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apresentados e explicados de maneira que possa funcionar como guia para o
desenvolvimento de sistemas de remuneração. Remuneração por resultado e
participação nos lucros. O impacto gerado pela oportunidade de as pessoas
construírem sua remuneração a partir de políticas que prevêem a remuneração por
resultados e o impacto nos resultados organizacionais. Os aspectos legais da participação
nos lucros, a construção de uma cultura compatível com modelos de remuneração que
estimulam a participação das pessoas na sua construção. Construção de um sistema
de remuneração. Neste item serão abordadas as etapas para a construção de um
sistema de remuneração baseado em políticas claras e objetivas e cujo cumprimento é
viabilizado por esses sistemas. O desenvolvimento de cada etapa e o envolvimento das
pessoas. Planejamento e desenvolvimento de carreira. Como as organizações podem
criar perspectivas de construção de carreira a partir da existência de políticas de
remuneração e da utilização de sistemas de remuneração estruturados e consistentes. A
carreira em Y ou gestão de carreiras paralelas dentro de uma leitura atualizada de política
de desenvolvimento visando aproveitamento máximo dos talentos potenciais em uma
empresa. eficazes.
PLANO DE ENSINO
a. Ementa
b. Objetivos
Objetivo Geral:
Conhecer os conceitos que envolvem o tema compensação de pessoas, a
visão estratégica na remuneração e os efeitos sobre os resultados das pessoas e da
empresa.
Objetivos Específicos:
• Conhecer aspectos da evolução da gestão de pessoas
• Entender políticas de remuneração como estratégia de gestão.
• Saber a diferença do modelo tradicional e estratégico de remunerar.
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• Conhecer as etapas de um sistema de remuneração.
• Conhecer o efeito da remuneração estratégica na construção da carreira.
• Participação nos lucros, visão estratégica e aspectos legais.
c. Conteúdo Programático
e. Avaliação
f. Bibliografia básica
INTRODUÇÃO
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Cada tema possui um corpo teórico, onde se estrutura a partir de uma
abertura sobre o assunto, a rota de aprendizagem, para o aluno compreender o seu
processo de aprendizagem, o texto, propriamente dito, seguido de uma síntese do
mesmo.
Posteriormente apresentam-se indicações culturais, ou seja, indicações de
leituras, periódicos, filmes ou outros materiais complementares.
Na seqüência, mostram-se dez questões que servem como uma auto-
avaliação para o aluno perceber se houve uma boa compreensão do conteúdo exposto.
Segue-se com uma atividade de aprendizagem, onde incentiva o aluno a
debater com seus colegas e trocar experiências sobre o assunto.
Cada tema conclui-se com a atividade aplicada, onde se sugere ao aluno,
investigar na prática, o que foi explanado no módulo.
No final deste material, ainda constam: uma bibliografia comentada, a qual
resume os livros que foram utilizados como consulta para a elaboração deste e também
um glossário para ajudar o aluno a compreender termos que possam ser duvidosos ou
desconhecidos pelo aluno.
Por fim, tem o gabarito com as respostas de todas as auto-avaliações,
propostas no decorrer dos módulos.
Todo este material serve como apoio e base para a compreensão das aulas
dadas.
TEMAS
a. Abertura
O tema remuneração é tratado com preocupação há muito mais tempo do que podemos
imaginar. A história relata sistemas de pagamento adotados desde a antiguidade e todos
com um objetivo comum, ou seja, visando maior produtividade. A explosão que culminou
no inicio de uma nova era com relação às questões de gestão, incluindo um tratamento
diferenciado em relação às pessoas a partir de experiências conduzidas por personagens
como a de Frederick Taylor na tentativa de buscar a fórmula para a obtenção de melhores
resultados no trabalho e com a atuação de vários cientistas, psicólogos e administradores
nos estudos do comportamento humano no trabalho, ocorreu a partir da revolução
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industrial e veio se aprimorando a medida que foi aumentando a complexidade das
empresas e as exigências surgidas pela globalização e seu impacto sobre a necessidade
de criação cada vez maior dos diferenciais competitivos e consequente exigência de
pessoas potencialmente qualificadas. Esse cenário resultante das mudanças globais vêm
exigindo das empresas uma atuação cada vez mais estratégica quanto aos processos de
gestão de pessoas com o intuito de atrair e reter talentos e entre estes processos as
Políticas de remuneração e a criação de sistemas de remuneração eficientes e eficazes
passam a ser determinantes para o sucesso no alcance desse objetivo.
b. Rota de aprendizagem
c. Texto
A organização do trabalho como fator determinante para os resultados, foi uma das
tarefas de Frederick W. Taylor, conhecido como o fundador da administração científica,
que surgiu dos esforços para obter o melhor resultado de produção em um tempo cada
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vez menor. Taylor dedicou-se com fervor ao estudo e compreensão do trabalho e na
melhoria da eficiência do trabalhador. Taylor deu início ao processo de padronização do
trabalho, antes realizado a partir da percepção e intuição individuais, sem regras e
resultados ineficientes. Para o pai da administração científica, o trabalhador era incapaz
de produzir se não fosse permanentemente monitorado e controlado. Usando o modelo
militar, uma referência para a sua pesquisa, batizou de soldiering o afrouxamento no
trabalho se fosse dada maior liberdade ao trabalhador. Acreditava na incapacidade do
trabalhador quanto a possibilidade de contribuir com o melhoramento dos processos de
trabalho visando maior produção e que essa incumbência cabia somente ao gerente,
capaz de pensar e raciocinar para aprimoramento da tarefa que era o foco do cientista, ou
seja, para Taylor toda a possibilidade de melhoria estava na tarefa que redesenhada
exigiria apenas a readequação do comportamento do trabalhador. Com este modelo, o
trabalhador era estimulado a coordenar seus esforços somente para a sua posição de
trabalho o que corroborava para o comportamento de acomodação quanto a participação
no processo como um todo. Na figura 1, observamos duas cenas características do
trabalho no período industrial. Mas apesar da crença de Taylor nesse modelo
mecanicista, foi ele a criar um padrão de pagamento justo de acordo com o resultado de
produção justa, considerando que até então não existia padrão e consequentemente
inconsistência no pagamento do trabalho. Assim, Taylor foi o primeiro a criar uma
metodologia de “remuneração” visando atender a necessidade de máxima eficiência a
partir da avaliação da realização do operário que também poderia conhecer se o seu
desempenho resultava do seu máximo esforço no trabalho. Para medir a eficiência Taylor
observou serralheiros, padejadores, torneiros entre outros e com a utilização de um
cronômetro realizou uma série de medições. Dividiu atividades em tarefas, que chamou
de unidades básicas de trabalho, o que originou os estudos de tempos e movimentos . A
partir dessas definições pode realizar avaliações através de medições diversas a despeito
da melhor forma de realizar as tarefas e de combiná-las de forma a obter a maior
eficiência. Esses estudos deram origem ao modelo de recompensa por produção, quando
os operários passaram a receber por peça, ou seja, de acordo com o número produzido,
culminando no que podemos chamar de pagamento justo baseado num critério claro de
resultado por produção. Outros cientistas, apesar de discordarem de Taylor em vários
aspectos, concordavam sobre a metodologia do cientista na busca da eficiência máxima
para melhor resultado de produção a partir da revisão e reprojeção da tarefa, que
afirmava ser a única maneira correta de se fazer o trabalho.
