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UM REAL E NOVENTA E CINCO

CENTAVOS
INFORMATIVO DO CAMPO MISSIONÁRIO
Miss. Anneliesse Silva

Quanto vale uma pessoa?

Há alguns dias aconteceu um pequeno fato, o qual me fez refletir ainda mais sobre o
tipo de valor que damos às pessoas... Havia entrado num ônibus que ia em direção à
zona norte da cidade. Ainda estávamos no terminal de integração, o terminal DIA, o
mais agitado da cidade de Aracaju. Pessoas indo e vindo de várias direções,
apressadas, correndo, tentando desesperadamente passar por entre a multidão de
gentes cansada, afadigada, relaxada, bem vestida, cheirosa, suada, maltrapilha, suja,
todas com o mesmo objetivo: estar num ônibus que as conduza a uma direção
específica: casa, shopping center, trabalho, praias. É uma profusão confusa e
espetacular de humanos. Dentro do ônibus estava entretida a ler um livro, ao som de
uma música suave que tocava em MP3. Percebi, pelo som que ultrapassava a música
que eu ouvia, que algo estava errado dentro do ônibus, o qual ainda estava parado
dentro do terminal. Gritos e batidas chamaram a minha atenção em direção à traseira
do ônibus, onde um senhor, que aparentava a idade de 50 anos, era aplaudido e
incentivado pela multidão que se apertava no local. Ele berrava contra o motorista.
Estava nervoso. Vermelho de raiva exclamava: “Você tem que fazer o que eu mando!
Eu pago o seu salário! Deixe de safadeza! Tá pensando o quê? Se eu não pagar a
passagem, você não come! Você come às minhas custas!”
O motorista estava calado a olhar à frente. Percebi que um fiscal da empresa estava
tomando nota da quilometragem, dos horários e dos valores com o cobrador. Ao ouvir a
murmuração concordante da multidão atrás de mim, pude entender o motivo que os
levou àquela ira: o motorista ainda não havia saído com o ônibus de dentro do
terminal, e quando estamos apressados isso constitui um problema: queremos chegar
depressa ao nosso destino, contudo o ônibus não sai a tempo, e a nossa realidade, o
atraso, não nos deixa enxergar mais nada a não ser o fato de estarmos atrasados, e até
pensamos que tudo está conspirando contra nós!... É uma sensação desagradável.
Nesse caso, penso que o senhor estava apressado, por isso não conseguiu perceber
que o motorista só não havia saído ainda do terminal porque o fiscal ainda estava
executando o seu trabalho dentro do ônibus.
Estive a observar, um tanto horrorizada a cena que se passava, enquanto minha mente
filtrava o que acabara de ouvir meus ouvidos: “Você come às minhas custas!” Essa
afirmação, que não fora a primeira que ouvi, ficou a soar em meus ouvidos e a
perturbar minha mente. Certamente é uma alegação que todos já ouviram, e, a maioria
até já fez a alguém. Não existe nada de novo nela, o novo estava nos tipos de
provocações que ela estava trazendo ao meu espírito.

Dinheiro é um bem para adquirirmos outros bens! Nunca, nunca, nunca, o dinheiro será
suficiente para pagar o valor de uma vida! Jesus disse que “uma vida vale mais que o
mundo inteiro”! Eu não sei quando nós perdemos a percepção do quão valiosas nossas
vidas são, mas sei que perdemos. O motorista que trabalha de maneira negligente, só
o faz porque as pessoas que estão dentro do ônibus que ele dirige, do qual ele é líder,
valem exatamente R$ 1,95 cada – valor referente à realidade aracajuana. O passageiro
que maltrata o motorista e o cobrador, só o faz pela mesma razão: ele pagou R$ 1,95
pelo serviço deles, é isso o que eles valem. Nossas relações estão baseadas na lei do
consumo, mas nós transferimos isso para as vidas das pessoas. As pessoas não são os
produtos que elas vendem, tampouco são os produtos que compram, elas valem mais
que isso! Aliás, NÓS valemos mais que isso!
O mundo pós-moderno com sua forma indefinida de ser e de existir, com sua quebra
das tradições e inovações, com sua pressa em se obter lucro e sua luta desenfreada
pela riqueza, tem nos feito perder nossa identidade humana, a nossa dignidade, o
nosso valor. Há alguns séculos os ricos sofriam desse “desconhecimento” de valor,
uma vez que tentavam comprar todas as pessoas, até mesmo escravizando-as. Agora,
todos querem comprar a todos, e todos querem se vender! O dinheiro ocupou a parte
mais considerável da nossa existência humana! E há quem diga que o anti-Cristo ainda
está por vir... O homem nunca foi anti tudo o que é Cristo, como o é quando se trata de
dinheiro, de poder. O apóstolo Paulo previu isso quando escreveu a Timóteo: “O amor
ao dinheiro é a raiz de TODOS os males”. Ama-se tanto ao dinheiro que nem se percebe
quantas coisas magníficas se tem jogado no lixo. Mudamos o valor do SER para TER.
Como somos néscios nesse sentido. Salomão diria que estamos “correndo atrás do
vento”, que estamos vivendo na “vaidade” da nossa cobiça, e que não percebemos
cedo que tudo o que importa nessa vida é o que fazemos dela, o que fomos, não o que
tivemos. Que o valor está no que se É e não no que se TEM. Como somos humanos
tolos... Muitas vezes não percebemos a jóia rara que está ao nosso lado, ao nosso
redor. As pessoas são os bens mais importantes que podemos usufruir, o maior
presente que Deus nos deu. Nada do que temos poderá comprá-las. O próprio Jesus
precisou morrer para resgatar a vida de cada pessoa. O ser humano é o que há de mais
valioso nesse mundo!

