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Por poluição entende-se a introdução pelo homem, direta ou indirectamente de substâncias ou

energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na
saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ai presente

Ciclo da Água

Cada gota da água que se vê existe há milhões de anos. Ela existe graças a um ciclo contínuo. O
Sol esquenta a superfície terrestre fazendo com que a água evapore. A evaporação transforma a
água que está no solo e nos oceanos em gás, que mistura-se à atmosfera. O gás, então torna-se mais
frio e condensado formando nuvens.

As nuvens viajam pela atmosfera até que as gotículas de água ficam tão grandes que caem: é a
precipitação. Dependendo da atmosfera, a água transforma-se em chuva, granizo ou neve.

A água que cai na terra é absorvida pelo solo, formando lençóis subterrâneos, lagos e rios e sendo
usada para beber, cozinhar, lavar louça e roupa, irrigar plantações e etc. Nós estocamos água em
mananciais para garantir o acesso à água e a usamos também para produzir energia elétrica.

Entende-se por Ciclo do oxigênio o movimento do oxigênio entre os seus três reservatórios
principais: a atmosfera (os gases que rodeiam a superfície da terra), a biosfera (os organismos vivos
e o seu ambiente próximo) e a litosfera (a parte sólida exterior da terra).

Este ciclo é mantido por processos geológicos, físicos, hidrológicos e biológicos, que movem
diferentes elementos de um depósito a outro. O oxigênio molecular (O2) compõe cerca de 21% da
atmosfera terrestre. Este oxigênio satisfaz as necessidades de todos os organismos terrestres que o
respiram no seu metabolismo.

O principal fator na produção de oxigênio é a fotossíntese, que regula a relação gás carbônico/gás
oxigênio na atmosfera.

O oxigênio é o elemento mais abundante em massa na crosta terrestre e nos oceanos e o segundo na
atmosfera.

O processo pelo qual o nitrogênio ou azoto circula através das plantas e do solo pela ação de
organismos vivos é conhecido como ciclo do nitrogênio ou ciclo do azoto. O ciclo do nitrogênio é
um dos ciclos mais importantes nos ecossistemas terrestres. O nitrogênio é usado pelos seres vivos
para a produção de moléculas complexas necessárias ao seu desenvolvimento tais como
aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos.

O principal repositório de nitrogênio é a atmosfera (78% desta é composta por nitrogênio) onde se
encontra sob a forma de gás (N2). Outros repositórios consistem em matéria orgânica nos solos e
oceanos. Apesar de extremamente abundante na atmosfera o nitrogênio é frequentemente o
nutriente limitante do crescimento das plantas. Isto acontece porque as plantas apenas conseguem
usar o nitrogênio sob duas formas sólidas: íon de amônio (NH4+) e ion de nitrato (NO3-), cuja
existência não é tão abundante. Estes compostos são obtidos através de vários processos tais como
a fixação e nitrificação. A maioria das plantas obtém o nitrogênio necessário ao seu crescimento
através do nitrato, uma vez que o íon de amônio lhes é tóxico em grandes concentrações. Os
animais recebem o nitrogênio que necessitam através das plantas e de outra matéria orgânica, tal
como outros animais (vivos ou mortos).
Ciclo do fósforo

Encontra-se na sua maior parte nas rochas e se dissolve com a água da chuva, sendo levado até os
rios e mares. Boa parte do fósforo de que precisamos são ingeridos quando nos alimentamos de
peixe. Nossos ossos armazenam cerca de 750 g de fósforo sob a forma de fosfato de cálcio. A falta
de fósforo provoca o raquitismo nas crianças e nos adultos tornando seus ossos quebradiços.

O ciclo biológico do Carbono é relativamente rápido: estima-se que a renovação do carbono


atmosférico ocorre a cada 20 anos.

Na ausência da influência antropogênica (causada pelo homem), no ciclo biológico existem três
reservatórios ou “stocks”: terrestre (20.000 Gt), atmosfera (750 Gt), oceanos (40.000 Gt). Este
ciclo desempenha um papel importante nos fluxos de carbono entre os diversos stocks, através dos
processos da fotossíntese e da respiração.

Através do processo da fotossíntese, as plantas absorvem a energia solar e CO2 da atmosfera,


produzindo oxigênio e hidratos de carbono (açúcares como a glicose), que servem de base para o
crescimento das plantas. Os animais e as plantas utilizam os hidratos de carbono pelo processo de
respiração, utilizando a energia contida nos hidratos de carbono e emitindo CO2. Juntamente com a
decomposição orgânica (forma de respiração das bactérias e fungos), a respiração devolve o
carbono, biologicamente fixado nos stocks terrestres (nos tecidos da biota, na camada de solo e na
turfa), para a atmosfera.

O ciclo biológico do Carbono é relativamente rápido: estima-se que a renovação do carbono


atmosférico ocorre a cada 20 anos.

Na ausência da influência antropogênica (causada pelo homem), no ciclo biológico existem três
reservatórios ou “stocks”: terrestre (20.000 Gt), atmosfera (750 Gt), oceanos (40.000 Gt). Este
ciclo desempenha um papel importante nos fluxos de carbono entre os diversos stocks, através dos
processos da fotossíntese e da respiração.

Através do processo da fotossíntese, as plantas absorvem a energia solar e CO2 da atmosfera,


produzindo oxigênio e hidratos de carbono (açúcares como a glicose), que servem de base para o
crescimento das plantas. Os animais e as plantas utilizam os hidratos de carbono pelo processo de
respiração, utilizando a energia contida nos hidratos de carbono e emitindo CO2. Juntamente com a
decomposição orgânica (forma de respiração das bactérias e fungos), a respiração devolve o
carbono, biologicamente fixado nos stocks terrestres (nos tecidos da biota, na camada de solo e na
turfa), para a atmosfera.
1. Parâmetros de qualidade da água

A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente


natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas.

Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam as
suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade
da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para
determinado uso. Os principais indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir, separados
sob os aspectos físicos, químicos e biológicos.

Parâmetros Físicos

a) Temperatura: medida da intensidade de calor; é um parâmetro importante, pois, influi em


algumas propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre a
vida aquática. A temperatura pode variar em função de fontes naturais (energia solar) e fontes
antropogênicas (despejos industriais e águas de resfriamento de máquinas).

b) Sabor e odor: resultam de causas naturais (algas; vegetação em decomposição; bactérias;


fungos; compostos orgânicos, tais como gás sulfídrico, sulfatos e doretos) e artificiais (esgotos
domésticos e industriais). O padrão de potabilidade: água completamente inodora.

c) Cor: resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou
manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas
ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor
inferior a 5 unidades.

d) Turbidez: presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas
finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas. O padrão de potabilidade:
turbidez inferior a 1 unidade.

e) Sólidos:

Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após filtragem da amostra.
Podem ser divididos em:

· Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período t de repouso da amostra

· Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de coagulação,
floculação e decantação.

Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou
em estado coloidal presente na amostra de efluente.

f) Condutividade Elétrica: capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este
parâmetro está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas
carregadas eletricamente Quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior será a
condutividade elétrica na água.
Parâmetros Químicos

a) pH (potencial hidrogeniônico): representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH; varia de 7 a 14;
indica se uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do que 7);
o pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode ser alterado pela
introdução de resíduos; pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem a formar
incrustações nas tubulações; a vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9.

b) Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a capacidade da
água de neutralizar os ácidos; em teores elevados, pode proporcionar sabor desagradável à água,
tem influência nos processos de tratamento da água.

c) Dureza: resulta da presença, principalmente, de sais alcalinos terrosos (cálcio e magnésio), ou de


outros metais bivalentes, em menor intensidade, em teores elevados; causa sabor desagradável e
efeitos laxativos; reduz a formação da espuma do sabão, aumentando o seu consumo; provoca
incrustações nas tubulações e caldeiras. Classificação das águas, em termos de dureza (em CaC03 ):

Menor que 50 mg/1 CaC03 - água mole

Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 - água com dureza moderada

Entre 150 e 300 mg/1 CaC03 - água dura

Maior que 300 mg/1 CaC03 - água muito dura

d) Cloretos: Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de águas do


mar; podem, também, advir dos esgotos domésticos ou industriais; em altas concentrações,
conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas.

e) Ferro e manganês: podem originar-se da dissolução de compostos do solo ou de despejos


industriais; causam coloração avermelhada à água, no caso do ferro, ou marrom, no caso do
manganês, manchando roupas e outros produtos industrializados; conferem sabor metálico à água;
as águas ferruginosas favorecem o desenvolvimento das ferrobactérias, que causam maus odores e
coloração à água e obstruem as canalizações.

f) Nitrogênio: o nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: molecular, amônia,
nitrito, nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode
ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização;
o nitrato, na água, pode causar a metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do
aumento do nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de
animais.

g) Fósforo: encontra-se na água nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico; é


essencial para o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a eutrofização; suas principais fontes
são: dissolução de compostos do solo; decomposição da matéria orgânica, esgotos domésticos e
industriais; fertilizantes; detergentes; excrementos de animais.

h) Fluoretos: os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em concentrações mais
elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a fluorose dentária (manchas escuras
nos dentes).
i) Oxigênio Dissolvido (OD): é indispensável aos organismos aeróbios; a água, em condições
normais, contém oxigênio dissolvido, cujo teor de saturação depende da altitude e da temperatura;
águas com baixos teores de oxigênio dissolvido indicam que receberam matéria orgânica; a
decomposição da matéria orgânica por bactérias aeróbias é, geralmente, acompanhada pelo
consumo e redução do oxigênio dissolvido da água; dependendo da capacidade de autodepuração
do manancial, o teor de oxigênio dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero,
extinguindo-se os organismos aquáticos aeróbios.

j) Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua nutrição,
e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades, no
entanto, podem causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio
dissolvido, pelos organismos decompositores.

O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de matéria orgânica,
pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos aeróbios.
Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na água: Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO).

l) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da


matéria orgânica por ação de bactérias aeróbias. Representa, portanto, a quantidade de oxigênio que
seria necessário fornecer às bactérias aeróbias, para consumirem a matéria orgânica presente em
um líquido (água ou esgoto). A DBO é determinada em laboratório, observando-se o oxigênio
consumido em amostras do líquido, durante 5 dias, à temperatura de 20 °C.

m) Demanda Química de Oxigênio (DQO): é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da


matéria orgânica, através de um agente químico. A DQO também é determinada em laboratório, em
prazo muito menor do que o teste da DBO. Para o mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a
DBO.

n) Componentes Inorgânicos: alguns componentes inorgânicos da água, entre eles os metais


pesados, são tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco;
além dos metais, pode-se citar os cianetos; esses componentes, geralmente, são incorporados à
água através de despejos industriais ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de
mineração.

o) Componentes orgânicos: alguns componentes orgânicos da água são resistentes á degradação


biológica, acumulando-se na cadeia alimentar; entre esses, citam-se os agrotóxicos, alguns tipos de
detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos.

Parâmetros Biológicos

a) Coliformes: são indicadores de presença de microrganismos patogênicos na água; os coliformes


fecais existem em grande quantidade nas fezes humanas e, quando encontrados na água, significa
que a mesma recebeu esgotos domésticos, podendo conter microrganismos causadores de doenças.

b) Algas: as algas desempenham um importante papel no ambiente aquático, sendo responsáveis


pela produção de grande pane do oxigênio dissolvido do meio; em grandes quantidades, como
resultado do excesso de nutrientes (eutrofização), trazem alguns inconvenientes: sabor e odor;
toxidez, turbidez e cor; formação de massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas,
provocam a redução do oxigênio dissolvido; corrosão; interferência nos processos de tratamento da
água: aspecto estético desagradável.