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Fig. 1 do trabalhador na Era Industrial cujas ações eram mecanicas e seguiam o padrão traçado pelo cientista da administração (gerente).
Funções Definição
Planejamento Consiste na visualização do futuro, no estabelecimento de objetivos
e o estabelecimento das ações eficazes para alcançá-los.
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resultado das ações com as metas e objetivos estabelecidos.
Além da rica contribuição de Fayol, com a criação das funções da administração, também
escreveu os 14 princípios da administração, conforme apresentados na Figura 3, com o objetivo
de direcionar os gerentes para a realização do seu trabalho, o que concluia a necessidade da
aplicação de métodos adequados para um gerenciamento eficiente e eficáz. Com a apresentação
desses princípios, Fayol determinava de forma quase explícita a necessidade da preparação,
capacitação do gerente para atuação. Essa preparação exigia o treinamento além da prática do
local de trabalho que garantia apenas a formação empírica que tem a experiência como única
responsável pela capacidade de busca de soluções, também baseada na fé e na intuição. Seria
necessária uma preparação baseada em treinamento formal, nas escolas, que permitisse o
aprendizado e o desenvolvimento das habilidades gerenciais baseadas nos princípios
apresentados por Fayol. Com o advento da criação dos princípios da administração, Fayol
determinava as bases para a capacitação gerencial e a importância da qualificação gerencial
para a obtenção dos melhores resultados organizacionais, o que podemos comparar claramente
nos dias atuais com as competências essenciais, necessárias para a adequação do profissional
ao perfil do cargo e que irão refletir diretamente sobre o diferencial competitivo de uma empresa.
FIG. 3 Os 14 principios criados por Fayol para direcionar os gerentes na solução dos problemas no trabalho.
5 Unidade de Direção A empresa deve ter um objetivo comum o qual deve ser realizado
em todas as atividades.
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considerada como um diferencial para o trabalho.
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importância de ser tratada estrategicamente pois exerce uma influencia decisiva no grau
de comprometimento dos funcionários e alinhamento com os objetivos da empresa. Os
estudos desenvolvidos pelos cientistas da administração que contribuíram com as bases
para remunerar foram fundamentais para que as organizações criassem seus sistemas de
pagamento, contudo outros fatores, encabeçados pela globalização, avanço da
tecnologia, abertura de mercados, aumento cada vez maior da competitividade e
exigência de qualificação cada vez maior, vêm forçando a busca de melhores métodos e
sistemas de remuneração. Ao mesmo tempo que as empresas exigem mão de obra
competente e qualificada, também enfrentam o desafio de não perder os seus talentos,
exigindo a atuação de uma gestão de pessoas extremamente estratégica para garantia da
retenção de talentos formando capital intelectual que permitirá a construção do seu
diferencial competitivo. A remuneração no seu amplo significado pode ser determinante
para a garantia do equilíbrio interno e externo que possibilitando a organização, conforme
Luiz Paschoal (pág.123) alcançar basicamente duas coisas: um maior comprometimento
do pessoal com os destinos e o desempenho das organizações e a substituição do
“cargo” tradicional como forma de organização pela flexibilidade total na alocação de mão
de obra. Essa posição mostra o resultado de toda a evolução do trabalho nos estudos da
administração que inverteu o pensamento inicial mostrando que são as pessoas que
podem garantir a sobrevivência ou não de uma organização, e esse novo cenário, cujo
pano de fundo é a globalização, vem trazendo consigo o desafio cada vez maior e mais
veloz para as organizações de desenvolver e praticar métodos de remuneração eficazes,
com foco na retenção dos seus talentos, mas também com a garantia do equilíbrio
econômico financeiro, relacionado inclusive, ao retorno esperado.
e. Síntese
f. Indicações Culturais
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O filme mais conhecido e apresentado como a demonstração perfeita para o
estudo do tempos e movimentos no trabalho e a aplicação do modelo na empresa é o
filme Tempos modernos de Charles Chaplin que satiriza o tratamento dispensado ao
trabalhador e suas conseqüências. Permite uma reflexão sobre essa metodologia, que
ainda hoje é utilizada por gestores dentro de organizações e que provavelmente
impactam diretamente nos seus resultados.
Outro filme que mostra como uma empresa pode obter resultado e transformar uma
realidade com a adoção de uma metodologia estratégica é o “Gung Ho”, filme de
treinamento da Siamar. Nele fica visível o valor das pessoas nos processos e resultados
empresariais e a importância da visão e atuação estratégicas das lideranças.
g. Atividades de aprendizagem
h. Atividades aplicadas
a) Abertura
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Este capítulo trata do tema políticas de remuneração e de como está
composta, como é visto o salário dentro desta composição e o significado e importância
das políticas no contexto geral do processo de recompensar pessoas.
Abordará o conceito de política enquanto componente estratégico para o
desenvolvimento do planejamento estratégico da remuneração e a sua função para
sustentação do sistema de remuneração adotado pela organização, o impacto gerado
considerando aspectos culturais, de comunicação e de segurança e credibilidade no
sistema.
Quanto a composição da remuneração, apresentará o conceito de
remuneração e salário, quais são os componentes da remuneração e o conceito e
significado de cada um deles no pacote final de recompensa.
