a pesquisa envolveu as seguintes capitais: Manaus (AM), São
Luis (MA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Maceió (AL), Goiânica (GO), Brasília e cidades satélites (DF),
Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre
(RS).

7
Este relatório está organizado em 5 seções, além desta apresentação. Na
seção 2 faz-se uma síntese do cenário da pesquisa, a cidade de Salvador, e do
referencial teórico utilizado. Na seção 3 é apresentada a metodologia da pesquisa.
Na 4 são apresentados os resultados quanto aos programas investigados. Na seção
5 tratam-se dos espaços de participação social, o conselho municipal e a
conferência municipal. Na seção 6 faz-se uma discussão dos resultados à luz do que
se propõe para um sistema descentralizado de SAN. Por último, na seção 7,
apresentam-se algumas recomendações preliminares para a estruturação de um
sistema de SAN nas condições de Salvador.

2 A PESQUISA

2.1 CENÁRIO: A CIDADE DE SALVADOR

Situada na Microrregião de Salvador a capital do estado da Bahia, Salvador,


é a terceira cidade mais populosa do Brasil (2.714.119 habitantes) pela estimativa
do IBGE de 2005, depois de São Paulo e Rio de Janeiro.
A Região Metropolitana de Salvador, instituída em 1973, soma 10
municípios, tem cerca de 3.525 milhões de habitantes sendo uma das maiores
metrópoles do Brasil (oitavo lugar). Centro econômico do estado, a cidade de
Salvador é porto exportador, centro industrial, administrativo e turístico, tem
diversas universidades e uma base naval.
A população da cidade é formada por brancos, negros, índios e pardos.
Segundo dados divulgados pelo IBGE no censo demográfico de 2000, 23% da
população é da cor branca, 20,4% da cor preta, 54,8% da cor parda, 0,3% da cor
amarela e 0,8% de origem indígena. Desta forma Salvador é a cidade com o maior
número de descendentes de africanos no mundo, seguida por Nova York.
Como as demais metrópoles brasileiras, particularmente as nordestinas,
Salvador enfrenta uma série de problemas sociais e econômicos, desigualmente
distribuídos, o que torna sensível a situação de segurança alimentar e nutricional de
sua população. Não há ainda dados específicos sobre a situação e distribuição social
da insegurança alimentar em Salvador, no entanto os resultados da PNAD 2004
(IBGE, 2006) mostraram que no estado da Bahia 50,3% dos domicílios estavam em
insegurança alimentar; destes 32,2% de encontravam em insegurança alimentar
moderada e grave e os demais, na sua forma leve. No Brasil o percentual de
domicílios em insegurança alimentar alcançou 34,8%. Como já reconhecido por

8
vários indicadores sociais, a insegurança alimentar tem cor e raça. Na Bahia a
insegurança alimentar moderada e grave alcançou 40 % dos domicílios com
moradores de cor preta ou parda e 22,7% dos domicílios com moradores brancos.
Sendo Salvador a capital mais negra do país e considerando alguns indicadores
sociais que ostenta a tendência é a de uma importante presença de domicílios
inseguros.
Registra-se, como exemplo, uma taxa de desemprego total em abril de 2007
que alcançou 23,4%, tendo aumentado em relação a março do mesmo ano e sendo
umas das mais altas taxas de desemprego do país (IBGE, 2007). De outra parte o
rendimento mensal médio dos trabalhadores teve variação negativa entre março de
2006 e março de 2007 entre assalariados (-4,1%), trabalhadores do setor privado
(-2,3%) e trabalhadores da indústria (-13,3%) (SEI, 2007). O setor de serviços,
que empregava cerca de 60% dos ocupados em abril de 2007, no entanto,
registrou uma variação positiva no rendimento médio (1,2%)(SEI, 2007).
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia,
publicado em 2000, sobre as condições de vida, saúde e nutrição de crianças
menores de cinco anos na capital contribui para uma primeira aproximação com o
risco de insegurança alimentar entre as famílias soteropolitanas.
Os dados da pesquisa revelaram que, considerando o indicador
altura/idade, que identifica a desnutrição de caráter crônico e, portanto, expressa a
intensidade e duração da privação de alimentos, associada a episódios infecciosos
repetidos e a exposição a inadequadas condições sanitárias e ambientais, observou-
se, para as formas moderada e grave, uma prevalência de 4,3%, de baixa
intensidade, tendo em vista os critérios da Organização Mundial de Saúde (baixa
intensidade < 20%). Ao serem considerados todos os graus de desnutrição (leve,
moderado, severo) a prevalência encontrada em Salvador alcançou 19,4%,
bastante significativa (Assis e Barreto, 2000).
Quanto à desnutrição aguda, medida pelo indicador peso/idade, a
prevalência foi de 21,6%, considerando todos os níveis, e de 4,4% para as formas
grave e moderada (Assis e Barreto, 2000). Alertam os autores que os resultados
ao revelarem que o decréscimo das taxas da desnutrição infantil em Salvador,
apesar de não serem observadas mudanças equivalentes nas condições de vida,
segue o que vem acontecendo em todo o país e ainda exigem a vigilante atenção
dos serviços de saúde uma vez que formas leves dos déficits podem precipitar-se
em formas severas na presença de algum stress fisiológico, a exemplo da diarréia
(Assis e Barreto, 2000).
Por outro lado, seguindo a tendência mundial, a taxa de sobrepeso entre as
crianças menores de 5 anos em Salvador (3,9% segundo indicador peso/idade) se

9
apresentou 39,3% mais elevada do que foi observado pela Pesquisa Nacional de
Saúde e Nutrição – PNDS de 1996 como resultado de um conjunto de fatores
alimentares e não alimentares que conformam um novo padrão de vida e consumo,
os quais imprimem novos riscos à saúde infantil (Assis e Barreto, 2000).
Assim, o desenvolvimento de ações voltadas para a promoção da segurança
alimentar dos soteropolitanos se afigura como de grande relevância. O município
não tem tradição no campo do debate sobre abastecimento alimentar e possui forte
dependência externa para prover os itens alimentares da cesta básica, uma vez que
não conta com uma área rural capaz de alimentar a crescente demanda urbana de
alimentos.

2.2 Referencial teórico

O SISAN está em processo de construção. Adotar o referencial da LOSAN é


necessário, mas insuficiente para vislumbrar a operacionalização do Sistema. O
marco teórico adotado define que o Sistema de SAN é aberto, resultante da
articulação coordenada entre ações e programas descentralizados, com certo grau
de interdependência. Ele pode potencializar as sinergias geradas pela própria
interação entre os atores envolvidos numa ação ou programa, que por sua vez
podem originar iniciativas que vão além do proposto inicialmente por cada ação
tomada em separado (Burlandy, Magalhães e Maluf, 2006). É interessante
considerar o entendimento de que o SISAN Instituto Polis - Acordo de Cooperação
Técnica MDS/FAO, UFT/BRA/064/Brasil 3/24 combina um “sistema de objetos”, isto
é, uma rede operacional, composta por equipamentos, bens e serviços públicos que
visam assegurar a garantia do direito humano à alimentação adequada (DHAA) e à
SAN – que são a materialização de ações e programas públicos – e um “sistema de
ação política/regulação”, que engloba as Conferências, Conselhos, Políticas e Planos
de SAN (Sesan/MDS, 2007).

Nesta medida, integrariam o SISAN municipal:

 A Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional;


 O Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, que deve:
o convocar a Conferência Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional;
o propor ao Executivo as diretrizes e prioridades da Política Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo-se requisitos
orçamentários para sua consecução;

10
o articular, acompanhar e monitorar, em regime de colaboração com os
demais integrantes do Sistema, a implementação e a convergência
de ações inerentes à Política e ao Plano Municipal de Segurança
Alimentar e Nutricional;
o definir, em colaboração com as diferentes Secretarias Municipais
relacionadas à SAN, os critérios e procedimentos de adesão ao
SISAN;
o instituir mecanismos permanentes de articulação com órgãos e
entidades congêneres de segurança alimentar e nutricional no Estado
e na União;
o mobilizar e apoiar entidades da sociedade civil na discussão e na
implementação de ações públicas de segurança alimentar e
nutricional.
 órgão inter-secretarial ou de assessoramento direto ao prefeito;
 a rede operacional de SAN, composta por equipamentos, bens e serviços
públicos relacionados à garantia do DHAA e à SAN.

Assim, considerando estes referenciais, o potencial e as restrições à


implantação de Sistemas de SAN na esfera local foram analisados em três
dimensões:

Institucionalidade: mensurada por meio de variáveis que indiquem graus


e níveis de formalização da política e programas e de participação de diferentes
setores do governo e da sociedade.
Diversidade e articulação entre programas: medida por variáveis
relativas à quantidade, diversidade e integração dos programas.
Objetivos dos programas: mediante a captação de dados sobre sua
abrangência e alcance, delimitação dos problemas a serem enfrentados e
população-alvo.

