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Perigo noturno
Existem vários tratamentos para a apneia do sono, mas médicos
dizem que a melhor forma de combatê-la é evitar o excesso de peso
Bruno Costa
Exercícios
Sabendo que os tecidos moles são os responsáveis pela obstrução do ar, a fonoaudióloga e
especialista em motricidade orofacial Katia Guimarães criou uma série de exercícios para fortalecer
a musculatura da garganta e da língua. Um estudo feito em parceria com o Instituto do Coração de
São Paulo (InCor) constatou a eficácia da técnica. No grupo de 16 voluntários que realizaram os
exercícios elaborados pela especialista, foi observada uma redução de 40% nos casos de ronco e
apneia. “Eu já aplicava esses exercícios em meus pacientes, mas o estudo serviu para comprovar a
eficácia da técnica”, diz a médica, que teve a pesquisa publicada no periódico American Journal of
Respiratory and Critical Care Medicine. Um dos 16 voluntários foi Carlos Romagnolli, 59 anos, que
passou a dormir bem melhor, segundo conta: “Em uma semana, melhorei muito. Estou muito mais
disposto”.
Sofrendo do nível mais grave da doença — determinado pela polissonografia, exame que mede a
quantidade de paradas respiratórias por hora —, Romagnolli era um forte candidato a ser tratado
com o CPAP, aparelho que injeta ar pela garganta por uma máscara enquanto a pessoa dorme.
Trata-se da técnica mais comum para tratar os casos sérios do mal. “Com os exercícios, não
precisei da máscara”, comemora.
Apesar dessas opções, os especialistas dizem que a melhor forma de evitar o mal é controlando o
peso. “Mais de 70% dos casos de apneia acontecem em obesos”, informa o diretor do Laboratório
do Sono do InCor, Geraldo Lorenzi. “Se a pessoa perde peso, os músculos flácidos somem e a
circunferência do pescoço diminui”, explica. O esforço para manter a forma vale a pena, afinal, a
apneia pode causar problemas como infarto do miocárdio, derrame cerebral e arritmia cardíaca.
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