Por fim, abordará o significado do salário para as pessoas e para as
empresas e que preocupações devem nortear a definição de políticas e a construção de
sistemas de remuneração.
b) Rota de Aprendizagem
c) Texto
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melhores métodos de gestão e no que diz respeito à remuneração, o desafio é bastante
grande.
Os sistemas tradicionais de remuneração, que entre outras deficiências, não
observam a diversidade de conhecimento, habilidades e principalmente de contribuição
das pessoas para o sucesso organizacional, já não atendem mais as necessidades e
expectativas das empresas da atualidade.
As políticas e sistemas de remuneração devem ser capazes de atrair, reter e
motivar seus talentos para obter destes a maior contribuição para os resultados no
negócio. As políticas bem definidas e sustentadas modelam o comportamento das
pessoas conforme Felipe Vasques Westin, no livro Manual de Gestão de Pessoas e
Equipes (2002).
Essa afirmação do autor, confirma, portanto, o fato de que o comportamento
pode fazer a diferença no resultado das pessoas, tornando clara a importância de investir
no estímulo deste comportamento voltado para motivação para a busca mais que
resultado, resultado diferenciado, com valor agregado.
Para compreensão de todo o processo é preciso saber que políticas de
remuneração determinam as regras de norteiam as condutas a serem adotadas para o
efetivo gerenciamento das recompensas na empresa.
Assim, a organização deve despertar para a consciência da remuneração
pautada em políticas claras e objetivas, alinhadas à visão da empresa para o alcance dos
resultados desejados que garantam a sua sobrevivência e crescimento, ou seja, devem
ser definidas baseadas em critérios coerentes com os objetivos e com a cultura da
organização.
Portanto, a ausência de políticas de remuneração no processo
organizacional implica na ausência de um padrão e quando não existe um padrão,
significa que a empresa paga seus colaboradores com base em critérios aleatórios,
fundamentados em fatores emocionais e amadores e não profissionais, que impedem a
empresa do risco de usar dois pesos e duas medidas. Essa falta de padrão e suas
conseqüências é um dos fatores que mais contribuem para a insatisfação das pessoas no
trabalho, gerando frustração e situações de conflito.
As empresas, no processo de capacitação e profissionalização, que
naturalmente se obrigam pelas exigências apresentadas pela evolução do mercado e de
suas variáveis, necessitam aplicar, literalmente, as funções da administração, bem como,
ferramentas eficazes e compatíveis com as necessidades dessas exigências.
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De acordo com Luiz Paschoal (2001), uma política de boa qualidade deve
apresentar as seguintes características:
a) Deve estar voltada para as estratégias do negócio da organização.
b) Deve estar integrada com as demais políticas e filosofias da organização.
c) Deve ser clara e objetiva.
d) Deve ser coerente: conforme o grau de agressividade e competitividade, a política
deve ser mais ou menos flexível com o salário de contratação
e) Deve buscar, na admissão de funcionários, tanto quanto possível, profissionais em
estágio tal que a posição oferecida configure uma promoção, com vantagens
salariais e desafios.
f) Deve evitar a tendência comum de valorizar mais os profissionais que estão sendo
contratados em detrimento daqueles que já trabalham na organização.
g) Deve criar condições para atrair, reter e motivar a melhor mão-de-obra.
h) Deve condicionar o crescimento dos salários acima do nível de mercado a uma
contrapartida extra de produtividade, medida por intermédio de algum tipo de
avaliação.
i) Deve levar as chefias a uma análise sistemática dos salários dos empregados.
j) Deve ser conhecida, entendida e assumida pelas chefias. A empresa pode ter a
melhor política do mercado, mas não colherá frutos na satisfação dos empregados
se estes não a perceberem deste modo. A boa comunicação é decisiva.
Para atender essas características e garantir qualidade às políticas, é
preciso planejar. Esse é um trabalho que pede todo um estudo e análise ambientais,
tanto internamente como externamente.
A análise ambiental permitirá à empresa, além do seu auto conhecimento, o
conhecimento do mercado e dos efeitos da globalização, que dentro da visão estratégica,
significa o fator fundamental para sucesso do planejamento.
A palavra estratégia vem do grego “stratégos” que significa: a arte do
general, que é aquele que tem a visão do todo. Essa visão global é, portanto, o que vai
definir o acerto ou o erro.
Os fatores internos e externos deverão influenciar a construção do
planejamento estratégico de gestão de pessoas, neste caso, com foco na remuneração,
por sua característica de interdependência, conforme apresentado na figura 4.
Fatores Externos
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Atividade
Legislação Mercado Econômic
Diminuição
Planejamento Do
de Fatores Turnover
Carreira Do
PE de RH
Fatores Externos
Fig.4 : Fluxos dos fatores internos e externos na formulação do PERH – Luiz Paulo de Oliveira e Antonio Vieira de Carvalho
(2006)
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g) Salário variável
h) Participação nos resultados
2.3 A SALÁRIO
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Os estudos de Herzberg, foram antecedidos pela teoria desenvolvida pelo
psicólogo Abraham Maslow, a chamada “Hierarquia das necessidades humanas” que
coloca as necessidades das pessoas em ordem de prioridade, conforme demonstrada na
fig.5. Maslow defendia que somente nos sentimos motivados a atender uma das cinco
necessidades, quando a anterior foi atendida., ou seja, somente nos preocupamos em
buscar a garantia para a nossa segurança, quando nossas necessidades fisiológicas
estão atendidas, como alimentação, sono e outras.
Com base nessa teoria, as empresas devem estar atentas para a coerência
nos sistemas de remuneração e na adequada composição desta. Os benefícios, por
exemplo, devem realmente atender as necessidades básicas, fisiológicas e de segurança.
O trabalhador que possui uma plano de assistência médica, mas não recebe o benefício
da alimentação, não terá a sua primeira necessidade prioritária atendida. Esse exemplo
remete à importância da definição das políticas de remuneração dentro de uma visão
estratégica, o que a empresa quer, o que ela precisa e como ela deverá desenhar o seu
sistema de remuneração de a obter resultados eficazes.
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redução de custos e desperdícios, pelo aumento da produtividade e resultado do trabalho,
por resultados no desenvolvimento das competências, programas de participação nos
lucros e resultado, entre outros.
Trata-se de medidas que visam atender necessidades imediatas, tanto do
lado da organização como do trabalhador. Devem ser apresentados de forma clara e
objetiva, tentando-se o entendimento das pessoas a fim de que os esclarecimentos
necessários sejam dados para que surtam os efeitos desejados no processo de
compensação e conseqüente motivação para o trabalho e resultados.