Por meio do referencial metodológico os programas e ações de SAN


foram classificados nos seguintes eixos e setores:

EIXOS SAN CÓDIGO


Produção agroalimentar 1
Abastecimento Agroalimentar 2
Consumo Agroalimentar 3

11
EIXOS SAN CÓDIGO
Programas alimentares suplementares e
4
monitoramento da insegurança alimentar
Quadro 1 – Eixos de SAN considerados na pesquisa

SETORES SAN CÓDIGO


Estímulo à produção de alimentos 1.1
Fomento a arranjos produtivos locais 1.2
Apoio à pesquisa e desenvolvimento 1.3
Aproximação da produção e o consumo de alimentos 2.1
Adequação de pontos de distribuição de alimentos 2.2
Compra pública 2.3
Melhoria do padrão alimentar 3.1
Geração de renda e aumento do poder de consumo 3.2
Transferência de renda 3.3
Promoção do acesso à alimentação 3.4
Programas nutricionais específicos 4.1
Monitoramento da insegurança alimentar 4.2
Fortalecimento da Política de SAN 4.3
Quadro 2 – Setores de SAN considerados na pesquisa

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Em Salvador a pesquisa foi desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisa em


Nutrição e Políticas Públicas da Escola de Nutrição da Universidade Federal da
Bahia-UFBA, sob a coordenação da professora Sandra Chaves, e integrando duas
nutricionistas pesquisadoras (alunas de pós-graduação) e quatro bolsistas de
iniciação científica, sendo duas do programas PIBIC / UFBa e duas do programa
Permanecer / UFBa.
O marco inicial da pesquisa foi a participação da equipe na III Conferência
Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia, entre 23 e 25
de abril de 2007. Naquele momento foram identificados informantes-chave para a
realização de entrevistas e algumas das iniciativas no município de Salvador que
poderiam ser parte do estudo, assim como foram levantados documentos
pertinentes. Configurou-se também aí a oportunidade para uma aproximação mais
homogênea de toda a equipe com a problemática da segurança alimentar e
nutricional no estado da Bahia, o que contribuiu para melhor compreender a
situação em Salvador.

12
A pesquisa de campo propriamente dita se iniciou com a visita ao Conselho
Municipal de SAN - COMSEA-SSA, no dia 27 de abril de 2007, tendo sido realizada a
entrevista com o presidente deste conselho e a coleta de dados documentais
referentes ao conselho e à última Conferência Municipal realizada.
A partir da entrevista com o presidente do COMSEA e de posse dos
documentos referentes à última Conferência Municipal, foram relacionados os
programas e ações de SAN assim identificados e as secretarias e órgãos públicos
que se articulavam com este nas atividades desenvolvidas. Assim, foram iniciadas
as atividades de busca de informações mais consistentes sobre os programas de
SAN no município de Salvador nos sites oficiais de governo e órgãos públicos
municipais. As secretarias municipais, referidas pelo presidente do conselho como
executoras de programas de SAN no município, foram a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social - SEDES e a Secretaria Municipal de Reparação - SEMUR.
Porém, optou-se por ampliar o campo da pesquisa na busca de identificar outras
secretarias municipais que potencialmente poderiam desenvolver algum projeto de
SAN, como a Secretaria municipal de Economia, Emprego e Renda - SEMPRE,
Secretaria Municipal de Saúde - SMS, Secretaria Municipal de Articulação e
Promoção da Cidadania e Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SMEC.
Optou-se por estabelecer inicialmente o contato com estas secretarias e
assim buscar identificar os gestores dos programas citados pelo conselho, além de
novos programas. Desta forma, os primeiros contatos foram articulados por
telefone, realizando um diagnóstico prévio das ações destas secretarias e marcando
as posteriores visitas.
A realização das entrevistas configurou-se como uma grande dificuldade
para o desenvolvimento da pesquisa, visto que os gestores dos programas são
pessoas chave no funcionamento destas secretarias, restando pouco tempo
disponível para colaborar. Diante da exaustiva busca pela disponibilidade de alguns
destes atores, optamos por introduzir a modalidade da entrevista eletrônica. Esta
mudança exigiu a adaptação de alguns dos roteiros para a entrevista. Assim foi
encaminhado por e-mail um formulário auto-explicativo de entrevista, juntamente
com uma carta de apresentação do projeto. Adotou-se esta metodologia apenas
para os programas cujos informantes haviam sido contactados preliminarmente e
em face da falta de disponibilidade da realização da entrevista oral-gravada.
Desta forma, considerando as informações obtidas junto ao COMSEA foram
inicialmente listados 23 programas / projetos que poderiam, de alguma forma, ser
identificados como programas de SAN encontrados na cidade de Salvador. Como
mostra a tabela 1 (Apêndice 1) dos programas citados como iniciativas de SAN
apenas seis programas preencheram os requisitos adotados pela pesquisa. Alguns

13
projetos foram excluídos da pesquisa por se caracterizarem como ações pontuais,
sem a participação do governo municipal.
As entrevistas não eletrônicas foram realizadas com o uso de um gravador,
com tempo médio de 40 minutos de duração. Para sistematização das informações
coletadas foram elaboradas matrizes relativas a cada um dos temas de interesse da
pesquisa, as quais formam um conjunto de apêndices deste relatório. Não se fez a
transcrição da íntegra das entrevistas devido ao tempo exigido para tanto e o curto
prazo para a finalização das análises. Trabalhou-se então com a exaustiva audição
do material em dupla de pesquisadores, a partir do que se fez a seleção dos trechos
de interesse, os quais foram incorporados às matrizes antes indicadas.
Para a realização da oficina de validação dos dados e levantamento de
proposições para um sistema municipal de SAN em municípios com o perfil de
Salvador considerou-se como participantes privilegiados todos os membros do
Fórum Metropolitano de SAN e do Conselho Municipal de SAN; todos os membros
do Conselho Estadual de SAN; gestores e técnicos envolvidos com os programas
identificados e gestores e técnicos de órgãos com interesses afins à área da SAN.
Como assinalado em relação às entrevistas, também para a realização da oficina de
validação foram observadas as agendas de trabalho dos convidados,
particularmente considerando a próxima realização da III Conferência Nacional de
SAN, além de feriados juninos que são inerentes à cultura nordestina,
comprometeram o cronograma.
Ao final fez-se a oficina no dia 26 de junho, no turno da tarde, nas
instalações do Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde da
Escola de Nutrição da UFBA. Participaram da oficina 18 convidados externos, com
predomínio (>60%) de técnicos e gestores da Secretaria Estadual de
Desenvolvimento Social – SEDES, antiga Secretaria de Combate à Pobreza, órgão
que se coordena e implementa a política de SAN e de combate à fome no estado da
Bahia, contemplando inclusive uma coordenação de segurança alimentar e
nutricional. Além destes contou-se com quatro membros do COMSEA, sendo um
assessor do Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, com nutricionistas
atuantes na implementação do PNAE e na vigilância sanitária municipal.
A programação da oficina contemplou uma síntese sobre princípios e
diretrizes para sistemas descentralizados de SAN, após o que se fez a apresentação
do contexto da pesquisa e de alguns de seus principais resultados. Na seqüência
optou-se pela discussão em plenária, ao invés dos trabalhos de grupo, sobre pontos
fortes e fracos da situação observada em Salvador e para o levantamento,
discussão e aprovação de propostas para melhoria da mesma. De uma forma geral
pode-se observar que a oficina foi uma via de mão-dupla, uma vez que permitiu

14
aos pesquisadores maior confiabilidade em relação às informações coletadas e
sistematizadas, de outra parte os participantes mostraram-se satisfeitos pela
oportunidade de estarem discutindo sobre SAN e demandaram mais atividades
similares. O apêndice 2 apresenta a programação da oficina e a lista de
participantes. Os resultados da oficina estão inseridos ao longo do texto e integram
o apêndice 10.

4 PROGRAMAS INVESTIGADOS

4.1 Caracterização

No município de Salvador foram identificados cinco programas que podem


integrar um sistema local de SAN, a saber: Programa Economia Solidária, Programa
Nacional de Suplementação de Vitamina A, Programa Nacional de Suplementação
de Ferro, Programa Prato Amigo e Programa Restaurante Popular. Além destes,
interessou à pesquisa investigar aspectos da implementação local do Programa
Bolsa Família, do Programa Nacional de Alimentação Escolar e do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. O apêndice 3 apresenta as fichas
sintéticas sobre os programas e os apêndices 2 a 5 sistematizam os principais
achados da pesquisa quanto aos programas estudados.
Na oficina de validação confirmou-se que, de acordo com os critérios da
pesquisa, seriam estes os programas a serem considerados, sendo que se
promoveu uma discussão sobre a pertinência da inclusão do Programa Restaurante
Prato Popular neste quadro, tendo em vista que segundo os relatos este é um
programa de iniciativa de uma empresa privada, em sua política de
responsabilidade social. Considerando que os dados coletados registram o referido
programa como uma ação da SEDES-SSA em parceria com empresas privadas,
optou-se por mantê-lo no estudo. De outra parte, como já havia sido observado no
trabalho de campo, foram relatadas ações promovidas por iniciativa da sociedade
civil, de interesse no campo da SAN, mas que não contam ainda com apoio
municipal ou de qualquer outra esfera de governo para sua sustentabilidade,
conformando-se como ações assistemáticas.
Assim, observa-se que dos 8 programas implementados em Salvador
identificados na perspectiva de somar para a SAN, 3 foram caracterizados como de
iniciativa municipal, quais sejam o Programa Economia Solidária, o Programa
Prato Amigo e o Restaurante Prato Popular. Os demais são programas federais
executados no município. Registra-se também que um dos programas municipais, o

