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MÓDULO XIX
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
Direito Econômico e Financeiro
Direito Eleitoral
Direito Internacional
Direito Previdenciário
Direitos Humanos
Medicina Legal
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MÓDULO XIX
DIREITO ADMINISTRATIVO
Bens Públicos
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
Bens Públicos
1. CONCEITO
2. CLASSIFICAÇÃO
3. REGIME JURÍDICO
3.1. Inalienabilidade
Em regra, os bens públicos não podem ser alienados, pois são bens fora do
comércio. A alienação se verifica quando surge o interesse público. Requisitos:
• avaliação prévia;
A avaliação prévia do bem é necessária para evitar que o bem público seja alienado
a preço fora de mercado. A Lei n. 4.767/65 (que rege a Ação Popular) relaciona hipóteses
de lesão a bens públicos, e o baixo valor da alienação é um deles.
R.: Sim, os instrumentos que transferem o uso de um bem público (não o bem em
si), serão vistos no tópico 1.5.
3.2. Impenhorabilidade
Os bens públicos não podem ser dados em garantia para o cumprimento das
obrigações contraídas pelo Poder Público.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
3.3. Imprescritibilidade
Imprescritibilidade é a impossibilidade dos bens públicos serem adquiridos por
usucapião – Súmula n. 340 do Supremo Tribunal Federal, consolidada pelos arts. 183, §
3.º, e 191, par. ún., da Constituição Federal.
Quem pode estabelecer regras quanto ao uso de bens públicos é o seu titular.
A principal obrigação dos titulares é a de conservar o bem, segundo os arts. 23, inc.
I, e 144, § 8.º, ambos da Constituição Federal.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
• Desapropriação;
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MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Malheiros, 2001. p.487.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
• Confisco;
• Doação;
• Dação;
• Zona exclusiva: é a faixa de 200 milhas onde o Estado exerce direito exclusivo
de exploração dos recursos naturais;
• Terras ocupadas pelos índios (inc. XI; o art. 231, § 2.º, permite o direito de
usufruto exclusivo).
• Floresta Amazônica;
• Serra do Mar;
• Pantanal;
• Zona Costeira;
• Mata Atlântica.
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DIREITO CIVIL
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DIREITO CIVIL
DIREITO CIVIL
a) Por culpa
Nesse caso, a inexecução gera responsabilidade civil. Ocorre a inexecução por culpa
somente na separação judicial litigiosa culposa (artigo 1.572, caput, do Código Civil). Quando
ocorre culpa, somente poderá ser aplicada sanção a uma das partes.
b) Sem culpa
Pela via involuntária, há o divortium bona gratia, disposto no artigo 1572, § 2.º, do
Código Civil, em que as partes gostariam de continuar a sociedade conjugal, entretanto,
por um fato superveniente não há como permanecerem juntas, como no caso de doença
grave (é chamada de separação remédio).
A separação judicial está estabelecida nos dispositivos do Código Civil, pondo fim
aos deveres de coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de bens (artigo 1.576 do
Código Civil). Com a separação judicial, entretanto, haverá, ainda, um vínculo permanente
entre as partes, sendo possível, inclusive, restabelecer a sociedade conjugal. No caso de
reconciliação, o regime de bens será o mesmo anteriormente adotado com o casamento.
O divórcio põe fim ao casamento civil, extinguindo o vínculo conjugal e os efeitos civis
do casamento religioso (artigo 1571, §§ 1.º e 2.º, do Código Civil), permitindo, com isso,
novas núpcias no casamento civil, visto que algumas igrejas não admitem a extinção do
casamento. Nesse sentido, desaparecem os deveres do casamento.
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DIREITO CIVIL
O divórcio, seja direto, seja por conversão, não admite discussão sobre culpa e não
se admite a reconvenção para discutir se houve ou não o prazo.
2. SEPARAÇÃO JUDICIAL
Não basta, porém, o pedido dos cônjuges, devendo haver um prazo temporal, que é
de um ano (artigo 1.572 do Código Civil) de vigência da sociedade conjugal. Esse prazo é
um requisito objetivo. Pela antiga Lei n. 6515/77 o prazo era de dois anos (artigo 4.º).
Antes desse prazo, não se pode pedir separação consensual, entretanto, poderão ser pedidas
medidas cautelares (exemplo: separação de corpos, que poderá ser consensual). Essa
cautelar, de acordo com o artigo 806 do Código de Processo Civil, caducaria; entretanto, há
entendimento de que a cautelar poderá ser prorrogada até que se complete o prazo legal.
Interposta a petição inicial, o juiz fará, num primeiro momento uma oitiva em
separado e, após, uma oitiva conjunta. Somente haverá participação dos advogados na
tratativa de composição quando houver expressa requisição das partes. Após a oitiva, o juiz
deverá ratificar o acordo e remeter ao Ministério Público. Ouvido o Ministério Público, o
juiz homologará o acordo.
sustentar a esposa. Após a Constituição Federal/88, surge uma obrigação natural, ou seja,
haverá um ato voluntário, não havendo obrigação legal. Se uma das partes, entretanto,
voluntariamente se obriga, essa obrigação prolonga-se no tempo.
Nos dois casos haverá a cláusula penal, pela qual o culpado pela dissolução da
sociedade conjugal terá obrigação de alimentar.
Não poderá haver renúncia aos alimentos, visto que esse é um direito de ordem
pública (Súmula n. 379 do Supremo Tribunal Federal). Poderá haver uma dispensa
temporária, mas nunca renúncia. O Superior Tribunal de Justiça entretanto, entende que
essa súmula está revogada, visto a igualdade de direitos prevista na Constituição
Federal/88. Cuidado com o artigo 1.707 do novo Código Civil que veda a renúncia ao
direito a alimentos.
Hoje a questão é tranqüila já que o artigo 1700 determina: "A obrigação de prestar
alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do artigo 1694".
• adultério;
• tentativa de morte;
• conduta desonrosa: é a antiga injúria grave; é a situação que gera prejuízo moral ou
material ao outro cônjuge durante o casamento (exemplos: atividade criminosa,
embriaguez habitual, envolvimento com vícios etc.);
A falta do sustento do filho, em princípio, não é violação aos deveres, entretanto poderá
ser considerada caso haja constrangimento para o outro cônjuge.
Além dos deveres expressos no artigo 1566 do Código Civil, devem-se incluir
aqueles considerados deveres implícitos, tais como amor, entrega sexual, compreensão etc.,
inerentes aos deveres dos casados. É necessário que essa grave violação de um dever
conjugal leve à impossibilidade da vida em comum. O artigo 1.572 apesar de não falar
mais de maneira expressa sobre a conduta desonrosa, da forma como era tratada pelo artigo
5.º, caput, da Lei n. 6515/77, abarcou a hipótese no inciso 5.º do artigo 1566, já que o
respeito e consideração mútuos , no seu descumprimento levam a prática de uma conduta
desonrosa. Portanto, as atuais hipóteses são exatamente as mesmas do sistema anterior.
Mesmo o artigo 1.573 que fala em: adultério; tentativa de morte; sevícia ou injúria grave;
abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo; condenação por crime
infamante e conduta desonrosa, é meramente exemplificativo e até dispensável sob o ponto
de vista prático.