2. Padrões de qualidade da água

Os teores máximos de impurezas permitidos na água são estabelecidos em função dos seus usos.
Esses teores constituem os padrões de qualidade, os quais são fixados por entidades públicas, com
o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas
que venham a prejudicá-lo.

Os padrões de qualidade da água variam para cada tipo de uso. Assim, os padrões de
potabilidade (água destinada ao abastecimento humano) são diferentes dos de balneabilidade (água
para fins de recreação de contato primário), os quais, por sua vez, não são iguais aos estabelecidos
para a água de irrigação ou destinada ao uso industrial. Mesmo entre as indústrias, existem
requisitos variáveis de qualidade, dependendo do tipo de processamento e dos produtos das
mesmas.

Uma forma de definir a qualidade das águas dos mananciais, é enquadrá-los em classes, em
função dos usos propostos para os mesmos, estabelecendo-se critérios ou condições a serem
atendidos.

O que é Bioacumulação?

A Bioacumulação é o fenômeno através do qual os organismos vivos retêm, dentro de si, certas
substâncias tóxicas sem conseguir eliminá-las. Com isso, mesmo que um organismo viva num
ambiente pouco poluído, ao longo da sua vida ele pode, através da sua alimentação ou respiração,
contaminar-se com doses cada vez maiores de substâncias nocivas, até adoecer e morrer.

O tipo de bioacumulação mais grave, no entanto, é aquele que ocorre ao longo das cadeias
alimentares. Vejamos um exemplo: numa determinada região do mar a concentração do inseticida
DDT é muito pequena - cerca de 0,000 003 parte por milhão de partes de água, ou simplesmente
ppm. Nessa mesma região, os pequeninos animais que vivem na superfície do mar (zooplâncton)
absorvem e acumulam parte desse DDT, apresentando uma concentração de 0,04 ppm.

Os peixes pequenos, que se alimentam do zooplâncton, também acumulam o inseticida, atingindo


0,5ppm. os peixes grandes, que se alimentam dos pequenos, chegam a acumular 2,0ppm.

Finalmente, as aves aquáticas, que se alimentam dos peixes maiores, chrgam a apresentar 25ppm
de DDT em seus organismos. A partir desta taxa tão alta, a casca dos ovos dessas aves torna-se
frágil, acabando por comprometer o nascimento dos filhotes e a própria capacidade de reprodução
de uma espécie. Muitas dessas espécies de aves estão hoje ameaçadas de extinção pela poluição e
seus efeitos.

Podemos concluir, então, que mesmo uma contaminação ambiental aparentemente insignificante
pode ter conseqüências ecológicas graves, dependendo do agente contaminador.
- O que é eutrofização?

A eutrofização refere-se ao que poderíamos chamar de "fertilização" das águas dos rios, lagos,
represas ou mesmo do mar, e ocorre continuamente com o depósito de várias substâncias nutritivas
(através das chuvas, quedas de folhas, etc.) que vão alimentar as algas, os peixes e outros
organismos aquáticos.

Quando essa "fertilização" acontece lentamente, de modo a contribuir para o equilíbrio ecológico
do ambiente aquático, é chamada de eutrofização natural .

Ocorre, porém, que certas atividades humanas, como a agricultura, fazem chegar até as águas
superficiais uma quantidade de nutrientes muito maior que a normal. Arrastados pelas enxurradas,
os adubos agrícolas (contendo principalmente fósforo e nitrogênio) chegam até os rios e lagos,
provocando o que se chama de eutrofização cultural, ou seja, uma superfertilização da água. Isso
acarreta um desenvolvimento anormal de organismos autótrofos, que acabam por consumir a maior
parte do oxigênio da água.

O resultado é que, em um dia ou dois, a água estará escura, pela presença de bactérias, e os peixes
mortos, pela falta de oxigênio.

A conseqüência da eutrofização cultural em larga escala é que a água, antes boa para beber e rica
em oxigênio, torna-se malcheirosa e de gosto ruim.

Como vimos, mesmo que não lancemos às águas substâncias tóxicas, o simples despejo de
nutrientes pode afetar-lhes seriamente as características.

NORMA DE QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Norma dispõe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à


vigilância da qualidade da água para consumo humano e estabelece seu padrão de potabilidade e dá
outras providências.

Art. 2º Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está
sujeita à vigilância da qualidade da água.

Art. 3º Esta Norma não se aplica às águas envasadas e a outras, cujos usos e padrões de qualidade
são estabelecidos em legislação específica.

CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 4º Para os fins a que se destina esta Norma, são adotadas as seguintes definições:

I. água potável água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e
radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;

II. sistema de abastecimento de água para consumo humano instalação composta por conjunto de
obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e à distribuição canalizada de água
potável para populações, sob a responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em
regime de concessão ou permissão;

III. solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano toda modalidade de
abastecimento coletivo de água distinta do sistema de abastecimento de água, incluindo, entre
outras, fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais
horizontal e vertical;

IV. controle da qualidade da água para consumo humano conjunto de atividades, exercidas de
forma contínua pelo(s) responsável(is) pela operação de sistema ou solução alternativa de
abastecimento de água, destinadas a verificar se a água fornecida à população é potável,
assegurando a manutenção desta condição;

V. vigilância da qualidade da água para consumo humano conjunto de ações adotadas


continuamente pela autoridade de saúde pública para verificar se a água consumida pela população
atende à esta Norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de
abastecimento de água representam para a saúde humana;

VI. coliformes totais (bactérias do grupo coliforme) - bacilos gram-negativos, aeróbios ou


anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na
presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido,
gás e aldeído a 35,0 ± 0,5 oC em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima ß
-galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia,
Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao
grupo;