15
Prato Amigo, tem já uma história de 7 anos de implementação. Os outros dois
programas locais (Economia Solidária e Restaurante Prato Popular) foram
implementados a partir de 2006.
Em termos de objetivos e estratégias registra-se que o Programa Prato
Amigo e Restaurante Popular atuam de forma direta na promoção do direito à
alimentação, caracterizando-se no eixo de consumo alimentar, no setor da
promoção do acesso à alimentação. O programa Economia Solidária inscreve-se no
eixo 3, do consumo, no setor 3.2, de geração de renda e aumento do poder de
consumo. Os programas de suplementação de ferro e vitamina A, nacionais,
inscrevem-se como programas nutricionais específicos incluídos no eixo 4, de
programas alimentares suplementares.
A responsabilidade institucional pelo Programa Economia Solidária está na
Secretaria Municipal de Emprego e Renda - SEMPRE, pelo Restaurante Prato
Popular na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social - SEDES/SSA, o
Restaurante Prato Amigo diretamente na Secretaria de governo e os Programas
Nacionais de Suplementação de Vitamina A e de Ferro na Secretaria Municipal de
Saúde. Segundo os gestores entrevistados, a decisão sobre os programas locais
envolveu alguns atores sociais, ainda que de forma não institucionalizada na
maioria dos casos. No caso do Programa Economia Solidária foi informado que
houve uma discussão prévia no Fórum Metropolitano de Economia Solidária. O
Programa Prato Amigo contou com a colaboração da Universidade do Estado da
Bahia e o Restaurante Prato Popular com a participação do SESI no cadastramento
das famílias e na capacitação da população.
Em termos de população-alvo, observa-se que o Programa Economia
Solidária tem com foco empreendimentos pré-existentes e que podem ser ajudados
na direção da sustentabilidade. O programa Prato Amigo atua em creches, asilos,
hospitais, junto a ex-portadores de dependência química, portadores de HIV e
pessoas com câncer, atendendo atualmente a 297 instituições sociais fixas por mês
com a complementação alimentar, programas para redução de desperdícios e
promoção da educação alimentar nas instituições sociais. O programa Restaurante
Prato Popular tem um perfil mais focalizado na pobreza, na medida em que objetiva
minimizar os índices de desnutrição em uma localidade do Subúrbio Ferroviário de
Salvador, uma das regiões mais pobres da cidade. Desta forma este programa se
volta para famílias numerosas, com crianças e de baixa renda que residem no
bairro de São Tomé de Paripe.
Quanto à implementação do PNAE no município pode-se destacar que
mantém a responsabilidade do poder público municipal, por meio da Secretaria
Municipal de Educação – SMEC – em todo o processo, desde a compra de

16
alimentos, armazenamento central e distribuição dos gêneros e produtos às
escolas, onde as refeições são preparadas. Ressalta-se que em Salvador
implementa-se também o PNAE no âmbito do Programa Nacional de Atendimento a
creches e do Programa Nacional de Atendimento ao Quilombola.
A implementação do Programa Bolsa Família - PBF no município está a cargo
da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SEDES. Segundo a
coordenadora do cadastro único e do PBF no município, em entrevista eletrônica
para o estudo, o governo municipal vem acompanhando as famílias beneficiárias,
principalmente através dos Centros de Referência da Assistência Social - CRAS,
mas também por meio de visitas domiciliares e do acompanhamento e suporte do
serviço social do CIAS – Central de informação e atendimento social.
A maior preocupação da entrevistada em relação ao PBF no município está
na inexistência de um tempo máximo de permanência da família como beneficiária
no programa. Em sua avaliação o executivo municipal em Salvador vem
promovendo ações voltadas à emancipação das famílias através dos CRAS na linha
da autonomia, emancipação e protagonismo social das famílias. As ações
identificadas na direção acima foram as seguintes: atividades sócio-educativas,
visita domiciliar e institucional, encaminhamento à rede sócio-assistencial, incentivo
a geração de emprego e renda, oficina de convivência e trabalho sócio-educativo.
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN em Salvador está
implantado de forma parcial na Secretaria Municipal de Saúde, segundo o relato da
entrevistada, considerando que o programa informatizado para alimentação e
tratamento dos dados não está sendo utilizado, por motivos técnicos. Desta forma
os dados são produzidos e arquivados. A entrevistada avalia que, no SISVAN, a
proporção de famílias beneficiárias do PBF está subestimada uma vez que muitas
têm receio em se identificar e perder o benefício, por falta de informações.
Não se registrou a existência de uma sistemática de divulgação dos dados
do SISVAN à população. Informou a entrevistada que os dados são divulgados a
quem os solicita, mas registra que ninguém o fez. O compartilhamento dos dados
faz-se, segundo a informante, com o MDS e com a SMEC. Não foi possível
identificar o estabelecimento de um fluxo de informações entre o SISVAN e os
programas de interesse para a redução e ou minimização dos problemas
nutricionais

4.2 Complementariedade, Integração ou Sobreposição entre programas


e entre esferas de governo

A natureza intrinsecamente intersetorial da segurança alimentar e


nutricional demanda ações articuladas e convergentes. Neste estudo o que se

17
observou em Salvador, em primeiro plano e confirmou-se na oficina de validação,
foi, de um lado, a reduzida ação municipal no campo da SAN em termos de
programas estruturados e sustentáveis, por outro a falta de articulação e
convergência entre os poucos programas existentes a este título no âmbito
municipal. Assim, tendo em vista os programas identificados, observa-se que o foco
está em clientelas diversas, com adoção de estratégias também diferentes, para
diferentes grupos alvo. Desta forma não se caracterizou, em Salvador, a principio,
situações de complementariedade, de interdependência ou de sobreposição dos
programas. O mesmo pode ser afirmado quanto à relação com programas e órgãos
de outras esferas de governo. Não foi possível identificar, por exemplo, qualquer
referência ao Cadastro Único como base para um possível desenho de ações.
Conforme discutido amplamente na oficina, as dificuldades para um diálogo
produtivo estão em todos os níveis e dentro das próprias instituições públicas
participantes, em muitos casos por força de um desenho organizacional que
fragmenta o olhar e a prática sobre o social. De outra parte, foi ponto consensual,
nos debates realizados na oficina, que a limitada discussão conceitual sobre SAN
nos órgãos competentes e a amplitude do conceito comprometem uma ação mais
positiva neste campo. Os apêndices 4 e 6 sistematizam informações relevantes
para esta seção.
Observou-se, no entanto, algum ensaio de articulação entre município e
estado na implementação do programa Prato Amigo e entre município e empresas
do setor privado, incluindo uma empresa da área da alimentação e o SESI, na
implementação do programa Restaurante Prato Popular.

4.3 Níveis e graus de formalização

A formalização dos programas voltados à SAN, de forma a garantir-lhes


institucionalidade, legitimidade e sustentabilidade tanto dentro da esfera
governamental como junto à sociedade civil, sendo submetidos ao controle social, é
fundamental para que possam ser traçados cursos de ação, sob a forma de políticas
públicas estruturantes, capazes de sustentarem-se para além dos interesses
políticos, que, de tempos em tempos, assumem o poder de governo.
Em Salvador, considerando os três programas analisados que são
essencialmente municipais (Economia solidária, Prato Amigo e Restaurante Prato
Popular), pode-se constatar o seguinte (Apêndices 4,5,6,7,8):
 Os programas Economia solidária e Prato Amigo foram referidos como
contemplados no orçamento municipal;

18
 Os programas Economia solidária e Restaurante Prato Popular foram
referidos como incluídos no PPA 2006-2009;
 O programa Economia solidária desenvolve-se em várias frentes de
trabalho, a partir de projetos que envolvem agentes locais. Conta com uma
equipe de 3 técnicos no âmbito da SEMPRE, com dedicação integral, e
envolve maior número de pessoas, incorporadas via convênios, na
implementação dos projetos.
 Consta a participação da sociedade civil, por meio do Fórum Soteropolitano
de Economia Solidária, na formulação, implementação e acompanhamento
/avaliação dos projetos.
 Os programas Prato Amigo e Restaurante Prato Popular, que implicam em
articulações com governo do estado e empresas privadas, respectivamente,
contam com um quadro técnico específico para sua implementação, parte
deles terceirizados.
 Não foi possível ter acesso até o momento do fechamento deste relatório a
documentos normativos dos programas.

A partir da síntese acima se considera que os três programas têm uma


institucionalização parcial, sendo que, considerando a formal integração da
sociedade civil organizada na implementação do Economia Solidária talvez seja este
o programa com perfil mais positivo neste quesito.