A empresa pode escolher a melhor e mais adequada estratégia quanto a
definição da periodicidade de distribuição desses incentivos, porém normalmente se opta
pela distribuição mensal.
Outro papel dos incentivos está em fidelizar a relação com os trabalhadores,
através dos objetivos de longo prazo, sendo o mais comum o que permite a aquisição de
ações, proporcionando às pessoas agregar valor ao negócio e não somente ao se
trabalho.
Passam a ser um componente de extrema importância e que pode ser
ajustado às diversidades existentes pela flexibilidade que apresenta.
Os benefícios constituem em pagamentos financeiros indiretos oferecidos
aos funcionários, tendo como os mais aplicados, assistência médica e odontológica,
auxílio educação, vale refeição, cesta básica, seguro de vida , planos de previdência,
descontos em produtos da empresa, entre outros.
Além destes, todo serviço que a empresa coloca a disposição do
trabalhador, como psicologia, serviço social, visando a tranqüilidade e contribuição para a
qualidade de vida das pessoas, também está no rol de benefícios.
Os benefícios podem ser diretos e indiretos, Diretos são aqueles exigidos
por força de Lei, como, férias, décimo terceiro salário, aposentadoria, seguro de acidente
de trabalho, salário família, auxílio doença, salário maternidade, ou seja, que as empresas
são obrigadas a entregar com base na Lei trabalhista e previdenciária, ou ainda por força
das convenções coletivas de trabalho. O não cumprimento destas exigências implica em
penas legais para a empresa. Os benefícios indiretos são aqueles que a empresa oferece
espontaneamente e que surtem efeito real na motivação e produtividade.
Considerando, portanto, a remuneração como um pacote de recompensas,
as empresas devem ter a visão na interdependência e necessidade de estes estarem
integrados, quando da definição de suas políticas de remuneração.
d. Síntese
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Não é possível adotar uma forma, um método para recompensar as pessoas
sem antes estabelecerem-se as regras, as normas do jogo. As pessoas precisam ter,
conhecer e entender os critérios que determinam a conduta relativa a como a empresa
trata o assunto e para que possa desenvolver as suas políticas estrategicamente, a
empresa deve conhecer a composição da remuneração como um pacote de recompensas
e trabalhar cada um dos componentes como um pilar de sustentação para o seu sistema
de remuneração.
e. Indicações culturais
Assista o filme “Eu quero ser grande”, com Tom Hanks, isso pode ajudá-lo a
entender a importância dos estabelecimentos de critérios e da observação de parâmetros
relevantes para a definição de políticas de remuneração.
Leia a bibliografia indicada, ela ajudará você a entender as questões
específicas dessa aula.
f. Atividades de aprendizagem
g. Atividades aplicadas
a) Abertura
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seus colaboradores, será necessário o desenvolvimento de um sistema de remuneração,
um plano de cargos e salários.
Esse sistema de remuneração será a ferramenta que permitirá e auxiliará a
organização cumprir com as políticas estabelecidas previamente.
Neste caso é fundamental que, do ponto de vista estratégico, se estude o
método mais adequado à realidade, condições e cultura da empresa, no sentido de que
realmente agregue valor e seja eficaz quanto à contribuição na atração, retenção e
motivação dos talentos.
Recomenda-se que as empresas contem com consultorias especializadas
quando da decisão de desenvolvimento e implantação de um sistema de remuneração,
pois além do conhecimento técnico estas atuaram como mediadoras no processo,
agregando valor em relação a estrutura consistente do sistema
b) Rota de Aprendizagem
c) Texto
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evoluindo e se apresentam cada vez mais, com perfis altamente técnicos e preparados.
Atrelado aos conhecimentos técnicos, apresentam comportamento pró ativo,
comprometido com o negócio e com o trabalho e portanto buscam com a empresa uma
relação de parceria.
Dentro deste cenário, portanto, ser compensado com remuneração idêntica
a de demais pessoas que, eventualmente demonstram performance e resultados aquém
do esperado, leva à insatisfação, o que tem contribuído muito para que as empresas não
evoluam na sua capacidade de atrair e reter talentos.
Hoje, as pessoas vêem apresentando uma consciência e um
comportamento voltados para a predisposição de investir no seu auto desenvolvimento, o
que lhes garante diferencial competitivo e ajuda a abrir portas no mercado. Ao mesmo
tempo em que esta realidade contribui positivamente para as empresas, pois lhes garante
o acesso à mão de obra de primeiro nível, por outro lado, se torna uma espécie de castigo
para elas no aumento do risco de perder talentos para o mercado e as vezes para os seus
concorrentes.
Mas, apesar da remuneração fixa ser considerada como sistema de
remuneração ultrapassado, não pode ser descartado, pois em empresas que não
contemplam em sua cultura questões, como trabalho em equipe, equipes auto
gerenciáveis, conduta de auto desenvolvimento, foco em resultado, em razão de um
modelo de gestão baseado na centralização, por exemplo, e que desejam desencadear
um processo de desenvolvimento e modernização, o salário fixo pode também ser
utilizado dentro de um sistema de remuneração estruturado e organizado a partir de
políticas definidas, o que vai auxiliar tanto empresa quanto as pessoas a desenvolverem
visão diferenciada.
Ocorre que por encontrarmos empresas que ainda se enquadram em
modelos de gestão totalmente ultrapassados, conforme descrito no parágrafo anterior, e
que além de utilizarem o salário fixo para compensar seus funcionários, pagam salários
diferenciados para pessoas que ocupam cargos iguais e exercem funções idênticas,
independente da performance e resultados apresentados por cada um destes
funcionários. Este realmente é o modelo que mais prejuízos poderão trazer para uma
organização, inclusive do ponto de vista legal.
Desta forma, a iniciativa de uma organização de adotar um plano de cargos
e salários, ainda que baseado em salário fixo, pode ser o primeiro passo para a
construção de um sistema de remuneração estratégica, que permita às pessoas
participarem da construção da sua remuneração, estimularem-se a investir no seu auto
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desenvolvimento e contribuir, portanto com o alcance dos resultados esperados pela
organização.
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posições, exige a adoção de métodos de remuneração com visão extremamente
estratégica que permitam a adequação da compensação à necessidade de atender novas
visões como o relacionamento com o cliente, trabalho em equipe, qualidade, visão de
sócio, foco em resultado.
