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Le Transmutalisme, creé par Emmanuel de Cériz, est une attitude ontologique.

Une
posture différente face `l’existence et à notre propre être. Imaginons maintenant une societé
où les personnes vivraient cherchant à se transmuter en êtres où la dite conscience serait dominante
sur le moyen et sur le propre individu. Une societé où les personnes puissent vivre pour se
transmuter en êtres ilimités. Cela serait presque semblable à un monde où les êtres humains seraient
comme les chrysalides qui précèdent les papillons. Les papillons qui seraient alors des êtres humains
déjà transmutés en des êtres sans limites dû aux consciences maintenant dominantes et actives.
Utopique? Peut-être pas. Peut-être que ce qu’il nous manque pour cela, se soit la croyance
de cette nouvelle possibilté. La volonté et le désir aideront la conscience à découvrir les
moyens pour y arriver. TRANSMUTALISM is the recent ontological system created by the writer
Emmanüel De Ceriz and explained in the books "The Book of Meta-H", 1995, "Transmutalism", 1999,
"Ignius", 2001 and "Aureus", 2002/3. It consists in his transmutation into a new specimen, some kind of
unlimited and immortal being. He also founded a New Mathematics Theory, the "Transmutational Calculus",
to explore the possibilities to transmute one thing into a completely different thing (essence and structure),
A ~> B (A transmuted in B), with A ≠ B. The idea is very different from other approaches because is based
on an inner transmutation directly achieved from the Energy Field that composes each being. August
28, 2009 TRANSMUTALISMO é o recente sistema ontológico criado pelo escritor Emmanuel de Cériz e
explanado nos seus livros "O Livro de Meta-H", 1995, "O Transmutalismo", 1999, "IGNIUS", 2001 and
"Aureus", 2003. Consiste na transmutação do ser humano numa outra espécie quase ilimitada e imortal.

Então a imortalidade atrai-te?...


Já deves ter reparado que a maioria das pessoas não quer ser imortal. Talvez
a desejem até, mas não a querem...
Querem é "p... e vinho verde". Não leves a mal eu falar assim...
Chegaste a ler, no meu site, o capítulo "Pogonóforos" do livro "IGNIUS"?...
é sobre "possíveis espécies de imortalidade".

Deverás ter entre trinta e trinta e cinco anos de idade... cronológica,


claro. Mas até poderias ter 90, não seria isso que me desinteressaria em ti.

Na continuação da peripécia:
...eu e o meu valente lobito estávamos sentados no sofá da pequena
sala-atelier de casa dela mais preocupados em recompor as nossas energias do
que em qq outra coisa. Foi aí que escutamos as vozes dela e do seu amigo. As
vozes vinham, parecia-me, de uma sala próxima onde havia um televisor.
Falavam alto.
Subitamente ela elevou mais a voz num tom zangado e quase ditatorial. Eu não
conseguia acompanhar o que diziam porque os meus conhecimentos de basco
(euskera) são limitados. Mas pareceu-me que nas palavras dela havia algo
semelhante a "expulsão".
Um momento depois senti passos e a porta bater.
Apercebi-me que ele tinha ido embora e que eu e ela tínhamos ficado sós.
Sem dúvida que eu sentia um desejo quase irresistível de ir ter com ela.
Talvez nenhuma outra mulher tenha exercido em mim uma tão grande sedução.
Porém dois motivos fizeram-me permanecer onde estava: uma estranha ética
e um estranho pressentimento. Desde o primeiro momento que a vira,
gradualmente se fora tornando cada vez mais nítido em mim o seu tipo de
natureza... e eu, intimamente, sentia que ela era uma qualquer espécie de
vampira. Apesar de eu nunca ter encontrado uma vampira no mundo real, os
últimos acontecimentos indiciavam que algum encontro iria ocorrer nesse
domínio. Eu de certo modo ansiava-o e há vários dias que, subliminarmente,
criava um laço de ígnea sensualidade com essa estranha princesa basca
perdida no tempo. Amaya... lendária e secular, que me brindara com uma
estranha montagem na encosta do monte Igueldo aquando da minha primeira
chegada a Donostia (San Sebastian). Nessa noite, na terra da magia e do
insólito, eu sentira um poderoso, sensual e feroz chamamento vindo da
encosta. Olhei e vi algo tão estranho como difícil de definir. Projectores
faziam incidir uma luz branca e brilhante em algo grande que estava na
encosta do monte Igueldo. Parecia ser simultaneamente um casulo luminoso,
uma urna que parecia conter um corpo feminino, ou talvez um veado... No dia
anterior um basco emprestara-me um livro sobre a lenda da princesa Amaya que
se mantinha aparentemente adormecida desde o século VIII esperando pelo
regresso do libertador de Euskadi. Aquela visão insólita na encosta do monte
fez-me lembrar a lenda.
Depois dessa ocorrência eu pressentira a proximidade de Amaya por outras
duas ocasiões.
E, agora, talvez estivesse em casa dela.
A vontade e o desejo de a amar eram incomensuráveis. Como só uma mulher
que está para além dos vulgares humanos pode suscitar em mim. E ela estava
ali, no quarto dela, do outro lado do corredor...
Eu sentia que o nosso abraçar seria incandescente, inumano, voraz,
avassalador. Que nos amaríamos, que nos trespassaríamos, que nos
devoraríamos com um fulgor jamais compreensível pelos trôpegos e simples
mortais. Que nos amaríamos como apenas os seres de elevada energia podem
fazê-lo. Um fero e uma vampira envoltos num acto de amor! A explosão de uma
Super-Nova! O incendiar de tudo à nossa volta!...
Sim... eu pré-vivi, eu pré-visualizei esses momentos que estariam para
acontecer.

Já é tarde minha querida Louize. Depois continuarei a contar-te o que


aconteceu.
Um beijo de sangue e fogo,

O Conde de Saint Germain (tradução automática imperfeita)

O Comte de Saint Germain era um aventureiro de século 18 sabido como 'Wundermann de Der' - 'O
Wonderman'.

Era homem cuja origem era desconhecida e que desapareceu sem partida nem vestígio.

Seua data presumida de nascimento era 1690. Supôs morrido em 1784, mas muitas pessoas em Europa
viram-no depois dessa data. Alguns acreditam que ele ainda vive em. Eu sou uma dessas pessoas.

A hipótese comum sobre seu nascimento é esse Santo-Germain era o filho natural da viúva de Charles II de
Espanha e um certo Comte (Contagem) Adanero, quem ela soube em Bayonne. Esta rainha espanhola era
Marie de Neubourg, quem Hugo de Vencedora tomou como a heroina dseu Blas de Ruy. Esses que
antipatizaram com Santo-Germain dito que era o filho de um judeu português chamado Aymar, enquanto
esses que o odiaram disseram, no esforço adicionar a seu descrédito, que ele era o filho de judeu de Alsatian
nomeou Wolff.

Claramente recentemente uma nova genealogia de Santo-Germain foi proposta que parece o bem provável de
todo. É o trabalho do theosophists e Besant de Annie, que freqüentemente fez a declaração que o Comte de
Santo-Germain era um dos filhos de Racoczi de Francis II, Príncipe de Transylvania. As crianças de Racoczi
de Francis foram trazidas à tona pelo Imperador de áustria, mas um deles foi retirado de seu guardianship.
Germain de santo nunca pareceu envelhecer. Durante um século inteiro ele maintined a aparência física de
um homem entre quarenta e cinqüenta anos.

Pode fazer somente sobre algo. Era quase bom demais para ser verdade. Era mágico, músico, arte como um
violinist, talento como pintor, habilidade em alquimia e química, vidente que lê para e socializado com ricos e
famosos, teve grande riqueza, e era um dos homens bem misteriosos no continente de Europa. Soube quase
todas as linguagens européias. Seu conhecimento de história era compreensivo, e seuas realizações como
químico, em que ele baseou seua reputação, eram de várias maneiras considerável.

Por longe os talentos óbvios maiores do Comte de Santo-Germain foram ligados com seu conhecimento de
alquimia. Mas se Santo-Germain ele soube para fazer ouro, ele era suficientemente sábio não dizer nada
sobre ele. O nada mas a posse deste segredo talvez explicavam a riqueza enorme nseu comando, embora ele
não foi sabido ter dinheiro em depósito em qualquer bancos.

Tinha um ano do dos místicos bem célebres e aventureiros de vezes modernas. Era confidente de dois reis de
França, uma figura social, dotada deslumbrar rico, o assunto de mil rumor.

Gozou e procurou a companhia das mulheres bonitas dseu dia. Aparece das autobiografias de Gleichen de
von de Barão que quando Santo-Germain estava em Paris ele tornou-se o amante de Lambert de
Mademoiselle, filha do Lambert de Cavaleiro, que viveu na casa em que ele alojou. E aparece de
autobiografias do Grosley que em Holland ele tornou-se o amante de uma mulher como rico e misterioso
como se.

Embora ele nunca comeu qualquer alimento em público, ele gostou de jantar para fora porque das pessoas
que ele encontrou e as conversas que ele ouviu. Dizem que ele viveu em aveia. Teve um estoque imenso de
relatos divertidos com que ele regalou a sociedade.

Era aristocrata que viveu com príncipes e mesmo com reis quase num footing de um semelhante.

Deu pregas e cabelo de tintura para receitas para retirar.

Seua atividade e a diversidade dseuas ocupações eram muito grandes. Foi interessado na preparação de
tinturas e mesmo começou uma fábrica em Alemanha para a fabricação de chapéus sentidos.

Um dseus papeisél principais era que de um agente secreto em política internacional no serviço de França.
Tornou-se conselheiro íntimo confidencial do XV de Louis e foi confiado por ele com várias missões secretas.

Teve um amor de jóias numa forma extrema, e ele aparatosamente ostentou esses possuiu. Manteve uma
grande quantidade deles em um caixão, que ele carregou sobre em toda parte com o. A importância ele uniu a
jóias era tão grande que nos quadros pintado por ele, que estavam em si notável, as figuras foram cobertas
com jóias; e seuas cores estavam tão nítidas e estranhas que rostos pareceram pálido e insignificante por
contraste. As jóias lançam seua reflexão nele e jogou um que deturpando luz em o total de seua vida.

Ele também foi sabido carregar jóias costuradas nseua roupa. Foi dito ter apresentado uma cruz ornamentou
com jóias a uma mulher ele mal soube, porque ela desocupadamente tinha admirado-o.

A contagem reivindicou que tinha aprendido como virar vários diamantes pequenos em um grande e fazer
pérolas crescer a tamanho espetacular. Disse que ele pode retirar defeitos de diamantes. Pode fazer um
diamante grande para fora de várias pedras pequenas. Os diamantes que ele usou nseus sapatos e ligas foram
acreditadas valer mais de 200.000 francos.

Largamente foi suspeitado que ele também soube o segredo para fazer ouro para fora de metal de base.

A tradição relacionou que disse que ele tinha sabido Jesus e sido presente no Conselho de Nicea. Mas ele não
foi até agora como isto nseu desprezo para os homens com quem ele associou-se e nseu escárnio de seua
credulidade.
Parece ter tornado-se uma celebridade nos 1750 como um amigo de XV de Louis e seua Madame de ama de
Pompadour, que noites gastadas juntas com ele simplesmente para o prazer dseua conversa. XV de Louis
deve ter sabido-quem ele era, para ele estendeu a ele uma amizade que despertou o ciúme dseua corte.
Distribuiu-o salas no Chateau de Chambord. Fecha se para cima com Santo-Germain e Senhora de
Pompadour para noites inteiras; e o prazer que ele derivou dseua conversa e a admiração ele nenhuma
dúvida sentido para o alcance dseu conhecimento não pode explicar a consideração, quase a deferência, ele
teve para ele. Senhora Housset de du diz em seuas autobiografias que o rei falou de Santo-Germain como
uma personagem de nascimento ilustre.

Conte Charles de Cassel de Hesse, com quem ele viveu durante o no ano passado em que história é capaz de
seguir seua carreira, também deve ter possuído o segredo dseu nascimento. Trabalharam com alquimia
junto. O santo-Germain tratou-o como um semelhante. Era a ele esse Santo-Germain confiou seu papel justo
antes seua morte suposta em 1784.

XV entretanto, nenhum de Louis nem a Contagem de Cassel de Hesse jamais revelaram algo sobre o
nascimento de Santo-Germain. A contagem mesmo foi até agora como invariavelmente reter o detalhe
pequeno suportando na vida dseu amigo misterioso. Isto é um fato muito notável, desde que Santo-Germain
era uma figura extremamente bem sabida.

Se era gênio ou charlatão, Santo-Germain tiveram o talento fazer se notou e o assunto de fofoca. Mas em
Versailles e Paris que ele foi cingido como o conselheiro confidencial de XV de Louis. A posição ganhou-o a
inveja e inimizade dos ministros do rei, que denunciou-o como um aventureiro com uma linha lisa de
conversa.

As questões maturaram em 1760, quando a contagem na ordem do rei envolveu se em relações exteriores,
indo atrás das costas do ministério. Ameaçado com apreensão, ele foi obrigado fugir a Inglaterra, onde
permaneceu temporariamente; talvez durante um período de dois anos.