19
4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS PROGRAMAS INVESTIGADOS

Quadro 3 – Classificação2 dos programas voltados à SAN e investigados no município de Salvador,


2007.
Eixos
Prog
Alim. Dotação PPA
Propo- Unidade Suplem. Se- na LOA
PROGRA-MAS Produ- Abaste- Con- Inicio
nente Gestora e Monit. tor munici- 2006-
ção cimento sumo pal? 2009
da
Inseg
Alim
Economia
GM SEMPRE X 3.2 SIM SIM 2006
Solidária
Restaurante SECRET
GM X 3.1 SIM 2000
Prato Amigo GOVERNO
Restaurante
GM SEDES X 3.4 SIM 2006
Prato Popular
Alim. Escolar
GM SMEC X 3.1 SIM SIM
Salvador
Programa
Nacional de SMS
MS X 4.1 NÃO - 2005
Suplementação SES
de Vit A
Programa
Nacional de SMS
MS X 4.1 NÃO - 2005
Suplementação SES
de Ferro
Progr. Nacional
Atendimento FNDE ? X 3.1 NÃO - ?
Quilombola
Bolsa Família MDS SEDES X 3.3 FED - 2004
SISVAN MS SMS X 4.2 FED - 2004
Alimentação
GE X 3.1 EST -
Escolar BA

GF= Governo Federal – GE = Governo Estadual - GM= Governo Municipal

Abaixo é possível visualizar os setores contemplados pelos diferentes


programas que incidem em Salvador, relacionados à SAN.

Quadro 4 – Setores de SAN contemplados pelos programas investigados.

SETORES SAN CÓDIGO

Melhoria do padrão alimentar 3.1


Geração de renda e aumento do poder de consumo 3.2
Transferência de renda 3.3
Promoção do acesso à alimentação 3.4
Programas nutricionais específicos 4.1
Monitoramento da insegurança alimentar 4.2

Percebe-se que outros setores não estão contemplados, ainda, na


conformação da política local de SAN.

2
O programa Economia Solidária, foi classificado no eixo 3, de consumo, segundo o referencial adotado
na pesquisa. Porém, há discordância da equipe local quanto a esta classificação.

20
Quadro 5 – Setores de SAN não contemplados pelos programas de
Salvador.

SETORES SAN CÓDIGO


Estímulo à produção de alimentos 1.1
Fomento a arranjos produtivos locais 1.2
Apoio à pesquisa e desenvolvimento 1.3
Aproximação da produção e o consumo de alimentos 2.1
Adequação de pontos de distribuição de alimentos 2.2
Compra pública 2.3
Fortalecimento da Política de SAN 4.3

Observa-se portanto que a maioria dos programas classifica-se no eixo do consumo,


sendo contemplado todos os setores adotados, porém não se observou nenhum programa
voltado ao fortalecimento da produção e abastecimento (eixos 1 e 2), seja por compra direta,
estímulo a produção, entre outros. Vale ressaltar que Salvador não conta com área rural ou
com cinturão verde, o que pode explicar a falta de iniciativa neste eixo. De outra parte não se
registra também em Salvador, historicamente, uma preocupação com o abastecimento
alimentar como política pública. Desta forma, são os problemas relativos ao acesso aos
alimentos, particularmente quanto a renda, que definem de forma majoritária a problemática da
insegurança alimentar e nutricional local.
O Sisvan, importante sistema para sinalizar quem são e onde vivem as pessoas e
famílias com problemas nutricionais ainda está incipiente, considerando que as informações
são coletadas, mas não sistematizadas e analisadas para orientar a ação pública. O
monitoramento de situações de insegurança alimentar não existe no município.

5 ATUAÇÃO E PODER DE DELIBERAÇÃO DAS INSTÂNCIAS


DE REPRESENTAÇÃO SOCIAL

5.1 O Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

Os dados e informações sobre as instâncias de representação e controle


social no âmbito da segurança alimentar e nutricional em Salvador – o Conselho
Municipal (COMSEA) e a Conferência Municipal – estão registrados no apêndice 9.
Focalizando o COMSEA, observa-se que o mesmo foi legalmente constituído
em janeiro de 2004, tendo dentre suas atribuições legais a proposição e o
pronunciamento sobre as diretrizes da política municipal de SAN. No entanto, como
foi esclarecido na oficina de validação, até 2006 o COMSEA não tinha uma
vinculação institucional estabelecida com qualquer órgão do executivo municipal, o
que inviabilizava apoio financeiro e logístico ao trabalho a ser realizado. A partir do

21
ano passado o COMSEA integra a SEDES- SSA, passando a contar com um espaço
fixo para desenvolvimento de seus trabalhos.
A composição do COMSEA prevê 18 membros, sendo 1/3 do setor público e
2/3 da sociedade civil, com a presidência exercida pela sociedade civil. Esta forma
de composição pode parecer interessante inicialmente, mas como foi observado na
oficina de validação trata-se de mais um aspecto a exigir reflexão, considerando o
seguinte:

 Participantes da oficina argumentaram que o conselho deveria ter uma


conformação paritária, visando comprometer mais a administração pública
municipal com políticas promotoras da SAN;
 Outros participantes da oficina argumentaram que um dos problemas do
conselho é que nem mesmo a participação de 1/3 do poder público é
efetivamente exercida, o que compromete a interiorização dos temas de
interesse da SAN na agenda municipal;
 Independentemente da proporção da participação do poder público no
COMSEA houve consenso em torno da necessidade da representação ser
daqueles órgãos e técnicos efetivamente comprometidos com o tema.

Ainda, considerando a composição do COMSEA avalia-se que a


representação é bem plural em termos de áreas e segmentos sociais
representados. Os representantes atuais são os mesmos desde a criação do
conselho. O processo de formação foi a partir da aglutinação de interesses na área
que deram forma ao Fórum CAFÉ, que deu origem a composição atual do COMSEA.
Não foram realizadas capacitações com os conselheiros. Esta, aliás, foi uma
das demandas consensuais na oficina de validação e proposição, fundamentada na
avaliação de que para fazer avançar a SAN no município faz-se necessário preparar
para o debate aqueles que participam dos espaços sócio-políticos, e também
técnicos das áreas afins e a sociedade em geral.
A partir das entrevistas e, principalmente, pelos debates na oficina o que se
observou foi que o COMSEA tem reuniões regulares, mas com freqüência reduzida.
Não se registrou a existência de um plano de trabalho formalizado e nem de formas
de articulação mais sistemáticas na relação com os Conselho Estadual e Nacional e
com os órgãos da prefeitura. Assim, conforme relatam, muitas proposições são
feitas, especialmente nas Conferências, mas pouco se realiza e pouca participação
tem no que se refere às políticas municipais. Durante a oficina, inclusive, um
membro do COMSEA mostrou cópia do Diário Oficial que publicou a Lei 6.777, em
2005, instituindo no âmbito do município o dia 09 de agosto como o Dia Municipal

22
de Combate à Fome. Este fato era desconhecido pelos demais participantes. De
outra parte, na entrevista realizada, informou-se que o COMSEA começa a
participar da implementação do PBF e estará colaborando com a avaliação do PNAE
no município.

5.2 A Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

A III Conferência Municipal de SAN foi realizada nos dias 01 e 02 de março


de 2007, contando com 60 delegados representando vários segmentos da
sociedade civil e do poder público, tendo como foco central a necessidade de propor
uma política pública de SAN para Salvador.
Como pode ser observado no Relatório do evento (apêndice 10), no total
foram aprovadas 68 propostas na Conferência, sendo a maioria delas voltadas para
uma maior institucionalidade para a SAN nas estruturas municipais de governo,
mas contemplando também proposições para uma política de abastecimento
municipal, para ações no campo do desenvolvimento social, educação, saúde e
nutrição e diretrizes para uma política municipal de SAN.
Durante a oficina de validação discutiu-se muito em torno das Conferências
Municipais, especialmente quanto aos limites existentes na direção de dar
encaminhamento às propostas aprovadas. Observaram os participantes que, a cada
ano, propostas semelhantes são exaustivamente discutidas e aprovadas, mas não
há um sistema de acompanhamento e avaliação que, inclusive, possa ao inicio de
uma nova Conferência avaliar o quanto se avançou desde a anterior. Considerou-se
também que os resultados da Conferência Municipal nem sempre têm espaço na
estadual, uma vez que a pauta define-se em função da Conferência Nacional. Neste
caso a preocupação maior é com o risco de esvaziamento deste importante espaço
político pela falta de conseqüências práticas em relação ao trabalho que vem sendo
realizado.

