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GILMAR VIANELLA.1
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INSTIUIÇÃO: CES/JF Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora.
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A Geografia escolar pode ser um saber essencial se for capaz de compreender sua
condição de “gramática do mundo”, isto é, de um corpo de conceitos e competências
destinados a desvendar o texto social impresso nas paisagens. Essa é sua função
insubstituível: não há outra disciplina adequada a revelar como o espaço produzido
pelas sociedades materializa projetos econômicos, estratégias políticas e identidades
culturais.
Quando Magnoli se refere à “gramática do mundo” no sentido prático ele quer dizer que a
Geografia também pode se expressar em outras escalas de análises, todas elas demonstrando a atuação
do homem como construtor e modificador do espaço geográfico.
Fruto de longa intervenção social sobre o meio ambiente, o espaço geográfico é o palco
dos acontecimentos, espaço de vivência, de fluidez. Neste espaço o ser humano imprime novas
características, pois é um ser social. Reconhecer as formas visíveis e concretas do espaço geográfico
atual, seu processo de formação durante o tempo, isto é, o processo histórico, identificar, analisar e
avaliar os impactos destas transformações faz parte do conteúdo geográfico.
Este é também o parecer do MEC/Conselho Nacional de Educação quando da proposta
dos Parâmetros Curriculares Nacionais, para Ensino Fundamental.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
Hoje para entender a Geografia e abordar as questões tratadas nesta disciplina, temos que
adentrar a sala de aula e conhecer os conteúdos dos livros didáticos. Torna-se também indispensável
buscar outras fontes de conhecimento, analisar e reconhecer outras formas de abordagens,
aprofundando e atualizando temas relacionados ao mundo, ao homem e a atuação deste no espaço
geográfico.
Devemos buscar um novo olhar, buscar uma integração entre a Geografia e outras
disciplinas e entender holisticamente o mundo atual. A questão da integração supõe uma reflexão
sobre a realidade que vivemos e ao ficar a par das modificações contemporâneas, alcançamos uma
melhor visão do mundo.
Temos que ter um enfoque crítico-construtivo no ensino da Geografia, enfoque este que
auxilie na formação de cidadãos conscientes, dotados de opinião própria, de posturas modificadoras do
status quo, um ensino geográfico voltado para a cidadania.
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Esse espírito crítico significa desenvolver nos discentes alternativas diante das
“realidades”. Orientá-lo para que perceba claramente o mundo onde as transformações ocorrem numa
velocidade acelerada e diante do qual devemos tomar decisões a todo instante é função da Geografia.
A Cartografia pode ser considerada como um dos instrumentos facilitadores da inclusão
dos alunos do Ensino Fundamental com PPDVs (Pessoas Portadoras de Deficiência Visual). A
dificuldade encontrada pelo professor de Geografia ao trabalhar com a Cartografia para deficientes
com PPDVs, na 6ª série do Ensino Fundamental é uma realidade, uma vez que não encontramos nos
currículos dos cursos de formação de professor nenhuma disciplina que capacite o profissional no
trabalho com deficientes visuais.
Os portadores cegos ou de baixa visão carecem de vários recursos didáticos especiais,
vindo a garantir suas possibilidades de desenvolvimento e participação na sociedade.
O objetivo da inclusão está no centro da política educacional e da política da sociedade.
Na área da educação a inclusão envolve um grande processo de reforma e de reestruturação das
escolas como um todo, com o direcionamento de assegurar que todos os alunos tenham acesso a todas
as gamas de oportunidades de educação e sociais oferecidas pelas escolas.
Segundo Romeu:
Conceitua-se a Inclusão Social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e
simultaneamente estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A
Inclusão Social constitui um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas e
a sociedade busca, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e
efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1997, p. 3).
Quem é o deficiente visual entre nós? O cego é um ser normal, é apenas portador de
uma deficiência. Eles precisam, apenas, demonstrar que possuem a mesma
capacidade para participar do desenvolvimento sócio-econômico cultural (...)
Atualmente a situação não se apresenta dessa forma, principalmente no que diz
respeito a legislação.(...) Mas o que se observa é que existe uma contradição entre o
discurso e a realidade vivida pelo deficiente.
Escola
Municipal
01 21 M Ensino Médio Nascença Sim
Cosette de
Alencar
Escola
2º ano do Ens. Municipal
02 25 F Sub Nor Sim
Médio Cosette de
Alencar
3º ano do Ens.
03 29 F Adquirida Curso Saúde Sim
Médio
Escola
Municipal
04 29 M Ensino Médio Nascença Sim
Cosette de
Alencar
Escola
Municipal
05 32 M Ensino Médio Sub Nor Sim
Cosette de
Alencar
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Escola
2º ano do Ens. Municipal
06 32 M Nascença Sim
Médio Cosette de
Alencar
07 36 M Pedagogia Nascença CES/JF Sim
Curso Pré
08 53 F Ensino Médio Nascença Sim
vestibular
9º período de
09 59 M Sub Nor CES/JF Sim
Psicologia
9º período de
10 45 F Nascença CES/JF Sim
História
Elaboração: Vianella, Gilmar. 2006
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