De Santo-Germain de Contagem de Inglaterra aparentemente foi a Rússia, onde é reivindicado tomou parte
numa conspiração que põe Catherine a Grande sobre o trono em 1762.

Depois que esse nada muito é sabido da contagem até 1774, quando XVI de Louis e Antoinette de Marie
vieram ao trono. O santo-Germain então retornou a França. É dito que advertiu o par real da revolução 15
anos no futuro, ditado, "há uma república sangüinária, cujo cetro será a faca do executor."

Sociedades secretas

Sociedades secretas eram a moda em França pre-revolucionário, e algum deles reconheceram Santo-Germain
como um 'competente' que soube que as sabedorias antigas sugeriram em em os rituais de os Maçons,
Templários Rosa-cruzistas de Cavaleiros.

Influenciou Maçonaria e as sociedades secretas, embora muitos pedreiros modernos negaram este e mesmo
omitiu mencionaá-lo como uma grande fonte de inspiração.

Em Viena que ele tomou parte na fundação da Sociedade de Irmãos de Asiatic e dos Cavaleiros de Luz, que
estudou alquimia; e era ele que deu seuas idéias fundamentais em magnetismo pessoal e hipnotismo para
Mesmer. É dito que iniciou Cagliostro, que o visitou em várias ocasiões em Holstein receber direções dele,
embora não há evidência direta para isto. Os dois homens eram distantes ser separado de si por correntes
opostas e um destino diferente.

Todo sobre o país sociedades secretas saltaram para cima. O novo espírito manifestou se na forma das
associações. Nenhum a nobreza nem o clero escaparam o que tinha tornado-se uma moda.
Há alojamentos para mulheres, e o Princesse de Lamballe tornou-se ama grandiosa de um deles.

Em Alemanha há o Illuminati e os Cavaleiros de Observância Estrita, e Frederick II, quando veio ao trono,
fundado a seita dos Arquitetos de áfrica.

Em França, a Ordem dos Templários foi reconstituída, e Maçonaria, cujo mestre grandioso era o Duque de
Alvarás, aumentou o número de seus alojamentos em cada povoado. O Martinez de Pasqually ensinou seua
filosofia em Marseilles, Bordeaux e Toulouse; e Savalette de Lange, com místicos tal como Corte de Gebelin e
Santo-Martin, fundadas o alojamento dos Amigos Montado.

O inicia destas seitas entendido que eram os depositories de uma herança que eles não souberam, mas cujo
valor ilimitado que eles adivinharam; era ser achado em algum lugar, talvez em tradições, talvez num livro
escrito por um mestre, talvez em si. Falaram desta palavra reveladora, este tesouro escondido que foi dito
estar nas mãos de "superiores desconhecidos destas seitas, que riam um dia expõem a riqueza que dá
liberdade e imortalidade."

Era esta imortalidade do espírito esse Santo-Germain tentou de trazer a um grupo pequeno de escolhidos
iniciados. Acreditou que esta minoria, uma vez foi desenvolvido se, ria, em seua volta, ajuda desenvolver
outro número pequeno, e que uma radiação espiritual vasta gradualmente descenderia, em ondas
beneficientes, em direção das massas mais ignorantes. Era um sonho da sálvia, que era nunca ser
compreendido.

Com a cooperação de Savalette de Lange, que era a cabeça nominal, ele fundado o grupo de Philalethes, ou
verdade-amantes, que foi recrutado do creme dos Amigos Montado. O Príncipe de Hesse, Condorcet, e
Cagliostro eram todos membros deste grupos. O expounded de santo-Germain seua filosofia em
Ermenonville e em Paris, no Platriere de rue. Era um Cristianismo Platônico, que combinou visões do
Emmanuel Swedenborg com Martinez de teoria do Pasqually de reintegração. Há ser achado em ele Plotinus'
emanations e a hierarquia de aviões sucessivos descrito por Hermeticists e theosophists de modem. Ensinou
esse homem tem nele possibilidades infinitas e isso, de o ponto de vista prático, ele deve esforçar
continuamente libertar se de questão para entrar em comunicação com o mundo de inteligências mais altas.

Foi entendido por algum. Em duas grandes assembléias sucessivas, em que cada alojamento Maçônico em
França foi representado, o Philalethes tentou a reforma de Maçonaria. Se tinham atingido seu objetivo, se
tinham prosperado em dirigir a grande força de Maçonaria pelo prestígio de seua filosofia, que era sublime e
não interessado, podem ser que o curso de acontecimentos teria sido alterado, que o sonho velho de um
mundo guiado por filósofo-inicia teria sido compreendido.

Mas questões eram sair de forma diferente. Causas velhas, criadas por injustiças acumuladas tinham
preparado o caminho para efeitos terríveis. Estes efeitos estavam em seua volta criar as causas de mal futuro.
A corrente de mal, ligado firmemente junto por egoísmo dos homens e ódio, não era ser quebrado. A luz
acendida por alguns visionários sábios, alguns ornitófilos fieis sobre o poço é de seus irmãos, foi extinguido
quase logo que foi acendido.

Morte do Saint-Germain

Isolou em Eckenforn no castelo da contagem, Santo-Germain anunciado que foi cansado de fife. Pareceu
careworn e melancolia. Disse que ele sentiu-se débil, mas recusou ir ao médico e foi tendido só por mulheres.
Os nenhum detalhe existem dseua morte, ou antes dseua morte suposta. O NENHUM tombstone em
Eckenforn entedia seu nome. Foi sabido que teve à esquerda todos seus papeisél e certos documentos
relacionando a Maçonaria à Contagem de Cassel de Hesse.

A contagem para seua parte afirmou que tinha perdido um amigo muito caro. Mas seua atitude era
altamente equívoca. Recusou dar qualquer informação sobre seu amigo ou seus últimos momentos, e viraram
a conversa se qualquer um falou dele. Seu comportamento inteiro dá cor à suposição que ele era o cúmplice
de uma morte fingida.

Embora, na evidência de testemunhas de confiança, ele deve ter sido ao menos uns cem anos velho em 1784,
seua morte nesse ano não pode ter sido genuína. Os documentos oficiais de Maçonaria dizem que em 1785 os
pedreiros franceses escolheu-o como seu representante na grande convenção que aconteceu nesse ano, com
Mesmer, Santo-Martin, e presente de Cagliostro. No ano seguinte Santo-Germain foi recebido pela
Imperatriz de Rússia. Finalmente, o d'Adhemar de Comtesse informa em grande comprimento uma conversa
que ela teve com ele em 1789 na Igreja do Recollets, depois do tomar do Bastille.

Seu rosto pareceu não mais velho que tinha olhado trinta anos mais cedo. Disse que ele tinha vindo de China
e Japão. "Não há nada tão estranho lá fora," disse, "como que que acontece aqui. Mas eu não posso fazer
nada. As minhas mãos são amarradas por alguém que é mais "forte" que eu. Há vezes quando é possível tirar
costas; outros em que o decreto deve ser executado logo que ele pronunciou."

E ele a contou em contornos amplos todos os acontecimentos, não com exceção da morte da rainha, isso eram
acontecer nos anos que seguiu. "O francês jogará com títulos e honras e fitas como crianças. Considerarão
tudo como um brinquedo, mesmo o equipamento do Nationale de Garde. Há hoje um déficit de alguns
quarenta milhões, que é a causa nominal da Revolução. Bem, sob a ditadura de filantropos e oradores a
divida pública alcançará milhares de milhão."

"Vi Santo-Germain outra vez," escreveu d'Adhemar de Comtesse em 1821, "cada tempo a meu assombro.
Vi-o quando a rainha foi assassinada, no 18 de Brumaire, no dia seguindo a morte do d'Enghien de Duque, en
janeiro de 1815, e na véspera do assassinato do Duque de Baga."

O Mademoiselle de Genlis afirma que encontrou o Comte de Santo-Germain em 1821 durante as negociações
para o Tratado de Viena; e o Comte de Chalons, que era embaixador em Veneza, disse que ele falou a ele aí
pouco depois no Marco de São de di de Piazza. Há outra evidência, embora menos conclusivo, dseua
sobrevivência. O Grosley de inglês disse que ele veu-o em 1798 numa prisão revolucionária; e outra pessoa
escreveu que tinha um ano da multidão cercando o tribunal em que a Princesa de Lamballe apareceu antes
de seua execução.

Parece bastante certo que o Comte de Santo-Germain não morreu no lugar e na data que história fixou.
Numa carreira desconhecida, de cujo fim nós somos ignorantes e cuja duração parece tão longa aquele
imaginação hesita admitií-lo.

O que aconteceu ao Comte de Santo-Germain depois de 1821, em que ano há evidência que ele era imóvel
vivo? Um inglês, Vandam de Albert, nseuas autobiografias, que ele chama Um inglês em Paris, fala de uma
certa pessoa que ele soube em direção do fim de reino do Philippe de Louis e cujo meio de vida entediam uma
semelhança curiosa a que do Comte de Santo-Germain.

"Chamava-se a si póprio de Major Fraser, escreveu Vandam, "vivia só e nunca aludia à seua família. Além do
mais era pródigo com dinheiro, embora a fonte dseua fortuna permaneceu um mistério a todo o mundo.
Possuiu um conhecimento maravilhoso de todos os países em Europa absolutamente períodos. Seua memória
era absolutamente incrível e, curiosamente suficiente, ele freqüentemente deu seus ouvintes entender que
tinha adquirido seu aprende em outra parte que de livros. Muitos é o tempo que ele contou-me, com um
sorriso estranho, que ele era certo tinha sabido Nero, tinha falado com Dante, e assim por diante."

Como Santo-Germain, major Fraser teve a aparência de um homem de entre quarenta e cinqüenta, de altura
de meio e fortemente construído. O rumor era atual que era o filho ilegítimo de um príncipe espanhol. Depois
que tendo sido, também como Santo-Germain, uma causa de assombro a sociedade parisiense para um tempo
considerável, ele desapareceu sem partida um vestígio. Era o mesmo Fraser Importante que, em 1820,
publicou uma conta dseua viagem nos Himalaias, em que ele disse que ele tinha alcançado Gangotri, a fonte
do ramo bem sagrado do Rio de Bandos, e lavado na fonte do Rio de Jumna?

Estava no fim do nono século que a lenda de Santo-Germain cresceu tão desordenadamente. Por razão dseu
conhecimento, da integridade dseua vida, dseua riqueza e do mistério que cercou-o, ele pode razoavelmente
foi tomado para um herdeiro do primeiro Rosa-cruzista, para um possuidor da Pedra do Filósofo. Mas o
theosophists e vários occultists consideraram-no como um mestre do grande Alojamento Branco dos
Himalaias. A lenda destes mestres bem está sabida. De acordo com aí viva em lamaseries inacessível em
Tibete certos homens sábios que possuem os segredos antigos da civilização perdida de Atlantis. Às vezes eles
enviam a seus irmãos imperfeitos, que são blinded por paixões e ignorância, mensageiros sublimes ensinar e
os guiar. O Krishna, o Buddha, e Jesus eram os maiores destes. Mas há muitos outros mensageiros mais
obscuros, de quem Santo-Germain foi considerado para ser um.

A fraternidade de Khe-lan era famosa por todo Tibete, e um de seus irmãos bem famosos era inglês que tinha
chegado um dia durante a parte prévia do vigésimo século do Oeste. Falou cada linguagem, incluindo o
tibetano, e soube cada arte e ciência, diz a tradição. Seua santidade e os fenômenos produzidos por ele
causaram-no ser proclamado um Mestre de Shaberon depois de uma residência de mas alguns anos. Seua
memória vive ao dia presente entre os tibetanos, mas seu nome real é um segredo com o Shaberons só. Não
poda este viajante misterioso ser o Comte de Santo-Germain?

Mas ainda que ele nunca voltou, ainda que ele não está mais vivo e devemos relegar a lenda a idéia que o
grande nobre Hermético ainda vagueia sobre o mundo com seuas jóias cintilantes, seu chá de senna, e seu
gosto para princesas e rainhas mesmo então pode ser dito que ganhou a imortalidade que ele procurou. Para
um grande número de homens sinceros imaginativos o Comte de Santo-Germain está mais vivo que ele
jamais foi. Há homens que, quando ouvem um passo na caixa de escada, pensa que talvez pode ser ele, vindo
dar lhes conselho, trazeê-los alguma idéia filosófica inesperada. Eles não pulam para cima abrir a porta a seu
convidado, para barreiras materiais não existe para ele. Há homens que, quando vão dormir, ser impregnado
por felicidade genuína porque são certo que seu espírito, quando libertado do corpo, será capaz de segurar
conversa com o mestre no nevoeiro luminoso do mundo de astral.

O Comte de Santo-Germain continua presente entre nós.

Aí sempre será, como há no décimo oitavo século, médicos misteriosos, viajantes enigmáticos, bringers de
segredos ocultos, perpetuaá-lo.

Saint-Germain era como lllusionary real como qualquer de nós só ele soube para controlar a ilusão e joga o
jogo num nível mais alto que a maioria de nós fazemos. Jogou os papeisél de Hermes [the Trickster] - que era
Thoth o escriba [que escreve o programa que é a nossa realidade - Merlin o Mágico - Shakespeare entre
outros papeis famosos.