No momento da decisão de adotar um sistema de remuneração, torna-se
imprescindível, a empresa avaliar o modelo que melhor se encaixa com a sua realidade.
Passar por cima desta etapa pode trazer conflitos, frustrações e custos indevidos.
Portanto, neste caso, a importação de um sistema pronto deve ser questionada. O
método tem que se apresentar do tamanho da necessidade e da expectativa da empresa
e da sua força de trabalho.
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saber, o conhecimento teórico e conceitual do negócio, a habilidade, entendida como o
saber fazer, é o conceito aplicado na prática que permite através da experiência tornar o
indivíduo cada vez mais hábil e a atitude que significa a conduta adotada na realização
das atividades, o grau de motivação empreendido no negócio e também o fator mais
avaliado e exigido para o exercício das funções, por se tratar de uma fator que depende
quase que exclusivamente das pessoas. Resumidamente dividem-se em competências
técnicas e comportamentais. Dessa forma, competência determina a capacidade de
entrega apresentada pela pessoa.
Dentro dessa visão, a utilização do modelo possibilita compensar as
pessoas de maneira mais justa, já que estará fundamentada nos diferenciais
apresentados por estas, com relação às suas qualificações e capacidade de entrega,
evitando a falta de sustentação das decisões por conta de métodos empíricos e
paternalistas e sem sustentação.
O método exige a utilização de um instrumento, o feedback que estimulará a
dinâmica do modelo e que requer aprendizado e preparação. As pessoas necessitam
serem educadas para saber dar e receber feedback, de maneira que o modelo de gestão
por competências seja realmente eficaz para a organização. A competência para dar e
receber feedback significará um diferencial importante para a obtenção de resultados
eficazes.
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Para que a remuneração por resultados seja aplicada, a empresa necessita
utilizar ferramentas que permitam o acompanhamento e controle do resultado e nesse
caso, se faz necessário o trabalho com metas e avaliação de desempenho para medir o
resultado alcançado versus o resultado esperado pela empresa. Da empresas que se
utilizam desse método, muitas ainda beneficiam pequenos grupos de funcionários,
direcionando a remuneração por resultado para executivos e pessoal da área de vendas,
contudo cada vez mais, aderem ao método por perceberem o valor das pessoas no
resultado organizacional.
Trabalhando com metas, faz-se necessária a definição de indicadores de
resultado (qualidade, quantidade, prazo, custo, rentabilidade, etc.) para que se tenha
condições de avaliar os resultados alcançados pelo colaborador com base nos
indicadores estabelecidos no inicio do período. O gestor precisará calcular a média
aritmética dos percentuais de atingimento de cada meta e correlacionar o resultado com
um grau que varia de 1 a 6, conforme apresenta-se nas figuras 6 e 7, cujo objetivo é
visualizar o resultado final do plano de trabalho.
Resultado de Metas Grau
Abaixo de 60% 1
Maior ou igual a 60% e menor que 70% 2
Maior ou igual a 70% e menor que 80% 3
Maior ou igual a 80% e menor que 90% 4
Maior ou igual a 90% e menor que 100% 5
Acima de 100% 6
Fig. 6: Resultado alcançado e grau correspondente.
Se, por exemplo, o plano for elaborado com cinco metas e ao final do período avaliativo o
percentual de alcance de cada meta foi:
META 1 90%
META 2 80%
META 3 100%
META 4 88%
META 5 95%
Fig. 7: Metas estabelecidas e o percentual alcançado.
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d. Síntese
e. Indicações culturais
f. Atividades de aprendizagem
Leia o material referente ao tema, leia livros sobre o assunto e se informe
conversando com outras pessoas e empresas para fortalecer o conhecimento sobre
métodos de remuneração.
g. Atividades aplicadas
a. Abertura
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Dentro do modelo de legislação trabalhista aplicada no Brasil, que tende a
engessar as relações entre as empresas e os empregados, a participação nos lucros e a
remuneração por resultados representam um estímulo ao trabalhador para que esse
possa dar sua verdadeira contribuição para o sucesso do negócio.
E para o profissional de Recursos Humanos, o fato de estar integrado com esses
temas relevantes dessa natureza significa também estar no caminho certo para as
soluções de grandes impasses da área.
b. Rota de aprendizagem
Você deve ler com atenção este capítulo para que possa acompanhar a sua aula
com tranqüilidade. Após você ter estudado o texto e assistido à aula, realize os testes que
estão disponíveis neste capítulo, percebendo a assimilação de todo o conteúdo.
Procure conhecer a realidade das empresas mais próximas e de fácil acesso na
região onde mora, para entender como esse processo tem se desenvolvido na prática,
especialmente no contexto das grandes empresas. Caso não seja possível fazer uma
visita, acesse os sites destas empresas para identificar informações sobre o processo de
remuneração que elas adotam.
Troque informações com seus colegas sobre as particularidades e as estratégias
adotadas por essas empresas, de forma a enriquecer o debate.
c.Texto
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demais em um determinado período, influenciando diretamente nos resultados para a
empresa à qual trabalham.
Há diversos modelos de remuneração que podem ser considerados estratégicos,
porém as bases de todo e qualquer modelo, sem dúvida, passam pelo desempenho do
homem e por um conjunto de três fatores que se deve possuir como características
indispensáveis, de acordo com as necessidades de cada organização, que são:
conhecimentos (saber o que fazer), habilidades (saber como fazer) e atitudes (querer
fazer).
As organizações tendem a praticar alguma modalidade de remuneração estratégica
como forma de alavancar os seus resultados e partem do princípio de que, por meio
desses sistemas de remuneração, elas conseguem energizar todo o grupo para a
obtenção de um nível de produtividade e competitividade necessárias no contexto dos
negócios.
De fato, não são muitas as empresas que já implantaram sistemas remuneratórios
dessa natureza ou, em muitos casos, a adoção de modelos ainda se encontra num nível
embrionário.
Para que uma remuneração estratégica seja adotada, é preciso que a organização
tenha um perfil diferenciado. Trata-se de um modelo que dificilmente encontre facilidades
de implementação em uma organização onde impere a hierarquização rígida, com
métodos de tomada de decisão centralizados e onde não se privilegia a autonomia de
ações, a criatividade e o sentido de equipe.