23
6 POLÍTICA PÚBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL EM SALVADOR

6.1 Avaliações e perspectivas

O conjunto dos dados e informações deste relatório, com destaque para os


resultados da III Conferência Municipal de SAN, põem em evidência que em
Salvador inexiste uma política de SAN. Os programas analisados, decerto, podem
integrar um sistema municipal de SAN, mas a aprendizagem organizacional neste
campo parece muito reduzida.
Ainda assim, na oficina de validação foi possível levantar alguns pontos
fortes, aspectos que somam para a viabilidade de se conformar um sistema
municipal de SAN em Salvador, com destaque para a atuação do COMSEA, para a
realização das conferências municipal e estadual e para a maior articulação, que já
vem acontecendo de forma institucionalizada, entre a Secretaria municipal de
saúde e de educação. Destacou-se também nesta perspectiva a participação das
instituições de ensino superior, públicas e privadas, em projetos importantes.
Relatou-se a parceria entre a Escola de Nutrição da UFBa e a SMEC na realização de
estudo alimentar e nutricional amplo dos escolares do município, contemplando
também avaliação da qualidade sanitária da alimentação oferecida e programas de
capacitação em alimentação saudável para gestores, professores e merendeiras, o
que já vem gerando melhorias na implementação do PNAE.
Os pontos fracos ou constrangimentos na experiência municipal na direção
da SAN são, em sua maioria, de ordem institucional, isto é, é a falta de
envolvimento efetivo do poder público que, segundo os participantes, compromete
maiores avanços. De outra parte, também o desconhecimento do conceito de SAN
no âmbito do público, do privado e na sociedade civil foi também apontado como
um importante fator limitante.
No campo mais operacional, destacou-se também, como importante
obstáculo, a inexistência de um Fundo Municipal de SAN, sendo reconhecido que, se
não houver recursos alocados, não há política pública. Por outro lado, mesmo
considerando que para a promoção da SAN nem sempre são necessários novos
programas, mas sim novas e inovadoras formas de pensar e fazer, articulando,
fazendo convergir ações, ressaltou-se como obstáculo as diferentes
territorializações adotadas pelas secretarias municipais para organizarem suas
ações. Com isto tem-se a pulverização e perda total de foco, com prejuízos nos
resultados.

24
6.2 Proposições

Por fim, considerando o que foi discutido na oficina, foram sistematizadas as


seguintes proposições:

 Criação de uma câmara técnica de SAN no município, vinculada ao gabinete


do prefeito, com representantes das várias áreas do governo, tendo como
tarefa a definição de estratégias para formular e implementar a política
municipal de SAN;
 Realização de programas de formação visando ampla disseminação do
conceito e dos princípios da SAN;
 Realização de programas de capacitação de atores sociais envolvidos com a
SAN no setor público e na sociedade civil;
 Criação do Fundo Municipal de SAN;
 Implementação de programas estruturantes para geração de trabalho e
renda visando a SAN;
 Cadastramento, divulgação e controle do repasse dos recursos (se houver)
para ONGs que contribuem com a SAN, visando posterior fortalecimento das
ações positivas;
 Implementação dos Núcleos de apoio as equipes do Programa Saúde da
Família, garantindo a inserção do Nutricionista;
 Fortalecimento da vigilância sanitária municipal, com prioridade das ações
relacionadas à garantia da inocuidade de alimentos, tais como
monitoramento do comércio de alimentos, das UAN´s de escolas, etc.
 Acompanhamento pela Vigilância Sanitária de projetos relacionados à
atividade de produção, comercialização e distribuição de alimentos;
 Implementação plena das diretrizes do PNAE, com adequação do número de
nutricionistas e regulamentação da função/cargo de merendeiras.

25
7 Referências

ASSIS, Ana Marlúcia O; BARRETO, Maurício (orgs.). Condições de vida, saúde e


nutrição na infância em Salvador. Brasília: INAN, Salvador: UFBA/ Escola de
Nutrição/ Instituto de Saúde Coletiva. 2000.

IBGE. Pesquisa mensal de emprego. Disponível em: < http.ibge.gov.br/pme2007>


acessado em: 08/06/2007.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Segurança Alimentar 2004. Rio
de Janeiro: IBGE, 2004.

Panelli-Martins, Bárbara Eduarda, Santos, Sandra M. Chaves dos. Conformação de


uma agenda para avaliação da SAN no Brasil: uma revisão. Revista de Nutrição,
2007. (No prelo)

SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais. Governo da Bahia. Dados


dos municípios baianos. Disponível em: <http:/ba.gov.br/sei> Acessado em:
08/06/2007.

26
8 APÊNDICES

8.1 Programas caracterizados como de SAN pelo COMSEA-SSA e


Secretarias Municipais do município de Salvador, 2007

Programas Eixos Setores Situação

Prato Amigo* 3 3.4 Entrevista realizada

PNAE* 3 3.4 Entrevista realizada


Proteção básica com programa de Não se aplica aos eixos/ setores
- -
apoio à criança da SAN
Entrevista proposta por meio
Agente Jovem* 3 3.3
eletrônico
PAIF – Programa de Atenção Não se aplica aos eixos /
- -
Integral as Família setores da SAN
Entrevista proposta por meio
Bolsa Família (CIAS)* 3 3.3
eletrônico
Atendimento à pessoas com Não se aplica aos eixos/ setores
- -
necessidades especiais da SAN
Proteção social especial e de média Não se aplica aos eixos/ setores
- -
complexidade da SAN
Não foi identificado em
Jornada Ampliada - -
nenhuma secretaria municipal
Entrevista proposta por meio
PETI* 3 3.3
eletrônico
Não se aplica aos eixos/ setores
Sentinela - -
da SAN
Programa de apoio à abrigos de Não se aplica aos eixos/ setores
- -
crianças e adolescentes da SAN
Não se aplica aos eixos/ setores
Programa de apoio ao idoso - -
da SAN
Programa de apoio a população de rua Não se aplica aos eixos/ setores
- -
e imigrantes da SAN
Não se aplica aos eixos/ setores
Benefício passagem - -
da SAN
Não foi identificado em
SESC (Mesa Brasil) - -
nenhuma secretaria municipal
Prato popular* 3 3.4 Entrevista realizada
Programa com iniciativa
Prato do povo - -
estadual e com verba federal.
Não foi identificado em
Cozinha comunitárias - -
nenhuma secretaria municipal
Programa Nacional de
4 4.1 Entrevista realizada
Suplementação de Ferro*
Programa Nacional de
4 4.1 Entrevista realizada
Suplementação de Vitamina A*
SISVAN* 4 4.2 Entrevista realizada
Programa de Economia
3 3.2 Entrevista realizada
Solidária*
Tabela 1 Programas caracterizados como de SAN pelo COMSEA-SSA e secretarias municipais
do município de Salvador, 2007. Fonte: trabalho de campo para realização desta pesquisa.
* Programas que se encaixaram nos requisitos básicos para compor a pesquisa no município de
Salvador.

27
8.2 Programação da Oficina Local

SUBSÍDIOS PARA IMPLANTAÇÃO


DE SISTEMAS DESCENTRALIZADOS
PROGRAMAÇÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL

SUBSÍDIOS PARA IMPLANTAÇÃO Objetivo: Promover o debate e o levantamento de proposições


DE SISTEMAS DESCENTRALIZADOS para a implantação de sistemas descentralizados de SAN em
DE SEGURANÇA ALIMENTAR E municípios sede de regiões em metropolitanas
NUTRICIONAL
14:00 h às 14:30 h
Oficina de trabalho  Abertura: apresentação dos objetivos da oficina
 Dinâmica de apresentação dos participantes
26 de Junho de 2007  Objetivos e dinâmica de trabalho na oficina
Das 14:00 às 18:00 horas 14:30 h às 15:15 h
Sala 6 – ENUFBA
 Elementos conceituais sobre sistemas municipais
de SAN
Organização: Núcleo de Nutrição e Políticas
Públicas – Escola de Nutrição - UFBA  Objetivos e estratégias da pesquisa
 A pesquisa em Salvador
15:15 h às 15:30 h - café
15:30 h às 17:00 h
 Trabalho de grupo
17:00 h às 18:00 h
 Apresentação e debate dos trabalhos de grupo
 Síntese dos resultados
 Encerramento das atividades

Promoção

28
8.3 Fichas dos Programas

8.3.1 Programa Economia Solidária

Nome do programa Economia Solidária

Prefeitura Municipal de Salvador (Secretaria Municipal de


Unidade(s) gestora(s)
Emprego e Renda, Coordenação de Desenvolvimento
do programa
Econômico, Sub-coordenação de Economia Solidária)

Ano de início 2006

Problemas a serem Sustentabilidade dos empreendimentos solidários da cidade de


solucionados Salvador

Ampliar a sustentabilidade dos empreendimentos solidários de


Objetivo geral
Salvador.

Objetivos O programa de Economia Solidária é formado por vários projetos.


específicos Assim, os objetivos específicos são destrinchados em cada projeto.

População alvo Empreendimentos solidários de Salvador

Serviços: Ações para o fortalecimento do processo organizativo e de


Bens ou serviços comercialização dos empreendimentos, visando a sua sustentabilidade.
oferecidos
Ações de ampliação da produção e ganhos em receita.

29
8.3.2 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A

Nome do programa Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A

Unidade(s) gestora(s) do Prefeitura Municipal de Salvador (Secretaria do Municipal de


programa Saúde)

Ano de início 2005

Problemas a serem
NI
solucionados

Objetivo geral NI

Objetivos específicos Dimuição da prevalência de hipovitaminose A

População alvo Crianças

Bens ou serviços
Suplemento vitamínico
oferecidos

30
8.3.3 Programa Nacional de Suplementação de Ferro

Nome do programa Programa Nacional de Suplementação de Ferro

Unidade(s) gestora(s) Prefeitura Municipal de Salvador (Secretaria do Municipal de


do programa Saúde)

Ano de início

Problemas a serem
NI
solucionados

Objetivo geral NI

Objetivos específicos Dimuição da prevalência de deficiência de ferro

População alvo Crianças

Bens ou serviços
Suplemento (sulfato ferroso)
oferecidos

31
8.3.4 Programa “Prato Amigo”

Nome do programa Programa “Prato Amigo”

Unidade(s) gestora(s) Prefeitura Municipal do Salvador


do programa Voluntárias Sociais (MAIS)

Ano de início 2000

Problemas a serem
Combate à fome e o controle de desperdícios.
solucionados

Complementação alimentar das refeições servidas nas instituições;


diminuição dos desperdícios de alimentos.
Objetivo geral
Promoção da educação alimentar nas instituições sociais e facilitação
social das empresas.