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DIREITO CIVIL
Efeitos da culpa
A culpa na relação de família não gera indenização civil. Não se aplica o artigo
389 do Código Civil, mas poderá se aplicar o artigo 186 do Código Civil. A
indenização moral/material não será cabível na esfera de família e, sim, somente na
área cível.
O novo Código Civil não foi feliz ao determinar que o cônjuge culpado pode pedir
alimentos ao inocente para lhe garantir o indispensável a sobrevivência (artigo 1702,
parágrafo único, do Código Civil). A disposição é péssima e estimula a culpa na separação.
Podemos citar como exemplo, a pessoa que já está fragilizada por ter sido vítima de
adultério do outro e ainda Ter a obrigação de manter esse outro adúltero.
• grave doença mental, de cura improvável, de um dos cônjuges, por dois anos,
com manifestação posterior ao casamento.
O requerente da separação judicial sem culpa perde o direito à meação dos bens que
o outro trouxe ao casamento. Só haverá, entretanto, essa penalidade quando o regime for de
comunhão total de bens (artigo 1572, § 3.º, do Código Civil).
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DIREITO CIVIL
• 1.ª corrente: não se aplica a revelia, visto ser ação de estado e haver a
necessidade de prova da culpa;
• 3.ª corrente: a revelia não pressupõe a confissão ficta se houver filhos menores
(corrente intermediária).
Nos casos de separação judicial litigiosa sem culpa (separação remédio ou separação
falência), não haverá confissão ficta, tendo em vista a necessidade de prova concreta da
ruptura ou da doença.
• Fim do regime de bens. Não implica a partilha dos bens, que poderá ser feita
posteriormente.
Guarda, visita e alimentos dos filhos não têm qualquer relação com a separação
judicial.
3. DIVÓRCIO
• divórcio direto: é a hipótese em que as partes estão separadas há, pelo menos,
dois anos;
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DIREITO CIVIL
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DIREITO CIVIL
qual extingue o vínculo conjugal, com todos os seus efeitos. Então, hoje, no
nosso sistema jurídico, só existe o divórcio a vínculo, que é um nome genérico.
O novo Código Civil foi bastante limitativo no artigo 1.580, caput, quando
determinou: "Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a
separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos,
qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio". Uma interpretação literal
faz crer que só a cautelar de separação de corpos autoriza o início da contagem do prazo,
sendo que as demais cautelares não têm tal poder.
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DIREITO CIVIL
4. UNIÃO ESTÁVEL
A união estável está disposta no artigo 226, § 3.º, da Constituição Federal/88, e foi
disposta pelas Leis n. 8.971/94 e n. 9.278/96. Atualmente está prevista nos artigos 1.723 a
1.727 do Código Civil e, de maneira esparsa, pelo Código Civil.
• artigo 1.719, inciso III: proibia que o concubino fosse inserido no testamento.
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DIREITO CIVIL
Com a criação da Lei da União Estável, não se aplicou mais a Súmula n. 380.
Existem, entretanto, relações de concubinato que não configuram união estável (p. ex.:
união adulterina fora do casamento) nas quais continuou aplicando a Súmula, tendo em
vista não serem protegidas pela Lei da União Estável.
4.2. Conceito
Segundo a Lei n. 8.971/94, união estável era a união comprovada de homem e
mulher, solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos, por cinco anos ou com
prole. A Lei n. 9.278/96 modificou esse conceito, e desde 1996 entende-se que união
estável era a convivência duradoura entre um homem e uma mulher com a finalidade de
constituir família.
Alguns autores entendem que, como a Lei n. 9.278/96 não fala em separados
judicialmente, não poderiam esses manter uma união estável. É admitida, entretanto, a união
estável, tendo em vista que a lei anterior dava essa permissão.
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DIREITO CIVIL
Caso houvesse união quando um dos conviventes for casado, o outro teria direito à
meação dos bens adquiridos, fundamentando-se na Súmula n. 380, no entanto, não seria
considerada união estável.
O artigo 1723 do Código Civil é claro: "É reconhecida como entidade familiar a
união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família".
4.4. Direitos
A Lei n. 8.971/94 dispunha que os companheiros tinham direitos a alimentos,
meação e sucessão. No que diz respeito aos alimentos, entretanto, a Lei n. 8.971/94, no seu
artigo 1.º, estabelecia a utilização da Lei n. 5.478/68 e exigia a comprovação da
necessidade (não há obrigação de assistência).
Quanto à meação, a lei fazia menção somente à pós mortem, o que não era certo,
visto que, havendo separação em vida, deveria ser utilizada a Súmula n. 380, que
estabelecia a divisão patrimonial proporcional à participação de cada agente na
constituição de bens. Nesse caso, o ônus da prova era do autor da ação, aplicando-se o
artigo 333 do Código de Processo Civil.
Quanto à sucessão, teria direito à herança (na totalidade, se não houver descendente
ou ascendente) ou usufruto (que poderá ser sobre 1/4 se houver descendentes ou ½ se
houver ascendentes).
A Lei n. 9.278/96 estabelecia uma presunção de meação dos bens adquiridos após a
união, salvo se houvesse contrato estabelecendo o contrário (presunção de colaboração),
não havendo mais alcance da Súmula n. 380 nesses casos. A súmula continuou, entretanto,
vigente para o concubinato impuro (união homossexual).
• não havia condomínio sobre bens sub-rogados: bens havidos com a venda de
bens anteriores à união estável. Se o bem sub-rogado for de valor maior do que o
bem anterior, só entrava no condomínio o valor que exceder;
A união estável, gerando todos esses direitos, é exercitada por meio de ação própria.
Como regra, deve ser uma ação ordinária de reconhecimento da união estável e de sua
dissolução para fins de meação, alimentos etc. Essa ação é de competência da Vara de
Família. O Ministério Público também funciona nessa ação como custus legis, tendo em
vista estar se reconhecendo uma entidade familiar.
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MÓDULO XIX
DIREITO COMERCIAL
Cheque
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DIREITO COMERCIAL
DIREITO COMERCIAL
Cheque
1. CONCEITO
Segundo Fábio Ulhôa Coelho, cheque é uma ordem de pagamento à vista sacada
contra um banco e com base em suficiente provisão de fundos, regulado pela Lei n. 7.357,
de 2.9.1985.
emitente sacado/banco
beneficiário
Como regra, o banco sacado não é responsável pelo pagamento; todavia, pode ser
responsabilizado se fizer o pagamento de cheque com assinatura falsa, salvo culpa
exclusiva ou concorrente do correntista, conforme dispõe a Súmula n. 28 do Supremo
Tribunal Federal.
Qualquer cláusula que altera a natureza do cheque deve ser considerada não-escrita.
A cláusula que pós-data o cheque não gera efeitos em relação ao banco sacado; ela é
considerada não-escrita, mas vincula o credor, que pode ser responsabilizado civilmente
em caso de apresentação, para pagamento do cheque, antes da data pactuada.
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DIREITO COMERCIAL
Caso o prazo de apresentação não seja observado, o credor perde o direito de crédito
em face dos coobrigados, mas não perde em face do devedor principal.
O pagamento que se faz por meio do cheque gera efeitos pro solvendo – a extinção
da obrigação a que ele se refere apenas ocorrerá com a efetiva compensação do cheque.