Esse conceito, ao contrário, está mais propício para uma gestão de empresa
inovadora e que investe sobre as potencialidades do ser humano. Sem essas premissas e
valores culturais, verdadeiramente enraizados na mente de todos os executivos, qualquer
plano de remuneração estratégica está fadado ao insucesso.
Se por um lado a remuneração estratégica ainda causa certa resistência, por outro,
grandes organizações, no Brasil, já introduziram há algum tempo, sistemas dessa
natureza, a exemplo da IBM, Amil, Brahma, Brasmotor, Copesul, Embraer, Promon,
Petrobras, Samarco, Xerox e outras.
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regulamenta e dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas na implantação desse
sistema de remuneração (lucros ou resultados), fixando as diretrizes básicas de
procedimento.
A estratégia já vinha sendo praticada por várias empresas nos últimos anos, porém,
como não havia regulamentação no assunto, essa participação era considerada como
remuneração, ou seja, estava sujeita a todos os encargos trabalhistas e previdenciários
sobre a parcela, além do risco de ser incorporada ao salário, facultando a aplicação do
princípio da habitualidade. Foi a Medida Provisória no 794, de 1994, que deu o primeiro
status à lei que atualmente rege esse tema.
A grande dificuldade na adoção desse sistema é que, em tese, ele permite
contemplar com uma parcela em espécie (adicional ao salário) a todos os funcionários da
empresa, levando-se em consideração os dados de lucratividade no fim de determinado
período. Isso significa que, havendo lucro, parte deste deve ser distribuída aos
empregados, equitativamente.
Esse foi um modelo que recebeu muitas críticas ao longo dos anos, especialmente
dos trabalhadores e sindicatos, pois o resultado final não depende somente do esforço
dos trabalhadores em produzir, mas leva-se em consideração a gestão global da empresa
e de possíveis manipulações contábeis. Isso porque a definição do que seja “lucro” a ser
contabilmente distribuído é bastante controversa e nem sempre as empresas tratam essa
questão com transparência necessária.
Ainda há a problemática na adoção desse sistema quando se leva em conta que o
lucro de uma empresa deve, principalmente, servir para subsidiar novos investimentos e
garantir sua competitividade no mercado global. Ao distribuir parte do lucro, a empresa
terá os custos onerados e será tentada a aumentar os preços, podendo assim perder em
competitividade. E esse cenário poderá atingir os próprios empregados, gerando risco de
perda de seus empregos.
Marras lista alguns aspectos que definem o perfil da participação nos lucros no
Brasil, destacados no contexto da redação da lei:
• Podem ser utilizados os seguintes critérios: produtividade, qualidade e
lucratividade; ou programas de metas, resultados e prazos, pactuados
previamente (Art. 2º);
• A metodologia de aplicação da distribuição de lucros deverá ser fruto de
acordo entre empresa e empregados e o instrumento respectivo fica
arquivado no sindicato dos trabalhadores da respectiva categoria (Art. 2º);
• Toda empresa deverá estabelecer sua própria forma de participação nos
lucros ou resultados em consonância com os preceitos legais (Art. 2º).
31
• O montante distribuído para os empregados a título de participação nos
lucros poderá ser deduzido, pelas organizações, como despesa operacional
(Art. 3º);
• Pagamento a título de participação nos lucros deverá ser realizado pelas
empresas com a periodicidade mínima de seis meses (Art. 3º).
33
Nesse esquema, verifica-se que nem todos os empregados receberão o valor
máximo do que foi planejado (o empregado citado recebeu 2 de 2,5 salários como
remuneração por resultados). O saldo de caixa, considerado propriedade dos
empregados, pode ser revertido para esse mesmo público de outra forma, desde que haja
concordância formal da maioria dos empregados e, se necessário, com a homologação
do sindicado da categoria.
Vale ressaltar que as empresas podem adotar fatores de avaliação diferenciados
para grupos específicos dentro de uma mesma empresa, levando em consideração, por
exemplo, unidades fabris, diretorias, departamentos, e outros.
Além dos fatores anteriormente mencionados, podemos ainda levar em
consideração outros, como são demonstrados na tabela abaixo:
d. Síntese
e. Indicações culturais
34
O livro de Benedito Rodrigues Gomes “Administração de Cargos e Salários”
apresenta uma explicação bastante clara sobre os aspectos estratégicos, operacionais e
legais da participação nos lucros e resultados.
f. Atividades de aprendizagem
Debata com seus colegas sobre o cenário atual de gestão da remuneração por
resultados e participação nos lucros praticados pelas empresas que você conhece, e
avalie com o grupo se essas empresas estão empregando a legislação correspondente.
g. Atividades aplicadas
a) Abertura
b) Rota de Aprendizagem
35
A aplicação dos conceitos através de exercícios ou de oportunidades de
aplicação na empresa, são decisivas para o aprendizado e desenvolvimento da
habilidade.
c) Texto
36
a) Título do cargo;
b) área, gestor, local, data da atualização, etc.;
c) Descrição sumária, missão do cargo;
d) Atividades que o cargo deve realizar;
e) Contatos internos e externos para realização das atividades;
f) Poder decisório do cargo;
g) Qualificação – formação e experiência exigida;
h) Competências essenciais exigidas;
i) Responsabilidades do cargo;
j) Treinamentos necessários
GRUPOS MÉTODOS
Escalonamento
Métodos não
Graus predeterminados
quantitativos
37
Pontos
Métodos quantitativos
Comparação de Fatores
A realização da pesquisa não é uma tarefa muito fácil pela resistência que
as empresas ainda apresentam quando se fala em ceder informações salariais, por isso é
importante demonstrar de forma clara o cunho profissional do trabalho e do sigilo com que
as informações serão tratadas. A resistência reduz de forma importante quando este
trabalho é desenvolvido por empresa terceirizada.
Com a pesquisa analisada, a empresa pode visualizar sua posição no
mercado, com relação à salários, através da comparação do resultado apurado em
relação a linha ou curva de tendência do mercado que demonstra, teoricamente, um
salário para cada classe ou nível salarial. A partir destas informações a organização está
em condições de construir a sua estrutura salarial.
Estrutura salarial trata-se da tabela de salários cujo formato é determinado
pela política de remuneração estabelecida e os parâmetros básicos definidos. Para
entender do que se trata estrutura salarial, é importante conhecer termos específicos
utilizados, conforme demonstrado no quadro de Benedito Rodrigues Pontes.