VII. coliformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fermentam a
lactose a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas; tendo como principal representante a Escherichia coli, de
origem exclusivamente fecal;

VIII. Escherichia Coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol, com
produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas, produz indol a partir do triptofano, oxidase
negativa, não hidroliza a uréia e apresenta atividade das enzimas ß galactosidase e ß glucoronidase,
sendo considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual
presença de organismos patogênicos;

IX. contagem de bactérias heterotróficas - determinação da densidade de bactérias que são capazes
de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de compostos orgânicos contidos
em meio de cultura apropriada, sob condições pré-estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5oC por 48
horas;
X.cianobactérias - microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como
cianofíceas (algas azuis), capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente
naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com
efeitos adversos à saúde; e

XI. cianotoxinas - toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam efeitos adversos à saúde
por ingestão oral, incluindo:

a)microcistinas - hepatotoxinas heptapeptídicas cíclicas produzidas por cianobactérias, com efeito


potente de inibição de proteínas fosfatases dos tipos 1 e 2A e promotoras de tumores;

b)cilindrospermopsina - alcalóide guanidínico cíclico produzido por cianobactérias, inibidor de


síntese protéica, predominantemente hepatotóxico, apresentando também efeitos citotóxicos nos
rins, baço, coração e outros órgãos; e

c)saxitoxinas - grupo de alcalóides carbamatos neurotóxicos produzido por cianobactérias, não


sulfatados (saxitoxinas) ou sulfatados (goniautoxinas e C-toxinas) e derivados decarbamil,
apresentando efeitos de inibição da condução nervosa por bloqueio dos canais de sódio.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES E DAS RESPONSABILIDADES

Seção I

Do Nível Federal

Art. 5º São deveres e obrigações do Ministério da Saúde, por intermédio da FUNASA:

I-promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água, em articulação com as Secretarias de


Saúde dos Estados e do Distrito Federal e com os responsáveis pelo controle de qualidade da água,
nos termos da legislação que regulamenta o SUS;

II-estabelecer as referências laboratoriais nacionais e regionais, para dar suporte às ações de maior
complexidade na vigilância da qualidade da água para consumo humano;

III-aprovar e registrar as metodologias não contempladas nas referências citadas no artigo 16 deste
Anexo;

IV-definir diretrizes específicas para o estabelecimento de um plano de amostragem a ser


implementado pelos Estados, Distrito Federal ou Municípios, no exercício das atividades de
vigilância da qualidade da água, no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS; e

executar ações de vigilância da qualidade da água, de forma complementar, em caráter excepcional,


quando constatada, tecnicamente, insuficiência da ação estadual, nos termos da regulamentação do
SUS.
Seção II

Do Nível Estadual e Distrito Federal

Art. 6º São deveres e obrigações das Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal:

I-promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em


articulação com o nível municipal e os responsáveis pelo controle de qualidade da água, nos termos
da legislação que regulamenta o SUS;

II-garantir, nas atividades de vigilância da qualidade da água, a implementação de um plano de


amostragem pelos municípios, observadas as diretrizes específicas a serem elaboradas pela
FUNASA;

III-estabelecer as referências laboratoriais estaduais e do Distrito Federal para dar suporte às ações
de vigilância da qualidade da água para consumo humano; e

IV.executar ações de vigilância da qualidade da água, de forma complementar, em caráter


excepcional, quando constatada, tecnicamente, insuficiência da ação municipal, nos termos da
regulamentação do SUS.

Seção III

Do Nível Municipal

Art. 7º São deveres e obrigações das Secretarias Municipais de Saúde:

I.exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em articulação com os


responsáveis pelo controle de qualidade da água, de acordo com as diretrizes do SUS;

II. sistematizar e interpretar os dados gerados pelo responsável pela operação do sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água, assim como, pelos órgãos ambientais e gestores de recursos
hídricos, em relação às características da água nos mananciais, sob a perspectiva da vulnerabilidade
do abastecimento de água quanto aos riscos à saúde da população;

III.estabelecer as referências laboratoriais municipais para dar suporte às ações de vigilância da


qualidade da água para consumo humano;

IV.efetuar, sistemática e permanentemente, avaliação de risco à saúde humana de cada sistema de


abastecimento ou solução alternativa, por meio de informações sobre:

a)a ocupação da bacia contribuinte ao manancial e o histórico das características de suas águas;

b)as características físicas dos sistemas, práticas operacionais e de controle da qualidade da água;

c)o histórico da qualidade da água produzida e distribuída; e

d) a associação entre agravos à saúde e situações de vulnerabilidade do sistema.


V.auditar o controle da qualidade da água produzida e distribuída e as práticas operacionais
adotadas;

VI.garantir à população informações sobre a qualidade da água e riscos à saúde associados, nos
termos do inciso VI do artigo 9 deste Anexo;

VII.manter registros atualizados sobre as características da água distribuída, sistematizados de


forma compreensível à população e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública;

VIII.manter mecanismos para recebimento de queixas referentes às características da água e para a


adoção das providências pertinentes;

IX.informar ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano sobre anomalias e
não conformidades detectadas, exigindo as providências para as correções que se fizerem
necessárias;

X. aprovar o plano de amostragem apresentado pelos responsáveis pelo controle da qualidade da


água de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, que deve respeitar os planos
mínimos de amostragem expressos nas Tabelas 6, 7, 8 e 9;

XI.implementar um plano próprio de amostragem de vigilância da qualidade da água, consoante


diretrizes específicas elaboradas pela FUNASA; e

XII.definir o responsável pelo controle da qualidade da água de solução alternativa.