Nada impede que as partes convencionem que o pagamento pela via do cheque gere
efeitos pro soluto; assim, basta a entrega da cártula (do cheque) para que se extinga a
obrigação a que ele se refere (nesse caso, se o cheque não tiver fundos, o credor poderá
simplesmente executar o cheque).
Esse protesto pode ser substituído por uma declaração do banco sacado, atestando a
inexistência de fundos.
A emissão de cheque sem fundos é crime, conforme o art. 171, § 2.º, inc. VI, do
Código Penal. Admite-se apenas na modalidade dolosa.
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DIREITO COMERCIAL
6. ENDOSSO
7. ACEITE
O cheque não admite aceite, uma vez que deve ser emitido segundo os fundos
disponíveis, mantidos pelo emitente frente ao banco sacado.
8. AVAL
O cheque admite aval total (quando for garantido no todo) e parcial (quando apenas
parte de seu valor tiver sido garantido).
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MÓDULO XIX
DIREITO CONSTITUCIONAL
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. POLÍTICA URBANA
As regras gerais sobre a política urbana estão disciplinadas pela Lei n. 10.257/2001,
denominada Estatuto das Cidades.
usucapião constitucional urbano pro misero: “Aquele que possuir como sua área urbana de
até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural”. Exige-se o animus domini, mas
não a boa-fé e a posse justa.
O novo Código Civil disciplina outras formas de usucapião nos seus artigos
1.238/1.244.
A Súmula n. 237 do Supremo Tribunal Federal dita que “o (sic) usucapião pode ser argüido em
defesa”. O artigo 7.º da Lei n. 6.969/81, por sua vez, expressa que “a usucapião especial poderá ser
invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconheceu como título para transcrição no
Registro de Imóveis”.
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MÓDULO XIX
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Fase Decisória
1. INTRODUÇÃO
2. ESPÉCIES DE SENTENÇA
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Não custa lembrar que, quanto à natureza jurídica, as sentenças podem ser:
declaratórias, constitutivas e/ou condenatórias. A expressão “e/ou” se justifica porque pode
existir uma sentença que tenha as três características ao mesmo tempo: declaratória,
constitutiva e condenatória. O fato é que toda sentença é declaratória, no sentido de que
declara o direito; e assim pode ser uma mesma sentença pode ser declaratória
simplesmente, declaratória constitutiva, declaratória condenatória ou declaratória
constitutiva condenatória.
• Dispositivo: é a parte que contém a decisão e que fará coisa julgada, se transitada
em julgado, e da qual a parte inconformada poderá recorrer. Embora o recurso se
arrime na sentença toda, é fato que o objetivo da impugnação recursal é
modificar exatamente o dispositivo, pois é esse que declara, constituiu e/ou
condena.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
5. EFEITOS DA SENTENÇA
A sentença produz uma declaração de direito feita pelo Estado-juiz. Dentre os seus
efeitos, merece destaque o de produzir a hipoteca judiciária, decorrendo daí o direito de
seqüela, que consiste na faculdade de o vencedor da demanda perseguir os bens do
condenado onde se encontrarem.
A sentença que, por exemplo, extingue o processo por carência de ação, faz coisa
julgada formal; mas a sentença que extingue o processo, julgando o mérito, faz coisa
julgada material. A coisa julgada material só é produzida quando se tratar de mérito. A
imutabilidade que se cria em virtude de sua existência vai além dos limites daquele
processo, não podendo a matéria ser discutida em nenhum outro.
As razões de decidir não fazem coisa julgada material. Também não produzem coisa
julgada material as decisões que extinguem o processo, nem as de jurisdição voluntária.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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MÓDULO X
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
Assim é que os sujeitos que atuam nesse domínio devem ter consciência profunda
dessa irrecusabilidade da ordem econômica internacional.
Nesse sentido, a Carta das Nações Unidas aponta as condições de uma cooperação
mais concreta no plano econômico visando promover o progresso econômico e social, de
tal sorte a propiciar a todos melhores condições de vida.
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
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DIREITO ECONÔMICO E FINANCEIRO
Ainda em 1974, em outra sessão da ONU, foi aprovada a Resolução que adotou e
proclamou a Carta de Direitos e Deveres Econômicos dos Estados. Essa carta se baseia nos
seguintes princípios fundamentais:
• não-agressão;
• coexistência pacífica;
• reparação das injustiças existentes por império da força, que privem uma nação
dos meios naturais necessários para seu desenvolvimento normal;
• livre acesso ao mar e desde o mar para os países sem litoral, dentro do marco dos
princípios acima enunciados.
Por outro lado, o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (General Agreement on
Tariffs and Trade – GATT) foi criado em 1948, com a finalidade de expandir o comércio
internacional, reduzindo os direitos alfandegários, por meio de contingenciamentos
(restrição quantitativa do fluxo físico das importações), de acordos preferenciais, de
barreiras não-tarifárias, concedendo aos países em desenvolvimento um tratamento
especial para a exportação de seus produtos manufaturados.
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MÓDULO X
DIREITO ELEITORAL
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DIREITO ELEITORAL
DIREITO ELEITORAL
Os TRÊS, hoje, são compostos, cada um, por sete membros. Dois são escolhidos
entre desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, dois entre Juízes de Direito, um
será escolhido entre juízes ou desembargadores federais da região (artigos 119 e 120 da
Constituição Federal) respectivamente e os últimos dois são advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral indicados pelo Tribunal de Justiça dos Estados-membros ou do
Distrito Federal em lista sêxtupla e nomeados pelo Presidente da República.
Salvo motivo justificado, os juízes dos Tribunais Eleitorais servirão por no mínimo
dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos (quatro anos).
As funções de juiz eleitoral são exercidas pelos Juízes de Direito da Justiça Estadual
Comum, conforme designação do Tribunal Regional Eleitoral respectivo (artigos 32 a 35
do Código Eleitoral – Lei n. 4.737/65).
As juntas eleitorais são presididas por um Juiz de Direito (seja ou não Juiz Eleitoral)
e compostas por dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade. À junta eleitoral compete
apurar as eleições, resolver as impugnações e incidentes verificados durante a apuração de
votos, expedir os boletins respectivos e o diploma aos eleitos para cargos municipais.
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DIREITO ELEITORAL
Nelson Nery Jr. esclarece: “No âmbito interno do Ministério Público, o princípio do
Promotor Natural incide para restringir os poderes do Procurador-Geral de Justiça de
efetuar substituições, designações e delegações, que devem circunscrever-se aos casos
taxativamente enumerados na lei, sendo vedado ao chefe do parquet, em qualquer hipótese,
a avocação do caso afeto ao Promotor Natural”. As designações excepcionais devem ser
submetidas à prévia apreciação do Conselho Superior do Ministério Público, nos termos do
artigo 10 da Lei n. 8.625/93.
• exercer a advocacia;
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DIREITO ELEITORAL
Julgamento: 10.4.1991
EMENTA
A única exegese admissível para dar sentido plausível à frase final desse parágrafo
será a de considerar que, independentemente da opção, quanto às vantagens e às garantias a
que alude a parte inicial do dispositivo, as vedações ora criadas, mesmo com relação aos
que não optaram por vantagens e garantias anteriores que afastem algumas delas ou todas
elas, não se aplicam de imediato, mas se deverá respeitar a situação jurídica existente no
momento da promulgação da Constituição, enquanto ela não se extinga por força mesmo
do ato inicial de que resultou.