Atlan
O Livro de Meta-H

euSTRADA para a CONCRETIZAÇÃO DOS SONHOS...

EmManuEl * TetraGramMatOn * EusKal * AkhenAton


os mistérios da natureza:

o Início do Desvendar

O Livro de MetaH

euSTRADA para a CONCRETIZAÇÃO DOS SONHOS...

Em Busca Da Natureza Perdida do Homem...

fotografias e ilustrações do autor

ISBN: 972-8698-03-8
pré publicação numerada:

Nº .

Atlan (2001)

www . geocities . com / transmutalism

E-mail: Wallis.Sir@gmail.com
“TransMorphosys”, óleo sobre tela, Céríz 1999

A Realidade ultrapassa a própria Ficção!....

...O meu único objectivo em relatar aqui as minhas próprias experiências na tentativa da
transmutação pessoal é, apenas, o de adicionar mais alguns dados que poderão ser úteis
a todo aquele que se interessar pela investigação deste fenómeno. Muitas pessoas já
tiveram experiências semelhantes. A única coisa que talvez as diferencie das minhas é
que no meu caso, estas experiências resultaram de um propósito definido (o de realizar a
transmutação) e as realizações paranormais ocorridas surgiram mais ou menos
espontaneamente. O meu fim em vista não foi, propriamente, o de desenvolver poderes
paranormais mas o de atingir uma transformação irreversível do meu próprio ser num ser
menos limitado. Porém, suponho que qualquer indivíduo que efectue um trabalho para
atingir a sua própria transmutação, deparará, no seu caminho, com fenómenos
semelhantes.
1ª transmutação

Na minha primeira tentativa de alcançar um estado ontológico acima do estado


comum, o meu objectivo principal era conseguir agir directamente na matéria através da
minha consciência.

Parti da hipótese de que, se acreditasse totalmente, que conseguia actuar num


objecto, suprimindo qualquer dúvida, o resultado seria efectivo. Baseava-me na leitura
de registos, em que, determinados indivíduos, através do poder da fé, tinham realizado
acções aparentemente impossíveis.

Tentar suprimir todas as dúvidas, em que conseguiria actuar num objecto, sem lhe
tocar fisicamente, revelou-se impossível. Havia sempre uma dúvida latente. A dúvida está
relacionada com a lógica e o raciocínio, ambas actividades do consciente. Pensei, então,
que deveria experimentar enfraquecer a actividade consciente. Nos sonhos acreditamos
e conseguimos fazer coisas que nos parecem impossíveis quando acordados.
Possivelmente, porque o córtex cerebral, durante o sono entra em repouso, reduzindo a
actividade consciente.

Havia que cansar o córtex, provocando que entrasse em repouso mas, sem que eu
ficasse adormecido. Seria algo semelhante a entrar num estado de sono acordado.

Mantive-me sem dormir durante seis dias e seis noites.

Encontrava-me no sul do país, no Algarve, a trabalhar num Aparthotel durante o


meu período de férias. Fazia o horário das 10h da noite às 5h da manhã no bar-discoteca
do empreendimento. Passava o resto do tempo em constantes actividades para não
adormecer.

Ao 4º dia senti que o meu pensamento racional e crítico era já muito ténue. Uma
das primeiras sensações estranhas foi a de pressentir grande parte dos acontecimentos
com minutos ou horas de antecedência. O meu corpo movia-se de um local para outro,
conduzido por vontades expontâneas da minha consciência mas, sem pensar, sem
reflectir. Ao conversar com algumas pessoas sentia que, diversas ocorrências, se
tinham passado com elas e obtive as suas confirmações.

O meu intelecto parecia tornar-se, também, cada vez mais rápido e poderoso.
Estive, nessa altura, em casa de uma família holandesa com a qual me comunicava em
Inglês, por ignorar completamente a sua língua. Subitamente, todos os elementos da
família irromperam numa discussão, falando holandês. Não sei explicar como mas, a
dado momento, deparei comigo a compreender tudo o que diziam.

Na manhã do 5º dia, encontrava-me na recepção de um aldeamento turístico a olhar


para uma placa onde estava escrito, em seis línguas, o seu regulamento. Sentia a minha
mente a ler e a relacionar, com uma velocidade incrível, todas as frases e palavras nas
diversas línguas e a aprender o significado das palavras que eu desconhecia. Nessa
época, além de português, apenas falava um pouco de Francês e Inglês.

Mais tarde, assisti, durante cerca de trinta minutos, à transmissão televisiva do


campeonato de salto e mergulho em piscina. Não tinha qualquer conhecimento prévio
mas, observei com toda a atenção os perigosos e difíceis saltos mortais, triplos mortais,
parafusos, empranchados, etc. Em seguida, dirigi-me à piscina do aparthotel e, da
prancha mais elevada, executei razoavelmente bem, com uma habilidade que
desconhecia, os mergulhos mais difíceis que tinha observado, pela primeira vez,
momentos antes na televisão.

Junto à piscina havia um quiosque com livros em várias línguas estrangeiras (o


Algarve é uma região turística frequentada por pessoas das mais diversas
nacionalidades). Tinha começado, havia pouco, a falar com um grupo de rapazes
holandeses que estavam admirados com os meus mergulhos. De repente, disse-lhes que,
se quisesse, conseguiria ler e compreender a sua língua. Escolhi um livro em holandês
da prateleira do quiosque e abri-o ao acaso. Comecei a traduzi-lo rapidamente para
Inglês. ‘A medida que eu lia eles verificavam que a tradução estava correcta. O que eu
sentia na minha mente, quando lia, pareciam ser uma série de operações muito rápidas
de análise a cada palavra, a cada frase, procurando semelhanças com palavras das
línguas que eu conhecia, tentando encontrar o significado pelo contexto lendo mais à
frente e voltando atrás, encontrando outros significados por intuição, decomposição das
palavras, etc. Porém todas estas operações eram muito rápidas e não se notavam
porque, como resultado final, eu traduzia, falando a uma velocidade normal.

Toda a minha hiperactividade deu lugar a muitas outras situações estranhas. Em


dado momento, apeteceu-me dispor de um carro por algumas horas. Como a minha
normal tendência para duvidar, estava já muito enfraquecida, pensei: “Vou por esta rua e
ao voltar da esquina, vai passar-se algo que me proporcionará um carro.” Fui e não
duvidei. Ao voltar da esquina, encontrei um conhecido da minha cidade, que estava no
Algarve a passar férias. Eu conhecia-o mal mas, em poucas frases, fui persuasivo e ele
pôs-me o carro à disposição.

Na tarde do 5º dia, o meu perfil psicológico era o seguinte: encontrava-me num


estado de maravilhamento com tantos poderes novos e desconhecidos. Sentia-me , no
entanto, com alguma dificuldade em me conduzir pelo desenrolar dos acontecimentos, já
que tudo era muito rápido e, quase não havia, pensamentos pelo meio. Era muito
estranho não pensar, ou pelo menos, não pensar da forma comum. Eu era impulsionado
por um pensamento, sem pensamentos. Quase como num sonho. E depois, como não
duvidava, executava tudo o que essa espécie de consciência me ditava. Tinha
desaparecido todo o pensamento aristotélico e cartesiano. Eu não pensava, eu agia; fruto
dos impulsos de vontade de uma espécie de consciência mágica, não raciocinante. Por
vezes, sentia que eu não conduzia as minhas acções, mas era conduzido. Fisicamente
sentia-me bem e com energia; já não me sentia cansado e com sono como sucedera nos
3 primeiros dias.
Ao fim da tarde do 5º dia atrevi-me a tentar a acção directa da mente sobre a
matéria. Isto era o que temia como mais difícil, no meu estado normal. As tentativas
frustradas no passado, tinham-me enraizado fortes dúvidas de obter sucesso. Talvez
ainda não completamente liberto delas, tentei algo que me pareceu mais fácil: Dentro do
bar do hotel havia, em cada mesa, uma vela rodeada de uma campânula. Surpreendi-me
com a facilidade com que conseguia reduzir a chama, quase apagando-a e, aumentá-la
até se tornar uma chama grande.

No 6º dia, estava na esplanada do bar com algumas pessoas, quando passou


próximo de nós um empregado, transportando uma bandeja cheia de copos. Disse aos
meus conhecidos: “aqueles copos vão partir-se.” Penso que quis fazer com que a minha
acção mental os partisse. Porém, eles não quebraram imediatamente. O empregado deu
mais um passo e a bandeja caiu ao chão partindo os copos.

A partir daqui tudo se acelerou e complicou. As pessoas que estavam comigo à


mesa ficaram assustadas. Alguém avisou o gerente que quis expulsar-me do local. Eu
fiquei furioso e entrei no interior do bar. Ao entrar, a iluminação foi abaixo e tudo ficou às
escuras. Gerou-se alguma confusão com o gerente e os empregados que estavam
nervosos e assustados comigo. Eu estava com a sensação maniqueísta de que o
gerente era um homem mau e perverso e abandonei o local.

Pouco depois, deparei comigo muito descontrolado emocionalmente. Estava com


convulsões de riso e de choro, tudo ao mesmo tempo. Sentia vontade de deixar tudo, de
morrer. Procurei desesperadamente uma escarpa para o mar, um precipício. Estava
convencido de que os havia ali, naquela zona da costa. Mas enganei-me; quando
cheguei à borda, vi que esta era baixa e que se me atirasse não morreria. Recuei sem
saber o que fazer. Nesse momento, veio ao meu encontro, uma amiga que se apercebera
do meu estado. Deu-me dois soníferos e pôs-me a dormir durante doze horas. Quando
acordei, estava mais próximo do meu estado normal mas, ainda, um pouco estranho.

De regresso ao aparthotel, disseram-me que tinha sido despedido, porque faltara a


noite anterior sem avisar. Dois dias antes, eu guardara, na recepção do empreendimento,
um saco de viagem com as minhas coisas. Quando me dirigi ao balcão, para o levantar,
falei com o mesmo empregado que mo guardara. Este, com um olhar vítreo e sem
expressão, parecia hipnotizado. Disse que eu não lhe entregara saco algum e que nunca
falara comigo. Após várias insistências, retirei-me. Resolvi telefonar para casa e, em
seguida, minha mãe telefonou para a recepção, conseguindo finalmente que me
entregassem os meus objectos. Nesse momento, questionei o mesmo empregado,
perguntando-lhe porque tinha ele tomado aquela atitude. Não me respondeu.

Decidi regressar a casa. Dormi profundamente, durante toda a viagem de 700


Quilómetros até ao norte do país. Nos dois dias seguintes dormi a maior parte do tempo.
Sentia-me como um fusível meio queimado. Tinha perdido as minhas capacidades
paranormais, já não sentia toda aquela energia dentro de mim e estava algo confuso e
assustado com o desfecho da minha aventura.

Durante oito anos senti-me interiormente vazio.

Decorreram mais cinco anos em que eu continuava a sonhar com a minha escalada
no domínio do paranormal, quando realizara a 1ª abordagem à transmutação. Será que
algum dia voltaria a ter outra oportunidade?

1ª Transmorfose Física

A minha opinião sobre estas transformações físicas é a de que são


transmutações parciais ou semi-transmutações e, por isso mesmo, reversíveis. Isto é,
não constituem degraus ou formas estáveis. Desaparecem com a perda de energia que
lhes deu lugar, voltando ao estado anterior.

Tinham-se passado cerca de oito anos desde a minha primeira escalada no


domínio da transformação pessoal. Durante esse período eu era um indivíduo como os
outros, desprovido de quaisquer capacidades paranormais e de qualquer quantidade
excepcional de energia. E como qualquer outro indivíduo envelhecera um pouco durante
esses anos sem quase me aperceber.

Caí em mim subitamente, como se despertasse de um longo torpor. Tinha-me


distraído no seio das actividades do mundo quase me esquecendo dos meus objectivos
de transformação ontológica. O tempo havia passado e eu sentia-me pesado, denso, um
pouco flácido e mais velho. Soou dentro de mim um sinal de alerta. Era preciso inverter
tudo isso, devolver a juventude e energia ao meu corpo.

Retirei-me para um pequeno apartamento junto a uma praia distante com esse
propósito. Aí, durante duas semanas, permaneci sozinho guiando-me pelo meu instinto e
pela minha intuição ao realizar exercícios de fusão com a natureza. Senti que ela poderia
regenerar o meu corpo. Permanecia muito tempo mergulhado na água do mar, nadando e
diluindo o mais possível o meu ser no oceano até o libertar das vicissitudes e torná-lo
mais fluido. Efectuava longas corridas pela praia em que me deixava arrastar pela
tendência para me fundir com o próprio ar e com o céu. Pondo de lado o senso comum e
os preconceitos, seguia o meu instinto que me impelia a enterrar-me na areia e a
misturar-me com a energia da terra.