Doenças Relacionadas com a Água

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% de todas as doenças que se alastram nos
países em desenvolvimento são provenientes da água de má qualidade. As doenças mais comuns,
de transmissão Hídrica, são as seguintes:

DOENÇAS AGENTES CAUSADORES


Febre Tifóide Salmonela Tifóide
Febres Paratifóides (3) Salmonelas Paratifóides (A,B,C,)
Disenteria Bacilar Bacilo Disentérico
Disenteria Amebiana Entamoeba Histolítica
Cólera Vibrião da Cólera
Diarréia Enterovírus, E.Coli
Hepatite Infecciosa Vírus Tipo A
Giardiose Giárdia Lamblia
Escherichia coli
I – INTRODUÇÃO
Escherichia coli é um dos microrganismo tido como habitante natural da flora microbiana do trato
intestinal de humanos e da maioria dos animais de sangue quente, sendo portanto, normalmente
encontrado nas fezes destes animais. Muitas cepas de Escherichia coli não são patogênicas.
São classificados como bastonetes retos, Gram negativos, não formadores de esporos, 2.0 – 6.0 m, x
1.1 – 1.5 m, possuem motilidade através de flagelos ou são imóveis. São anaeróbios facultativos e
utilizam D-glicose e outros carboidratos com a formação de ácido e gás. São oxidase negativa,
catalase positiva, vermelho de metil positivo, Voges-Proskauer negativo e geralmente citrato negativo.
São negativos para H²S, hidrólise de uréia e lipase
Existem basicamente quatro diferentes grupos de Escherichia coli que tem sido relacionados com
surtos de infecção alimentar, sendo classificados de acordo com:

o Propriedades de virulência;
o Sorotipos O:H;
o Interações com a mucosa intestinal;
o Síndrome clínica;
o Epidemiologia;

As espécies são classificadas por sorotipagem, usando anticorpos, especialmente contra antígenos "O"
somático e "H" flagelar, de várias cepas ( Reed, l994 ).

Os principais grupos de Escherichia coli são:

o Escherichia coli enteropatogênica ( EPEC ):

A primeira delas é conhecida como Escherichia coli enteropatogênica (EPEC), e é conhecida como
causadora de surtos de diarréia neonatal que ocorre freqüentemente em berçários hospitalares. Muitos
adultos possuem EPEC no trato intestinal, porém não expressam os sintomas da doença. Acredita-se
que adultos adquirem imunidade a este microrganismo.
O mecanismo de patogenicidade da EPEC não esta completamente definido, mas acredita-se que a
aderência à mucosa intestinal seja um importante fator para a colonização do trato intestinal. Estudos
"in-vivo" tem mostrado que cepas de EPEC possuem um tipo específico de ligação e facilidade de
aderência à mucosa das células epiteliais intestinais. A bactéria destroi as micovilosidades sem invasão
posterior e adere intimamente à membrana das células intestinais, com a membrana envolvendo
parcialmente cada bactéria (Doyle, l991 ).

o
o Escherichia coli enteroinvasiva ( EIEC ):

Outro grupo de Escherichia coli patogênicas são as enteroinvasivas ( EIEC ). A EIEC tem um
comportamento patológico muito semelhante a Shigella. Os sintomas são calafrio, febre, dores
abdominais e disenteria. A dose infectante é alta, geralmente 10 6 – 10 8 microrganismos/g ou ml. O
período de incubação varia de 8 a 24 horas com média de 11 horas e a duração da doença é
usualmente de vários dias. O curso da infecção é muito semelhante ao da Shigelose. O microrganismo
invade células do epitélio intestinal, multiplica-se dentro destas células e invadem células epiteliais
adjacentes provocando ulcerações do cólon, resultando finalmente em diarréia de sangue.
Aproximadamente 11 sorotipos são responsáveis por infecções de EIEC e o principal deles é O: 124.
o Escherichia coli enterotoxigênica ( ETEC ):

A Escherichia coli enterotoxigênica ( ETEC ) é geralmente mais associada à " diarréia do viajante" do
que a doenças alimentares nos Estados Unidos. Os sintomas de ETEC são similares aos da cólera:
diarréia aquosa, desidratação, possivelmente choque, e algumas vezes vômito. A dose infectante é
muito alta estando entre 10 8 e 10 10 microrganismos. O período de incubação varia de 8 a 44 horas,
com média de 26 horas e a duração da doença é curta, aproximadamente 24 a 30 horas.
produz uma ou mais toxinas, que vão agir no intestino delgado induzindo a libertação de fluido. Não
ocorre invasão nem dano à camada epitelial do intestino delgado, apenas ocorre colonização e
produção O microrganismo coloniza a superfície epitelial do intestino delgado e de toxinas.
conter o plasmídio codificante para a produção de uma Três fatores são necessários para que ETEC
cause diarréia em um hospedeiro. Primeiro, o microrganismo deve ser toxigênico, ou seja, deve ou
duas toxinas. Segundo, o hospedeiro deve ingerir um número suficiente de células ( 10 6 ou mais )
para que ocorra a doença. E finalmente, o microrganismo deve estar em contato com a mucosa do
intestino delgado. Isto é alcançado através de fatores de colonização. Estes fatores de colonização são
fimbriais bastante específicas, proteináceas, de estrutura semelhante ao cabelo, não flagelar, mas
simplesmente prolongamentos filamentosos na superfície da célula, que permite a adesão da ETEC à
mucosa do epitélio intestinal. Diversos tipos de fatores de colonização tem sido identificados, e
demonstrando ser bastante espécie específicos ( Doyle e Cliver, 1990 ).
Pode haver produção de um ou dois tipos de toxinas, dependendo do plasmídio contido. Uma toxina é
termo-lábil, e é inativada por aquecimento à 60°C por 30 minutos. Esta toxina é muito semelhante à
toxina da cólera e pode ser neutralizada com antitoxina para toxina da cólera por serem
imunologicamente relacionadas. O segundo tipo de toxina produzido por alguns tipos de ETEC é
termo-estável e pode resistir à temperatura de 100°C por 30 minutos.
Vários surtos de toxinfecção alimentar devido à ETEC tem sido relatados. No Estado de Wisconsin
em 1980, mais de 400 pessoas se tornaram doentes após a ingestão de alimentos de um restaurante
mexicano. Foi determinado que a contaminação ocorreu através de um dos cozinheiros, que
apresentava quadro diarréico durante um período de duas semanas antes do surgimento do surto
( Doyle e Cliver, 1990).

o Escherichia coli enterohemorrágica ( EHEC ):

O quarto grupo de Escherichia coli é o das enterohemorrágicas. Entre os grupos patogênicos de


Escherichia coli, este é provavelmente o mais importante em termos de infecções alimentares, e o
principal sorotipo envolvido é o O157:H7, que é o assunto deste trabalho apresentado a seguir.