Os principais recursos estão previstos no artigo 102, inciso II, alínea “a” e inciso III,
alínea “a”, da Constituição Federal; nos §§ 3.º e 4.º do artigo 121 da Constituição Federal;
nos artigos 257 a 282 do Código Eleitoral, nos artigos 8.º e 11 da Lei Complementar n.
64/90 e no § 5.º do artigo 58 da Lei n. 9.504/97.
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DIREITO INTERNACIONAL
Pessoa Jurídica
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DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
Pessoa Jurídica
1. INÍCIO DA PERSONALIDADE
A corrente doutrinária contrária a esse argumento diz que pessoa física e Estado
estão ligados por dois vínculos, um político e outro jurídico, enquanto a pessoa jurídica
está ligada ao Estado somente pelo vínculo jurídico; além disso, após sua constituição, a
pessoa jurídica passa a ser uma entidade autônoma, com personalidade própria, sujeito de
direitos e obrigações que se diferencia dos membros que a compõe, isto é, de seus sócios.
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DIREITO INTERNACIONAL
Todos os critérios têm suas virtudes e seus problemas. Argumenta-se que o critério
da incorporação é muito formal, que o da sede social sofre de mal igual e que o critério do
controle fica à mercê de interesses particulares que podem a bel-prazer fugir das garras do
Estado.
A verdade é que o critério da sede social tem em sua defesa algumas características,
que podem ser resumidas em: realismo (a existência de vínculo efetivo entre a pessoa
jurídica e o Estado); sinceridade (a existência da pessoa jurídica considerada por meio de
sua sede evita fraudes à lei); e previsibilidade (há uma certa estabilidade no vínculo com a
sede, que não está adstrita às intempéries, que não pode ser abalada por motivações
políticas ou interesses particulares dos sócios).
Observe-se que o critério do controle, quando adotado, faz surgir uma insegurança
muito grande, pois, se o que proporciona a nacionalidade é o interesse dos sócios, é fato
que, mudando a pessoa jurídica de mãos (incorporação, fusão, cisão, alienação), também a
sua nacionalidade poderá eventualmente mudar, provocando grandes problemas para as
relações jurídicas que, antes de tudo, se pretendem estáveis.
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DIREITO INTERNACIONAL
3. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
O Tratado de Roma, de 1957, que instituiu a Comunidade Européia, dispõe, por sua
vez, no seu artigo 52, que os Países-membros da comunidade abolirão progressivamente as
restrições à liberdade de estabelecimento de pessoas jurídicas nacionais de um Estado-
membro no território de outro Estado-membro; e acrescenta, no artigo 58, que as
companhias ou firmas constituídas em conformidade com a legislação de um Estado-
membro, tendo a sua sede estatutária, sua administração central ou o seu principal
estabelecimento dentro da comunidade, são equiparadas, para a aplicação das disposições
do capítulo, às pessoas físicas nacionais dos Estados-membros. Mais adiante, outro artigo
determina que os Estados-membros adotem as medidas necessárias para o reconhecimento
recíproco das sociedades.
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITO INTERNACIONAL
4. TRANSNACIONAIS
Tais empresas se tornaram tão importantes no mundo moderno que se verifica uma
tendência em considerá-las, para determinados fins, sujeitos de Direito Internacional
Público, já que existem empresas assim configuradas que são mais fortes que muitos
Estados, aos quais controlam e aos quais impõem regras para a sobrevivência, para seu
endividamento externo e seu índice de evolução.
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MÓDULO XIX
DIREITO PENAL
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PENAL
DIREITO PENAL
A mulher será autora mediata se utilizar um homem para manter conjunção carnal à
força com outra mulher.
• Uma sustenta que há crime se a esposa tem justa causa para negar a conjunção
carnal. Para Nelson Hungria a resposta é “não, a não ser que ela tenha justa
causa”, como, por exemplo, no caso de doença venérea do marido. Essa corrente
é a majoritária.
R.: Cada um responderá por três delitos de estupro: um como autor e os outros dois
como co-autores. A jurisprudência, entretanto, posiciona-se no sentido da existência de
crime continuado.
Atenção: mulher que força homem a manter com ela relação sexual pratica o crime
de constrangimento ilegal.
A prostituta pode ser vítima de estupro porque a lei não menciona mulher honesta.
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PENAL
A ameaça não tem de ser injusta. Ex.: policial diz para presa manter relação com ele,
senão continuará presa – isso caracteriza estupro.
1.6. Consumação
A consumação ocorre com a conjunção carnal, ou seja, introdução completa ou
incompleta do pênis na vagina.
1.7. Tentativa
A tentativa é possível, desde que o agente inicie a execução e não alcance a
consumação por circunstâncias alheias a sua vontade.
Com a citada lei, o assédio sexual passou a ser crime descrito no art. 216-A do
Código Penal: “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência
inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PENAL
O ato libidinoso deve ser considerado objetivamente. Toma-se por base a conduta
que é ofensiva para o pudor coletivo, não para o agente. Ex.: infrator que satisfaz seu
impulso de luxúria acariciando o cabelo da vítima; não há ato lascivo nessa conduta,
descaracterizando o atentado violento ao pudor.
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PENAL
contrária defende que é caso de constrangimento ilegal, porque, segundo Nelson Hungria,
para caracterização do atentado violento ao pudor exige-se o contato físico.
O terceiro pode ser vítima (se desconhecer o constrangimento daquela que pratica o
ato) ou um co-autor.
R.: Sua participação é sempre necessária, porque o tipo é expresso “... praticar ou
permitir que com ele se pratique ...”.
P.: A vítima precisa ter consciência do ato libidinoso que está praticando?
2.3.1. Observações
A vítima não precisa estar sem roupa.
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PENAL
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MÓDULO X
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Últimas análises da lei n. 8.213/91;
Lei n. 8.212/91 – Plano de Custeio
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
a) Documentação incompleta
O INSS tem o prazo de 45 dias para deferir ou indeferir o pedido de benefício. Esse
prazo é contado a partir do momento em que o segurado ou o dependente apresenta a
documentação completa para o Instituto - artigo 174 do Decreto 3.048/99.
c) Pagamento do benefício
• ausência;
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
• moléstia contagiosa;
• impossibilidade de locomoção.
O artigo 111 da Lei n. 8.213/91, prevê uma hipótese em que o menor pode dar
quitações do pagamento. Atualmente, no entanto, os pagamentos são feitos mediante
depósito bancário, conforme prevê o art. 113 do diploma legal mencionado; assim, essas
questões passam a ter menor importância.
O benefício não pode ser objeto de penhora, arresto ou seqüestro, sendo nula de
pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de qualquer ônus sobre o mesmo,
conforme dispõe o art. 114 da Lei n. 8.213/91. Não pode haver quaisquer ônus sobre o
benefício previdenciário, uma vez que a verba é de caráter alimentar.
II. Pagamento de benefícios além do devido (nesse caso, o desconto será feito em
parcelas que nunca poderão ultrapassar 30% do valor do benefício. Se, porém,
ficar comprovada a má-fé – dolo de lesar o INSS – por parte do segurado, o que
foi pago além do devido será cobrado integralmente e de uma só vez. Tal ato
realizado pelo segurado é tipificado, inclusive, como crime).