Ao fim desses 15 dias regressei à minha cidade. Recordo-me de encontrar uma


amiga que não me reconheceu. Fitou-me durante minutos como um estranho enquanto
eu lhe explicava quem era. Só passado algum tempo me reconheceu. Estava perplexa
com a minha mudança.
Pela opinião unânime de muitas pessoas que contactaram comigo nessa época e
pela minha própria avaliação, eu regredira, fisicamente, entre oito e nove anos de idade.
Essa nova idade conquistada, que não era apenas aparente, mas real, manteve-se pelo
período de um ano, após o qual , lentamente se foi desvanecendo e aproximando da
idade cronológica...

2ª transmutação

Mas, afinal, quando eu menos esperava, entrei súbitamente na 2ª Transmutação...

...Foi um período longo. No total, incluindo algumas quebras, estendeu-se por mais
de 6 meses!

Após os vários anos que decorreram desde a primeira abordagem, suponho que um
dos factores, que estiveram na origem, desta 2ª “ascensão”, se relacionou com um
cavalo. Comprara-o há mais de um ano e era a minha primeira entrada num mundo que
sempre me fascinara: o da equitação. Apesar de ser um belo cavalo, revelara-se difícil no
treino e, nas duas únicas vezes que o montara, havia sido violentamente projectado ao
solo. Quando finalmente o cavalo se começou a entregar, fiquei radiante. Montava-o e
treinávamos os dois, quase todos os dias, durante horas e horas. Apesar de ficar exausto
por travar autênticas lutas com o animal, o meu entusiasmo era crescente porque, de dia
para dia, obtinha mais progressos.

Este exercício diário intenso, uma progressiva redução das horas de sono e uma
alimentação mais rara, aliados à fusão energética que sentia com o cavalo, fizeram-me
entrar num estado de espírito diferente.

O primeiro fenómeno invulgar que recordo, foi durante uma corrida que fiz, a pé,
com alguns amigos. Um deles tinha apenas 17 anos e era um bom corredor. Pouco
depois de começarmos, imprimi uma aceleração tão grande que os deixei para trás
vários metros. Continuei a correr sem sentir cansaço, mas antes, satisfação e prazer em
cada passada que dava. Quando parei, uma longa distância após todos terem parado,
estava perfeitamente normal; sem respiração ofegante e sem pulsação acelerada.

Ao longo dos dias, em que treinava equitação, por vezes em situações de cansaço
extremo, eu obrigava-me a prosseguir os exercícios, sem parar. Aí, desaparecia a
sensação de cansaço e eu continuava por horas e horas.
O cavalo era um animal possante e rebelde; tinha provocado traumatismos nos dois
treinadores anteriores. As minhas actividades com ele eram, frequentemente,
verdadeiras lutas. Transformou-se no meu ginásio físico e espiritual. Sem me aperceber,
espontaneamente, comecei a entrar em novo processo de transmutação.

Experimentava também, baseado em livros de Castaneda, a abstinência sexual e a


canalização dessa energia para me catapultar a estados de ser mais elevados. Dormia
pouco e devorava livros. Estava fascinado com o ressurgir de capacidades paranormais
há muito perdidas.

Vários fenómenos ocorriam: por vezes, borboletas vinham poisar nos meus dedos,
outras vezes, eram aves que se aproximavam; a minha empatia com animais era muito
grande, mas principalmente, com cavalos e cães. A maioria dos animais obedecia-me, ou
melhor, compreendia-me com um pequeno gesto.

Passei a andar com um pequeno caderno no bolso em que escrevia, a cada instante,
o que me surgia por inspiração. A maior parte dos escritos, relacionavam-se com a
transformação do ser humano comum, elevando-se ao estado de semideus. Intitulei esse
pequeno livro de “MetaH” – significando “Meta Homem”, um estado para além do
humano.

Uma ocasião, visitei uma escola de artes marciais, onde nunca houvera estado.
Alguns alunos apontaram para uma pintura na parede onde estavam os símbolos da sua
escola. Disseram-me que antes, estavam ali pintados outros símbolos. Olhei para a
parede e, não visualizei propriamente, mas antes senti, uma cobra e um macaco. Quando
lhes comuniquei o que tinha “visto”, eles confirmaram, surpresos.

Tinha, cada vez menos, vontade de comer alimentos convencionais. Comia muito
pouco e gostava de me sentir assim; mais leve, mais espiritual. Fazia, com frequência,
os exercícios de absorção de energia solar, aprendidos nos livros de Castaneda. Era a
minha principal forma de “alimentação”. Por vezes, à noite, sentia uma “fome imensa de
energia”. Ligava-me, então, várias vezes, a fontes de electricidade, experimentando a
sensação de absorver aquela forma de energia. Não sei o que realmente se passava,
nem se conseguia assimilar qualquer energia mas, estranhamente, não ficava
electrocutado, sentindo apenas um tremor suportável.

Embora na altura, eu não me apercebesse, penso agora, que por vezes, o meu
estado psicológico atingia algo de loucura. Em toda a movimentação e impetuosidade do
meu dia a dia, sentia vontade de fazer coisas que, habitualmente, não são consideradas
naturais ou de bom senso. Numa dessas ocasiões, senti que conseguiria levantar o meu
cavalo. Coloquei-me, curvado, por baixo dele e, com a força das costas e das pernas
empurrei para cima o animal. Apesar de, naquele momento, ter uma espécie de certeza
intuitiva de que o conseguiria, não deixei de me admirar quando senti que o animal se
elevava, ficando apenas as patas da frente a tocar o chão. Isto aconteceu numa praia e
algumas pessoas vieram depois falar comigo não percebendo como é que eu o fizera. Eu
tão pouco o sabia pois, o cavalo pesava cerca de setecentos quilos.

Os fenómenos mais estranhos, relacionaram-se com a minha crescente empatia e


identificação com o sol. Na verdade, sentia uma quase adoração pela fonte de energia
que ele representava.

Nessa época costumava tomar o pequeno almoço numa das esplanadas do edifício
em que residia. Uma ocasião, durante o inverno, estava tempo de chuva, cinzento e
encoberto. Naquele momento eu olhei para o céu, com frio, e desejei que o sol brilhasse
e me aquecesse, por fora mas, também por dentro. De alguma forma que não consigo
descrever, senti que eu e o sol éramos um e que, essa outra parte de mim iria brilhar, ao
meu encontro, ao encontro de estreitar a sua ligação a mim. Senti que de alguma forma
tinha comunicado com aquele astro, que se me afigurava não apenas como um astro
mas, com algo de mais vasto, relacionado com a energia do mundo e comigo, num
passado ou futuro distante. Isto durou apenas um momento mas, muito rapidamente as
nuvens começaram a dissipar-se e o sol brilhou forte e quente. Passados cerca de vinte
minutos, não havia nuvens; o céu estava completamente azul.

Eu poderia atribuir esta experiência ao acaso porém, depois desta primeira vez, o
mesmo fenómeno repetiu-se vezes sem conta e, cada vez mais, eu confiava nesta
interacção. Muitas vezes, eu tomava o pequeno almoço acompanhado por uma
colaboradora. Quando estava mau tempo, por vezes até a chover, eu dizia-lhe, com uma
naturalidade cada vez maior, para nos sentarmos na esplanada e não no interior, que iria
fazer sol. E assim acontecia.

Passado algum tempo, o fenómeno era tão familiar para ela como para mim.
Recordo-me de situações até algo cómicas: em dias de chuva ela pedia-me para “ir até lá
fora, para o tempo melhorar”.

Todas estas pequenas ou grandes conquistas me enchiam de satisfação por me


parecer que cada vez estava mais próximo do meu objectivo final: a transmutação, total e
irreversível. Porém, também me distraiam e me faziam andar à deriva, impedindo-me de
concentrar energias no objectivo final e não nas dezenas de fenómenos fascinantes que
surgiam pelo caminho. Eu também não conhecia o caminho. Era como caminhar às
escuras. Tentava avançar baseando-me em conhecimentos e hipóteses e na minha
intuição. Eu pensava que só realizando a transmutação, essa escalada seria irreversível e
eu não voltaria a perder as faculdades alcançadas. Lembrava-me da minha 1ª abordagem
após a qual voltara à normalidade.

A textura do meu próprio corpo parecia um pouco diferente e a capacidade de


recuperação de ferimentos era muito rápida. Além disso toda a minha aparência física
tinha-se tornado, de novo, muito mais jovem. Tinha a sensação de que apresentava
sinais de principiar a transmutação do meu corpo num corpo incorruptível.

Por vezes, tinha dificuldade em controlar a enorme quantidade de energia que


possuía. Sentia-me como se estivesse ao volante de um automóvel com um motor
demasiado poderoso em que não conseguia dominar a aceleração e derrapava nas
curvas. Tornava-me facilmente arrastado pelos meus ímpetos e não ponderava as
minhas acções.

Outras vezes, tinha quebras em que me sentia muito fraco e vulnerável,


possivelmente porque comia e dormia muito pouco. Numa dessas ocasiões, fui vítima de
quatro agressores que me deixaram com muitos traumatismos e quase morto. Não
obstante, a minha recuperação no hospital foi muito rápida.

Porém, como trabalhava por conta própria, o período em que estive hospitalizado e
em convalescença, foi fatal para os meus negócios. Isso e outros desgostos que tive, no
mesmo período, arrastaram-me para o estado comum de normalidade e, posteriormente
para uma depressão psicológica. Perdera completamente o estado de espírito
energético e todas as capacidades paranormais.

Não conseguira atingir o ponto de irreversibilidade e tudo se desmoronara.

As páginas que se seguem constituem o “Livro de MetaH”, o pequeno livro que


escrevi, quase como um diário de bordo, durante o período em que efectuei a 2ª
abordagem à Transmutação (1993-1994). Foram escritas nesse estado particular de
consciência não comum e são, sobretudo, reflexões relacionadas com as percepções
inéditas desse estado e também com as dificuldades em o manejar.

O interesse em o exibir aqui reporta-se, sobretudo, a um exemplar de análise dos


pensamentos e estrutura mental e emocional dessa fase caracterizada por um estado
alterado de consciência.

Anotar a avalanche de informação que diariamente invadia a minha mente e


impedir que se dissipasse foi a minha preocupação principal.
O Livro de MetaH

Kohm
O livro de MetaH

Kohm

Tu és linha no horizonte

E eu a gaivota louca

Que procura lá chegar...

Tenho voado mil céus

De olhos postos em ti

Na ânsia de Te alcançar...

Mas quanto mais vou voando

mais Te vais tu afastando

e eu a louca gaivota

vou voando sem parar...

Talvez um dia cansada

Em tua linha dourada

Possa terna adormecer...

Até lá, Ó horizonte

de olhos postos em Ti

vou voando... vou voando...

M. Manuel Andrade...
Introdução

Este é o relato de uma viagem. Uma viagem que teve início em Junho de 1993 e
terminou, abruptamente, em Abril de 1994.

Uma viagem não no espaço, mas sim na mente.

Sempre acreditei que existia uma área da alma humana ou da mente muito acima
do inconsciente e do consciente. Depois de termos vivido uma “eternidade”
equacionando apenas o estado comum – o consciente – Jung e Freud descobriram o
inconsciente também chamado de abismos, profundezas ou infernos da mente.

Durante esta viagem, enquanto toda a gente ainda anda fascinada com a
exploração dos nossos “infernos”, eu procurei alcançar os nossos “céus”.

As altitudes da mente.

Kohm

21 Outubro 1995
0. Aquilo a que chamamos realidade é apenas uma das interpretações possíveis, que
criamos, do nosso meio vivencial. É um protocolo de comunicação criado/imposto por
cada um de nós e pela sociedade em conjunto.

Aquilo que é, de facto, a realidade, ou melhor, a existência é algo que ainda nos
ultrapassa.

1. A Unidade e a Pluralidade, diálogo com um aprendiz de génio. Agosto 93.

G: “Se partirmos do princípio da existência do infinito, já sabemos de que só um existe,


um só como unidade que significa a pluralidade ainda inexistente.”

MetaH: -- A pluralidade será sempre inexistente. O que existe é a ilusão da pluralidade.


Não há nada que exista de facto, para além de ilusões e da unidade.

G: “Mas aquilo que se vê não existe! Somente aquilo que imaginares e sentires, nada
mais.”

MetaH: -- Sim, claro.

G: “A sensação de viver é uma sensação como muitas outras, mas viver não é uma
sensação, é mais que qualquer ponto ínfimo do infinito; junto a nós ela decorre.”

... ... ...

As minhas opiniões sobre os estados de homem, de génio e de deus:

Um génio é aquele que vislumbra o infinito, mas não consegue descrevê-lo de um


forma simples. Um deus fá-lo pela magia aplicada.
A diferença entre um génio e um deus é que, para além da genialidade, o intelecto
e o racional não são suficientes.

Einstein era um génio. Era brilhante em Física, nas suas capacidades e no seu
amor pelo divino. Um deus não é apenas brilhante, mas divino em tudo. Ele não adivinha,
apenas, o universo. Transforma-o e transforma-se estrutural e essencialmente, isto é
Transmutação.

Um génio ainda é humano. Talvez seja o máximo permissível enquanto homem.


Por isso é inteligível para o homem comum como um deus é inteligível para o génio.

A diferença entre o homem, o génio e o deus é a Transmutação.