1. Redução do desperdício de alimentos servidas nas instituições;


Objetivos
2. Doação de alimentos às instituições sociais;
específicos
3. Educação alimentar nas instituições sociais.

População alvo População carente atendida por instituições sociais.

32
8.3.5 Restaurante Prato Popular

Nome do programa Restaurante Prato Popular

Unidade(s) gestora(s) Prefeitura Municipal de Salvador (Secretaria do Desenvolvimento


do programa Social do Município de Salvador)

Ano de início 2006

Problemas a serem Desnutrição na região de São Tomé de Paripe, subúrbio


solucionados ferroviário de Salvador - BA

Minimizar os índices de desnutrição, subúrbio ferroviário de


Objetivo geral
Salvador - BA

1. Minimizar dos índices de desnutrição na região de São Tomé


de Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador - BA
Objetivos específicos 2. Incluir socialmente as famílias atendidas (Suporte sócio-
assistencial, apoio na área de saúde e educação)
3. Fortalecer as relações da família e da comunidade

População alvo Famílias numerosas e com crianças, e de baixa renda.

Bens ou serviços
Alimentação a R$0,50 (principal). Capacitação, educação, saúde.
oferecidos

33
8.4 Matriz de programas investigados – aspecto institucional – dimensão
da gestão

INICIATIVA DE PROPOSIÇÃO Outros órgãos


envolvidos na
ÓRGÃO (s) PROCESSO
Ano de implementação
PROGRAMA RESPONSÁVEL EST FED 3
criação DECISÓRIO (informar qual e
(eis) (gestor) Execuç Execuç
com que
MUN. ão ão
responsabilidade)
Municip Municip
al al
Existem outros
órgãos envolvidos
nos projetos do
Restrita ao
Prefeitura Programa de
Executivo
Municipal de Economia
Municipal, sem
Salvador Solidária, porém
participação
(Secretaria são parcerias não
formal da
Municipal de formalizadas, em
Sociedade Civil,
Emprego e sua maioria.
Economia porém existiu a
Renda, X 2006
Solidária discussão prévia
Coordenação de CEFET: Participa
no Fórum
Desenvolvimento como colaborador
Metropolitano de
Econômico, Sub- do projeto
Economia
coordenação de Complexo de
Solidária, onde
Economia Cooperativas de
foi discutida a
Solidária). coleta de resíduos
estratégia.
sólidos,
compactuando
com a tecnologia.
Prefeitura
Segunda a
Programa Municipal de
entrevistada não
Nacional de Salvador
x 2002 há outros órgãos
Suplementação (Secretaria do
envolvidos no
de Vitamina A Municipal de
programa.
Saúde)
Prefeitura
Segunda a
Programa Municipal de
entrevistada não
Nacional de Salvador
x 2002 há outros órgãos
Suplementação (Secretaria do
envolvidos no
de Ferro Municipal de
programa.
Saúde)
Prefeitura -Prefeitura
Programa
Municipal do x 2000 Municipal Não.
Prato Amigo
Salvador - UNEB
Prefeitura Secretaria Sesi, no início do
Municipal de Municipal do programa
Salvador Desenvolvimento auxiliando no
Restaurante (Secretaria do Social do cadastro das
X 2006
Prato Popular Desenvolvimento Município de famílias e
Social do Salvador, Gerdal oferecendo cursos
Município de e Pura de de capacitação à
Salvador) Alimentação população.

3
Identificação dos agentes que participaram da decisão de implantar o programa no município – item 1.3
do roteiro

34
8.5 Matriz programas investigados – aspecto institucional II – dimensão
orçamentária e financeira

Participação de
dotação orçamentária Fontes dos Programa incluído recursos privados na
no orçamento 4
recursos no PPA 2006-2009? execução do
PROGRAMA municipal? (item 3.1)
programa
Sem Sem Sem
Sim Não F E M Sim Não sim não
inf. inf. inf.

Economia solidária X X X X

LOA: Recursos para as ações de Economia Solidária de um modo geral, não


específica por projeto.

Existem interfaces com outros financiadores, geralmente os projetos possuem


Informações
orçamento maior que o financiamento recebido, assim procura-se captar recursos
complementares
em outros órgãos do Estado, da União e/ou organizações Internacionais, porém
nenhum recurso foi recebido ainda.

os beneficiários são orientados para a captação de recursos em outras fontes


Participação de
dotação orçamentária
Fontes dos Programa incluído recursos privados na
no orçamento
recursos no PPA 2006-2009? execução do
PROGRAMA municipal? (item 3.1)
programa
Sem Sem Sem
Sim Não F E M Sim Não sim não
inf. inf. inf.
Programa Nacional
de Suplementação x x X x
de Vitamina A
Participação de
dotação orçamentária
Fontes dos Programa incluído recursos privados na
no orçamento
recursos no PPA 2006-2009? execução do
PROGRAMA municipal? (item 3.1)
programa
Sem Sem Sem
Sim Não F E M Sim Não sim não
inf. inf. inf.
Programa Nacional
de Suplementação x x x x
de Ferro
Participação de
dotação orçamentária
Fontes dos Programa incluído recursos privados na
no orçamento
recursos no PPA 2006-2009? execução do
PROGRAMA municipal? (item 3.1)
programa
Sem Sem Sem
Sim Não F E M Sim Não sim não
inf. inf. inf.
Programa “Prato
X X X X
Amigo”
Informações A entrevistada informou que o programa obteve aprovação de recursos junto ao
complementares MDS, mas estes não foram ainda recebidos.
Participação de
dotação orçamentária
Fontes dos Programa incluído recursos privados na
no orçamento
recursos no PPA 2006-2009? execução do
PROGRAMA municipal? (item 3.1)
programa
Sem Sem Sem
Sim Não F E M Sim Não sim não
inf. inf. inf.
Restaurante Prato
X X X X
Popular
Informações
Parceria da Gerdal, Puras e Prefeitura de Salvador.
complementares

4
Anexar apêndice com detalhamento dos recursos para o programa segundo fonte, se houver informação
disponível.

35
8.6 Matriz programas investigados – aspecto técnico e social –
objetivos, população alvo

Houve Um
Diagnóstico Critérios De
Prévio À Objetivo(S)
Programa Objetivo Geral Popu-lação Alvo Acesso Ao
Implantação Da Específico(S)
Benefício
5
Ação? Qual?
Definiu-se com o
Sim. Existe um mapeamento
mapeamento do prévio (SIES) os
Ministério do segmentos
Trabalho, do qual empreendedores
os coordenadores mais numerosos
participaram, como prioritários.
formando o SIES O programa de Não é realizada a
– Sistema de Economia chamada pública,
Informações em Solidária é busca-se
Economia Ampliar a formado por identificar os
Solidária, sustentabilidade vários empreendimentos
Empreendimentos
Economia diagnosticou-se a dos projetos. que já vem
solidários de
solidária situação de empreendimentos Assim, os construindo uma
Salvador.
empreendimentos solidários de objetivos proposta, de
em todo o país, Salvador. específicos são articulação em
em especial destrinchados rede.
Salvador. Alem em cada Prioriza-se
disso, partiram projeto. também a
de informações relação com o
consultadas no Fórum
Fórum Soteropolitano de
Soteropolitano de Economia
Economia Solidária como
Solidária. interlocutor
preferencial.
Programa Dimuição da
Nacional de prevalência de Crianças até 2
Não. Não soube definir Toda a população
Suplementação hipovitaminose anos de idade
de Vitamina A A
Programa Dimuição da
Nacional de prevalência de
Não. Não soube definir Toda a população Crianças
Suplementação deficiência de
de Ferro ferro

5
Esta informação refere-se ao item 1.2 do roteiro específico. Caso existam informações complementares
sobre este diagnóstico prévio elabore um apêndice sobre o tema intitulado – apêndice 1 – Diagnóstico e
avaliações prévias a implantação dos programas

36
Houve Um
Diagnóstico Critérios De
Prévio À Objetivo(S)
Programa Objetivo Geral Popu-lação Alvo Acesso Ao
Implantação Da Específico(S)
Benefício
5
Ação? Qual?
As instituições
procuram a
SEDS. A SEDS
faz o cadastro,
Creches encaminha para o
Complementação Asilos Prato Amigo e o
1. REdução do
alimentar das Hospitais PA verifica:
desperdício de
refeições servidas Ex-portadores de 1.Há adequada
alimentos
nas instituições; dependência infraestrutura?
servidas nas
diminuição dos química (fogão, geladeira,
instituições;
desperdícios de etc)
2. Doação de Ex-portadores de
Programa alimentos; 2.A instituição faz
alimentos às HIV
“Prato Amigo” promoção da trabalho social?
instituições Portadores de
educação (verificação de
sociais; Câncer.
alimentar nas função da Ass.
3. Educação
instituições Social)
alimentar nas (297 instituições
sociais e 3. Há condições
instituições sociais fixas)
facilitação social de armazenar e
sociais.
das empresas. fazer o
aproveitamento
dos alimentos
doados (triagem
de qualidade para
o consumo)
1. Minimizar
dos índices de
desnutrição na
região de São
Tomé de
Paripe,
A população
subúrbio
atendida foi
ferroviário de
escolhida pelo Critério de renda
Salvador – BA.
alto índice de Minimizar os bem definido:
2. Incluir
pobreza da região índices de Famílias prioridade de
socialmente as
Restaurante que fica próxima desnutrição, numerosas e com atendimento a
famílias
Prato Popular à fábrica da subúrbio crianças, e de famílias
atendidas
Gerdal, o que ferroviário de baixa renda. numerosas, com
(Suporte
incentivou a Salvador – BA. crianças e o
sócio-
criação e critério de renda.
assistencial,
implantação
apoio na área
deste programa.
de saúde e
educação). 3.
Fortalecer as
relações da
família e da
comunidade.