As bactérias heterotróficas, alimentam-se principalmente da matéria orgânica que conseguem


decompondo organismos mortos. São chamadas de decompositores ou saprófitas.

A atividade decompositora das bactérias (bem como a dos fungos) permite que a matéria
orgânica presente nos organismos mortos seja transformada em matéria inorgânica, como os sais
minerais, que são liberados no ambiente e podem ser absorvidos por uma planta. Assim, as bactérias
decompositoras contribuem para a reciclagem da matéria na natureza.
Algumas bactérias heterotróficas vivem como parasitas, retirando de outros seres as
substâncias nutritivas de que necessitam e causando-lhes doenças.

Existem também bactérias heterotróficas que se associam com outros seres vivos,
estabelecendo uma relação chamada mutualismo, em que ambos são beneficiados. Nas raízes do
feijão, por exemplo, existem bactérias que fixam o nitrogênio do ar, transformando-o em nitratos. O
feijoeiro, então, absorve parte dos nitratos, que contribuem para o seu desenvolvimento. Por sua vez, a
planta fornece às bactérias parte do alimento que fabrica através da fotossíntese.

A presença de espécies dos protozoários Cryptosporidium e de Giardia em água, principalmente as


destinadas ao consumo humano, assumiu nos últimos 22 anos grande importância em Saúde Pública
devido à veiculação hídrica de suas formas infectantes. Esses protozoários causam gastroenterites no
ser humano e em diversas espécies animais. A transmissão desses protozoários ocorre pela via fecal-
oral mediante a ingestão de água ou de alimentos contaminados, ou pelo contato direto (pessoa-a-
pessoa ou animal-pessoa; transmissão zoonótica). A persistência de oocistos e cistos no ambiente e a
grande resistência aos processos de desinfecção contribuem com a veiculação hídrica desses
protozoários. Numerosos surtos de gastroenterite aconteceram nos últimos 25 anos devido à ingestão
de água de consumo e involuntariamente águas recreacionais contaminadas. No Brasil é crescente a
degradação de águas superficiais e subterrâneas devido à deficiência de infra-estrutura no sistema de
esgotamento sanitário.

Coliformes Totais e Fecais - Método dos Tubos Múltiplos

Esta técnica baseia-se no princípio de que as bactérias presentes em cada amostra podem ser
separadas umas das outras por agitação, resultando uma suspensão de células bacterianas individuais,
uniformemente distribuídas na amostra original.
A determinação do número mais provável (NMP) de coliformes de uma amostra é efetuada
através da aplicação da técnica de tubos múltiplos. Esta técnica consiste na inoculação de volumes
decrescentes de amostra, em série de tubos, em meio de cultura adequado ao crescimento dos
microrganismos pesquisados.
Define-se organismos coliformes, que fermentam a lactose com produção de gás em 24-48
horas a temperatura de 35±0,5 oC.
Está técnica visa estimar ou detectar a densidade de bactérias em uma amostra, calculada a
partir da combinação de resultados positivos e negativos.

5.1.1 Procedimento
Essa técnica permite a determinação do número mais provável que é estimada pela densidade
de bactérias em uma amostra calculada a partir de resultados positivos e negativos, utilizando para
isso o fator 10 de diluição.
Para se determinar coliformes totais e fecais de uma amostra são utilizados duas etapas
(ensaio presuntivo e confirmativo), estas são complementadas por uma terceira etapa, o ensaio
completo.
O material mal lavado, o material não estéril e a temperatura de incubação são procedimentos
importantes que podem interferir no bom desenvolvimento da análise.
a) Ensaio Presuntivo
Consiste na semeadura de volumes determinados de amostra em série de tubos de Caldo
Lactosado (Lactose Broth) ou caldo Lauril Triptose, ambos contendo púrpura de bromocresol, que
são incubadas na estufa à temperatura de 35±0,5oC, durante 24-48 horas, ocorrendo um
enriquecimento de organismos fermentadores de lactose.
A acidificação com ou sem produção de gás, decorrente da fermentação da lactose, é prova
presuntiva positiva para a presença de bactérias do grupo coliforme.

b) Ensaio Confirmativo
Consiste na transferência de cada cultura com resultado presuntivo positivo, para o Caldo
Lactosado Bile Verde Brilhante, sendo incubados na estufa à temperatura de 35±0,5oC, durante 24-48
horas. A produção de gás, a partir da fermentação da lactose, é prova confirmativa positiva para a
presença de bactérias do grupo coliforme (Coliforme Total).

c) Determinação de Coliformes Fecais


Consiste na transferência de cada cultura com resultado presuntivo positivo para tubos
contendo meio E.C., que são incubados à temperatura de 44,5±0,2oC, durante 24±2 horas em banho-
maria, com agitação e temperatura constante.
O resultado será positivo quando houver produção de gás a partir da fermentação da lactose
presente no meio E.C.