Einstein, por exemplo, não desenvolveu a estética pessoal, era distraído e o seu
corpo, gestos e postura não eram igualmente geniais. O génio abre um, dois ou três
canais ao máximo possível dentro do estado humano que é o vislumbre do infinito. Os
outros canais continuam embotados.

Um deus é divino em si próprio, em todos os seus actos [não confundir com


perfeição = prisão = ideia que fazemos nós, humanos, do divino]. Um deus passou para
além do estado de inteligência amplificada e realizou a integração com a magia...

...É essa integração que conduz à TRANSMUTAÇÃO.

Ser divino cria um vácuo no homem que o leva à adoração espontânea.

2. Aplicação dos conceitos da Física Quântica:

a) Não há ninguém superior ou melhor do que ninguém.

b) Apenas vivemos todos em mundos diferentes. O tempo e o espaço que


habitamos criam realidades diferentes que nos aprisionam em gaiolas ontológicas [do
Ser].

c) A contemplação profunda é a única forma de “compreender/Ser” os outros. Só


quando os “grokamos” (in “Um estranho numa terra estranha” de Robert A. Heinlein) é
que somos nós; é que nos compreendemos.
(Só quando conseguimos ser os outros é que conseguimos ser verdadeiramente,
essencialmente, nós próprios.)

3. É preciso saber ocultar o deus que há em nós

Os homens pressenti-lo-ão porque ele transparece e em contrapartida não se


chocam. Adivinham-no, mas sem o saber.

Se há “divino” por fora, há vazio por dentro.

Se há vazio por fora, há divino por dentro.

O interior, por ser incompreensível, é o que toca o homem e a natureza.

Devemos Ter sempre presente que tudo funciona pelo PRINCÍPIO DO VÁCUO.

Tudo depende do grau de vácuo que consegues criar e do que queres atrair para
esse vácuo, para ti.

4. Ocultar

Oculta sempre os teus poderes [paranormais]. Quando os utilizares procura estar


só ou com os que te seguem. Mas cautela mesmo com esses: os homens assustam-se
com o poder sobrenatural [e onde existe medo não existe o amor].

Nunca faças demonstrações do teu poder para ninguém.

5. Nunca dês sem to pedirem (lembra-te do princípio do vácuo)

6. Medo versus AMOR


O medo existe quando não existe o amor.

- Nunca tenhas pressa -

O ser não tem tempo.

És tu que crias a realidade.

Nada interessa. Tudo são ilusões. As tuas ilusões, a tua argila vivencial.

... O AMOR EXISTE ONDE NÃO EXISTE O MEDO.

7. Há uma fronteira muito ténue entre a loucura (genial) e o divino. É preciso estar
vigilante para distingui-la. [You should be cool, very cool.]

Há uma fronteira ténue que me separa entre o homem, o deus e a loucura!

Há em mim um certo medo(*) de pisar pela loucura, confundindo-a com a


divindade.

Há em mim três entes; desejo a fusão, a integração.

Por vezes tenho medo(*) do real. O real rouba-me os sonhos (...ou roubava-me).

(*)
- porque ainda não vivo num estado de Amor pleno.

8. A PONTE entre este meu estado e o dos outros seres humanos:

Existe uma real dificuldade em lidar com os outros quando me encontro neste
estado em que a mente é mais lúcida, mais rápida e o meu ser desprovido de tantos
impossíveis.

Talvez seja mais fácil dentro dos seguintes parâmetros:

1. Saber o que querem (material ou espiritualmente)


2. Proceder à troca

3. Possuir Tempo (flexível)

9. Nada nos pode fazer (essencialmente) mal a não ser nós próprios.

É preciso medir, pesar, analisar cada passo antes de o dar [ o risco deve ser
ESTRATÉGICO].

Mas se o temor for apenas o medo, esse passo deve ser dado com amor. [onde
existe amor não há motivo para o medo]

A única forma de fazer mal a nós é procedendo de forma suja e assim, cobrir de
fuligem a nossa essência divina. A partir daí deixaríamos de ser, de facto, nós próprios.
Passaríamos a ser comuns humanos ou ainda pior – INFERNOS individuais.

10. O INDIVÍDUO

O indivíduo é alguém que pensa que É, que possui a sua personalidade vincada e,
no entanto, não é. É apenas uma ilusão presa ao real e à sociedade.

O indivíduo, no fundo, é o ser profundamente comunitário. O que vive em função


dos outros e que não lhes impõe quaisquer ideias.

Para ser, verdadeiramente, um ser comunitário é necessário ser ninguém (para


além da nossa essência pura) e aí somos considerados individualistas pelos
individualistas que se julgam comunitários.

Sermos assim essenciais é, de facto, VIVER. Ser não só para nós, mas pelos
outros e para os outros. Para o todo.
[Aí, dependeríamos dos outros energeticamente: precisaríamos da adoração sem
compreensão e devolver-lha-íamos em forma de cura, liberdade, conhecimento e amor.
(Se eles nos adorarem, nós conseguiremos ama-los, até na sua maldade – provocada
pelo medo.)]

11. Por vezes a vaidade não deixa ver com clareza as evidências

12. Não faças nada na qual detectes uma ponta de vaidade.

Cria, porém sempre a beleza.

13. A vaidade espreita em cada esquina e em cada distracção.

14. O MEDO

O medo é o motivo de todos os males (do real) e dos infernos (do sub-real).

15. INFERNO, EGO

“The hell is not the fire. The hell is your believe in you as the higher.”

Peter Murphy

O nosso amor-próprio, a nossa importância pessoal, separam-nos do nosso eu


essencial. Atormentamo-nos com pena de nós, com o sentimento de que somos vítimas
de injustiças, etc. Se caímos em depressão, caímos por gostarmos demasiado (e da
forma errada) de nós. Por nos preocuparmos muito connosco e pouco com o todo e com
os outros. Se vivermos os problemas da totalidade e não apenas os nossos, estamos
LIBERTOS. A partir de um certo nível ontológico, de ser, os conceitos como namorar,
paixões, amor egocêntrico, são demasiado primitivos.

A maioria da nossa espécie vive assim. Vive num plano que alguns de nós já
deixaram para trás.

A verdadeira ligação amorosa está para além dos convencionalismos e do corpo.

O corpo deve ser uma concretização de uma ligação espiritual total. “Lá em
baixo” usam e abusam do corpo de uma forma repugnante. Como se fosse uma máquina,
uma “love machine”, automática, para produção de prazeres egoístas.

A melhor coisa que fiz na minha vida foi trabalhar no abandono do meu ego. Agora sou
muito mais eu. Os nossos egos espreitam constantemente e dão-nos a sensação de
sermos nós próprios. Só quando os perdemos e passamos a viver não para nós , mas
para a totalidade (da qual somos também uma pequena parte) é que somos realmente
livres e puros. A nossa essência só vem acima depois de termos enfraquecido ou
aniquilado os nossos egos (amor próprio, vaidade, preguiça, inveja, egoísmo, etc., etc.).
Antes de o termos feito, esses egos, incutem-nos um medo terrível de ao perdê-los
deixarmos de ser nós próprios – de perder a nossa individualidade.

O que acontece é precisamente o contrário. É fantástico. É um mundo novo. A


realidade já não nos magoa tanto – sabes porquê? Porque já não nos preocupamos
muito connosco e com as nossas dores. Vivemos muito mais para o todo. Quebram-se o
egoísmo e a pena de nós próprios. São coisas como essas que nos levam a depressões.
Exemplo: alguém que não gosta assim tanto de si não sofre tanto a tendência para
deprimir-se porque não está mais preocupado apenas consigo, mas sim com o todo.

Claro que não nos devemos desprezar porque também nós fazemos parte do todo
e somos a única coisa que temos de forma directa. Somos o nosso único veículo para
contribuir existencialmente.

... ... ...


És diferente da maioria mas há muitas semelhanças entre ti e mim.

Quando te ouço tenho a sensação de me estar a ouvir.

Eu também estou em constante mutação conceptual, física e espiritual.

Até hoje nunca encontrei alguém que me conseguisse compreender mais que
30%.

Houve uma altura que eu pensava que deveria procurar indivíduos que me
compreendessem e viajei ao encontro dos escritores, cientistas e pensadores que
admirava. Porém o nível de compreensão obtido não ultrapassou muito o valor anterior.

Depois disso, entrei numa fase em que procurei calar-me o mais possível em
relação aos restantes 70% de mim e estabeleci uma ligação profunda com animais –
porque eles não me fazem mal. Algumas pessoas a quem eu me dei a conhecer para
além dos 30% do normal tiveram atitudes desagradáveis comigo porque interpretaram
tudo mal. Distorceram tudo.

Assim, a totalidade de mim é solitária.

Com os meus animais, principalmente com o cavalo Eoasell, eu abro-me sem


receios e sinto-me acompanhado. Mais do que com as pessoas. Com as pessoas tenho
constantemente de me travar. Se não o fizer os resultados poderão ser os seguintes:

1) Não me acreditam

2) Interpretam-me mal

3) Assustam-se

4) ou Agridem-me
16. EXIBICIONISMO

Nunca mostres aquilo que não te é pedido. Cuidado: o exibicionismo espreita em


cada desatento teu.

17. TRANSMUTAÇÃO

1) Um génio possui um ou mais canais abertos mas mantém-se um humano


trôpego, apesar de vislumbrar a luz.

2) O cansaço é a tua incapacidade de reabsorver energia de modos não comuns,


mais tarde levar-te-á à morte.

[Para já, sabes usar a energia do Sol, mas poderias usar qualquer outra, até a do
meio espacial que te circunda. Ou até a que está dentro de ti.]

[TODAS AS CHAVES ESTÃO DENTRO DE TI]

3) Quanto maior o poder, mais fria tem de ser a mente.

Deves ser: frio, muito frio (no início) para conseguir aguentar a ascensão.
Dominar a velocidade (simbolizada pela ingestão do caracol).

4) Um deus é aquele que perdeu a ansiedade provocada pelo mergulhar no


infinito.

Não importa se é um homem ou se é um deus; é aquele que não procura, não


encontra – VIVE, É e ESTÁ.
...é aquele que sabe abandonar as coisas no seu melhor (sem ansiedade de as
viver até ao fim esgotando-as) e parte para outras por sua vontade.

A sua vontade é o comando – cria a realidade [como segundo a interpretação de


Copenhaga, na física quântica. “O gato de Schrödinger”].

5) ADORAÇÃO

No homem comum espera a adoração, o respeito, o medo ou a agressão mas,


nunca a compreensão.

___ ___ ___

Os POEMAS de PODER
O tempo chegou... enfim, afinal.

O povo simples das redondezas foi convidado.

Trovadores chegaram.

E o casamento foi celebrado.

Ele desceu os degraus do seu castelo

sobre o corcel branco e,

ao seu lado desceu (subindo)

a égua com olhos debruados a ouro e íris azuis prateadas.

Para alguns, a noiva estava sobre ela, invisível.

Para outros, a égua era um unicórnio.

Ou talvez fosse um casamento espiritual...

Foram coroados e eram, afinal, um só.

Desceu sobre eles o Espírito que eles eram.

E nasceu um reino de beleza na terra...

Sem mais lágrimas.

Aqui no céu.
I dream...

With a palace near the river and the sea. And I release fifteen white horses around.

(Suddenly my...)

...My pain, my pain; I wish was not here. But part of my soul is lost, I don’t know
how long.

Please God... not forever!

I die inside...

But a letter comes, like a drop of blood and I feel the living breath again.

I can, at least, dream some more.

If could be not only so!

But, never mind... perhaps the real things are not more than illusions or dreams...

Oh, my step-by-step dream, give me the eternity of your holding arms!

Or, at least, let me dream forever...

To fly in your golden wings

(Wings of desire).

Se a minha tristeza

pudesse voar

Inundaria todos os espaços

Tingiria de roxo todos os seres


Até o rouxinol que se despenharia

dos céus e se dilaceraria

nos espinhos das rosas

enganadoras.

O mundo seria por fora

aquilo que eu sou obrigado a ser

por dentro.

O Touro Enraivecido

Foi calcado, espezinhado, maltratado e abusado.

...Por seres mesquinhos mas gordos, luzidios.

Saiu torturado e torturante dos sonhos evadidos e vendidos e caiu de assalto...

- O touro enraivecido!

Saiu determinado a vingar-se:


da pequenez,

da estupidez e da futilidade assassinantes.

Aterrou numa superfície agreste

de um universo-ilha maldito!

- O touro enraivecido...

Não está nunca mais disposto a perdoar,

a sorrir,

a condescender...

com nada!

Porque esteve sempre rodeado

de abutres,

de corvos,

de vermes...

- O touro enraivecido!

Que pise com os seus cascos esses vermes

impiedosamente,

com indiferença;

Porque nesse universo-ilha

eles nada são,

sempre que existiram foi apenas

para o oprimir.

Por isso ele sabe apenas uma verdade:

Destroçar... seguindo em linha recta.

Incendiar... para se aquecer.

Rasgar... para comer.