37
8.7 Matriz programas investigados – aspecto técnico e social II –
implementação

Tipologia da
Agentes
Ações oferta do
PRO- Ações propostas para responsáveis
efetivamente benefício
GRA- alcance dos objetivos pela execução
implementadas (considerar
MA (item 1.5) das ações (item
(item 2.1) opções do item
2.3)
2.2)
As ações deste programa
são divididas em 6 áreas Os benefícios
principais: estão descritos de
1. Centro de Economia acordo com as
Solidária: Ações de ações principais: A equipe
articulação para 1. Ainda em fase responsável pela
construção do espaço de de formulação, economia solidária
comercialização de porém com é formada por 3
produtos, em especial de ganhos pessoas, da
empreendedores do organizativos e de SEMPRE, que se
artesanato e alimentação. comercialização. responsabilizam Centro público:
2. Complexo de 2. Ampliação da mais pela Equipamento
cooperativas de coleta de produção em formulação e cedido pelo
resíduos: Ações de cerca de 30%. articulação das Estado, localizado
continuidade e 3. Benefícios á ações. no bairro do
fortalecimento deste curto prazo de Os agentes locais Comércio na
complexo. fortalecimento do são todos cidade de
3.Vestuário: Ações de seu processo tercerizados, por Salvador.
identificação de organizativo. convênios. Outros Projetos:
Economia empreendedores neste 4. Ganhos de A sociedade civil As ações ocorrem
Solidária grupo e mobilização para receitas dos participa do nos locais dos
formação de cooperativas. empreendedores processo de empreendimentos,
4. Feira Anual de envolvidos. gestão, porém de não
Economia Solidária: 5. Processo de forma diferenciada, necessariamente
Organização e ganhos da vida para cada projeto, em prédios
disponibilização de produtiva e de sendo eleitos as próprios, sendo
recursos. sustentabilidade, vezes pela própria apenas um deles
5. Agentes locais de variando de organização do locado na
Economia Solidária: Ações acordo com o projeto. Assim, prefeitura
de melhoramento das nível organizativo participam da (UNIART)
casas do trabalhador e de cada formulação (Fórum
capacitação local dos cooperativa. Soteropolitano de
empreendedores. 6. Impactos Economia
6. Encubação de diretos nos Solidária) e
cooperativas: Ações de empreendimentos, execução do
fortalecimento de com informações projeto.
cooperativas, sobre a gestão de
possibilitando e agilizando empreendimentos.
a comercialização dos
produtos.
Unidades básicas
de Saúde:
Nutricionista,
Progra- farmacêutico,
A oferta do
ma pediatra,
benefício é feita
Nacional enfermeira de
nas Unidades
de Não foi definida puericultura,
Não foi definida pela Básicas de
Suple- pela enfermeira de
entrevistada Saúde e nas
mentaçã entrevistada pré-natal
Unidades do
o de Unidades de
Programa saúde
Vita- Saúde da
da Família
mina A Família: Toda a
equipe incluindo
o agente
comunitário

38
Tipologia da
Agentes
Ações oferta do
PRO- Ações propostas para responsáveis
efetivamente benefício
GRA- alcance dos objetivos pela execução
implementadas (considerar
MA (item 1.5) das ações (item
(item 2.1) opções do item
2.3)
2.2)
Unidades básicas
de Saúde:
Nutricionista,
farmacêutico,
A oferta do
Pro- pediatra,
benefício é feita
grama enfermeira de
nas Unidades
Nacional Não foi definida puericultura,
Não foi definida pela Básicas de
de Su- pela enfermeira de
entrevistada Saúde e nas
plemen- entrevistada pré-natal
Unidades do
tação de Unidades de
Programa saúde
Ferro Saúde da
da Família
Família: Toda a
equipe incluindo
o agente
comunitário
O poder público
municipal
disponibilizou o
espaço, o
Existe um comitê
assistente social,
gestor formado
o apoio
pela Secretaria
administrativo e
Municipal de
a vigilância 24h.
Desenvolvimento
A Gerdal
Social, Gerdal,
Distribuição de construiu o
Puras de
alimentos, restaurante e
Restau- Alimentação e
palestras, cedeu ao
rante Distribuição de Sesi (não de
incentivo à município. E a
Prato alimentos forma
educação, Puras de
Popular constatnte).
orientações de Alimentação
Lideranças
saúde. fornece a
comunitárias
alimentação a
também vêm
um custo
participando:
reduzido. O Sesi,
Pastoral da
no início, ajudou
Criança, Centro
o cadastro das
de saúde.
famílias e
forneceu os
cursos de
capacitação.

39
Tipologia da
Agentes
Ações oferta do
PRO- Ações propostas para responsáveis
efetivamente benefício
GRA- alcance dos objetivos pela execução
implementadas (considerar
MA (item 1.5) das ações (item
(item 2.1) opções do item
2.3)
2.2)
No CEASA: Governo
01 Tec. Nutrição; Estadual:
Complementação 02 estagiários; doação de um
alimentar das refeições Doação de 01 motorista; Box no CEASA
servidas nas alimentos 01 ajudante. para fazer a
instituições sociais; coleta;
Capacitação nas Na Sede:
Diminuição dos instituições 02 Ass. Sociais; Prefeitura:
Program Dez carros
desperdícios de sociais 03
a “Prato equipados de
alimentar; Nutricionistas;
Amigo” transporte de
Educação 03 Aux Adm;
Promoção da educação alimentar da 10 Motoristas; alimentos
alimentar nas população que 14 Ajudantes;
instituições sociais e recebe as 04 Seguranças. Prefeitura:
facilitação social das doações. 03 Estagiários Aluguel e
empresas. Nível Médio manutenção do
02 Estagiários prédio sede do
Nível Superior Programa.

40
8.8 Matriz programas investigados – aspecto técnico e social III –
recursos humanos, acompanhamento e avaliação

Cadastro
Perfil (quantidade quando possível) dos Sistema de
dos
RH envolvidos na execução do acompanhamento
beneficiári
programa (item 3.4) e avaliação
PROGRA os Informações
MA Envolvim complementares
ento 6 7
Formação Vínculo S N S N
(integral,
parcial)
Existem 3
responsáveis
Existem Alguns programas
pelo programa
mecanismos de ainda estão nas suas
na SEMPRE.
monitoramento ações iniciais, assim a
Além do específicos, divulgação dos dados e
Porém, para a
SIES, geralmente resultados preliminares
execução local, A
no através de ainda não são
no âmbito dos contratação
Em sua âmbito fóruns de cada divulgados.
Economia projetos, os RH também é
maioria dos projeto. A equipe tem
solidária humanos definida pelo
integral. projetos participado de fórum e
envolvidos são convênio
, existe Releitura conferencias de
definidos no firmado.
este prevista do Economia Solidária,
escopo dos
controle Mapeamento dos porém não participaram
convênios, o
dados coletados das Conferencias
que varia de
pelo SIES. Municipal e estadual de
acordo com a
SAN.
categoria do
projeto.
Unidades
básicas de
acompanhamento de
Saúde: Unidades
no. de doses e
Nutricionista, básicas:
Programa suplementos fornecidos
farmacêutico, Servidores
Nacional por dia. Os registros
pediatra, públicos/
de são feitos na própria
enfermeira de efetivados Parcial (30
Supleme X X sala de vacina.
puericultura, Unidades de horas)
ntação de No final do mês o
enfermeira de Saúde da
Vitamina Nutricionista recolhe o
pré-natal, Família:
A mapa de registro e
Unidades de Terceirizado
encaminha para o
Saúde da s
Distrito Sanitário,
Família: Toda a
equipe

6
Em caso positivo compor apêndice com informações complementares – item 5.1
7
em caso positivo compor apêndice com informações complementares – itens 5.2 a 5.6