5.1.2 Expressão dos Resultados


A densidade de coliformes é expressa como NMP de coliformes / 100 mL.
O NMP de coliformes é obtido através de um quadro em que são dados os limites de
confiança de 95%, para cada valor de NMP determinado.
Para expressão de resultados é necessária a composição de um código onde são utilizados
apenas resultados positivos correspondentes a 3 séries consecutivas, sendo que o primeiro algarismo
escolhido para compor o código será o de menor volume da amostra (> diluição) em que todos os
tubos apresentem resultados positivos, desde que tenham sido inoculados diluições subsequentes para
totalizar os 3 algarismos para o código.
Encontra-se o código no quadro e o NMP a ela correspondente, o valor final do NMP será
obtido através da aplicação da fórmula.
Valor do NMP correspondente ao código x 10 .
Maior volume inoculado selecionado para compor o código
ISO 17025

- TÉCNICA DE MEMBRANAS FILTRANTES


A técnica de membrana filtrante é um método rápido e preciso para isolamento
e identificação de colônias de bactérias. Esta técnica é recomendada pelo Standart of
Methods for the Examination of Water and Wasterwater, referência internacional em
análises em águas.
Antes de começar as análises, esterilize a capela com álcool 70% e ligue a
lâmpada germicida por 10 minutos. Obs: Desligar a lâmpada germicida antes do
início das análises. Se estiver ligada, a lâmpada germicida esterilizará sua
amostra e poderá ocasionar danos à saúde se ficar exposto por longos períodos.
Etapas:
1 – Com auxílio de bomba a vácuo, filtrar 100 mL de amostra através de uma
membrana filtrante de 47 mm de diâmetro e 0,45 µm de porosidade estéril, utilizando
equipamento de filtração fornecido pela KITLABOR;
2 – Remover assepticamente a membrana do equipamento de filtração, com
auxílio de uma pinça e colocá-la sobre a superfície da placa contendo o Agar desejado.
Obs: antes de usar a pinça, esteriliza-la flambando na chama.
3 – Incubar a placa a ser analisada invertendo-a.
Observações:
Antes do início de trabalho, o funil deve estar auto clavado;
Rinsar (limpar) o funil de filtração com 20 a 30 ml de água destilada após a
troca de amostra a ser filtrada;

Ocorrência de florações de cianobactérias – porque isso acontece.

A crescente eutrofização dos ambientes aquáticos tem sido produzida por atividades humanas,
causando um enriquecimento artificial desses ecossistemas. As principais fontes desse
enriquecimento tem sido identificadas como as descargas de esgotos domésticos e industriais dos
centros urbanos e das regiões agriculturáveis .

Esta eutrofização artificial produz mudanças nas qualidades da água incluindo : a redução de
oxigênio dissolvido, perda das qualidades cênicas, aumento do custo de tratamento, morte extensiva
de peixes e aumento da incidências de florações de microalgas e cianobactérias.

Toxinas de cianobactérias : o que são, como agem.

Vários gêneros e espécies de cianobactérias que formam florações produzem toxinas. As toxinas de
cianobactérias, que são conhecidas como Cianotoxinas, constituem uma grande fonte de produtos
naturais tóxicos produzidos por esses microorganismos e, embora ainda não estejam devidamente
esclarecidas as causas da produção dessas toxinas, têm-se assumido que esses compostos tenham
função protetora contra herbivoria, como acontece com alguns metabólitos de plantas vasculares
(Carmichael,1992).

Algumas dessas toxinas, que são caracterizadas por sua ação rápida, causando a morte por parada
respiratória após poucos minutos de exposição, têm sido identificadas como alcalóides ou
organofosforados neurotóxicos. Outras atuam menos rapidamente e são identificadas como peptídeos
ou alcalóides hepatotóxicos. Estes são os dois principais grupos de cianotoxinas até agora
caracterizados : Neurotoxinas e Hepatotoxinas.

Metodologia para detecção de cianotoxina e contagens de cianobactérias

Análise de microcistina (Toxina de Alga) realizado a partir de Cromatografia Líquida (HPLCOs. Os


métodos utilizados nas analises de quantificação de Cianobactérias são os de Utermohl e Sedgwick-
Rafter, de acordo com a Norma Técnica CETESB, 1991.
POPULAÇÃO MICROBIANA DOS LODOS ATIVADOS

Os lodos ativados consistem de agregados floculentos de microrganismos e materiais orgânicos e


inorgânicos. Os microorganismos considerados incluem bactérias, fungos, algas, protozoários como
rotífero, larvas de insetos e certos vermes. Todos eles se relacionam através de uma cadeia alimentar:
bactérias e fungos decompõem o material orgânico complexo e através dessa atividade se
multiplicam servindo como alimento aos protozoários, os quais, por sua vez, são consumidos pelos
metozoários que também podem se alimentar diretamente das bactérias, fungos e mesmo fragmentos
maiores dos flocos de lodos ativados.

PROTOZOÁRIOS

São organismos unicelulares, microscópicos, com tamanho variando de 5 a 500 mm, embora a
maioria das espécies apresente de 30 a 300 mm de comprimento. Algumas espécies formam colônias
sendo suas células fundamentalmente independentes e similares na estrutura e função.

A forma das células é bastante variável sendo as mais comuns: esférica, oval, alongada ou achatada.
São tipicamente translúcidos (transparentes) mas algumas espécies podem apresentar coloração
devido a ingestão de alimento, material de reserva ou pigmentos (clorofila).

Alimentam-se de bactérias, outros protozoários e de matéria orgânica dissolvida e particulada.

Micrometazoários: São microrganismos formados por várias células que, agrupadas, formam
verdadeiros tecidos.

Células diferentes possuem funções diferentes. No processo de lodos ativados são representados pelos
anelídeos, rotíferos, nematóides e tardígrados.

BACTÉRIAS FILAMENTOSAS

As bactérias filamentosas estão presentes no processo de lodos ativados no interior dos flocos
formando a macroestrutura. Sua presença contribui para uma boa eficiência do processo, já que
possuem alta capacidade de consumir a matéria orgânica e, conseqüentemente produzir um efluente
final de boa qualidade.