39
TERMOS CONCEITOS
ESTRUTURA SALARIAL • É a organização de uma progressão salarial em função da crescente
valorização dos cargos resultante do processo de avaliação.
CURVA DE REFERÊNCIA
• É a curva resultante da equação de regressão obtida pelo processo de
ajustamento entre salário e pontos (escalonamento ou graus) obtidos na
avaliação de cargos.
GRAU • É o resultante de um agrupamento de cargos equivalentes e que terão
tratamento salarial igual. É possível encontrar este conceito com a
denominação de classe.
SALÁRIO MÁXIMO DO GRAU • É a referência do maior salário do grau, ou seja, corresponde ao valor
máximo que um funcionário pode perceber em um cargo enquadrado no
grau.
SALÁRIO MÍNIMO DO GRAU • É a referência do menor salário do grau, ou seja, corresponde ao valor
mínimo que um funcionário pode perceber em um cargo enquadrado no
grau.
SALÁRIO MÉDIO DO GRAU • É o valor médio entre o salário máximo e o salário mínimo de cada grau.
Corresponde ao valor da curva de referência no grau, quando esta se
encontra na média da faixa salarial, que é comumente aplicado.
AMPLITUDE DA FAIXA • Corresponde a diferença percentual entre o salário máximo e o salário
mínimo do grau.
FAIXA SALARIAL • Corresponde a diferença monetária entre o salário máximo e o salário
mínimo do grau.
CLASSE • Corresponde a cada valor intermediário entre o mínimo e o máximo da
faixa salarial de cada grau. É possível encontrar este conceito com a
denominação de grau.
SOBREPOSIÇÃO DA FAIXA • É o quanto o salário de um grau supera o dos graus mais elevados na
estrutura salarial.
Fig.9: Definição dos termos utilizados na estrutura salarial – Benedito Rodrigues Pontes (2006).
40
Classes/niveis A B C D E F G H I
1 129 a 131 912 947 983 1020 1059 1099 1141 1184 1229
2 132 a 132 1024 1063 1103 1145 1188 1234 1280 1329 1379
3 133 a 133 1149 1193 1238 1285 1334 1385 1437 1492 1548
4 134 a 135 1290 1339 1390 1442 1497 1554 1613 1674 1738
5 136 a 136 1448 1503 1560 1619 1680 1744 1810 1879 1950
6 137 a 138 1625 1687 1751 1817 1886 1958 2032 2109 2189
7 139 a 140 1824 1893 1965 2040 2117 2197 2281 2367 2457
níveis= 9
classes= 7
Interclasse= 1,12
Internível = 1,04
Amplitude= 1,35
Sobreposição = 1,2
d. Síntese
e. Indicações culturais
f. Atividades de aprendizagem
g. Atividades aplicadas
42
Investigue quais empresas da sua região possuem ou estão desenvolvendo
um sistema de remuneração e verifique como ela trabalha com cada uma das etapas
apresentadas neste guia.
a.Abertura
b.Rota de aprendizagem
Inicie seus estudos lendo este capítulo, que fornecerá a base teórica para assistir
às aulas. Depois, responda as questões do teste para verificar o grau de assimilação do
conteúdo.
Procure ler artigos referentes ao tema, muitos deles editados na Revista Você S/A
e, por fim, converse com os colegas para trocar idéias de quais empresas conhecidas
aplicam os tipos de carreira apresentados.
c.Texto
Carreira é uma série de posições exercidas por uma pessoa ao longo de sua
trajetória profissional. Para estabelecer-se uma carreira, é necessário que o profissional
tenha, antes de tudo, aptidões específicas para as funções que irá exercer. E para isso, a
empresa pode utilizar com ferramenta de gestão uma boa avaliação de pessoal e um bom
plano sucessório. Porém, ao contrário do processo que naturalmente ocorria no passado,
quando as empresas assumiam a responsabilidade pelo planejamento da carreira do seu
pessoal, no cenário atual essa é uma responsabilidade que cabe ao próprio profissional,
pois somente a ele cabe a escolha de sua trajetória.
43
6.2. PLANO DE CARREIRAS
É o instrumento que define as trajetórias de carreira existentes na empresa. Cabe à
empresa a definição de um plano de carreiras que possibilite o crescimento e a ascensão
do empregado. Esse instrumento é importante, principalmente, quando a empresa
percebe a necessidade em atrair e reter talentos para que possa atingir seus objetivos.
Um plano de carreiras apresenta como vantagens uma perspectiva de crescimento
para o empregado, de modo a motivá-lo e fazendo com que ele busque um aumento
crescente de conhecimentos para garantir a sua permanência na organização. E dessa
forma a empresa terá ganhos com base no melhor desempenho de seu pessoal.
6.3. FORMA E TIPOS DE CARREIRAS
Há duas formas de construção das carreiras. Uma delas é através da hierarquia
dos cargos (avaliação dos cargos) e a outra é através do segmento de carreiras
(configuração do cargo em níveis crescentes de complexidade), como veremos nos
próximos tópicos:
6.3.1 ESTRUTURA ATRAVÉS DE CARGOS
Trata-se de uma estrutura que advém do próprio plano de cargos e salários,
quando o colaborador tem seu crescimento através do exercício crescente de cargos,
seguindo uma hierarquização preestabelecida. Porém, a carreira estabelecida através
desse plano pode representar um entrave ao crescimento do profissional, porque
normalmente os cargos são atrelados a certo número de vagas e é necessário que exista
vaga para que o profissional possa ser promovido.
Graus
... 5 6 7 8 9 10 11 ...
Cargos
Auxiliar de Pessoal I x
Auxiliar de Pessoal II x
Auxiliar de Pessoal III x
Analista de RH I x
Analista de RH II x
Analista de RH III x
Gerente de RH x
Essa é a mais comum nas organizações e também a mais rígida. Esse tipo de
carreira culmina, obrigatoriamente, com os cargos gerenciais no topo da estrutura, sem
levar em conta as metas e desejos individuais. Nesse caso, aos cargos gerenciais é dado
mais importância do que os cargos técnicos, podendo gerar como problema uma
promoção que pode acabar em castigo para um profissional bem-sucedido tecnicamente.
E se o desempenho não corresponder no cargo gerencial, não é possível o retorno
a cargos técnicos, pois isso consistiria em rebaixamento. Assim, não há alternativa senão
a saída do colaborador da empresa.