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
• Subjetiva: trata da categoria de pessoas que irá contribuir; assim, não deverá ser
somente uma categoria, lembrando que, na eventualidade de haver uma
insuficiência de recursos, o orçamento da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, cobrirá essa insuficiência de caixa.
• a Constituição Federal admite que outras fontes sejam criadas - artigo 195, § 4.º.
2
Direito da Seguridade Social. 16.ª ed. São Paulo: Atlas. p. 85.
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
• a folha de salários;
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
3
Fundamentos de Direito da Seguridade Social. São Paulo: Atlas, 2001. p. 64.
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_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
• 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do artigo 243
da Constituição Federal;
• 50% do valor total dos prêmios pagos a título de seguro obrigatório de danos
pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, que será
destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS), para custeio da assistência
médico-hospitalar dispensada às vítimas de acidentes de trânsito.
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MÓDULO XIX
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Processo Cautelar
A posse em nome do nascituro é uma medida cautelar que visa proteger os direitos
do nascituro – aquele que já foi concebido, mas ainda não nasceu. O amparo legal
encontra-se no artigo 4.º do Código Civil.
A ação não visa investigar a paternidade, mas sim a cognição do estado de gravidez.
A medida cessa com o parto. Se a criança nasce com vida, o responsável passa a exercer o
usufruto de seus bens. Se não há nascimento com vida, os bens são restituídos ao monte
hereditário para partilha ou sobre-partilha entre herdeiros.
2. ATENTADO
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• processo em curso;
A petição inicial segue os comandos dos arts. 802 e 803 do Código de Processo
Civil, e o procedimento segue as regras gerais do procedimento cautelar.
requerimento formulado pelo interessado, quando houver a indevida retenção do título por
aquele obrigado a praticar algum ato cambial.
Os arts. 885 e 886 do Código de Processo Civil não foram recepcionados pela
Constituição Federal (art. 5.º, inc. LXVII). Esses artigos prevêem a prisão do devedor que
recusa a devolução do título mercantil.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Procedimentos Especiais
Para tanto, o acusado é notificado com prazo de 15 dias para se defender (art. 514
do CPP). Se não for encontrado, ser-lhe-á nomeado defensor dativo para exibir a resposta
preliminar.
O próprio acusado pode apresentar a defesa preliminar, mesmo não sendo advogado.
R.: Sim, pela correição parcial, caso o juiz não conceda a oportunidade para a sua
apresentação.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Trata-se de procedimento subsidiário previsto para os crimes contra honra, cuja ação
penal é privada. O art. 519 do Código de Processo Penal ratifica ao descrever que o rito
será observado no processo “para o qual não haja outra forma estabelecida em lei
especial”. Ex.: crimes cometidos pela imprensa, Lei n. 5.250/67; pessoas que gozam de
foro especial pela prerrogativa de função, se a competência for do Superior Tribunal de
Justiça ou do Supremo Tribunal Federal, Lei n. 8.038/90.
Apesar do Título II, Capítulo III, do Código de Processo Penal, referir-se somente à
calunia e à injúria, esse procedimento também é aplicável à difamação pela utilização da
analogia (art. 3.º do CPP).
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Em regra, os crimes contra a honra são de ação penal privada, iniciando-se mediante
queixa-crime. Exceções:
R: Não é a renúncia, porque essa ocorre quando o querelante não exerce seu direito
de oferecer a queixa, e no caso em estudo já houve o oferecimento da exordial. Também
não é a perempção, pois a ação penal ainda não se iniciou. Portanto, a causa extintiva da
punibilidade é a desistência – que não está prevista no rol do art. 107 do Código Penal, mas
esse é exemplificativo e não taxativo (art. 522 do CPP).
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
pois ainda não houve o recebimento da queixa, e, assim, não há que se falar em perempção.
Posição majoritária na doutrina, na jurisprudência e no Superior Tribunal de Justiça, indica
desinteresse na conciliação.
• se, constituindo o fato crime de ação penal privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível;
O querelante tem dois dias para contestar, podendo arrolar testemunhas, desde que
com esse novo rol não se ultrapasse o número legal. Ex.: na queixa foram arroladas quatro
testemunhas; poderá o querelante na contestação da exceção da verdade oferecer mais
quatro testemunhas.
Obs.: parte da doutrina sustenta que o prazo da exceção da verdade não é fatal em
nome da ampla defesa. Ainda que apresentada após o lapso previsto no art. 395 do Código
de Processo Penal, poderá ser aceita e julgada na sentença.
Conforme a regra do art. 132, §1.º, da Lei n. 7.661/45, a falência deve encerrar-se
em dois anos, a contar da data de sua declaração.
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
O falido terá o prazo de cinco dias para contestar as alegações do inquérito judicial.
Encerrado esse prazo, os autos serão conclusos ao juiz que, em 48 horas, deferirá a
produção de provas.
Os autos, então, serão remetidos ao Juízo criminal, onde a ação penal prosseguirá
pelo rito ordinário, independentemente de ser o crime de reclusão ou de detenção. No
Estado de São Paulo, por força da Lei Estadual n. 3.947/83, o Juízo da falência tem
competência universal, inclusive para o julgamento dos crimes falimentares. O
recebimento da denúncia impede a concessão da concordata suspensiva.
Os crimes contra a propriedade imaterial são os que ferem os direitos autorais (arts.
184 e 185 do CP) e os direitos da propriedade industrial (Lei n. 9.279/96).
São, em regra, crimes de ação penal privada, pois processam-se mediante queixa;
porém, também há previsão de ação penal pública, de acordo com o art. 186 do Código
Penal.
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
O autor deve comprovar seu direito à ação (art. 526 do CPP). Para tal deve requerer,
antes da queixa ou da denúncia, a busca e apreensão e perícia, apresentando os quesitos.
A diligência será realizada por dois peritos do Juízo, que farão a vistoria e apreensão
de objetos suficientes para a prova da infração. Caso o laudo seja contrário aos interesses
do autor, este poderá impugná-lo.
Se o crime não deixar vestígios, crime transeunte, o rito será o ordinário, ainda que a
pena seja a de detenção.
O relator do tribunal pedirá dia para que o tribunal decida sobre o recebimento ou
não da denúncia ou da queixa, ou ainda sobre a improcedência da acusação (art. 6.º da lei).
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Obs.: para maior aprofundamento sobre esse tema é interessante rever o módulo
VIII, que trata da competência.
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MÓDULO XIX
DIREITO TRIBUTÁRIO
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
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DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
• União;
1
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Não será concedida concordata, nem declarada a extinção das obrigações do falido,
bem como não será proferida sentença de julgamento de partilha ou adjudicação, sem que o
interessado faça prova da quitação de todos os tributos devidos.
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MÓDULO X
DIREITOS HUMANOS
Incorporação dos Tratados Internacionais de
Proteção dos Direitos Humanos ao Direito Brasileiro
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DIREITOS HUMANOS
DIREITOS HUMANOS
1. INTRODUÇÃO
4
O Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos.
5
PIOVESAN, Flávia. Op. cit.