41
Cadastro
Perfil (quantidade quando possível) dos Sistema de
dos
RH envolvidos na execução do acompanhamento
beneficiári
programa (item 3.4) e avaliação
PROGRA os Informações
MA Envolvim complementares
ento 6 7
Formação Vínculo S N S N
(integral,
parcial)
Existe um
acompanhamento de
quantas doses e
suplementos foram
fornecidos por dia. Os
Unidades
registros são feitos na
básicas de
própria sala de vacina.
Saúde:
No final do mês o
Nutricionista,
Unidades Nutricionista recolhe o
farmacêutico,
básicas: mapa de registro e
pediatra,
Programa Servidores encaminha para o
enfermeira de
Nacional públicos/ Distrito Sanitário, onde
puericultura,
de efetivados Parcial (30 os registros de todas as
enfermeira de X X
Supleme Unidades de horas) unidades do distrito são
pré-natal
ntação de Saúde da repassados para um
Unidades de
Ferro Família: mapa de consolidação.
Saúde da
Terceirizado Na Secretaria de Saúde
Família: Toda a
s os mapas dos distritos
equipe
são consolidados e os
incluindo o
registros do município
agente
de Salvador são
comunitário
repassados ao
Ministério da Saúde. O
município de Salvador
apresenta 12 Distritos
Sanitários
Cadastro em papel e
Pagamento em meio eletrônico:
Restaur
Nutricionistas, feito pela faixa etária, formação
ante
assistentes Puras, Parcial X X escolar, condições de
Prato
sociais Gerdal e saúde, raça,
Popular
Prefeitura condições de
trabalho e renda.
Todos os membros da
No CEASA:
equipe do Programa
01 Tec.
A são admitidos através
Nutrição;
entrevistada de seleção curricular,
02 estagiários;
cita de uma não através de
01 motorista;
forma geral concurso.
01 ajudante.
que: cadastro dos
Uma parte Todos são beneficiários:
Na Sede:
da equipe é envolvidos Arquivo eletrônico
Programa 02 Ass. Sociais; X
terceirizada em tempo (sistema informatizado
“Prato 03 Nutricio- X
(contrato da integral. próprio)
Amigo” nistas; (ver observação)
Prefeitura 8 Avaliações
03 Aux Adm;
com 3°s) e horas/dia (indicadores)
10 Motoristas;
a outra Apenas os doadores
14 Ajudantes;
parte tem recebem relatórios com
04 Seguranças.
vínculo com informação de volume
03 Estagiários
o MAIS doado,
Nível Médio
Social. O quanto eles
02 Estagiários
colaboraram, como
Nível Superior
anda o programa.

42
8.9 Participação e Mobilização Social - SanPólis

8.9.1 Conselho Municipal de SAN

Aspecto O que observar Informações obtidas


Representação Os vários membros que compõem o Conselho
Setorial? pertencem a setores diferenciados, sendo 1/3
do Poder Público e 2/3 da Sociedade Civil.
Composição
(itens 1.1 a 1.5 Representação Observa-se que a representação é plural.
do roteiro plural? Com membros das áreas de educação,
específico) desenvolvimento social, reparação social,
entidades religiosas - arquidiocese, paróquias
e igreja adventista -, cooperativas de
trabalho, associação de preservação
ambiental, associação de combate às
desigualdades raciais, além de membros do
“Mesa Brasil”. Não foi identificada a
representação de conselhos de classes
profissionais nem da área da saúde
Como se dá/deu Conforme interesse, os membros foram se
a escolha dos integralizando e formaram o Fórum CAFÉ,
conselheiros? instituindo-se assim o COMSEA. Depois da
sua criação (2004) até os dias atuais não
houve alteração dos membros permanecendo
a mesma presidência e conselheiros.

Houve Não são realizadas capacitações. Para o


capacitação dos entendimento da presidência do Conselho,
conselheiros? Se segundo informado em entrevista, os
sim, informar membros precisam ter competência e
quando, em que, afinidade política, pois só assim o Conselho
etc. pode funcionar com suas proposições
políticas através de membros experientes
para tal.

Outros aspectos
relevantes
Funcionamento As reuniões são São periódicas, a cada 15 dias. Segundo
(itens 1.6, regulares? Qual coletado em entrevista, o mínimo de duas
2.1,2.2, 3.1,3.7, a regularidade? reuniões mensais se fazem necessárias.
do roteiro No entanto, informa quando as reuniões não
específico) formam quorum, são realizadas de forma
informal, constando uma ata com as
proposições para discussão nas plenárias
seguintes
O conselho tem Não foi referida a existência de um plano de
um plano de trabalho formal, documental.
trabalho? Se
sim, como e por
quem foi
elaborado?

43
Qual o índice de Conforme informado em entrevista, o índice
freqüência dos entre 9 e 10 membros. No entanto, na última
conselheiros às plenária convocada para 18 membros, só se
reuniões? fizeram presentes 4 membros, conforme
documento de freqüência e observação in
loco.

Conselho local Da mesma forma que para o Plano de


encaminha Trabalho, não há encaminhamentos
demandas para sistematizados. Fomos informados, durante a
nível estadual? entrevista que, quando surgem proposições
Item 3.7 políticas, o COMSEA encaminha para o
Executivo Municipal, através da Câmara de
Vereadores. Embora não tenha sido citado
exemplo.

Conselho local Sim, segundo dado coletado em entrevista. A


avalia políticas presidência cita o registro do Bolsa Família
municipais? que está sendo feito pelo COMSEA e a
Item 3.8 participação no programa de Alimentação
O conselho tem Escolar, citando como colaborador no projeto
sido capaz de de avaliação.
interferir na
política local?
(itens 3.2 a 3.6
e 3.9 a 3.14 do
roteiro)

44
8.9.2 III Conferência Municipal de SAN - 1 a 2 e março de 2007 -
Síntese em torno das temáticas apresentadas.

Análise da situação do Município no contexto da realidade brasileira: social,


econômica, política, cultural e os desafios para construção das políticas
públicas.

 Salvador: cidade em situação critica nas condições da gestão administrativa-


financeira; dificuldades na implementação de programa sociais; dimensão
metropolitana e modelo urbano centrado na exploração dos serviços públicos;
 Política de San: tradição do assistencialismo e clientelismo; ausência de
programas governamental focada na superação da fome; Incertezas,
instabilidades e perplexidades são sentimentos que continuam dirigindo a vida
política e o planejamento público apresentando reflexos nas peças da
administração pública, legislação, orçamentos e gestão, apesar da crescente
evolução da conquista da alimentação adequada como direito humano
fundamental.
 Conclusão: é fundamental acompanhar e analisar os indicadores como nível de
renda, de escolaridade, mortalidade infantil dentre outros a fim de demonstrar a
situação do município na condição de qualidade de vida de sua população.

Identificação e avaliação das ações e políticas pública desenvolvida para Segurança


Alimentar e Nutricional - AÇÕES:

 Município, Estado e Federação: Banco de Alimentos Prato Amigo; Programa


Nacional de Alimentação Escolar; Proteção básica com programa de apoio á
criança, com o programa agente jovem, o PAIF - Programa de atenção integral
á famílias, o CIAS - bolsa família, atendimento a pessoas com necessidades
especiais, grupos de convivência, encaminhamentos à Proteção Social Especial e
de Média Complexidade, além do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil, a Jornada ampliada e o Programa Sentinela; Proteção Social Especial -
Alta Complexidade como o Programa de apoio a abrigos de crianças e
adolescentes, o Programa de apoio ao idoso, o Programa de apoio a populações
de rua e migrantes e o Benefício passagem.
 Empresas Privadas e Organizações da Sociedade Civil:
o Banco de alimentos: rede de articulação empresários e sociedade
civil - Sesc Mesa Brasil e Prato Amigo;
o Restaurante Popular: Prato popular, prato do povo e cozinhas
comunitárias com experiências diversas.
 Conclusão: As ações são setorizadas e não conseguem a abrangência
necessária para a universalização. Raras iniciativas de geração da promoção
humana. Garantem a dignidade mas carecem de efetiva promoção humana

Políticas pública para segurança alimentar e nutricional.

SAN nas estruturas de Governo Municipal:


 A articulação de SAN nas diversas esferas do governo municipal e
monitoramento;
 PMS apresentar um programa com o objetivo de erradicar a pobreza na cidade;
 SMEC criar/disponibilizar instrumentos para obter melhor funcionamento dos
CAE´s (Conselho de Alimentação Escolar);
 Política de abastecimento municipal (Condições das Feiras livre e dos mercados
municipal);
 Programa social a nível municipal para o acesso aos alimentos pelas camadas
de baixa renda, enquanto direito à alimentação adequada, balanceada e a

45
preços mais acessíveis: feiras de bairro, hortas, restaurantes populares e hortas
comunitárias;
 Estímulo à produção de alimentos: agricultura urbana, aqüicultura e pesca
(Condições do pescador e marisqueiras enquanto agente produtor de
alimentos);
 Qualificação da participação da sociedade civil em políticas públicas: No Comitê
do Programa Bolsa Família, no Diagnóstico de Orçamento Familiar em Salvador,
na análise dos resultados dos Programas sociais desenvolvidos pelos Governos.
Conclusão: é urgente investimento municipal e criação de mecanismos que
invertam as prioridades do município.

Salvador, 02 de março de 2007.


COMSEA - Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
CAFÉ - Fórum Soteropolitano de Segurança Alimentar e Nutricional.

46

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