Morrer!
Todas as chaves estão dentro de ti. [o paradoxo]

Não precisas de mais nada a não ser de ti próprio, para realizares a tua
transmutação. Não precisas de laboratório, dinheiro, mestres, livros, tecnologia. Nada!
Todas as chaves estão dentro de ti. Não precisas de tempo; a única forma de o fazeres é
agora e sempre, durante todo o momento. Deixa de ser um admirador do divino e sê
divino. Enquanto fores um admirador estás a adiar; adiar é deixar para depois; é igual a
não o fazeres. Porque não há nada para fazeres. Não há meios. Não há fins.

Só te resta ser, e ser é sê-lo já, agora e sempre. Enquanto viveres à espera de te
tornares naquilo que desejas não passas de um amante do belo. Mas não és belo! As
chaves estão todas dentro de ti!

ANÁLISE DAS EXPERIÊNCIAS


Quelques heures après, Lokifar, rétabli, annonça qu’ils approchaient de l’entrée du
royaume. Blade ne distinguait rien. Le trio parcourait alors la surface aride du plateau sur
lequel ils étaient arrivés en quittant Agart.
Soudain, alors qu’ils avançaient, ils franchirent une porte invisible qui les transféra
dans le séjour souterrain. Ils se trouvaient dans l’entrée de la grotte, près de la Porte des
Etoiles. Blade, troublé, voulut s’assurer du phénomène qu’il venait de vivre. Il ressortit et
constata que l’entrée d’Agart était totalement invisible.

Pire, il était maintenant incapable d’en retrouver l’accès.

/ Il finissait par se demander s’il n’avait pas finalement rêvé tout cela /

¾Auriez vous perdu votre route ?

¾Je le crois, répondit Blade.

¾Avez vous oublié ce que vous a conseillé le Touktou ? Regardez avec votre cœur !
Agart est un univers d’initiés, un royaume de certitude. Il est invisible au commun des
mortels. Suivez-moi.

Et les deux hommes repassèrent dans l’univers souterrain, à un endroit même où,
plusieurs fois, Blade avait cherché et recherché l’entré.

¾Celui qui doute, expliqua encore le religieux, ne trouve pas.

¾Mais le questionnement fait progresser, s’offusqua Blade.

¾Sans doute certaines questions font-elles progresser. Mais font-elles aller aussi loin
et aussi bien que les certitudes ? Vous-même, grand guerrier, vous savez qu’au combat,
celui qui se pose des questions est déjà mort.

¾Cela n’a rien à voir.

¾Oh si. La vie est un combat… contre soi le plus souvent. Voyez, vous avez suivi
Lokifar sans vous poser de questions. Vous saviez qu’il connaissait la route d’Agart. Et
vous êtes passés. Puis vous vous êtes interrogés. Alors vous êtes ressortis. Et là, seul,
doutant de votre expérience, vous n’avez pas retrouvé le chemin de notre royaume.

J. Lord, Les révoltés du Roi du Monde...


Ao ler-se, no capítulo sobre as minhas experiências pessoais, as abordagens que fiz
à transmutação pode ficar-se com a ideia de que os meus objectivos foram,
fundamentalmente, desenvolver em mim uma série de poderes ou capacidades
paranormais. Em parte foi assim porquanto me deixei conduzir pelo fascínio do despertar
destas novas capacidades. Mas não é, de modo nenhum, este o objectivo principal.

Na 1ª abordagem o objectivo principal era ainda muito vago e o interesse mais forte
era apenas entrar. Entrar nessa área inexplorada e desconhecida das potencialidades
humanas paranormais. O simples facto de conseguir entrar numa área que eu ainda não
sabia bem se era realidade ou ficção seria uma vitória. Entrei como um explorador numa
selva tropical que se deixa seduzir pela beleza luxuriante de muitas espécies
desconhecidas da flora e da fauna.

O primeiro fascínio foi o da própria sensação de libertação produzida pelo atenuar


da minha parte racional e a consequente diminuição da dúvida que, anteriormente,
permeava todos os meus pensamentos e acções. Era um estado de relaxe e de não estar
totalmente ali, um pouco semelhante ao sonho, ou melhor, a vermo-nos e a sentirmo-nos,
a nós próprios, dentro de um filme que se desenrola em directo, à nossa frente, numa
tela com características bem reais mas, perante a qual não olvidamos completamente o
facto de a ela estarmos a assistir comodamente instalados e, de certo modo, protegidos.
Este sentimento de à vontade, de desprendimento e de aceitação de que tudo pode
acontecer (como num filme) parece-me ser muito propício aos fins em vista. Há, neste
estado, um ligeiro desdobramento de consciência: não nos vemos e sentimos apenas
embrenhados na situação em que estamos envolvidos mas, vemo-nos também de uma
outra perspectiva – de fora ou de cima, apercebendo-nos melhor dos elementos à nossa
volta.

Talvez seja este o estado ideal para ter “fé” suficiente para nos lançarmos à
empresa de realizar acções quotidianamente consideradas impossíveis (pelo menos para
nós, humanos comuns).

A segunda fase do fascínio potenciou a primeira porquanto quando me apercebi que


consegui realizar alguns feitos extraordinários isso traduziu-se numa dupla alegria. A de
vitória e a de uma crescente autoconfiança no meu poder pessoal.
DIAGRAMA:

1-Utilização de processo para obter atenuação da dúvida, medos e receios

2-Entrada num estado de autoconfiança ou fé

3-Ampliação e desdobramento da consciência

4-Um certo alheamento da realidade ou estado de indiferença

5-Façanhas e realizações normais e paranormais

6-Aumenta a paixão e interesse pela vida

7-Amor ou paixão por alguém ou pelo Todo

8-Alegria interior criada por:

- realização pessoal

- amor por alguém ou pelo Todo

9-A Alegria causada pelos itens anteriores catalisa Energia...


10- ...A Energia aumenta as possibilidades de realizações extraordinárias

11-As realizações extraordinárias fortalecem a autoconfiança e satisfação por


se estar a caminhar para o objectivo desejado. Isto produz mais alegria interior que
vai gerar mais Energia

12-Entra-se num estado de ser superior (estado ontológico superior)

caracterizado por: - mais lucidez e inteligência

- nível superior de energia

- maior sensibilidade e P.E.S. (percepção extra sensorial)

- mais poder pessoal

- maior domínio sobre o corpo e melhor controle das

. suas funções, recuperação de recursos e metabolismo

- muito melhor qualidade do sono

- menor necessidade de descanso e de sono

- maior sintonia com o todo e com o meio envolvente

- maior facilidade de realizações paranormais

- Mas, também: maior desfasamento com a realidade

. comum da maioria das pessoas e com a sociedade

13-A Energia tende a avolumar-se em demasia ou a dissipar-se através de actos


paranormais e a perder-se. Corre-se o perigo do efeito de “bola de neve” que representa
um perigo de descontrole do indivíduo.

a) A quantidade de energia avoluma-se a um ponto em que é difícil de gerir e tende a


dissipar-se e a perder-se através de realizações paranormais mais ou menos
espontâneas.
b) Perigo de sofrer o efeito de “bola de neve”, realimentação positiva ou feed back
cumulativo da produção da energia: a produção de energia não aumenta consoante o
aumento das capacidades de gestão do ser mas sim em quantidades demasiado
grandes. Isto produz uma aceleração descontrolada que causa desordens
emocionais, psíquicas e metabólicas. Desregulação de funções físicas como
incapacidade de dormir e descansar os períodos suficientes à recomposição do
organismo. Alimentação insuficiente ou esporádica. Estes efeitos podem provocar a
exaustão quase total da energia em determinados momentos.

c) Tendência para intolerância e entrar em atrito ou fricção com normas ou elementos


sociais mais limitantes ou preconceituosos.

d) Dificuldade ou impaciência em lidar com os entraves impostos pela diferença de


“velocidades” (menor rapidez mental e física) dos elementos da sociedade
envolvente.

14-Os efeitos de exaustão de energia em 13-a) e 13-b) e a fricção com a sociedade podem
provocar uma alternância de momentos de alta energia com momentos de muito baixa
energia e consequente vulnerabilidade física e psíquica.

15-a) Devido a qualquer conflito ou apenas ao descontrole psíquico e emocional e à


perda súbita da alegria, o “efeito de bola de neve” de acumulação de energia pode, muito
rapidamente, transformar-se no processo inverso: o da perda vertiginosa de energia.
15-b) Outra possibilidade mais grave: o indivíduo poderá entrar em conflito com
quaisquer elementos da sociedade e, devido ao seu descontrole e consequente
vulnerabilidade psíquica, passar por um distúrbio patológico – paranóia, mania da
perseguição ou qualquer fobia.

16-Salta-se (ou cai-se) definitivamente do estado superior ontológico para um estado


comum.

17-A perda desse estado e dos poderes associados transforma a alegria em tristeza e a
confiança em frustração e o indivíduo tende a entrar em depressão psicológica.

18-A depressão arrasta-o para um estado ainda inferior aos estados comuns de ser e de
realidade.
PARTE II
TRANSMUTAÇÃO: HIPÓTESES E TEORIAS

Ele era Ptath. O três vezes grande Ptath. E caminhava para


Ptath. Capital do seu império de Gonwonlane...

A. E. Van Vogt, “The book of Ptath”

- Energia em geral - Alinhamento da informação mental

- Consciência amplificada - Hiper-aceleração mental

- Kundalini - Imaginação actuante

- (Relógio orgânico) - Ser o nada e manejá-lo

Parece-me poder distinguir três tipos de transmutação: a transmutação do próprio


ser, a transmutação efectuada por um ser num objecto externo a si e a transmutação
física de elementos e partículas que ocorre espontaneamente no universo.

Condições e fases essenciais para a transmutação

Com base em toda a investigação e experiências que realizei penso poder


distinguir certas condições e fases essenciais no percurso orientado para a
transmutação pessoal:

Antes que tudo deverá existir uma intenção, uma volição ou, talvez melhor, um
intento subjacente de realizar a transmutação. Este intento, mesmo que diluído ao longo
de fases posteriores é determinante na impressão de uma direcção e de um sentido nos
movimentos interiores do indivíduo. É criada assim uma dinâmica orientada para a
abolição ou eliminação dos limites do ser. Passa a existir uma dinâmica do ser para a
transmutação de si próprio noutro tipo de ser (que aboliu os seus limites). [A
transmutação incorpora uma alternativa à morte como o fim a atingir].

A natureza do ser passa, assim, de rígida a plástica. E a dinâmica desencadeada


pelo intento realiza na natureza plástica do ser uma série de alongamentos, deformações
e diluições conducentes à sua completa transformação.
A segunda fase é uma fase de limpeza. É necessário limpar tudo o que
aprendemos e em que acreditamos. Cada crença impede outras crenças [A crença de que
somos criaturas terrestres castra-nos a crença de que podemos voar. A crença de que
apenas os objectos mais leves que o ar podiam voar impediu, no passado, a crença de
que aviões mais pesados que o ar pudessem fazê-lo]. Por outras palavras: as crenças
são as maiores fomentadoras das dúvidas. As dúvidas são o principal impeditivo à
realização das nossas potencialidades paranormais.

Síntese:

0. Condição inicial: O intento para se transmutar.

1. Limpar a fuligem que encobre a nossa essência ou natureza luminosa. Isto é,


desaprender todo o conhecimento imbuído de conceitos de impossíveis e da
“consciência” dos nossos limites.

2. Entrar num estado de relaxe mental e atenuação da actividade consciente


principalmente do raciocínio e da dúvida.

3. Dissolver o nosso eu e viver em fusão com o todo. Adquirir fluidez. Tomada de


consciência de tipo universal: de nós como partículas integradas no todo. O indivíduo
e o todo são um e devem viver em uníssono.

Atenuam-se o egocentrismo e o egoísmo e em contrapartida desenvolvem-se o


heliocentrismo e a oblatividade.

- A prática da meditação transcendental, da contemplação e da livre dança ou


expressão corporal poderão intensificar a dissolução do eu e a obtenção de espaço
vazio interior que se prestará a albergar energia.

4. A ausência / atenuação de - diálogo interior

- de pensamentos vincados

- do conflito interno

- da dúvida (habitante quase omnipresente do mundo


dos pensamentos)
e a atitude de desprendimento adquirida nas fases anteriores criaram (ou esvaziaram)
um espaço interior [onde anteriormente não havia espaço]. Esta foi a condição que
permitiu que esse espaço comece, automaticamente, a ser preenchido por toda a
energia anteriormente dissipada pelos pensamentos, conflito e diálogo interno.

5. Essa libertação das correntes da dúvida e da cápsula apertada do nosso eu


proporcionam-nos Alegria que catalisa mais Energia [suponho que a Alegria é o maior
catalisador de Energia interior].

6. Acções paranormais e percepções extrasensoriais ocorrem espontaneamente.

7. Aumenta a Alegria e a autoconfiança que geram mais Energia.

8. Podem ser usados vários processos para acumulação de Energia:

- Estimulação da Kundalini - Meditação Transcendental

- Contemplação - Fusão com o Todo

- Anulação do Eu - Absorção da energia solar

- Alinhamento da informação mental - Alegria causada pelo Amor

- Expressão Corporal e exercitação física - Imaginação actuante

9. Passa-se a um novo estado de ser de elevada energia.

10. Aumenta a distância relativa aos outros elementos da sociedade

11. Entra-se numa fase de risco. Forte tendência para o descontrole Energético,
Emocional, Mental e Físico.

12. Deve-se procurar estabilizar e ultrapassar esta fase. Talvez o seguinte ajude:

- É preciso saber parar.