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITOS HUMANOS
Logo, como afirma Flávia Piovesan, “os tratados são, por excelência, expressão de
consenso. Apenas pela via do consenso podem os tratados criar obrigações legais, uma vez
que os Estados soberanos, ao aceitá-los, comprometem-se a respeitá-los. A exigência de
consenso é prevista pelo art. 52 da Convenção de Viena, quando dispõe que o tratado será
nulo se sua conclusão for obtida mediante ameaça ou o uso da força, em violação aos
princípios de Direito Internacional consagrados pela Carta da ONU”.7
De acordo com Flávia Piovesan: “Em geral, o processo de formação dos tratados
tem início com os atos de negociação, conclusão e assinatura do tratado, que são da
competência do órgão do Poder Executivo. A assinatura do tratado, por si só, traduz o
aceite precário e provisório, não irradiando efeitos jurídicos vinculantes. Trata-se de mera
aquiescência do Estado com relação à forma e ao conteúdo final do tratado. A assinatura do
tratado, via de regra, indica tão-somente que o tratado é autêntico e definitivo.
Na realidade, o Poder Executivo tem poder de celebrar tratados, mas esses só terão
validade se referendados pelo Poder Legislativo; a finalidade dessa sistemática é a de
alargar as discussões sobre sua admissibilidade ou não dentro dos contextos exigidos pelas
diversas leis do próprio país.
Pergunta-se, então: após a ratificação seria necessário um ato normativo interno para
que o tratado produza seus efeitos dentro do território nacional?
Podemos declarar, como o Professor Antônio Augusto Cançado Trindade, que “já não
mais se justifica que o Direito Internacional e o Direito Constitucional continuem sendo
abordados de forma estanque ou compartimentalizada, como o foram no passado. Já não
pode haver dúvida de que as grandes transformações internas dos Estados repercutem no
plano internacional, e a nova realidade neste assim formado provoca mudanças na
evolução interna e no ordenamento constitucional dos Estados afetados”.13
correntes, seja à monista, seja à dualista. Por isso, é controvertida a resposta à sistemática
de incorporação dos tratados – se a Carta de 1988 adotou a incorporação automática ou
não-automática.
O trabalho da autora conclui que essa interpretação não se aplica aos tratados de
direitos humanos que, como conseqüência do artigo 5.º, § 1.º, tem aplicação imediata.
Flávia Piovesan cita: “Ao efetuar tal incorporação, a Carta está a atribuir aos direitos
internacionais uma hierarquia especial e diferenciada, qual seja, a de norma constitucional.
Essa conclusão advém de interpretação sistemática e teleológica do texto, especialmente
em face da força expansiva dos valores da dignidade humana e dos direitos fundamentais,
como parâmetros axiológicos a orientar a compreensão do fenômeno constitucional.
José Joaquim Gomes Canotilho afirma: “As constituições, embora continuem a ser
pontos de legitimação, legitimidade e consenso autocentrados numa comunidade
estadualmente organizada, devem abrir-se progressivamente a uma rede cooperativa de
metanormas (‘estratégias internacionais’, ‘pressões concertadas’) e de normas oriundas de
outros ‘centros’ transnacionais e infranacionais (regionais e locais) ou de ordens
institucionais intermediárias (‘associações internacionais’, ‘programas internacionais’).
18
PIOVESAN, Flávia. Op. cit.
19
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Op. cit.
6
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITOS HUMANOS
“Tomando como base a Carta de 1988, os demais tratados internacionais têm força
hierárquica infraconstitucional, nos termos do art. 102, III, do texto (que admite o
cabimento de recurso extraordinário de decisão que declarar a inconstitucionalidade de
tratado), os direitos enunciados em tratados internacionais de proteção dos direitos
humanos detêm hierarquia de norma constitucional. Este tratamento jurídico diferenciado
se justifica, na medida em que os tratados internacionais de direitos humanos apresentam
um caráter especial, distinguindo-se dos tratados internacionais comuns. Enquanto estes
buscam o equilíbrio e a reciprocidade de relações entre Estados-partes, aqueles
transcendem os meros compromissos recíprocos entre os Estados pactuantes, tendo em
vista que objetivam a salvaguarda dos direitos do ser humano e não das prerrogativas dos
Estados.”20
Desde 1977 o Supremo Tribunal Federal admite o sistema paritário que equipara
juridicamente o tratado internacional à lei federal. Concluiu, portanto, ser aplicável o
princípio de que a norma posterior revoga a norma anterior com ela incompatível.
Declara Jacob Dolinger: “Hans Kelsen, que deu ao monismo jurídico sua expressão
científica definitiva, advogava a primazia do Direito Internacional sobre o direito interno
por motivos de ordem prática: a primazia do direito interno acarretaria o despedaçamento
do direito e, conseqüentemente, sua negação. De acordo com a teoria kelseniana, a ordem
jurídica interna deriva da ordem jurídica internacional delegada”. Esta foi a posição
abraçada pelos internacionalistas brasileiros, tanto os publicistas como os privatistas, e que
era geralmente aceita pelos Tribunais brasileiros, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal
20
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Op. cit.
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITOS HUMANOS
até que, em 1977, modificou seu ponto de vista. Passou a admitir a derrogação de um
tratado por lei posterior. Esta nova posição da Suprema Corte está sendo aplicada de modo
tão profundo que o argumentou Ministro José Francisco Rezek: “A prevalência à última
palavra do Congresso Nacional, expressa no texto doméstico, não obstante isto importasse
o reconhecimento da afronta, pelo país, de um compromisso internacional. Tal seria um
fato resultante da culpa dos poderes políticos, a que o Judiciário não teria como dar
remédio”. Há, pois, um aspecto crítico a se observar que é a indiferença às conseqüências
do descumprimento do tratado no plano internacional, na medida em que autoriza o
Estado-parte a violar dispositivos da ordem internacional, aos quais se comprometeu a
cumprir de boa-fé.
De acordo com a Professora Flávia Piovesan: “Esta posição afronta o disposto pelo
art. 27 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, que determina não poder o
Estado-parte invocar posteriormente disposições de direito interno como justificativa para
o não-cumprimento do tratado. Tal dispositivo reitera a importância, na esfera
internacional, do princípio da boa-fé, pelo qual cabe ao Estado conferir cumprimento às
disposições do tratado, com o qual livremente consentiu. Ora, se o Estado no livre e pleno
exercício de sua soberania ratifica um tratado, não pode posteriormente obstar seu
cumprimento. Além disso, o término de um tratado está submetido à disciplina da
denúncia, ato unilateral do Estado pelo qual manifesta seu desejo de deixar de ser parte de
um tratado. Vale dizer, em face do regime de Direito Internacional, apenas o ato da
denúncia implica a retirada do Estado de determinado tratado internacional. Assim, na
hipótese de inexistência do ato da denúncia, persiste a responsabilidade do Estado na
ordem internacional”.21
21
PIOVESAN, Flávia.O Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos.
22
PIOVESAN, Flávia. Op. cit.
8
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
DIREITOS HUMANOS
23
PIOVESAN, Flávia. Op. cit.
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MÓDULO XIX
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. INTRODUÇÃO
2. CARÁTER SUBSTITUTIVO
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Na condenação que não supere um ano (igual ou inferior), a substituição poderá ser
feita por uma pena restritiva de direitos ou por uma pena de multa. Sendo superior, a
substituição poderá ser feita por duas penas restritivas de direitos ou por uma pena
restritiva de direitos e uma pena de multa (artigo 44, § 2.°, do Código Penal).
Proporção: um dia de pena restritiva de direitos para cada dia de pena privativa de
liberdade.