45
uma diferenciação de remuneração se o cargo gerencial for tratado como função
gratificada, o que ocorre com mais naturalidade em empresas públicas e estatais.
VI
IV
III
II Linha Básica
Vice-Presidente Administrativo
46
Analista de Analista de Analista
Produto Sr. Cargos Sr. Contábil Sr.
Vice-Presidente Administrativo
Segmentos de Carreira
Graus
Maior exigência de conhecimentos e
atividades genéricas de áreas de
Nível VI especialidade ou e processos da empresa.
Nível V
NívelI II
Nível
Exigência de conhecimentos
e atividades em uma das
áreas de especialidade.
Graus 2
3
1
VI
IV
Níveis básicos
49
• Contribuir, mediante o crescimento dos colaboradores, para que a organização
atinja níveis mais elevados de qualidade e produtividade no trabalho que
realiza.
• Motivar os colaboradores na busca de maior competência técnica (instrução,
conhecimento, experiência prática e habilidades).
• Encorajar os colaboradores na exploração de suas capacidades potenciais.
• Propiciar a ascensão do colaborador na empresa.
• Atender às necessidades internas de preenchimento de vagas, pelo
recrutamento interno.
• Propiciar maior integração do colaborador na empresa, com a perspectiva de
crescimento profissional, provocando maior motivação e produtividade e, ainda,
diminuição do turn-over.
• Criar condições para que os colaboradores atinjam seus objetivos profissionais,
em consonância com o alcance dos objetivos organizacionais.
• Estabelecer trajetórias de carreira, assegurando que os colaboradores tenham
perspectivas de desenvolvimento e ascensão profissional.
d. Síntese
50
Neste módulo foram analisados alguns tipos de carreira aplicados pela
maioria das empresas atuais e como o perfil do trabalhador pode encaixar-se nesse
contexto de apresentação de plano de carreiras pelas empresas e planejamento de
carreira pelos empregados.
e.Indicações culturais
f. Atividades de aprendizagem
Troque idéia com os colegas sobre qual o tipo de carreira a sua empresa optou por
desenvolver e se você tem realmente realizado um planejamento de carreira para o seu
futuro.
g. Atividades aplicadas
Em grupo, faça uma análise para verificar qual o perfil que mais se adapta com a
realidade em que todos vivem, elencando os pontos positivos e os pontos de necessidade
de melhoria.
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
51
diretamente relacionados ao tema abordado. Apresentam conceitos e exemplos que
ajudam a entender o assunto em questão, que é extremamente técnico e complexo. O
Manual tem como objetivo tornar-se uma importante fonte de pesquisa permanente.
Na gestão estratégica com visão na importância dos aspectos estratégicos da
remuneração, o livro “Gestão Estratégica de Pessoas – Sistema, Remuneração e
Planejamento” apresenta a necessidade das empresas adotarem políticas e pratica de
administração com foco em resultado e neste caso a importância da visão estratégica do
negócio. Aponta a complexidade crescente das organizações e as exigências na adoção
destas práticas com vistas, principalmente, na atração e retenção de talentos para a
construção de uma equipe de trabalho motivada, eficiente e eficaz.
As obras “Administração da Remuneração” e “Administração Salarial – A
remuneração por Competência como Diferencial Competitivo”, falam sobre os métodos de
remuneração mais eficientes e que podem atender tanto as necessidades organizacionais
como as necessidades e expectativas das pessoas. A escolha do sistema adequado à
cultura e realidade da empresa como fator determinante de sucesso na implantação de
suas políticas de remuneração.
No “Recursos Humanos - Princípios e Tendência” numa linguagem simples e
objetiva, apresenta a introdução sobre as atividade de recursos humanos, os processos
da área , como devem ser conhecidos e entendidos, além de serem abordados de forma
clara colocando entre eles o processo de cargos e salários e os passos para o seu
desenvolvimento.
“Administração de Cargos e Salários” é uma das referências para os temas
remuneração por resultados e participação nos lucros e planejamento e desenvolvimento
e carreira. Oferece uma visão profunda e abrangente sobre o tema remuneração com
detalhamento de todas as etapas, além de se apresentar enriquecida com ilustrações e
exemplos, quadros, gráficos e exercícios que podem auxiliar no entendimento e
desenvolvimento do assunto.
“Gestão de Pessoas - Enfoque nos Papéis Profissionais”, é uma obra que traz uma
abordagem geral sobre a questão da gestão de pessoas, tratando pontualmente os
processos, inclusive a questão da remuneração, como tema definitivo para a eficácia
empresarial.
GLOSSÁRIO
Avaliação de desempenho:
52
Sistema de avaliação do desempenho das pessoas, que mede os resultados alcançados
em relação aos resultados esperados e auxilia na sustentação das decisões decorrentes
dos sistemas de remuneração em relação ao valor pago pelo trabalho das pessoas.
Benefícios:
No processo de remuneração dos funcionários, benefícios é um dos componentes do
pacote de remuneração, juntamente com salários e incentivos e refere-se, por exemplo,
os planos de assistência médica, auxílio educação, cesta básica,
Carreira:
Sucessão de cargos ocupados por um indivíduo em sua trajetória profissional.
Diretriz:
Linha que regula o traçado de um caminho. Na linguagem organizacional refere-se ao
estabelecimento de objetivos que dão a direção a ser seguida pelas pessoas com vistas a
atingir o objetivo.
Empírico:
Que só se guia pela experiência e não pelo estudo. Que não tem embasamento científico,
sem fundamentação. Uma característica da Administração mecanicista na aplicação de
métodos de trabalho e compensação.
Estratégica:
Relativo a visão de futuro. Origina de “Stratégos” do grego com relação a planificação de
operações de guerra, característica dos grandes generais.
Método:
Maneira de ordenar as ações segundo certos princípios definidos a partir de estudo de
várias maneiras que resultam naquele mais eficiente para a realização de uma
determinada tarefa.
Padrão:
Modelo adotado que determina forma de agir em relação à normas e de igualmente, tratar
pessoas com relação às respectivas normas.
53
Políticas:
Normas e regras que determinam a conduta adotada em relação a situação específica.
Performance:
Atuação, desempenho.
Talento:
Termo utilizado para expressar a competência e capacidade profissional de uma pessoa
que apresenta diferenciais competitivos, que o tornam especial perante os demais
profissionais na capacidade de entrega de um trabalho.
.
54