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Querer não é poder...

No limiar do desenvolvimento humano vê-se claramente que há sempre uma busca


do próprio ser humano para sanar as necessidades que são despertadas na sua existência.
Suas necessidades clamam por respostas, e o leva a buscar sempre mais respostas para a sua
remediação. Observa-se que o ser humano, por não conseguir alcançar essa supressão
problemática. O mesmo, às vezes, acaba caindo num patamar de pura frustração. Um busca
que nem sempre pode ser concretizada, pois, pela imperfeição humana, torna-o limitando e,
ao mesmo tempo, revela ao ser humano uma encruzilhada vital, a qual faz com que o
próprio sujeito deva escolher caminhos, ou seja, escolhe seguir um caminho, tal qual, como
fazer uma viagem, logo, o mesmo não poderá, enquanto viaja, estar em outro lugar, ele
pode até querer, mas, não poderá realizar.
Há escolhas temporárias, que podem ser mudadas após se concretizar a primeira
escolha feita, mas há aquelas escolhas que perduram, perduraram e que perdurarão, como é
o caso da morte. As escolhas duradouras são existenciais e essenciais, mas, as temporárias
são acidentais.
Essas frustrações causadas no ser humano são, em primeiro olhar, benéficas, pois o
leva a questionamentos, esses questionamentos dão-se no mais íntimo do seu próprio
íntimo, que leva o ser humano a compreender-se e conhecer-se, após, leva-o a conhecer e
compreender o outro. Mas, há pessoas que optam, se por motivo de insanidades
psicofísicas, seja por insanidade reflexiva, a dar fim a essas questões buscando a morte, o
suicídio.
Querer não é poder. Os sentidos e sentimentos humanos causam no próprio ser
humano um querer que o faz despertar o poder. Quem nunca ouviu aquela célebre frase:
“Eu quero, eu posso!”, mas nem sempre o querer leva o poder. O querer leva a um
comportamento alterado na sociedade humana, pois as atitudes de um indivíduo na busca
pelo poder resolver o querer, mexe na relação e na vivência com o outro. Isto é afirmado,
indiretamente por SHAKESPEARE em suas obras. Em Otelo, o mouro de Veneza, pela
trama de seu colega de guarnição, Otelo acaba tirando a vida de sua amada, por detrás desta
trama há apenas o querer do colega que influenciou na mudança da vivência do outro,
entrando e manipulando a liberdade do outro.
Em Romeu e Julieta, por causa do egoísmo e da guerra entre as famílias, os dois
jovens apaixonados tentam colocar um “poder” para vida de ambos por causa de um
“querer”, mas, o trágico acontece, a falta de reflexão perante o problema leva-os até uma
má comunicação entre os mesmos, a qual resulta na mais trágica história de amor. Com a
morte de ambos ocorre toda uma mudança comportamental dos outros perante tal atitude.
Portanto, uma decisão não afeta apenas o próprio “EU” do ser humano, mas afeta
principalmente o “NÓS” humanitário. Tomar decisões implica um exercício reflexivo
enorme para não afetar, ou entrar na liberdade do outro. Quem nunca ouviu o ditado: “o
apressado come cru!”, logo, “querer não é poder”.

Edi Wilson Heiden.

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