5. CONVERSÃO
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
6. TRÁFICO DE ENTORPECENTES
8. TRANSAÇÃO PENAL
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Não há na Lei de Execução Penal determinação para a extração de uma guia para a
execução. Não obstante a omissão, um documento similar à guia de recolhimento deverá
ser expedido pelo juiz do processo de conhecimento, o que tornará viável a execução da
sanção. Diversamente ocorre com a pena privativa de liberdade (artigo 105), com a multa
(artigo 164), ou com a medida de segurança (artigo 171). Referido documento deverá
conter os dados relativos aos antecedentes do condenado, seu grau de instrução e deverá
ser acompanhado de cópia da denúncia e da sentença condenatória. Com base nas
informações remetidas pelo juiz do processo de conhecimento, por meio da guia para a
execução da pena restritiva de direitos, é que será elaborado o programa individualizador
pela Comissão Técnica de Classificação (CTC).
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Disciplinada nos artigos 149 e 150 da Lei de Execução Penal, consiste na atribuição
ao condenado de tarefas em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos, entre
outras, ou em programas comunitários ou estatais (artigo 46, § 2.º, do Código Penal), que
deverão observar as aptidões do condenado (artigo 46, § 3.º, do Código Penal). A
realização das tarefas é gratuita (artigo 46, § 1.º, do Código Penal), não se estabelecendo
uma relação empregatícia.
5
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
• converte-se à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, sem prejudicar
a jornada de trabalho normal do condenado;
Nos termos do artigo 149 da Lei de Execução Penal, incumbe ao juiz das execuções
penais a tarefa de designar a entidade ou o programa a que estará submetido o condenado,
devendo cientificá-lo a respeito dos dias e horários em que deverá cumprir a pena. Na
mesma oportunidade deverá ser advertido sobre a conseqüência do descumprimento dessas
tarefas, ou seja, a conversão em pena privativa de liberdade, consoante dispõe o artigo 181,
§ 1.º, da Lei de Execução Penal. Compete também ao juiz das execuções penais a tarefa de
alterar a forma de execução, visando ajustá-la às novas condições do condenado.
Notas:
e) Conversão: está prevista no § 1.° do artigo 181 da Lei de Execução Penal para as
seguintes hipóteses: I) quando o condenado não for encontrado pessoalmente ou não
atender à intimação por edital; II) não comparecer injustificadamente à entidade ou
ao programa a que foi designado; III) recusar-se, injustificadamente, a prestar o
serviço que lhe foi imposto; IV) praticar falta grave; V) sofrer condenação, por
outro crime, à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha sido suspensa.
6
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sua execução encontra-se disciplinada nos artigos 154 e 155 da Lei de Execução
Penal. Incumbe ao juiz das execuções comunicar à autoridade competente a pena aplicada,
determinando a intimação do condenado. Na hipótese de interdição temporária para o
exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo, a
autoridade competente deverá baixar ato em 24 horas, contadas do recebimento da
comunicação judicial, dando-se, assim, início à execução da interdição de direito. No caso
dos incisos II e III do artigo 47 do Código Penal, o juiz das execuções determinará a
apreensão dos documentos que autorizam o exercício do direito interditado.
7
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Notas:
O prazo prescricional para cobrança não é mais o do Código Penal (2 anos), mas o
da legislação tributária (5 anos). As causas interruptivas e suspensivas da prescrição
também são as da legislação tributária (artigo 51 do Código Penal).
Observe-se que, para fins de cobrança, a multa é considerada dívida de valor, mas
sua natureza, no entanto, continua sendo a de pena e por esse motivo não pode passar da
pessoa do condenado (artigo 5.º, inciso XLV, da Constituição Federal/88).
Foi derrogado o artigo 85 da Lei dos Juizados Especiais Criminais na parte em que
permitia a conversão da multa em pena privativa de liberdade.
Para o Ministério Público de São Paulo, todavia, só houve duas mudanças: a multa
não pode mais ser convertida em detenção e as causas interruptivas e suspensivas da
prescrição passaram a ser as da legislação tributária. No mais, a atribuição continua com o
8
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
- Caso seja constatado que o condenado não mais é portador de doença mental
ou perturbação da saúde mental, o juiz das execuções deve submetê-lo ao
cumprimento da pena. A medida de segurança ficará extinta após um ano,
contado do término do cumprimento da pena. Aplica-se, por analogia, o
artigo 97, § 3.º, do Código Penal.
11
_________________________________________________________________________ MÓDULO XIX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Como já vimos, embora haja fixação de prazo mínimo para a duração da medida de
segurança, a verificação da cessação de periculosidade poderá ser determinada pelo juiz a
qualquer tempo (artigo 176). Não sendo o caso de antecipar o exame, findo o prazo
mínimo de duração fixado na sentença, a autoridade administrativa, independentemente de
ordem judicial, deve providenciar o exame. O exame, após o transcurso do prazo mínimo,
deve ser renovado anualmente (artigo 97, § 2.°, do Código Penal).
Lembretes finais:
12
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MÓDULO X
MEDICINA LEGAL
Criminalística
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_________________________________________________________________________ MÓDULO X
MEDICINA LEGAL
MEDICINA LEGAL
Criminalística
C. Delmonte Printes
1. ESPERMA
Nos locais de crime e nas autópsias, as manchas de esperma podem ser reconhecidas
pela cor (brancas ou amarelo-citrinas, quando recentes), odor e consistência. Tais provas
são chamadas de orientação.
2. SANGUE
1
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MEDICINA LEGAL
2
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MÓDULO X
PORTUGUÊS
Conectivos (Inadequados)
Pleonasmos
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PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
Conectivos (Inadequados)
Pleonasmos
1. CONECTIVOS (INADEQUADOS)
use: “a antijuricidade material não fica isenta de críticas, uma vez que se vale de
conceitos genéricos...”
use: “a antijuricidade material não fica isenta de críticas, pois se vale de conceitos
genéricos...”
evite: “a antijuricidade material não fica isenta de críticas, posto que se vale de
conceitos genéricos...”
1
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
PORTUGUÊS
h) Não se deve usar a locução “por causa que”. O que se usa corretamente é “por
causa de”.
evite: Muitos participaram da reunião onde se debateu a crise fiscal (reunião não é
um lugar; ela acontece em algum lugar).
use: Ocorreu uma fase mais positiva, na qual houve crescimento econômico.
evite: Ocorreu uma fase mais positiva, onde houve crescimento econômico. (a
palavra fase traz idéia de tempo e não de lugar)
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
PORTUGUÊS
• onde: só use para os verbos e nomes que exigem preposição EM (estar em, ficar
em, entregar em). Exemplo: Esta é a cidade onde nasci (quem nasce, nasce em
algum lugar).
• aonde: só use para os verbos e nomes que exigem preposição A (ir a, voltar a,
chegar a). Exemplo: Esta é a cidade aonde ele sempre ia (quem vai, vai a algum
lugar).
EXERCÍCIOS
III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava escrito nas estrelas.