A vida é o bem mais valioso, e ela é INTERDEPENDENTE! Isto que dizer que ela está
entre a dependência. Nós dependemos uns dos outros em todo o tempo! Pagamos R$
1,95 para irmos de um lado a outro da cidade, e esse valor “paga” o salário do
motorista que nos conduz. O mesmo motorista paga os impostos, e esses impostos
“pagam” o salário do funcionário público. O motorista e nós pagamos o serviço de um
médico, de um dentista, de um advogado, compramos um objeto, damos uma gorjeta,
e assim “pagamos” o salário desses profissionais: médicos, advogados, comerciantes,
empresários, garis, professores... Estes também pagam seus impostos e também
compram bens e se servem deles, e com seu dinheiro “pagam” o salário de quem
estão comprando ou usando os bens. Em suma, TODOS PAGAMOS, A COMIDA DE
TODOS! Não somos independentes! Pode haver uns com mais poder para comprar mais
e usufruir mais, mas o salário destes também está atrelado àqueles que têm menos! O
que possuímos não faz quem somos! O homem é o que é, não o que possui! Se aquela
multidão do ônibus tivesse essa consciência não alegaria seu poder sobre o motorista,
e se o fiscal soubesse dessa verdade, não imporia sua condição sobre a multidão e nem
o motorista agiria com tanta indiferença. E tudo por míseros R$1,95. Estive pensando
no quão miseráveis podemos ser, às vezes. Ah, se pensássemos uns sobre os outros o
que Deus pensa... Como o mundo seria diferente... Se ao menos tivéssemos ciência da
lógica da interdependência... Que mundo mais lindo, mais ameno, mais cordial
teríamos... Que mundo melhor...

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Baseado nesse princípio do valor humano, Jesus nos enviou a pregar o Evangelho a
toda criatura e em todos os lugares. No último dia 22/08 estivemos na cidade de
Malhador, interior de Sergipe para a realização de um impacto evangelístico. Foi um
tempo maravilhoso. A “fria” e “distante” cidade de malhador, que não gosta muito de
acolher estranhos, nos recebeu de portas abertas. Um grupo de 16 jovens da nossa
base de operações em Sergipe trabalhou duro para alcançar 441 pessoas com a
pregação do Evangelho, em mais de 150 casas. À noite, a igreja estava lotada,
constando mais de 200 pessoas para o culto. Nesse dia 12 pessoas entregaram seus
corações a Jesus! Este sim é um número maravilhoso, que vale a pena ser contado.
Essas 12 vidas valem mais que o mundo inteiro! Os céus fizeram festa por causa
delas!
Enquanto estava nas casas conversando com as pessoas, e mesmo quando pregava no
culto à noite, pensava em como podemos ser cegos, deixando de nos deliciar na beleza
que existe em salvar pessoas, enquanto brigamos para fazermos a nós mesmos, ao
que possuímos nas carteiras, nos bancos ou debaixo dos colchões mais valiosos do que
o preço do sangue de Jesus. Então deixei que essas 661 pessoas me fizessem rica
novamente, rica de verdade, rica de um tesouro eterno, rica da imagem e semelhança
de Deus, rica de um valor que supera em muito os R$ 1,95 daquele senhor que
brigava com o motorista no terminal DIA.

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Miss. Anneliesse Silva
Diretora de Jovens Com Uma Missão Aracaju
Av. Alexsandro Alcino, 590 / Prainha / Santa Maria / Aracaju – SE / CEP 49044-090
Fones: + 55 79 3248 5455 ou 9972 9828

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