- Todas as acções empreendidas deverão possuir um sentido: o da prestação de um
serviço ao Todo e a compartilhação com as outras partes desse Todo (os nossos
semelhantes, os animais, as plantas, os minerais, etc.).

Esta poderá ser a fase de eliminação dos indivíduos que não estão eticamente
preparados para ascender a um estado superior de controle.

Penso que só ultrapassará esta fase o indivíduo com ausência de conflito interno,
sem medos, sem dúvidas e sem ódios.

13. Para evitar o efeito reversível (de regressar, mais cedo ou mais tarde, ao

estado comum de ser) deve-se deixar a energia acumular sem a desperdiçar em


acções paranormais ou outro tipo de esforços que requeiram muita energia.

A acumulação de energia deve aumentar até ao ponto em que se processe uma


transformação estrutural do próprio ser.

Paralelamente a consciência ter-se-á expandido e aumentado o controle sobre o seu


ser até orientar toda a energia a produzir essa alteração estrutural transmutando-se
assim num novo tipo de ser.

A energia tem a capacidade de se auto-organizar e, possivelmente, quando atingida


uma concentração suficientemente elevada, num indivíduo, de modificar a sua
composição estrutural e de o transmutar.

Recapitulando: - Intento de transmutação

- Limpeza de conceitos limitantes

- Dissolução do Eu e Fusão com o Todo

- Manejar o mecanismo de anulação do ser

- Surge o espaço vazio no qual se vai acumular energia

- Gera-se Alegria que gera energia

- Ocorrem acções paranormais espontâneas

- Aumenta a Alegria e a Energia

- Passa-se a um novo estado de ser (de alta energia)

- Distancia e rotura com outros elementos da sociedade

- Fase de Risco (tendência para descontrole)

- Procurar ultrapassa-la até alcançar uma fase estável


- Contenção da energia para produzir alteração estrutural do próprio ser, isto
é, transmutação.
Análise Histórica / PORQUÊ O ENCOBRIMENTO?

Ele era Ptath. O três vezes grande Ptath. E caminhava para Ptath.
Capital do seu império de Gonwonlane. O trono do deus estava em
Nushirvan. Os deuses não dormiam...

A. E. Van Vogt, “The book of Ptath”

Uma ocasião, coloquei a seguinte questão a um membro de uma religião cristã:


“Jesus, enquanto homem, transmutou o seu corpo adquirindo a imortalidade. Isto não
poderá significar que nós, humanos, teremos a possibilidade de fazer o mesmo?”

A sua resposta foi: “Não. Jesus conseguiu fazê-lo porque era filho de Deus e
porque isso fazia parte da sua missão.”

Não será isto uma desculpa para o homem?

“Se Jesus o conseguiu foi porque era diferente de nós, por isso, estamos
desculpados por não tentar fazer o mesmo.” Da mesma forma diz-se muitas vezes que
determinado indivíduo conseguiu algo na vida porque era rico, ou porque era mais
inteligente, ou mais alto, etc. Desculpámo-nos frequentemente do nosso insucesso,
atribuindo ao ser bem sucedido, uma característica que não possuímos, algo que não
somos. É claro que não somos todos iguais mas, isso não tem impedido que diferentes
indivíduos tenham atingido os mesmos objectivos. Situamo-nos todos dentro da mesma
espécie, dentro do mesmo tipo de ser.

Experimentemos fazer esta leitura da vida de Jesus Cristo:

Numa época de mentalidade rígida e comportamento regido pela Tora e pelas leis
moisaicas nasce um ser que evolui mais do que os seus contemporâneos. Como fruto
dessa evolução ontológica desenvolve uma mentalidade de amor, tolerância e paz.
Transmite aos outros essa nova mensagem e são muitos os que o escutam e seguem.

A sua evolução prossegue e, como consequência, a sua consciência passa a ter


acção directa sobre o meio, isto é, sobre os outros, sobre a matéria e sobre si mesmo.
Estas acções directas da sua consciência sobre o meio são interpretadas como milagres:
a transmutação da água em vinho, a multiplicação dos pães, a cura de doentes, o
caminhar sobre a água, o ressuscitar de um morto.
Jesus continua o seu caminho e a sua consciência vai tornando-se o seu centro;
cada vez mais dominante sobre o seu corpo e sobre o meio. O seu corpo passa a ser,
apenas, um dos instrumentos da sua consciência. Entretanto, o seu ego diminui cada vez
mais, tendendo para zero. A sua consciência, ao contrário, expande-se e identifica-se
progressivamente com a consciência universal. Ele e Deus tornam-se um só.

A quantidade e a qualidade da energia que flui e reflui no seu corpo é cada vez
maior. Consequentemente, este entra em processo de transmutação: o fluxo
extraordinário de energia altera a sua estrutura corrigindo imperfeições e fraquezas.

No fim, Jesus sofre um ataque massivo das forças humanas que, pelo menos
aparentemente, provocam a sua morte. Porém, em si mesmo, na sua estrutura
ontológica, havia já uma matriz indeformável. O processo de transmutação do seu corpo
estava, nesse momento, mais adiantado do que a destruição que lhe foi infligida. Após a
morte a transmutação completa-se. O seu corpo morto é regenerado num corpo ainda
mais perfeito e incorruptível.
PARA UMA NOVA CORRENTE ARTÍSTICA:
O TRANSMUTALISMO

Como já referi, criei a palavra Transmutalismo a partir de Transmutação – a


transformação absoluta: de uma coisa em algo essencialmente diferente ou do indivíduo
no tipo de ser que mais deseja e que mais está de acordo com a sua natureza trans-
temporal.

Relacionado com todas as envolventes deste regresso do ser à sua essência


surgiram novas componentes de representação artística: a nível de imagem e de
semântica.

O transmutalismo é uma corrente artística que combate os elementos fixos na


representação, sejam eles as figuras, as formas, as cores, a luz, o enquadramento
espacial, o enquadramento temporal ou o conteúdo semântico de cada um deles.

Combate as identidades únicas desses elementos.

E combate os seus limites, as suas características fixas ou rígidas, as suas únicas


cores e tonalidades da luz e os seus únicos enquadramentos espaciais e temporais.

Em contrapartida, estimula e enfatiza a transformação e transmutação


(omnipresente) de todos esses elementos.

Também encoraja a transmutação de uns elementos noutros e a troca das suas


identidades. Como por exemplo: numa das projecções multidimensionais de uma obra, a
mulher que acaricia a planta pode ser representada como a própria planta que acaricia.
Noutra projecção podem, inclusive, trocar de identidades: a mulher é agora a planta e a
planta a mulher.

A = A e A ¹ A . Qualquer coisa é ela própria e é diferente de si mesma – axioma


fundamental do transmutalismo. A mulher é igual a si própria e tem a sua identidade de
mulher, e é diferente de si mesma, possuindo projecções de todas as identidades
diferentes da sua. Este conjunto imenso de identidades é que constitui a identidade
global, total e completa (da mulher neste caso). A identidade é semelhante a uma nuvem
de possibilidades na qual a identidade mulher é uma área mais densa de
probabilidades. Um pouco semelhante à nuvem de probabilidades que é um electrão.

A possibilidade da identidade global mulher deslocar a sua zona densa dentro da


nuvem de possibilidades para adquirir a identidade planta só depende da sua energia.

Esta é a ideia básica da transmutação.


A atitude transmutalista perante uma cena ou situação é a de representar os
elementos que a compõe nos seus diferentes conteúdos e significados, nas suas
diversas identidades mais actuantes ou preponderantes (nessa situação), nas suas
várias formas ou projecções, nos seus diferentes tempos mais significativos, nas suas
diversas cores, envolvências da luz e nos seus diversos enquadramentos espaciais.

Só esse conjunto hologramático de multipossibilidades e que é multidimensional,


multitemporal, multiespacial e probabilístico é uma tradução artística aproximada daquilo
que é a complexidade de uma situação real.

Há muita coisa que os olhos não vêem. Precisamente por isso, o artista tem de
socorrer-se da sua metaconsciência.

O Transmutalismo na Pintura de Emmanuel de Cériz

É uma arte dinâmica. Porque tudo é movimento, transição, transformação.

É uma arte multidimensional. Porque tudo é e não é. Tudo contém em si todas as


possibilidades de ser outras coisas, de apresentar outras cores, de assumir diferentes
formas, de ser em diferentes tempos.

Como representar da forma mais completa e abrangente uma situação ou uma cena
presenciada pelo artista?
Como transportá-la para uma tela?

Para obter o rigor da imagem superficial basta fotografá-la.

Mas ficaram de fora todas essas projecções e envolvências que são os vórtices
dinâmicos e multidimensionais que constituem a VIDA da cena observada. A biosfera
desse pequeno mundo. Poderíamos chamar-lhe a “alma” dessa situação.

A cópia dessa imagem por mais fiel que fosse não bastaria. Não passaria de um
mimo. A cena teria sido mimetizada.

É necessária uma meta-Arte para captá-la. E o intelecto é insuficiente para o fazer.

Uma cena em que decorre uma situação protagonizada por alguns intervenientes é
sempre demasiado complexa se a presenciarmos dentro de um perspectiva holista.

Entre cada interveniente há uma complexidade de projecções e das suas


intercepções. Essas projecções interagem entre si com diversos fluxos e transacções de
energia.

Cada elemento participante não influi apenas com ele próprio nos demais
elementos, mas também com todas as suas projecções latentes e envolventes. Com toda
a sua nuvem de possibilidades (lembra-me uma espécie de lagarto que, para assustar o
adversário, incha e expande-se todo em foles e cores).

Cada elemento de uma cena, seja ele uma figura humana, uma árvore, um objecto, a
atmosfera envolvente, a temperatura, o solo, o céu, uma folha caída no chão, um animal,
o relvado próximo, os sons em volta, o meio envolvente mais afastado, etc. – estão,
todos eles, a interagir com os demais. Visivelmente ou não.

A interacção de cada um destes elementos não é apenas aquela que é aparente, à


qual chamamos visível. Cada elemento projecta de si o que é e também tudo aquilo que
já foi, que virá a ser e mesmo tudo aquilo que não é.

Mas isso não chega ainda. Cada elemento é, em qualquer instante, algo
multidimensional. Um aglomerado, uma nuvem de tudo aquilo que não é.

Aquilo que nos parece ser o que ele é, não passa da sua forma mais “pesada”, mais
densa, ou mais estável naquele tempo, naquele espaço, naquela situação.

Mas aquilo que ele é, realmente, é uma nuvem de possibilidades de elementos ou


seres alternativos.

A sua forma visível é uma região nebulosa de probabilidades, envolvida por uma
nuvem de possibilidades.
Essa nuvem de possibilidades alternativas em redor da zona mais densa constitui o
seu conjunto de projecções.

O princípio de incerteza de Heisenberg levou-nos a admitir que o electrão não é,


própriamente, uma partícula, mas sim uma nuvem de probabilidades.

Diversos físicos trabalharam na Teoria do Campo Unificado. Tentaram estender o


comportamento das partículas atómicas a toda a realidade.

A nossa percepção limita-nos quanto à visualização da natureza total das coisas e


dos fenómenos.

Quando um elemento de uma situação (mais tarde enquadrado como elemento de


uma composição artística) interage com os outros elementos dessa situação, não é
apenas o seu núcleo denso a fazê-lo, são todas as suas projecções, isto é, a parte menos
densa da nuvem.

E os outros elementos actuam do mesmo modo. É um entrecruzar de projecções,


fluxos, trocas energéticas e misturas, muito complexo. É todo este conjunto de forças
dinâmicas, que geram aquela situação como sendo um organismo vivo, animado de uma
alma própria.

Depois, todas estas interacções entre os diversos elementos, se cruzam, misturam,


transformam, transmutam e se conjugam em diversos fluxos de campo. Apresentam
características holistas, fluxos e vórtices próprios que, por sua vez, transmitem o seu
feedback aos elementos intervenientes.

Só a metaconsciência poderá auxiliar o artista a executar este tipo de


representação.

Ela não é total.

Mas é a que mais se aproxima, no panorama actual, de uma representação


completa.

Rejeita limites, é multidimensional, hologramática e kaleidoscópica...

...e A Escultura Viva de Tália McFee


Até agora o homem tem pensado e actuado.

Quando passar também a transmutar, todo o universo será diferente.

A transmutação das coisas e dos seres passará a ser um fenómeno quotidiano.

A parede do quarto, programada para emitir aquele tipo de notícia, iluminou-se.

E foi com a transmissão da exposição de escultura viva que Atlan acordou:

“... e a Vernissage ocorrerá no Grande Domo Transmutalista, às 21h do dia de


hoje, sexta-feira...”, prosseguia a emissão.

Saltou da cama radiante.

Finalmente ia poder ver o que tanto ansiava.

Agora, no novo mundo-T, a inovação ganhara espaço.

E, se havia algo que Atlan não podia deixar de ver, era a escultura viva de Tália
McFee.

À chegada ao Grande Domo, João já o esperava.

