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Além disso, doenças que não eram conhecidas ou que já não possuíam
importância epidemiológica, contudo apareceram em surtos ou epidemias
numa população e região, podem ser denominadas como “emergentes”. Dessa
maneira, o estudo da epidemiologia dessas doenças torna-se vital para o
melhor conhecimento dos focos naturais das zoonoses, estabelecendo-se
assim, os fatores de risco existentes em determinados ecossistemas, a
circulação de agentes entre os animais silvestres, e a importância do
conhecimento das doenças nestes animais subsidiando as ações dos serviços
de Saúde Pública Veterinária. Na verdade, estes estudos e pesquisas não
representam tarefas fáceis. O Dr. Abdussalam, chefe dos serviços veterinários
da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que “a escassez da
informação sobre a ecoepidemiologia dos animais selvagens, é um dos fatores
que provocam dúvidas e falhas quando se procura sua utilização no estudo e
controle de zoonoses”. Neste contexto, os médicos veterinários, biólogos,
zootecnistas, agrônomos, sociólogos e demais profissionais, possuem uma
importante função no manejo da vida silvestre e na medicina da conservação.
Em nosso país, mesmo sendo proibido por lei, existe um aumento do número
de pessoas que estão criando em suas casas répteis, aves e mamíferos
silvestres, principalmente em grandes centros urbanos. Atualmente, é bastante
comum estes animais silvestres e exóticos serem encaminhados às clínicas
veterinárias, zôos, centros de triagem, expondo os profissionais e tratadores a
um possível risco de contrair zoonoses (CORRÊA e PASSOS, 2001).
Referências
BARLETT, P.C.; JUDGE, L.J. The role of epidemiology in public health. Office
International des Epizooties Scientific and Technical Review, v. 16, n. 2, p.
331-336, 1997.
CORRÊA, S.H.R.; PASSOS, E.C. Wild animals and public health. In: FOWLER,
M.E.; CUBAS, Z.S. Biology, medicine, and surgery of South American wild
animals. Ames: Iowa University Press, p. 493-499, 2001.
SIEMERING, H. Zoonoses. In: FOWLER, M.E. (Ed.). Zoo & wild animal
medicine. 2. ed. Philadelphia: W.B. Saunders, p. 63-68, 1986.
Principais
Zoonoses e
Agente Fontes de
Doenças Vias de Transmissão
Etiológico Infecção e
Parasitárias
Reservatórios
Ingestão de água e
Entamoeba alimentos
Amebiose Mamíferos
histolytica contaminados com
cistos
Complexo Raposas e Ingestão de vísceras
Equinococcus
hidatidose- cervídeos (ciclo contaminadas com
granulosus
equinococose silvestre) cistos hidáticos
Ingestão de água e
Cryptosporidium alimentos
Criptosporidiose Mamíferos
spp contaminados com
oocistos
Através do repasto
sangüíneo (inoculação
de microfilárias) pelos
Canídeos e
Dirofilariose Dirofilaria immitis vetores biológicos -
procionídeos
mosquitos (Culex,
Aedes, Anopheles,
etc.)
Contato com as fezes
Mais de 200 dos vetores biológicos
espécies de (hemípteros)
Doença de Trypanosoma mamíferos principalmente dos
Chagas cruzi principalmente o gêneros Triatoma,
gambá Didelphis Panstrongylus e
sp Rhodnius contendo
tripomastigotas
Ingestão de água e
vegetação
Fasciolose Fasciola hepatica Herbívoros contaminada com
metacercárias
encistadas
Ingestão de água e
Giardia alimentos
Giardíase Carnívoros
intestinalis contaminados com
cistos
Solo contaminado com
Larva migrans Ancylostoma
Canídeos ovos do parasita e
cutânea braziliensis
através da pele (larvas)
Larva migrans Fecal-oral (solo
Toxocara canis Canídeos
visceral contaminado com ovos
do parasita)
Roedores
(principais), Vetores biológicos
Leishmaniose Leishmania preguiça, flebotomíneos
tegumentar braziliensis tamanduá, Lutzomyia spp
canídeos, (mosquito-palha)
eqüídeos
Vetores biológicos
Canídeos
Leishmaniose Leishmania flebotomíneos
principais
visceral chagasi Lutzomyia spp
reservatórios
(mosquito-palha)
Carnívoros Ingestão de oocistos
(predadores) e no meio ambiente e
Sarcocistose Sarcocystis spp
herbívoros carnivorismo (ingestão
(presas) de sarcocistos)
Ingestão de oocistos
esporulados na água e
alimentos
Felídeos e
Toxoplasma contaminados,
Toxoplasmose animais
gondii carnivorismo (cistos
endotérmicos
teciduais-bradizoítas)
ou transplacentária
(taquizoítas)
Principais
Zoonoses e
Agente Fontes de
doenças Vias de Transmissão
Etiológico Infecção e
infecciosas
Reservatórios
Através da ingestão
Aspergilose Aspergillus flavus Aves das conídias no solo
contaminado
Ingestão de pastos
contaminados com
brucélas através de
fetos abortados,
Brucella abortus
Ungulados e placenta e líquidos
Brucelose B. suis, B. ovis e
carnívoros uterinos. Exposição por
B. canis
meio das mucosas
genital e conjuntival, da
pele e das vias
respiratórias
Via fecal-oral, direta ou
indireta. Através da
Animais e seus ingestão de produtos
Campilobacteriose Campilobacter sp
subprodutos de origem animal
contaminados com
fezes infectadas.
Clamidiose Chlamydophyla Psitacídeos e Inalação de aerossóis
psittaci columbiformes em ambientes
(principais) contaminados ou pela
via digestiva (alimentos
contaminados,
coprofagia e
canibalismo)
Através de picadas de
Capivaras.
carrapatos,
Rickettsia Principal
Febre maculosa possivelmente do
rickettsii reservatório
gênero Amblyomma
suspeito
spp
Através da inalação dos
Histoplasma esporos dos fungos em
Histoplasmose Morcegos e aves
capsulatum ambientes fechados,
cavernas principalmente
Por meio de contato
de mucosas ou pele
Leptospira
com água, fômites ou
interrogans. Roedores e
Leptospirose alimentos
Diversos carnívoros
contaminados com
sorovares
urina dos animais
(fontes de infecção)
Morcegos e Através da mordedura
Raiva Lyssavirus
carnívoros de animais raivosos
Répteis, aves e Através da ingestão
Salmonelose Salmonella spp
mamíferos de salmonelas viáveis
Através da inalação de
Mamíferos:
Mycobacterium esporos no meio
Herbívoros,
Tuberculose tuberculosis e M. ambiente,
carnívoros e
bovis principalmente
primatas
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