Quando o número de bactérias filamentosas permanecer constante sem prejudicar a sedimentação do


lodo, normalmente não haverá problema. No entanto, se o número de filamentos começar a aumentar
e esses filamentos se estenderem dos flocos, haverá problemas na sedimentação. Esse fenômeno é
conhecido como "intumescimento filamentoso do lodo".

Os microorganismos filamentosos mais freqüentes em lodos ativados são: Sphaerolilus natans,


Thiothris, Beggiatod. Mcrothix parvícella, Nocardia.

Bulking filamentoso

É o excesso de bactérias filamentosas que ultrapassam os limites dos flocos. A formação do bulking
prejudica a sedimentação e compactação dos flocos, levando ao intumescimento do lodo
O QUE SÃO BIOINDICADORES?

Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença,


abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada condição ambiental. Os
bioindicadores são importantes para correlacionar com um determinado fator antrópico ou um fator
natural com potencial impactante, representando importante ferramenta na avaliação da integridade
ecológica (condição de “saúde” de uma área, definida pela comparação da estrutura e função de uma
comunidade biológica entre uma área impactada e áreas de referência).

Os bioindicadores mais utilizados são aqueles capazes de diferenciar entre oscilações naturais
(p.ex. mudanças fenológicas, ciclos sazonais de chuva e seca) e estresses antrópicos.

Conceitos de contaminação

Contaminação - É a presença não intencional de qualquer material estranho nos alimentos, de origem
química, física ou biológica, que os tornam inadequados para consumo humano.

Contaminação Cruzada - Transferência de substâncias ou microrganismos prejudiciais à saúde


humana, de uma fonte contaminada para um alimento não contaminado ou pronto a ser consumido.

PADRÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Os efluentes líquidos poderão ser lançados desde que obedeçam aos seguintes padrões:
4.1 pH entre 5, 0 e 9, 0 4.2 Temperatura inferior a 40ºC
4.2 Materiais sedimentáveis até 1, 0 ml/l, em teste de 1 hora em "Cone Imhoff".
4.3.1 Ausência de materiais sedimentáveis em teste de 1 hora em "Cone Imhoff" para
lançamentos em lagos, lagoas, lagunas e reservatórios.
4.3.2 Em casos de lançamentos subaquáticos em mar aberto ou em rios e estuários onde se possa
assegurar o transporte dos sólidos o limite para materiais sedimentáveis será fixado em cada
caso pela FEEMA.
4.3 Materiais flutuantes: virtualmente ausentes
4.4 Cor: virtualmente ausente
4.5 Óleos e graxas
4.6.1 Óleos minerais até 20 mg/l
4.6.2 Óleos vegetais e gorduras animais até 30 mg/l
4.6 Concentração máxima das seguintes substâncias:
SUBSTÂNCIA CONCENTRAÇÃO MÁXIMA
4.7.1 Alumínio total 3, 0 mg/l Al
4.7.2 Arsênio total 0, 1 mg/l As
4.7.3 Bário total 5, 0 mg/l Ba
4.7.4 Boro total 5, 0 mg/l B
4.7.5 Cádmio total 0, 1 mg/l Cd
4.7.6 Chumbo total 0, 5 mg/l Pb
4.7.7 Cobalto total 1, 0 mg/l Co
4.7.8 Cobre total 0, 5 mg/l Cu
4.7.9 Cromo total 0, 5 mg/l Cr
4.7.10 Estanho total 4, 0 mg/l Sn
4.7.11 Ferro solúvel 15, 0 mg/l Fe
4.7.12 Manganês solúvel 1, 0 mg/l Mn
4.7.13 Mercúrio total 0, 01 mg/l Hg
4.7.14 Níquel total 1, 0 mg/l Ni
4.7.15 Prata total 0, 1 mg/l Ag
4.7.16 Selênio total 0, 05 mg/l Se
4.7.17 Vanádio total 4, 0 mg/l V
4.7.18 Zinco total 1, 0 mg/l Zn
4.7.19 Amônia 5, 0 mg/l N
4.7.20 Cloro ativo 5, 0 mg/l Cl
4.7.21 Cianetos 0, 2 mg/l CN
4.7.22 Índice de fenóis 0, 2 mg/l C6H5OH
4.7.23 Fluoretos 10, 0 mg/l F
4.7.24 Sulfetos 1, 0 mg/l S
4.7.25 Sulfitos 1, 0 mg/l SO3
4.7.26 Pesticidas organoclorados 0, 1 mg/l (por composto) e carbamatos
4.7.27 Pesticidas organofosforados 1, 0 mg/l e carbamatos totais (somatório dos
pesticidas analisados individualmente)
4.7.28 Hidrocarbonetos alifáticos 0, 1 mg/l (por composto) halogenados voláteis, tais
como:1, 1, 1-tricloroetano; diclorometano, tri-cloroetileno e tetracloroetileno
4.7.29 Hidrocarbonetos alifáticos 1, 0 mg/l Cl halogenados voláteis totais
4.7.30 Hidrocarbonetos halogenados 0, 05 mg/l (por composto) não listados acima tais
como: pesticidas e ftalo-ésteres
4.7.31 Hidrocarbonetos halogenados 0, 5 mg/l Cl totais, excluindo os hidrocarbonetos
alifáticos halogenados voláteis
4.7.32 Sulfeto de carbono 1, 0 mg/l
4.7.33 Substâncias tensoativas que 2, 0 mg/l reagem ao azul de metileno
4.7.34 Outras substâncias limites para cada caso específico a serem fixados pela CECA
por indicação da FEEMA.
4.8 Nos lançamentos em trechos de corpos d'água contribuintes de lagoas, além dos
limites enumerados, obedecidas as diretrizes específicas da CECA para cada bacia
hidrográfica, serão observados os limites máximos para as seguintes substâncias:
Fósforo total 1, 0 mg/l
P Nitrogênio total 10, 0 mg/l N

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