¾ Fenomenal, ainda bem que vieste. Anda, entremos.

João já anteriormente presenciara a escultura de Tália.

¾ Vais ver um exemplo vivo da transmutação actuante...

A sala era grande e concêntrica. No seu centro estava uma plataforma circular. O
tecto era constituído por uma alta abóbada de cor celeste.

As luzes baixaram de intensidade e a sala ficou envolta em penumbra.

I Acto

Um vulto sobre a plataforma.

Um foco de luz âmbar incide na figura.


É um corpo comum de mulher.

É o corpo nu de Tália.

Em transparência, começam a prolongar-se do seu corpo figuras hologramáticas,


como extensões.

¾ São as projecções alternativas do seu ser ¾ murmura João ¾ recordas-te do


axioma? “...uma entidade é igual e simultaneamente diferente de si própria, contendo em
si todas as entidades alternativas”?

Atlan assente que sim sem deixar de olhar para o que se está a passar sobre a
plataforma.

As projecções fantasmáticas de Tália, cerca de uma dúzia, ganham consistência à


medida que o seu próprio corpo a perde e se torna cada vez mais difuso e transparente.
Algumas parecem ser a própria Tália mas mais velha ou mais nova, outras parecem ser,
ainda, formas antropóides. As restantes em nada se assemelham à escultora.

As projecções multiplicam-se em centenas, milhares de formas que se


interpenetram e confundem até serem cada vez menos distintas umas das outras.

O seu corpo reduziu-se, entretanto, a um ponto de luz brilhante circundado por


uma nuvem de possibilidades... de milhares de formas alternativas e coexistentes.

¾ É a “nuvem de possibilidades” de Tália ¾ explica João.

A nuvem assume agora uma forma esférica translúcida de múltiplos reflexos


policromáticos... como cintilações de um diamante.

Começa a contrair-se em direcção ao seu centro, o ponto de luz brilhante.

Ao contrair-se, os milhares de conformações [possíveis] afundam-se num núcleo


mais denso, com um número cada vez menor de imagens interseccionadas.

Essas imagens vão-se engolindo/absorvendo umas pelas outras até se


incharem/tornarem na figura de Tália.

Tudo o que restava agora era, de novo, o seu corpo nu, envolto por uma auréola
difusa de cor dourada.

II Acto

O corpo de Tália sobre a plataforma.


No lado oposto da plataforma há uma cascata e uma pequena lagoa onde se
acumula a sua água.

Duas formas hologramáticas semitransparentes acompanham/confundem-se com


o corpo de Tália.

É a forma de uma águia branca e de um golfinho de prata.

As três formas de Tália integram-se/clivam-se numa só e vemos dela voar uma ave
imensa que cruza/trespassa a água em queda livre da cascata.

Silêncio.

Subitamente, por trás da cortina das águas, vislumbra-se um vulto em


aproximação.

A água espirra e dela surge um golfinho azul que mergulha na lagoa fazendo um
grande splash.

Silêncio.

Projectando-se da água da lagoa, surge um feixe cilíndrico de luz escarlate que se


prolonga até ao céu, agora visível na abóbada, ornado de nuvens fofas banhadas pela luz
âmbar/laranja/fúlgida/dourada de um sol quase poente.

O tubo de luz ígnea coalesce/aglutina-se num golfinho de fogo que salta e


mergulha nas nuvens douradas em cabriolas de uma alegria irresistível que nos contagia
a todos em ondas e se repercute pela sala fora...

III Acto

De novo o corpo da escultora, só.

Repentinamente, salta para a plataforma uma horda de guerreiros antropóides de


aspecto feroz. Estão armados com lanças, machados, espadas e maças.

Correm para Tália uivando.

Ela fita-os e do seu corpo desprendem-se/arvoram-se/orlam-na três configurações:


uma criança assustada, um lobo a rosnar de pêlo encrespado, um guerreiro couraçado
de armadura metálica com as cores do fogo e um ancião de longos cabelos brancos e de
expressão contemplativa e serena.

Vinda dos agressores, uma flecha atravessa-lhe o peito.

O sangue espirra.
O corpo de Tália torna-se menos nítido e as suas diversas configurações
convergem/aglutinam-se/fundem-se/condensam-se no corpo do guerreiro de armadura
fulva.

Tália-Guerreiro arranca a lança do seu peito num gesto rápido.

A fenda do seu ferimento volta a unir-se e o sangue é reabsorvido.

Os antropóides aproximam-se e envolvem-na desferindo-lhe uma profusão de


golpes.

Acima da pequena multidão ergue-se a espada de Tália-Guerreiro brandida com a


ferocidade de um relâmpago e abrindo uma pequena clareira ao seu redor.

Vários dos agressores tombam por terra.

Inesperadamente , sobem para a plataforma mais hordas de guerreiros que


convergem para Tália e a envolvem num torvelinho esmagador.

A escultora é derrubada sob o peso demolidor.

Ouvem-se estalar ossos.

À volta do corpo de Tália, subjugado pelas dezenas de pés dos assaltantes, surge
uma nuvem difusa e ténue cintilando com uma imensidade de configurações. Adensam-
se na do ancião de longos cabelos brancos e expressão pacífica que se ergue,
deslizando com a fluidez de uma enguia, por entre as pernas e braços dos agressores.
Estes ficam, durante um momento, surpresos e imóveis.

O rosto do ancião contempla-os, absolutamente calmo e sereno. O seu olhar é tão


intenso que parece trespassá-los e prende-los na imobilidade.

¾ Gradualmente, retira-lhes a realidade ¾ segredou João.

Os bárbaros perdem a solidez. Os seus corpos tornam-se transparentes. Cada vez


mais transparentes...

Desaparecem.

À volta de Tália, agora outra vez mulher, estão dezenas de flores rosadas.

A ampla sala ilumina-se e murmúrios de admiração percorrem a assistência.

Atlan está radiante.


As novas meta-Artes fascinam-no, mas esta Tália McFee... excede todas as
expectativas.

¾ E a rapidez com que ela se consegue transmorfosear?!... ¾ comenta Atlan.

¾ Verdadeiramente impressionante! E a arte com que o faz!... ¾ exclama João.

Nos corredores do Grande Domo toda a gente está empolgada. A adrenalina corre
forte nas veias.

A luz começa finalmente a diminuir anunciando o início da última parte e as


pessoas vão reentrando na sala e tomando os seus lugares.

A expectativa paira no ar.

“ O que é que ela nos terá reservado para o final?”, interroga-se Atlan.

IV Acto

Uma mulher comum sobre o estrado.

É, de novo, o corpo nu de Tália McFee.

As luzes apagam-se por completo.

Lentamente, começa a distinguir-se uma luminescência no corpo da escultora.

A luminescência vai aumentando de intensidade e, agora, o corpo de Tália é bem


visível.

Os seus cabelos alongam-se e esvoaçam pelo espaço circundante. A sua


tonalidade torna-se de um loiro brilhante, muito claro.

Os cabelos expandem-se agora em ondas por toda a sala.

A pele de Tália assume uma cor dourada, resplandecente.

A sua estrutura muscular enrijece-se e as curvas do seu corpo tornam-se


sinuosas... vibrando de sensualidade.

Os seus olhos passam do castanho ao vermelho rubi até se transformarem em


duas estrelas rutilantes, de brilho dourado...
Toda a sala ondeia com espirais douradas formadas pelos cabelos de Tália.

Atlan não resiste à beleza magnética daqueles fios de ouro rubro e estende a mão
para acaricia-los:

“Como são sedosos... e tão macios...”, pensa.

As pernas da escultora afastam-se, deslizando, e a estrutura do seu corpo


confunde-se com as linhas de força de uma pirâmide cujo vértice se alonga cada vez
mais, até atingir a abóbada da sala.

Espirais de luz envolvem-na dos pés à cabeça afilando-se até ao tecto.

Em redor dos seus ombros emanam extensões vibrantes de luz dourada e ouve-se
o farfalhar de mil asas esvoaçantes!...

O ar agita-se em vibrações que percorrem toda a sala.

Desprende-se de Tália um som semelhante a um canto que aumenta de frequência


até se tornar o timbre de um cristal...

O seu corpo, envolto pelo holograma de mil asas douradas, alonga-se, afunilando-
se até à abóbada...

...e sublima-se/volatiliza-se num clarão de luz âmbar que se espalha por todo o
tecto da sala e cai, sob a forma de uma chuva dourada, sobre a assistência que fica
inebriada, pulsante/revivificada/incandescente, emanando um brilho ígneo de cor
rosada...

”Ígneos – Contos do Impossível Próximo”, Kohm

Um Saco Cheio de Prendas...

“A guerra dos deuses” de Van Vogt

A música de Phillip Glass, “Akhenaton & Nefertiti”,

“Einstein on the beach”, “The photographer”...

O filme “Orlando” de Sally Potter


“O feiticeiro de Terramar” de Ursula K. Leguin

O “Hino ao Sol” de Ak-hen-Aton

Os livros de Didier Comès

A música dos índios da América do norte

Os livros de Carlos Castaneda

Os quadros de Van Gogh... “nuit etoilée”!

O “Bolero” de Ravel

O livro “Serafita” de Balzac

As atmosferas de Ticiano

“Ilusões” e “Fernão Capelo Gaivota” de Richard Bach

“Oh, fortuna!” da “Carmina Burana” de Carl Orf

A Arquitectura de Gaudi

A música dos “Massive Attack”

O “sfumato” de Leonardo Da Vinci

“Tears in Heaven” de Eric Clapton

“Prince”, o mais belo lobo da Sibéria

Os sons do violino, violino, violino...

Pensamentos não-aristotélicos e geometrias não-euclidianas

A música de Sade Adu

O pôr-da-lua cheia no mar

As cores e aromas da natureza e da floresta

A Física Quântica e a música de Cravo

O Sol e as nuvens do poente

A sonoridade da gaita de foles e os verdes secos da Escócia

O “Hino à Alegria” de Beethoven

Em-Manu-El de Nazaré

O “Sonho de amor” de Liszt


A música “I’m calling you” e o filme “Café Bagdad”

A beleza feminina

Tardes frescas de neblina em tempo quente

O Amor

As estrelas

“As asas do desejo” de Wim Wenders

“Supercerebro” de Van Vogt

Os golfinhos

A Lua

D’Eus

O céu
Totalmente Rebeldes
– Um Grito de Liberdade

Sempre fui um rebelde.

Toda a vida me disseram para ser como os outros.

Mas nunca acatei o tempo nem a morte.

Nunca gostei de mexer o café no sentido dos ponteiros do relógio. Gosto de o


mexer no sentido contrário. Ao do tempo.

Sei que pareço nadar contra a corrente...

Mas não existirão mais realidades como eu?

– que não queiram sujeitar-se aos mecanismos da existência?

Se, pelo menos, há o direito a ser diferente, porque não terei eu o direito a recusar
o domínio do meio sobre mim?

Não existirão outros como eu, dispersos, por esse mundo fora?...

– Totalmente Rebeldes?...

(Ou; não o seremos todos um pouco?)

Tudo nos parece dizer que na natureza tudo perece, tudo morre, tudo envelhece,
tudo definha, tudo tem os seus limites, tudo está sujeito a um poder maior, as coisas são
apenas o que são...

– eu quero ser tudo!

Mesmo as doutrinas mais profundas e elevadas, subrepticiamente, nos


aconselham a aceitar os mecanismos da existência; falam-nos de infinito mas continuam
a reduzir-nos à sujeição. À insignificância da sujeição aos elementos.
Falam-nos de paranormal e das nossas imensas capacidades, mas dizem-nos que
há certas fronteiras e limites... ...e quanto ao que toca à transmutação – a quebrar, a furar
as leis que nos regem a nós e aos outros seres vivos... faz-se silêncio! É tabu! É heresia!
É falta de humildade, é ambição,...,é loucura!

Há sempre um acarneirar... há sempre fronteiras.

E eu não aceito fronteiras, quaisquer fronteiras!

Nem limites, nem sujeições.

Haverá outros “loucos” como eu?

Terá de haver sempre um “mestre”?

Não podemos, nunca, deixar de ser carneiros?

É apenas isso que eu sou:

– um grito.

Apenas um grito.

De revolta e liberdade!

Pelo direito de ser,

“o que me der na gana”!

Nov. 2000
SERÁ TEMPO DE PASSARMOS A SER DEUSES?...

É tempo de deixarmos de viver em função dos deuses.


É tempo de sermos os próprios deuses.

É tempo de deixar de idolatrar mas sim passar a adorar o Único.


E de passarmos a transformar;
a nós,
No que adoramos.

É tempo de deixar de acarneirar...

EPÍLOGO PARA ALÉM DO TEMPO

Æ
E um dia sorriremos sempre

.........

Quando caminharmos, levitaremos

.........

E jorrará luz dos nossos olhos

.........

F. Alan Wolf, “Spacetime and Beyond”

E TODOS OS TEMPOS SE ENCONTRARÃO NUM MESMO TEMPO

E TODOS OS ESPAÇOS NUM MESMO ESPAÇO

E NÃO HAVERÁ MAIS DOR

NEM NECESSIDADE

DA MORTE.

|
Atlan

os livros...

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