IV. Foi transferido, portanto não nos veremos com muita freqüência.
3
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
PORTUGUÊS
a) explicativa
b) conclusiva
c) concessiva
d) adversativa
e) conformativa
Nas duas questões seguintes (3 e 4), indique a alternativa em que a substituição não
mantém o mesmo valor semântico.
a) por conseguinte
b) então
c) porquanto
d) assim
e) pois
a) embora
b) se bem que
c) apesar de que
d) conquanto
e) já que
4
_________________________________________________________________________ MÓDULO X
PORTUGUÊS
GABARITO
1) B
2) B
3) C
4) E
2. PLEONASMO
a) desconhecimento de um prefixo:
b) desconhecimento de um sufixo:
c) desconhecimento de um radical:
e) desgaste:
f) restrições sintáticas:
g) restrições espaciais:
h) restrições convencionais:
i) restrições numéricas:
j) restrições semânticas:
l) desconhecimento etimológico:
Outros exemplos:
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MÓDULO X
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________________________________________________________________________ MÓDULO X
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
1. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
A prescrição, por sua vez, é a extinção do direito subjetivo já constituído, por não
ser exigido pelo titular em determinado período de tempo.
• abuso de direito;
• excesso de poder;
• infração da lei;
3. PRÁTICAS ABUSIVAS
24
Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1998
3
________________________________________________________________________ MÓDULO X
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
4. PUBLICIDADE
O princípio da identificação dispõe que a publicidade não pode ser dissimulada (art.
36, caput, do Código de Defesa do Consumidor).
O princípio da não abusividade estabelece que a publicidade não pode levar a erro
ou explorar consciência religiosa, superstição ou crendice popular. O abuso pode decorrer
de ação ou omissão, conforme a publicidade afirme algo inexistente ou deixe de divulgar
informação relevante (art. 37, § 2.º, do Código de Defesa do Consumidor).
4
________________________________________________________________________ MÓDULO X
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
5. DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
Vigora o princípio da conservação do contrato (art. 6.º, inc. V), ou seja, o Código de
Defesa do Consumidor admite mudanças no contrato para que este seja mantido.
Vige também o princípio da boa-fé (arts. 4.º, inc. III, e 51, inc. IV, do Código de
Defesa do Consumidor).
5
________________________________________________________________________ MÓDULO X
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
A lei fixa o prazo de sete dias para o consumidor refletir sobre a necessidade do
produto, ou seja, para devolver o produto sem ônus. O prazo é contado a partir do
recebimento do produto.
6. CLÁUSULAS ABUSIVAS
Por ser matéria de ordem pública, a nulidade de pleno direito não é atingida pela
preclusão.
6
________________________________________________________________________ MÓDULO X
TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
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MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
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_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ADMINISTRATIVO
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
d) impenhorabilidade.
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CIVIL
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO COMERCIAL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. O prazo para aquisição, por usucapião, de imóvel urbano utilizado como moradia
é de:
a) 10 anos;
b) 5 anos;
c) 20 anos;
d) 15 anos.
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
d) declaratória e condenatória.
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1. A Carta de Direitos e Deveres Econômicos dos Estados baseia-se, entre outros, nos
seguintes princípios fundamentais:
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
b) A Carta das Nações Unidas aporta condições de uma cooperação mais concreta no
plano econômico com a finalidade de promover o progresso econômico e social,
propiciando a todos melhores condições de vida.
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
5. “1) Manter a paz e a segurança internacional e para esse fim: tomar medidas
coletivas e eficazes para prevenir e afastar ameaças à paz ...
3
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ELEITORAL
c) F e F;
d) V e V.
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO INTERNACIONAL
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
a) V – F – V.
b) V – V - F.
c) F – V – V.
d) F – F – V.
3
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PENAL
1. Pode ser sujeito ativo do delito previsto no art. 213 do Código Penal:
a)apenas o homem;
b)em regra o homem, podendo ser também a mulher no caso de concurso de agentes;
c)o homem ou a mulher, uma vez que o crime de estupro se consuma com a prática de
qualquer ato libidinoso;
d)a mulher, desde que empregue de violência ou grave ameaça para praticar a conjunção
carnal.
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
4. Terceiro é obrigado a assistir a prática de ato libidinoso. Nesse caso, aquele que
obriga a vítima à assistência:
a) não pratica o delito previsto no art. 214 do Código Penal;
b) pratica o delito de constrangimento ilegal, se a vítima é maior de 18 anos;
c) pratica o delito de corrupção de menores, se a vítima é maior de 14 e menor de 18
anos;
d) todas as alternativas anteriores estão corretas.
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
c) Após o prazo de pagamento do benefício, que deverá ocorrer em 45 dias, tem direito o
segurado de receber correção pelo período atrasado.
a) ausência do segurado/dependente;
a) Nas situações em que o segurado ou dependente tem direito ao benefício, mas após
solicitação vem a falecer antes do seu recebimento, tal benefício não se estende aos
beneficiários.
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
b) O benefício não pode ser objeto de penhora, arresto ou seqüestro, alienação, cessão ou
constituição de qualquer ônus sobre o mesmo, ressalvando hipótese prevista na lei.
b) a pensão de alimentos;
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1. Uma denúncia descreve crime de concussão (art. 316 do CP), apenado com
reclusão de dois a oito anos e multa, mas classifica juridicamente o fato como
corrupção passiva (art. 317 do CP), cuja pena varia de um a oito anos de reclusão
e multa. Estando provada na instrução criminal a prática do crime funcional
descrito na inicial, deve o magistrado:
a) remeter os autos à defesa para que se manifeste no prazo de oito dias e produza prova;
b) remeter os autos ao Ministério Público para que adite a inicial, corrigindo-a;
c) prolatar sentença, condenando o acusado nas penas previstas no art. 316 do Código
Penal;
d) abrir prazo de três dias para que a defesa ofereça provas e arrole até três testemunhas.
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO TRIBUTÁRIO
2. Não são considerados pelo Código Tributário Nacional como bens impenhoráveis:
a) bens imóveis não declarados como inalienáveis nem como bem de família;
b) provisões de alimentos e combustíveis necessários à manutenção do devedor e de sua
família durante um mês;
c) o seguro de vida;
d) o anel nupcial e os retratos de família.
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITOS HUMANOS
2. A Convenção de Viena, também conhecida como “Lei dos Tratados”, não estipula
que:
a) Os tratados são acordos concluídos entre Estados, na forma escrita, e regulados pelo
regime do Direito Internacional.
b) Os tratados não podem criar obrigações aos Estados que com eles não consentiram, a
não ser que preceitos constantes do tratado tenham sido incorporados pelo costume
internacional.
c) Uma vez em vigor, o tratado é obrigatório e deve ser observado pelas partes.
d) A única forma de um Estado-Parte recusar-se a cumprir um tratado por ele assinado é
invocar disposições de seu direito interno.
e) Os tratados são expressões de consenso. Apenas pelo consenso podem os Estados criar
obrigações legais entre eles.
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
c) É possível afirmar que o Brasil abriga um sistema misto quanto à hierarquia dos
tratados. Há um regime jurídico para os tratados que versem sobre direitos humanos e
um outro para aqueles que não tratam da matéria.
d) Os tratados de direitos humanos, assim que ratificados, devem produzir efeitos tanto na
ordem nacional quanto na internacional, não havendo necessidade de decreto executivo.
e) Os tratados que versem sobre direitos humanos têm hierarquia igual a dos tratados que
não versem, qual seja, a de normas infraconstitucionais. Isso ocorre porque o art. 5.º da
Constituição Federal é “cláusula pétrea”.
3
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
MEDICINA LEGAL
2
_________________________________________________________________________MÓDULO XIX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):